CARNAVAL

CARNAVAL

O Carnaval, essa festa que arrebata multidões para as ruas, promove desfiles suntuosos, comilança, excessos em geral e também muita violência, liberalidade sexual etc.

Ao estudarmos a origem do Carnaval, vemos que ele foi uma festa instituída para que as pessoas pudessem se esbaldar com comidas e festa antes que chegasse o momento de consagração e jejum que precede a Páscoa, a Quaresma.
Veja o que a The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997 nos diz a respeito:

"O Carnaval é uma celebração que combina desfiles, enfeites, festas folclóricas e comilança que é comumente mantido nos países católicos durante a semana que precede a Quaresma. Carnaval, provavelmente vem da palavra latina "carnelevarium" (Eliminação da carne), tipicamente começa cedo no ano novo, geralmente no Epifânio, 6 de Janeiro, e termina em Fevereiro com a Mardi Gras na terça-feira da penitência (Shrove Tuesday)." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade)

Em contra partida vemos que isso era apenas um pretexto para que os romanos e gregos continuassem com suas comemorações pagãs, apenas com outro nome, já que a Igreja Católica era quem ditava as ordens na época e não era nada ortodoxo se manter uma comemoração pagã em meio a um mundo que se dizia Cristão.

"Provavelmente originário dos "Ritos da Fertilidade da Primavera Pagã", o primeiro carnaval que se tem origem foi na Festa de Osiris no Egito, o evento que marca o recuo das águas do Nilo. Os Carnavais alcançaram o pico de distúrbio, desordem, excesso, orgia e desperdício, junto com a Bacchanalia Romana e a Saturnalia. Durante a Idade Média a Igreja tentou controlar as comemorações. Papas algumas vezes serviam de patronos, então os piores excessos eram gradualmente eliminados e o carnaval era assimilado como o último festival antes da ascensão da Quaresma. A tradição do Carnaval ainda é comemorada na Bélgica, Itália, França e Alemanha. No hemisfério Ocidental, o principal carnaval acontece no Rio de Janeiro, Brasil (desde 1840) e a Mardi Gras em New Orleans, E.U.A. (dede 1857). Pré-Cristãos medievais e Carnavais modernos tem um papel temático importante. Eles celebram a morte do inverno e a celebração do renascimento da natureza, ultimamente reunimos o individual ao espiritual e aos códigos sociais da cultura. Ritos antigos de fertilidade, com eles sacrifícios aos deuses, exemplificam esse encontro, assim como fazem os jogos penitenciais Cristãos. Por outro lado, o carnaval permite paródias, e separação temporária de constrangimentos sociais e religiosos. Por exemplo, escravos são iguais aos seus mestres durante a Saturnália Romana; a festa medieval dos idiotas inclui uma missa blasfemiosa; e durante o carnaval fantasias sexuais e tabus sociais são, algumas vezes, temporariamente suspensos." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade)

A Enciclopédia Grolier exemplifica muito bem o que é, na verdade, o carnaval. Uma festa pagã que os católicos tentaram mascarar para parecer com uma festa cristã, assim como fizeram com o Natal. Os romanos adoravam comemorar com orgias, bebedices e glutonaria. A Bacchalia era a festa em homenagem a Baco, deus do vinho e da orgia, na Grécia, havia um deus muitíssimo semelhante a Baco, seu nome era Dionísio, da Mitologia Grega Dionísio era o deus do vinho e das orgias. Veja o que The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997 diz a respeito da Bacchanalia, ou Bacanal, Baco e Dionísio e sobre o Festival Dionisiano:

"O Bacanal ou Bacchanalia era o Festival romano que celebrava os três dias de cada ano em honra a Baco, deus do vinho. Bebedices e orgias sexuais e outros excessos caracterizavam essa comemoração, o que ocasionou sua proibição em 186 dC." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade)

Essa descrição da Bacchanalia encaixa como uma luva em Carnaval

"Da Mitologia Romana, Baco era o Deus do vinho e da orgia. O filho de Semele e Júpiter, Baco era conhecido pelos gregos como Dionísio. Sua esposa era Ariadine."

"Dionísio era o antigo deus grego da fertilidade, danças ritualísticas e misticismo. Ele também supostamente inventou o vinho e também foi considerado o patrono da poesia, música e do drama. Na lenda Órfica Dionísio era o filho de Zeus e Persephone; em outras lendas, de Zeus e Semele. Entre os 12 deuses do Monte Olimpo ele era retratado como um bonito jovem muitas vezes conduzido numa carruagem puxada por leopardos. Vestido com roupas de festa e segurando na mão uma taça e um bastão. Ele era geralmente acompanhado pela sua querida e atendido por Pan, Satyrs e Maenades. Ariadine, era seu único amor."

"O Festival Dionisiano era muitas vezes orgíaco, adoradores algumas vezes superavam com êxtase e entusiasmo ou fervor religioso. O tema central dessa adoração era chamado Sparagmos: deixar de lado a vida animal, a comida dessa carne, e a bebida desse sangue. Jogos também faziam parte desse festival." (The Grolier Multimedia Encyclopedia, 1997. Traduzido por Irlan de Alvarenga Cidade)

O Festival Dionisiano então, não parece ser a mesma coisa que a Bacchanalia e o Carnaval?
Nós, os Cristãos, não devemos concordar de modo algum com essa comemoração pagã, que na verdade é em homenagem a um falso deus, patrono da orgia, da bebedice e dos excessos, na verdade um demônio. Pense nisso.

(fonte:http://www.vivos.com.br)

Leia Mais  
0 Comentários
Jesus e o Cemitério

Jesus e o Cemitério

João nos relata uma história interessante no capítulo 11 de seu Evangelho. É a história de um homem chamado Lázaro, que morava na cidade de Betânia. Jesus está em viagem e é informado que seu amigo, a quem amava muito estava doente. Suas irmãs pedem à Jesus que apresse-se em ir à Betânia para orar por ele e curá-lo. Mas Jesus demora-se ainda dois dias e quando chega à cidade de Betânia Lázaro já havia morrido e sido sepultado há quatro dias. Aqui começa uma nova etapa da história. Marta, irmã de Lázaro sai ao encontro de Jesus e lhe diz:

" Senhor, se tu estivesses aqui meu irmão não teria morrido" (Jo 11.21), pois ela cria que Jesus era poderoso para curá-lo, caso tivesse chegado a tempo, antes de sua morte. Marta nos dá a entender que sua fé se limitava a este ponto: Jesus poderia curar a Lázaro, mas não ressuscitá-lo naquela hora (Jo 11.22,23). Após este diálogo Jesus solicita à Marta que o leve ao cemitério (a Bíblia diz que Jesus pediu que o levassem ao lugar onde havia sido sepultado). Ali no cemitério havia um clima de morte, tristeza, desapontamento, angústia (Jo 11.32,33). Mas a presença de Jesus no cemitério é algo perturbador! E ali está presente a própria vida! Que disparate!

A vida presente num ambiente onde reina a morte e todo o tipo de sentimentos relacionados a ela. Enquanto estes fatos se desenrolavam na terra, nas regiões celestiais estavam os salvos, e entre eles Lázaro de Betânia, que na ocasião deveria estar compartilhando da presença dos santos e deveria estar alegremente conversando com algum de seus companheiros como José, Abraão, Moisés, ou quem sabe até com um dos profetas. Mas, na terra as coisas estão acontecendo de outra forma. Neste instante Jesus pede que seja removida a pedra que tampava o sepulcro (Jo 11.35a). Marta tenta argumentar com Jesus dizendo-lhe que o corpo de seu irmão já esta em estado de putrefação (estava em estado de decomposição) e por isso já cheirava mal. Era como se ela dissesse: "Senhor, você chegou tarde, agora poupe-nos de tal situação, pois isto nos seria incômodo! Deixe-o lá; agora já não podes fazer nada!

" Só que com Jesus as argumentações mais racionais são sempre rebatidas pela sua palavra vivificadora. Agora Jesus responde: "Não te hei dito que se creres verás a glória de Deus?" (Jo 11.40). Neste instante as pessoas devem ter ficado atônitas e curiosas, pois não entendiam o motivo de Jesus estar fazendo tudo aquilo. Eles simplesmente não criam que algo de extraordinário poderiam acontecer. Eles não sabiam que estavam diante do Príncipe da Vida, que já havia declarado: "Eu sou a ressurreição e a vida!" (Jo 11.25). Jesus não estava dizendo palavras sem sentido, apenas para impressionar, mas dizia claramente à sua platéia: "Eu sou o Deus de vossos pais, o Deus que vossos pais adoravam na antiguidade está agora entre vós para vos trazer vida, pois eu sou o princípio da própria vida, tudo iniciou-se em mim!"

Novamente Jesus faz algo de inusitado para o momento: Ele começa a orar. Mas sua oração é diferente das orações que estamos acostumados à ouvir. Para Jesus o céu parece um lugar muito próximo, pois Ele simplesmente conversa com o Pai de como se estivessem lado a lado e de forma rápida e simples sabendo que o Pai o ouvira e que o coração do Pai ansiava por este momento. Então acontece algo incrível: Jesus agora dirige-se ao defunto! Parece que Êle está maluco, pensam os seus ouvintes, pois agora Ele está falando com o defunto e só malucos conversam com mortos! Jesus diz a Lázaro: "Lázaro, sai para fora" (Jo 11.43). Tudo pára naquele instante na terra e todos esperam apreensivamente para verem o que acontecerá agora. Só que no céu está acontecendo um reboliço tremendo, pois um anjo chega-se à Lázaro e lhe diz: "Lázaro, vamos retornar à terra, pois o Príncipe da Vida te chama, e ao ouvir o seu chamado não podemos resistir à suas ordens". Lázaro poderia ter argumentado:

"Espere, aqui está tão bom, eu não quero voltar atrás, aqui é meu lar". Mas novamente o anjo lhe diz: "Lázaro, eu sei de tudo isso, mas a própria VIDA te chama de volta. Voltemos então!" E então o inusitado, o impossível acontece: o defunto aparece na entrada do sepulcro, vivo, com seu corpo físico totalmente restaurado! Calcule qual deve ter sido a reação daqueles que ali estavam, pois agora estavam petrificados, imóveis ante a ressurreição daquele homem. Jesus precisa dar uma ordem dizendo: "Desatai-o e deixai-o ir" (Jo 11.44b), pois na Palestina os mortos eram envoltos e amarrados por faixas antes de serem sepultados. As pessoas devem ter corrido até Lázaro para desatá-lo e confirmar in loco o acontecido. Festa num cemitério? Com Jesus tudo é possível. Para Êle, uma visita a um cemitério para chorar a morte de um amigo transforma-se num momento de júbilo, pois até mesmo nos lugares onde reina a morte é possível trazer o sopro de vida e contemplar ressurreições sem fim. (Nada atrapalha mais os cemitérios do que as ressurreições!).



Leia Mais  
0 Comentários
A Amada e Seu Amado

A Amada e Seu Amado

"O meu amado é meu, e eu sou dele." (Cantares 2:16)

Quando o Rei Salomão escreveu o livro de Cantares, ele se inspirou na magnitude do amor entre o homem e a mulher. E não foi por acaso que D'us o anexou aos textos sagrados, tornando-o parte da Bíblia. Afinal, a maior expressão do amor humano é o que chega mais perto do amor Divino e é exatamente isso o que Ele quis deixar registrado através de palavras tão cheias de "ahava" (amor, no hebraico).

Verdadeiramente o Eterno ama o Seu povo fervorosa e profundamente. E é a intimidade com o Seu Povo que Ele sempre buscou e tornou completamente palpável através de Yeshua (Jesus), o Messias e Redentor. Na verdade, as próprias Escrituras Sagradas nos apresentam em outros textos, de maneira bem clara, Yeshua (Jesus) como o Esposo e a sua "Kahal" (Congregação, Igreja) como a sua Eposa, a exemplo de Apocalipse 19:7: "Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou".

Uma esposa representa um relacionamento de intimidade, de parceria, de colaboração. Por isso, na Criação, a mulher foi chamada de ajudadora idônea: "E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele." (Gn2:18). Assim percebemos que o propósito de D'us sempre foi ter uma esposa na Terra, ou seja, um grupo de homens e mulheres que mantenha intimidade com Ele e seja colaborador com Ele, em todos os Seus projetos.

Este relacionamento teve início com a separação do Povo de Israel e chegará ao seu clímax no encontro dos redimidos em Yeshua (Jesus), tanto israelitas, quanto gentios, na efetivação da redenção, prevista para breve, segundo nos indicam dezenas de profecias bíblicas.

Poderíamos dizer, neste ínterim, que aqueles que crêem no Messias de Israel já são parte desta esposa e que, portanto, já são a amada e nada têm a fazer. No entanto, revendo o versículo já citado de Apocalipse, o que vemos é que as esposas ali referidas, aptas para as bodas, é uma esposa que se aprontou. E isso significa que não bastou a ela ser lavada no sangue do Cordeiro. Ela necessitou de uma preparação. É como se, ao crer no Messias Yeshua e recebê-lo como o seu sacrifício expiatório, ela tivesse se lavado, tomado um banho purificador. Mas ela precisa ainda se vestir, adornar-se e caminhar em direção ao Noivo, para efetivar as Bodas e gozar de toda a intimidade desejada pelo resto da sua vida. E este é o propósito de D'us para o Seu Povo, para a Sua Amada.

Pensemos num casamento normal. O quanto não prepara a noiva antes de subir a o altar? O quanto não se interessa ela em ficar bela e agradável ao seu noivo? E, uma vez casada, não se torna a maior cúmplice de seu esposo, a ponto de tomar para si as mesmas causas e até sofrer junto as mesmas dores?

Da mesma forma deve ser a Amada de D'us. Ela precisa tomar Suas causas e lutar por elas. Ela deve fazer tudo para proteger os interesses do Seu Amado. Ele se esforçará para sempre lhe ser agradável, aprazível e desejável. Ela sofrerá junto a Ele o que for preciso, pois, se não tomar as Suas dores, não é Amada. Além de tudo isso, ela desejará a Sua presença constantemente e, se Ele demora, ela rapidamente dirá: "Volte!" Porque o Seu amor pertence a Ele e sem Ele ela sabe que a sua alegria jamais será completa. E é por isso que o apóstolo João profetizou: "E o Espírito e a ESPOSA dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida".(Ap 22:17)

Está colocado, portanto, diante de nós, este desafio: Somos a Amada de D'us? E, se o somos, já estamos nos aprontando? E podemos afirmar, sem inseguranças ou erros, que o nosso maior desejo é para o Nosso Amado e que somos de fato Dele, com total fidelidade? Que a nossa resposta seja rapidamente positiva porque, afinal "Esta é a voz do meu amado; ei-lo aí, que já vem saltando sobre os montes, pulando sobre os outeiros..." (Ct 2:8).

Leia Mais  
0 Comentários
Franjas, Caracóis, Autoridade e Humildade

Franjas, Caracóis, Autoridade e Humildade

Franjas

Em Mateus 9:20-22 encontramos uma história curiosa de uma mulher com fluxo de sangue que recebeu uma cura, tocando simplesmente às roupas de Jesus (Yeshua). "Certa mulher, que há doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegou por detrás dele e tocou a orla do seu manto. Ela dizia consigo: "Se eu tão somente tocar o seu manto, ficarei sã". Yeshua, voltando-se e vendo-a, disse: Tem bom ânimo filha, a tua fé te salvou". E desde aquele momento a mulher ficou sã".

Em Marcos temos a continuação dessa história... "Jesus, conhecendo que de si mesmo saíra poder voltou-se na multidão, e perguntou: "Quem tocou nas minhas vestes?" Respondeu-lhes os discípulos: "Vês que a multidão te aperta e dizes: Quem me tocou? (Mc 5:30-31).Numa outra passagem, Yeshua chega à cidade de Genesaré à beira do Mar da Galiléia. Os homens da cidade reconheceram Yeshua e: "Correndo toda a terra em redor começaram a trazer os enfermos em leitos ao lugar onde ouviam que Ele estava. Onde quer que Ele entrava, em cidades, aldeias ou campos, colocavam os enfermos nas praças. Rogavam-lhe que ao menos os deixasse tocar na orla da sua veste, e todos os que a tocavam saravam-se" (Mc 6:53-56).

Qual é a significância da orla das vestes de Yeshua? Na primeira leitura parece uma prática fora do comum. Porém, assim que entendemos a significância da "orla" das vestes de alguém, estas passagens têm muito mais sentido.

Quando traduzimos a palavra "orla" aprendemos que se refere as FRANJAS (chamado Tzitziot em hebraico), que ficam obrigatoriamente nos quatro cantos das vestes de todo homem judeu, de acordo com as instruções de Deus:

"Disse o Senhor a Moisés: : "Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que, por todas as suas gerações, façam franjas nas bordas das vestes, e ponham nas bordas das vestes um cordão azul. Tereis essas franjas para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, para os cumprirdes, e não correrdes após o vosso coração, nem após os vossos olhos, após os quais andais adulterando. Então vos lembrareis de cumprir todos os meus mandamentos, e sereis consagrados ao vosso Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus..." (Nm 15:37-41a).

Estas franjas serviam para trazer à memória a todo homem judeu da sua responsabilidade de cumprir os mandamentos de Deus. Porque elas estavam penduradas nas quatro bordas de suas vestes, em plena vista de todos, inclusive de si mesmo, seriam uma lembrança constante. Até hoje, podemos ver estas franjas penduradas no lado de fora, sobre os cintos dos homens judeus religiosos. Eles vestem uma camiseta com quatro cantos e puxam as franjas para o lado de fora. Estas franjas também estão amarradas em 613 nós para que se lembrassem constantemente das 613 leis de Moisés, das quais 248 são proibições e 365 são afirmações.

Leia Mais  
0 Comentários

Caracóis

Porém, há mais ainda atrás da mensagem destas franjas.

  • Milhares de Caracóis "Murex" como estes foram encontrados na escavação no Tel Mor perto do porto Ashdod em Israel.

    Cada franja tinha que Ter um fio azul. Como a cor azul sendo tão predominante hoje, é difícil de imaginar que durante o inteiro período bíblico, o azul era provavelmente a cor mais cara para se produzir. Por isso, foi reservada para a família real e só os ricos tinham os recursos para comprá-la.

    Antes dos tingentes sintéticos, a única fonte da cor azul era uma glândula pequena no caracol murex. Precisava-se de 12.000 caracóis para se Ter mais ou menos 3ml desta tinta azul. Em 200 A.C., meio quilo de tecido tingido de azul custava equivalentemente a US$36.000. Até 300 D.C., este mesmo meio quilo de tecido custava US$96.000. Isto indica que Lídia, a vendedora de púrpura que cedo se convertera ao cristianismo, era uma das mulheres mais ricas do Império (Atos 16:14).

    O azul também representa os céus e algo divino, por essa razão o azul real separava as pessoas do resto do mundo comum. Assim, Ter um fio azul era Ter algo do divino e real, e servia para lembrar a cada um que o vestia de seu próprio valor aos olhos de Deus.Esse fio precioso provavelmente era passado de pai para filho, como uma de suas preciosas heranças. A faixa azul no manto de oração dos homens judeus tem o mesmo significado, e interessante, este símbolo está representado na faixa azul da bandeira de Israel.

  • Autoridade

    Estas franjas também estão associadas com a autoridade de uma pessoa.

    No caso do Rei Saul, descobrimos que Davi o humilhou por Ter chegado perto dele na caverna no deserto de En-Gedi pois cortara as franjas do manto de Saul, o símbolo de sua autoridade.

    "Então os homens de Davi lhe disseram: "Este é o dia do qual o Senhor te disse. Deu te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e farlhe-ás como parecer bem aos teus olhos..." Depois doeu o coração de Davi, por Ter cortado a orla do manto de Saul. Disse ele aos seus homens: "O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor, que eu estenda minha mão contra ele; pois é o ungido do Senhor" (I Sm 24)

    Obs.: No hebraico "orla" é "franjas".
    Por que Davi estava chateado consigo mesmo? Porque ele entendeu que roubar as franjas de alguém era o mesmo que roubar sua autoridade. Ainda que Davi provara a Saul que não estava tentando matá-lo, a simbolização de tirar as suas franjas foi uma humilhação para Saul. E isso incomodou a Davi.

    Davi imediatamente saiu da caverna e se prostrou em humildade diante de Saul para provar a ele que não estava tentando matá-lo. Davi disse:
Leia Mais  
0 Comentários

Humildade

"O rei meu senhor! Por que dás ouvidos as palavras dos homens que dizem: Davi procura fazer-te mal? Este dia os teus olhos viram que o Senhor te pôs em minhas mãos nesta caverna. Alguns disseram que eu te matasse, porém a minha mão te poupou; eu disse: não estenderei a mão contra o meu senhor, porque é o ungido do Senhor. Olha, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão! Eu cortei a orla do teu manto, mas não te matei. Considera e vê que não há na minha mão nem mal nem rebeldia alguma, e que não pequei contra ti, ainda que andes a caça da minha vida, para me tirares..." (I Sm 24:8-11).

Todo mundo, inclusive Saul, sabia que Davi tinha sido ungido por Samuel para que fosse o próximo rei. Por isso, Saul temia Davi. Em En-Gedi, Davi tinha literalmente tomado a autoridade de Saul e neste ponto, ele também poderia Ter tomado o trono de Saul. Mas, ele não fez. Ao invés disso, deixou que Deus escolhesse o tempo certo para que ele recebesse o trono. Este ato convenceu a Saul de que Davi estava falando a verdade.

O ato de Davi de devolver a autoridade de Saul também reconciliou os dois homens. Saul disse:

"O Senhor te pague com bem, pelo que hoje me fizeste. Eu sei que certamente hás de reinar, e que o reino de Israel há de ser firma nas tuas mãos" (I Sm 24:19b-20).

Um outro exemplo de autoridade representado nas franjas pode ser encontrado numa passagem do livro de Rute, que pode ser difícil de entender. No capítulo três, Rute foi a Boaz para receber sua bênção que lhe ajudaria sair de uma situação difícil. Ela foi à eira e dormiu aos seus pés, e versos 8-9 nos dizem:

"No meio da noite o homem acordou de repente, voltou-se e viu uma mulher deitada a seus pés. Perguntou ele: "Quem és tu?" Disse ela: "Sou Rute, tua serva. Estende a tua capa sobre a tua serva, porque tu és o remidor".

Imediatamente ele entendeu e disse a ela: "E agora, minha filha, não temas. Tudo o que pedires eu te farei. Toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa" (v. 11). Ele preparou tudo para ajudá-la, e eventualmente casou-se com ela.


O que Rute fez quando pediu a Boaz para estender sua capa sobre ela foi a sua maneira simbólica de lhe dizer que estava se colocando debaixo de sua autoridade.


Vamos voltar para a história do povo da Galiléia, querendo tocar na orla das vestes de Yeshua. O povo não era curado simplesmente por encostar contra Yeshua numa multidão. Eles foram curados quando sua fé tocou a "orla" ou franjas de Suas vestes, o que representava sua autoridade (Mc 5:31). A fé deles e o poder de Yeshua curaram suas enfermidades.

  • Humildade
    No período do segundo tempo (70 A.C. - 135 D.C.), as franjas se tornaram um símbolo de "status". Quanto mais rico alguém era, mais grandiosa a franja aparentava. Durante o tempo de Yeshua, as franjas de alguns dos fariseus eram tão longas e elaboradas, que elas se arrastavam no chão. Foi esta demonstração ostensiva de orgulho que Yeshua estava repreendendo, quando disse:
Leia Mais  
0 Comentários

Aplicações

"Tudo o que fazem é a fim de serem vistos pelos homens. Alongam as franjas das suas vestes" (Mt 23:5).

(Por falar nos fariseus, é importante reconhecer que nem todos os fariseus eram hipócritas. Nicodemos era um fariseu (João 3:1). Eles eram os líderes religiosos conservadores de seu tempo. De fato, deles, Yeshua disse:


"(Eles) estão assentados na cadeira de Moisés. Portanto observai e fazei tudo o que vos disserem. Mas não procedais de conformidade com as suas obras, pois dizem e não fazem" (Mt 23:2-3).


Assim como em nosso tempo, alguns líderes religiosos eram bons e temiam a Deus; outros eram manipuladores. Por causa das referências sobre alguns que eram hipócritas, hoje muitos cristãos pensam erroneamente que todos os fariseus eram hipócritas. Teologicamente Yeshua estava mais próximo dos fariseus do que dos saduceus).


A lição para todos nós desta passagem é que é mais importante cumprir os mandamentos por uma convicção interior em humildade, do que simplesmente vesti-lo pelo lado de fora, com práticas religiosas excessivas. Deus olha para o coração, enquanto o homem muitas vezes olha para o que está diante dos olhos (I Sm 16:7).



  • Aplicações

    Considerando estas histórias bíblicas, qual é a mensagem para nós?

    Em primeiro lugar, entendemos melhor agora algumas passagens da Escritura que nos pareciam obscuras simplesmente porque não entendíamos e nem conhecíamos o contexto no hebraico como o símbolo dos "cantos" ou "orla" de suas vestes.Em segundo lugar, nas histórias do Novo Testamento, podemos ver que uma fé ativa libera o poder milagroso de Deus.

    Nas situações difíceis na vida, Deus nos pede para demonstrar nossa fé de formas diferentes. Na Bíblia podemos constatar exemplos que podem nos parecer como estranhos pedidos de Deus ao Seu povo como prova de fé. Porém, quando obedecidos geraram milagres.

    Porém não há fórmulas. Certamente, quando pensamos que há uma fórmula, falhará. Deus é Deus, e não será reduzido a uma fórmula. Ele fará Seus milagres, e demonstrará Seu poder em nossas vidas de várias formas. Deus quer que tenhamos fé n'Ele e não em métodos.

    Em terceiro lugar, a autoridade de Deus é suprema e está embaixo das Suas vestes onde devemos buscar habitação. No livro de Apocalipse, está escrito que quando o Messias vier, "no manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Ap 19:16). Será que a referência à "sua coxa" é uma referência às franjas que se estendem até as coxas e fala de sua autoridade? Quem poderia Ter mais autoridade do que o Rei dos reis e o Senhor dos senhores?

    Em quarto lugar, há muitas coisas que Deus nos pede como demonstração de nossa fé. Na lei de Moisés, o povo judeu foi instruído para vestir franjas, colocar Sua palavra sobre o portal de suas casas, para afastar-se de certas comidas, para celebrar certas festas comemorativas, etc. Os cristãos também devem viver suas vidas de uma maneira que reflita o Deus que servimos. Assim como os fariseus tinham um problema com o comprimento das suas franjas, nós também podemos "exibir" nosso cristianismo de formas externas que alimentem o orgulho humano e nos distraiam da importância de andar com humildade com nosso Deus.

    (Artigo extraído do Bridges for Peace (pontes para a Paz))
Leia Mais  
0 Comentários
O que é Alma?

O que é Alma?

Se você se beliscar poderá sentir que está vivo. Se alguém lhe chamar aos gritos, você certamente irá atender ao chamado. Seus sentidos lhe orientam como reagir a cada ato que ocorre em sua vida. Mas quando alguém a quem você ama muito lhe magoa ou lhe ofende, que sentido você usa para expressar o que sente, além das lágrimas que escorrem em sua face?

Sua alma!

Uma alma é Energia Divina; é existência além da matéria. É a parte de você que existe além da matéria, além de seu corpo e de seus cinco sentidos. Não pode ser vista. A alma é para o corpo aquilo que o astronauta é para a roupa espacial; funciona como uma bateria, dando vida e animação. Tire o astronauta da roupa, e esta será basicamente inútil. Tire a alma do corpo, e o corpo basicamente desmorona. (Isso é a morte - a separação entre corpo e alma).

É impossível dar uma definição concreta da alma, pois a alma não é uma entidade concreta mas abstrata. Não é matéria - é energia - mas também não é energia física. É energia Divina, um pedacinho de D'us dentro de você.

A pessoa teria de na verdade fazer calar os sentidos para sentir a alma. Se você fosse cego, surdo, mudo, sem nariz e com o tato insensível, ainda estaria vivo dentro de si mesmo. Mas que parte de você ainda está viva? Mas como sabemos que temos uma alma? Basta me acompanhar no simples raciocínio: Você tem um corpo? Se respondeu "sim", diga-me: Quem é este "eu" que tem um corpo? Não poderia ser o corpo - não se pode dizer que o corpo tem um corpo. Então, isso é o que chamamos de alma. De forma mais abrangente, somos um composto de alma e corpo. Isso explica porque somos tão confusos, certo?

Mas como devemos expressar nossa alma? É fácil, basta seguir algumas instruções:

1) - Torne-se espiritual
A espiritualidade é para sua alma aquilo que o alimento é para o corpo. Antes que você possa expressar sua alma, deve nutri-la. Um homem faminto não pode ganhar uma corrida, e uma alma faminta não pode expressar-se. Para alimentar sua alma, dê-lhe espiritualidade. Faça atividades espirituais.

2) - Estude a Bíblia
Nada é mais poderoso e nutritivo para a alma que o estudo da Bíblia. Quando você estuda a Bíblia, está lendo a mente de Deus. Sua alma eleva-se, fortalecendo-se com grandes pedaços de energia espiritual, que pode usar para realizar outras coisas espirituais.

3) - O que são "coisas espirituais?"
São outras coisas boas e positivas que não têm resultado físico e tangível - são espirituais, portanto você não pode ver com seus olhos físicos. Por exemplo, imergir na oração ou cumprir qualquer mitsvá (preceito da Bíblia) é uma coisa espiritual. E atos de amor e bondade, embora sejam coisas espirituais, têm ainda o benefício de um resultado tangível, físico - um relacionamento aperfeiçoado ou uma pessoa grata por receber sua ajuda.

Rabino Simon Jacobson explica a alma desta forma:
"Uma alma é nossa identidade interior, nossa razão de ser. A alma da música é a visão do compositor que energisa e dá vida às notas tocadas em uma composição musical.
Cada Alma é a expressão da intenção e visão de Deus ao criar aquele ser em especial. Cada um de nós é uma nota musical única, numa grande composição cósmica. É nossa obrigação descobrir nossa alma e tocar sua música singular."

Então, o que está esperando? Entre já em sintonia. Afine-se... refinando sua alma a cada dia!

Leia Mais  
0 Comentários
Ano Novo

Ano Novo

"E falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação. Nenhum trabalho servil fareis, mas oferecereis oferta queimada ao Senhor". (Lv 23.23-25)

O fundo histórico:

Um dos fatos fascinantes sobre o feriado de Rosh Hashanah, é que ele é   considerado o "Ano Novo". A verdade é que esta data   ocorre no sétimo mês no calendário anual. Será que   alguém fez um cálculo desastroso?

O ano bíblico começa na primavera do mês de Nissan (Ex 12.2). Há uma certa lógica nisso. É o início da época da colheita. Entretanto os rabinos dão um significado especial ao primeiro Shabat do ano (é o primeiro dos feriados nacionais) que eles consideram como o Ano Novo "espiritual". Aqui o nome muda também. Biblicamente conhecido como Yom Teruah (O Dia do Sonido / Festa das Trombetas), o segundo dia de Tisrih começou a ser chamado de Rosh Hashanah, o principal dia do ano.

O propósito deste feriado é relembrado numa palavra – reunião. Desde que ao feriados chamam-nos a comunhão, para termos uma fé pura em Deus, Rosh Hashanah vem para representar o dia do arrependimento. É o dia quando o povo de Israel avalia sua condição espiritual e faz as mudanças necessárias para garantir que o recém-nascido ano será agradável diante de Deus.

O dia de Rosh Hashanah é tão importante que, de fato, o que prefacia o mês hebreu de Elul traz um sentido santo em si só. Os rabinos enfatizam que o quarto dia de Elul até o primeiro dia de Tishri (Yom Kippur) deva ser um período especial de preparação. Isto esta baseado na crença de que foi no primeiro dia de Elul que Moisés subiu ao Monte Sinai para receber o segundo conjunto das Tábuas da Lei e que ele desceu no Yom Kippur.

Nas sinagogas o shofar, um chifre de carneiro, é tocado para alertar ao fiel que a hora do arrependimento se aproxima. Muitos ortodoxos tomam banhos especiais (Hebraico, tevilha mikveh), simbolizando a pureza destes dias. Desde que o tema em Rosh Hashanah é arrependimento, a observação do feriado traz uma característica sombria, já quando sugere-se a esperança por causa do perdão de Deus. Na casa dos judeus tradicionais, o entardecer inicia-se com um jantar festivo com os pratos costumeiros. Então termina-se na sinagoga com o culto da noite. Uma boa parte do dia seguinte é gasto em oração e adoração.

A liturgia, música e orações enfatizam o tema periódico do arrependimento, voltando-se sempre para Deus. Desde que este dia é um shabbat , a maioria do povo judeu deixa os trabalhos ou estudos para observar este dia corretamente. Nos grupos tradicionais, o entardecer de Rosh Hashanah é gasto num banho com água (no oceano, lago ou ribeirão) observando-se os antigos cultos, Tashlich. A palavra deriva-se de Miquéias 7.19 onde o profeta diz: "...e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar".

Para ilustrar esta bela verdade, o povo lança pedaços de pão ou seixos na água e se regozijam nas promessas de Deus do perdão. Com estes temas em mente é costume na comunidade judaica enviar cartões de felicitações para a família e amigos com desejos de um Ano Novo abençoado.

 O costume mais notório é o toque do shofar, a trombeta mencionada   nos textos bíblicos. O shofar é tocado na sinagoga com quatro   diferentes notas: tekia (clangor), shevarie (notas tristes), teruah   (alarme) e tekia gedohah (o grande clangor). Estas notas nos trazem lições   espirituais. Os rabinos observam que o shofar era usado antigamente para aclamar   um rei. Então, também em Rosh Hashanah todo o Israel é   chamado para aparecer diante do Rei dos Reis em antecipação a   um julgamento pessoal. Também freqüentemente na Bíblia o   shofar era tocado para reunir as tropas para a batalha (ver Js 6). Neste caso,   o shofar é nosso despertamento, um alarme que nos chama para um tempo   determinado.

 O cumprimento profético:

Como em todas as festas bíblicas, é tão profético quanto histórico o significado de Rosh Hashanah. Muitos rabinos clássicos vêem uma conexão entre Rosh Hashanah como um dia santo de livramento e o Messias que será o agente do livramento. Por exemplo, num escrito do oitavo século encontramos o seguinte comentário:

"O Messias bem Davi (filho de Davi), Elias e Zorobabel, paz sobre eles, virão sobre o Monte das Oliveiras. E o Messias ordenará Elias no toque do shofar. A luz dos seis dias da criação retornarão e serão vistas, a luz da lua será como a luz do sol, e Deus enviará completa cura sobre o Israel ainda doente. O segundo toque que Elias dará fará os mortos ressuscitarem. Eles sairão das sepulturas e cada um reconhecerá seu companheiro, e também seu marido e esposa, pai e filho, irmão e irmã. E virão ao Messias dos quatro cantos da terra, do leste e do oeste, do norte e do sul. Os filhos de Israel voarão nas asas das águias e virão para o Messias..." (Ma’ase Daniel como citado em Patai, pg. 143).

     Enquanto  a ênfase histórica do feriado é o arrependimento, o tema   profético aponta para o dia futuro quando o completo livramento espiritual   ocorrerá sob o Messias.Todos os detalhes de Rosh Hashanah tornam-se mais interessantes quando consideramos   o Novo Testamento e a vida de Yeshua. O volume de evidências bíblicas   levam-nos a concordar com aqueles que dizem que o nascimento do Messias ocorreu   no outono, não no inverno. Se isto é verdade, nós podemos   determinar de forma aproximada a época em que Yeshua iniciou seu ministério   público. Como Lucas escreve em seu Evangelho (3.23) Yeshua "tinha   cerca de trinta anos", então foi batizado e fez sua primeira   pregação no outono daquele ano.

    Consideremos os temas paralelos de Rosh Hashanah. Seria surpreendente que Yeshua tomasse   uma imersão / mikveh especial no outono daquele ano (Mt 3.13-17)? Há   alguma relação entre os quarenta dias de provação   pelo adversário (Mt 4.1-11)? E qual foi a mensagem que Yeshua imediatamente   proclamou depois dos quarenta dias? "Arrependei-vos dos vossos pecados,   pois o reino de Deus está próximo".

 Que época melhor seira aquela para o Messias iniciar seu ministério   do que o início do ano novo espiritual? A evidência histórica   aponta para o mês de Elul que serviu como um tempo perfeito de preparação   para a maior mensagem que viria para Israel: Voltem-se para Deus, o Messias   chegou!

 Há uma rica verdade profética associada com esta Festa das Trombetas. Isto   caracteriza um tempo de colheita e preparação espiritual, um futuro   cumprimento de Rosh Hashanah é também visto aqui. Falando sobre   a futura redenção dos crentes no Messias, comumente chamada "arrebatamento".   Paulo revela uma interessante conexão com o feriado:

 I Ts 4.16-18 "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido,   e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo   ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos   arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e   assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com   estas palavras".

 Este feriado é uma figura perfeita do arrebatamento dos crentes! No futuro   todos os crentes em Yeshua serão arrebatados a encontrar com Ele nas   nuvens. Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, e serão seguidos   imediatamente pelos crentes vivos na época. Não surpreendentemente,   o sinal do arrebatamento será o toque do shofar. De fato, a referência   aqui é o toque especial que é dado em Rosh Hashanah. A palavra   normalmente traduzida por "alarido" no verso 16 vem do hebraico   "teruah", melhor traduzido neste contexto por "alarme",   o toque do shofar. Referências similares ao shofar como sinal do "rapto"   podem ser achadas em outros lugares do Novo Testamento (ver I Co 15.50 e 58   e Ap 4.1).

 Outro importante cumprimento do Rosh Hashanah é o arrebatamento dos crentes   judeus remanescentes na segunda vinda do Messias. Tão distante quanto   o sétimo século antes de Cristo, o profeta Isaías escreveu:  Is 27.12,13 "E será naquele dia que o SENHOR debulhará seus   cereais desde as correntes do rio, até ao rio do Egito; e vós,   ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. E será naquele dia   que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra   da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito, tornarão   a vir, e adorarão ao SENHOR no monte santo em Jerusalém".

Aquilo que esta passagem está se referindo é um dia de resgate dos crentes restantes está claro e nós ainda esperamos por este toque do shofar para cumprir isto. Igualmente, Yeshua o Messias, quando questionado acerca do futuro de Israel, confirmou este como um dia final da promessa em seu próprio ensinamento:
 Mt 24.31 - "E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta,   os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma   à outra extremidade dos céus".

Crentes em Yeshua HaMashiach têem uma profunda apreciação por este rico feriado, Rosh Hashanah! Ele serviu historicamente como um tempo de preparação espiritual e arrependimento, ambos os temas sobre os quais devemos aprender. Profeticamente, nós somos lembrados da promessa de Deus para resgatar e restaurar seu povo escolhido, Israel, no último dia. O som do shofar é também uma recordação da abençoada esperança que todo o crente messiânico possui: nós podemos entrar na presença do Messias a qualquer hora (Tito 2.13). Devemos dar atenção para o som do shofar e tudo o que Rosh Hashanah tem para nos ensinar.

Um guia prático para os crentes no Messias:

 Há várias maneiras práticas de observarmos o Rosh Hashanah. Nas sinagogas   a preparação começa no mês que precede, Elul, com   o toque do shofar no shabbat. Orações especiais são feitas   em arrependimento, chamadas selikhot. Para os judeus messiânicos   e os gentios esta época deve ser observada com o mesmo espírito.   Talvez um deseje comprar um shofar e tocá-lo a cada manhã durante   o mês que precede o Rosh Hashanah. Isto pode ser usado para intensificar   o verdadeiro espírito do feriado focando-se no arrependimento e no andar   puro com Deus.

Uma noite especial pode ser planejada logo no primeiro dia de Tisrhi. Assim como a maioria dos feriados judaicos, muito da preparação é gasto com a refeição do feriado. A mesa é posta com o melhor aparelho de jantar, toalha de mesa e os dois candelabros. O branco é comum para os feriados baseados na promessa de Deus que tornaria nossos pecados escarlates tão brancos quanto a neve (Is 1.18). Isso deve incluir a toalha de mesa, e também as roupas pessoais. Para os crentes é uma bela declaração de nossa pureza em Yeshua! É tradição acender as velas com uma bênção apropriada que é levemente diferente da bênção usual do shabbat.

Baruch atah Adonai Elohenu melech há-olham, Asher kideshanu b’mitzvohtav, v’tzi-vanu l’hadleek ner shel yom tov.

 Depois das velas, nós abençoamos o vinho e o pão redondo com uvas   passas, que é o challah. Ambos nos lembram o importante tema de   Rosh Hashanah – que nós experimentaremos a doçura e a totalidade   de um ano novo com a bênção de Deus.

    As comidas para o jantar também seguem esta norma. Devemos ter as tradicionais   tziemes (cenouras com mel), assim como também o bolo de mel para   a sobremesa. Num dos costumes mais descritivos, nós mergulhamos as maças   no mel para experimentarmos sua incrível doçura, que vem de nosso   Pai do céu. Deve ser notada que a saudação tradicional   do feriado é l’shana tova u-metukah (que você tenha um bom   e doce ano). Os pratos principais devem ser o peru ou carne de peito. Um prato   simbólico é o peixe cozido servido com cabeça. Isto ilustra   a promessa de Deus que chegará o tempo quando Israel não será   mais cauda, mas sim cabeça (Dt 28.13).

Depois do jantar é tempo de celebrar com adoração e meditação. Normalmente isso se dá no culto na sinagoga. A compra de tickets para depois é necessário, pois os judeus não passam o prato para a coleta de ofertas no culto. As gratificações dos associados e os tickets individuais para o feirado são trocados.

Os crentes em Yeshua em Rosh Hashanah, devem estar nos cultos em sua congregação messiânica local. Ali eles celebrarão os vários costumes do feriado entre outros crentes. Que alegria ouvir o som do shofar, experimentar comunhão na oração e adorar com música a plenitude do Messias. Se não há um grupo messiânico próximo, talvez deva-se fazer um culto doméstico. Isto deve incluir vários elementos que chamem a atenção para este dia especial.

 Desde que este dia é um shabbat, o dia seguinte pode ser especial começando-se   o trabalho normalmente. Habitualmente há um culto especial em Rosh Hashanah   para continuar a adoração corporativa ao Rei. Depois do culto   matutino, habitualmente no fim da tarde, a cerimônia especial chamada   Tashlikh continua. Que culto cheio de significado este pode ser para  os crentes lançar migalhas de pão simbolizando os pecados, dentro  de um rio ou lago!

O shofar pode ser tocado e uma guitarra também, enquanto os cânticos de louvores são cantados, para celebrar a verdade de Mq 7.19 - "Tornará   a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniqüidades, e tu   lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar".

Leia Mais  
0 Comentários
As Aparências Enganam...

As Aparências Enganam...

Interessante como às vezes o ditado popular pode ser tão real, pois ele diz "nem tudo o que reluz é ouro." ,em outra palavras, "nem tudo que parece ser é".

A Bíblia nos relata um fato que comprova esse dito,   e este está registrado no livro de I Samuel, no capítulo 16, quando   Deus ordena a Samuel que vá à família de Jessé o   belemita, "porque dentre os seus filhos me tenho provido   de um rei" (v. 1b). Veja bem: Deus mesmo tinha providenciado para   si um rei, o qual colocaria sobre a nação de Israel, pois fazendo   isso Deus reverte o quadro que havia se instalado na nação quando   o povo pede um rei (I Sm 8.19,20). Eles queriam ser semelhantes às outras   nações, e quando fizeram isso rejeitaram a teocracia (o governo   direto de Deus sobre eles) julgando que a monarquia teria um melhor efeito sobre   a nação, pois no caso do rei eles poderiam vê-lo governando   a nação e no caso de Deus este governo seria exercido de modo   invisível, intangível, e quando precisassem reclamar de algo,   a quem iriam?

Portanto, a monarquia parecia ser um grande avanço para a nação, que a partir de então estaria em pé de igualdade com o restante do mundo conhecido, pois possuiria um rei. Bem, Saul já havia falhado como rei que o povo escolhera sobre si, agora Deus toma novamente as rédeas da nação para dirigí-la através de um homem cujo coração pertence a Êle Deus e a quem poderia tratar de forma a dar à nação as características de um povo particular, que pertencia ao Senhor. Mas, pergunta-se, como seria este rei ideal? Como seria o homem de Deus para a nação de Israel? Qual seria sua aparência, seu porte físico, sua ascendência?

 Em primeiro lugar este homem de Deus sai de um lugar bem peculiar: da cidade   de Belém, pois esta palavra no hebraico   significa "Casa de pão", ou seja,   este seria o homem ideal para dar ao povo o que comer, para alimentar ao povo   em todos os sentidos, pois o rei deveria ser além de um grande comandante,   também um grande legislador, um homem que aproximasse o povo de Deus   e um homem que unisse a nação entre si, levando-a assim a ter   as características de sua personalidade: a do homem segundo o coração   de Deus, pois o rei seria o modelo de seu povo, o qual se espelharia nele com   o comandante supremo da nação. Por isso a personalidade do rei   era tão importante para a composição da personalidade da   nação. Bem, voltemos ao rei. Na casa de Jessé, Samuel informa   ao mesmo o motivo de sua visita e quando avista o primeiro filho de Jessé   acredita ser este o ungido do Senhor. Ledo engano. Deus lhe comunica algo muito   interessante: "Não atentes para a sua aparência,   nem para a altura de sua estatura, porque o tenho rejeitado, porque o Senhor   não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está   diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração"   (v. 7).

 Assim aconteceu com os outros filhos de Jessé, e acabando-se   os filhos de Jessé, Samuel pergunta: "você   não tem mais filhos?" (v.11). Jessé informa-lhe que   o menor estava apascentando as ovelhas e Samuel manda que o chamem. Neste instante   deve ter havido alguém que dissesse: "Samuel, não perca tempo   com o garoto, ele é tão pequeno que não adiantará   nada trazê-lo aqui, pois você busca um líder para a nação   e este não é o caso dele". Mas mesmo assim Samuel pede que tragam   o menino, e quando o mesmo chega, Deus diz à Samuel:  "Levanta-te e unge-o, pois este mesmo o é".  Veja que coisa maravilhosa temos aqui. Um menino, aparentemente sem nenhum valor para a família   transforma-se no rei de Israel. Aparência? Que nada! Ele nada tinha que   lhe conferisse qualquer chance de disputar um cargo a rei na nação,   pois tudo nele apontava para um simples pastor de ovelhas e nada mais.   Tudo? Ou quase tudo, pois o seu coração era coração de   rei, coração de um jovem conquistador, bravo e lutador, alguém   cujo relacionamento com o Senhor tinha determinado sua escolha para este tão   importante momento da história de Israel. Ele possuía intimidade   com Deus, conhecia ao Senhor porque tinha um relacionamento diário com   Êle, sabia que quando precisasse d'Êle a Sua Força estaria   sempre disponível, sabia também quem era o Senhor Deus de seus   pais e conhecia-o de forma tão particular que Deus lhe deu o trono da   nação de Israel.

  Ele, um simples menino é ungido rei de   Israel, mudando assim o curso de sua vida e também da nação.   Quando Davi é ungido rei por Samuel acontece algo: "e   desde aquele dia em diante o espírito do Senhor se apoderou de Davi"   (I Sm 16.13). Deus ainda hoje procura pessoas assim, que não tenham   a aparência privilegiada, que não tenham aspirações   de serem importantes aos olhos dos homens, porém com um coração   temente à Deus e disposto a mudar toda a história de sua vida   e quem sabe até do mundo. O que você me diz disto, aceita este   desafio de ser alguém segundo o coração de Deus e ser por   Êle usado para fazer diferença neste mundo? Pense nisto e entregue-lhe   o seu coração agora!

Leia Mais  
0 Comentários
O Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro

O Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro

Não é incomum perceber, no meio cristão, uma certa aversão ao apreço judaico por Moisés, que é considerado o maior sábio, líder, mestre e profeta dos judeus.


Para muitos cristãos isso é uma desconsideração desrespeitosa para com o Messias de Israel, Jesus, este si, a maior referência humana de todos os tempos. Para outros, isso não passa de vã idolatria para com alguém que já está ultrapassado, pois seus ensinamentos caducaram e não valem mais. Mas o que nos dizem a esse respeito as Sagradas Escrituras Neo-Testamentárias? Moisés de fato passou e não significa mais nada? E os seus ensinamentos ou as suas leis invalidaram-se?

Para a surpresa de muitos, nada mais, nada menos do que o Livro de Apocalipse, o Livro da Revelação dos acontecimentos dos últimos dias, ou do desfecho da história da humanidade, é que nos aviva a memória para a importância de Moisés, colocando-o lado a lado com Jesus. O que? Deve haver algum engano...Vejamos, pois:

"Vi no céu ainda outro sinal, grande e admirável: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.
E vi como que um mar de vidro misturado com fogo; e os que tinham vencido a besta e a sua imagem e o número do seu nome estavam em pé junto ao mar de vidro, e tinham harpas de Deus.
E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos séculos.
Quem não te temerá, Senhor, e não glorificará o teu nome? Pois só tu és santo; por isso todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos.
Depois disto olhei, e abriu-se o santuário do tabernáculo do testemunho no céu; e saíram do santuário os sete anjos que tinham as sete pragas, vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos, à altura do peito com cintos de ouro." 
[Ap 15:1-6]

O apóstolo João estava no meio da sua gloriosa visão dos últimos acontecimentos, relatando a vitória triunfal do Messias de Israel, Jesus sobre os seus últimos inimigos. E, na voz dos que venceram a besta, João nos relata uma música especial: o Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro. O que Moisés está fazendo aqui? Se ele não tem mais nenhuma relevância como referência humana, porque foi aqui citado e ao lado do Cordeiro, Jesus, sem nenhuma restrição? Precisamos refletir sobre isso. O primeiro aspecto a considerar diz respeito à posição de autoridade de Moisés com relação à revelação de Deus. Foi Moisés quem entregou à humanidade, através do Povo de Israel, a orientação básica acerca do modo de vida projetado por D'us para o homem. A Lei de Moisés ou Torá - como é chamada respeitosamente pelos judeus - no hebraico significa exatamente "ensinamento", deixando-nos evidente que as suas palavras representavam a instrução ou manual de vida, oriundos do próprio Deus, para o povo que Ele separou para si para o servir e ser um exemplo na Terra.

Isso significa que, em todos os tempos, os ensinamentos de Moisés são a base do conhecimento de Deus e da Sua vontade. Tanto que, ao vencerem o mestre do Diabo, a Besta, com todas as suas mentiras e instruções enganosas, os crentes entoarão o Cântico de Moisés juntamente ao Cântico do Cordeiro. Os cantos na Bíblia sempre falam de vitória e de louvor e adoração a Deus, o invencível. E aqui não é diferente: A vitória de Moisés é celebrada, junto com a vitória do Cordeiro. O que quer dizer que os ensinamentos de Moisés venceram, juntamente com os ensinamentos de Jesus. E isso porque Jesus, na verdade, veio dar cumprimento às profecias mosaicas. Ele mesmo ressaltou:
"Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido" [Mt 5:17,18].

Diante disso, o que vemos é que há uma só música a entoar: a vitória de D'us sobre a Terra. E a primeira estrofe cabe a Moisés, que deu início ao Plano Divino. Mas a Segunda estrofe cabe ao Cordeiro, que o efetivou e ainda vai efetivando, através dos seus redimidos, quer judeus, quer gentios, que entoarão, juntos, o refrão: "Grandes e Admiráveis são as tuas obras, ó Senhor!" Porque guardar os mandamentos do Eterno Deus, dados por Moisés e guardar a fé em Jesus se constituem no triunfo maior do Povo de D'us, como bem afirmou João, no mesmo livro de Apocalipse, um capítulo antes: "Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" [Ap 14:12].

O outro aspecto a considerar diz respeito a necessária unidade final entre o Povo de Deus Israel e o Povo de Deus Igreja. Inegavelmente e justificadamente, Moisés é o referencial do povo judeu e o seu símbolo, em todos os tempos, diante de toda a humanidade. Falar de Moisés é falar do judaísmo e de uma exemplar história de libertação, milagres, poder e presença de Deus. Moisés é como o elo entre o Povo de Israel e Deus, pois Ele foi o canal Divino para liderar os israelitas e passar para eles as instruções Divinas que lhes garantiriam a vida e a sobrevivência até os nossos dias. Por outro lado, a verdadeira Igreja, em sua maioria formada por gentios de todas as nações da Terra, tem como referência o Messias de Israel, Jesus, profetizado por Moisés, que instruiu o Povo de Israel a esperá-lo e segui-lo. E a Igreja verdadeira tem provado, de fato, a libertação, os milagres, o poder e a presença de D'us que Jesus traz.

No entanto, por longos anos esta Igreja tem caminhado separada de Israel. Mas, no fim, terá que se unir a Ele. Porque ambos são Povo de Deus. E, inevitavelmente, terão que dar as mãos, no futuro, pois Jesus não separou os povos, mas de ambos os povos (Judeus e gentios) fez um (Efésios 2:14). E João nos ressalta isso, revelando-nos que cantaremos juntos e em louvor ao mesmo Deus, o Senhor Todo Poderoso. Sim. Judeus e Gentios, diferenciados, mas unificados. Como um só, porém não misturados. Mantendo sua identidade, mas juntos. Percebemos que esta unidade é tão significativa que, após este cântico profético, bem dividido e bem unificado, o Tabernáculo celestial é aberto (Apocalipse 15:5,6) e começa o juízo de Deus sobre a Terra, através das sete pragas que darão o desfecho final a nossa história e nos conduzirão, por fim, ao Novo Céu e à Nova Terra e à Nova Jerusalém, nossa pátria eterna.

É muito interessante observar aqui alguns aspectos:

1) - Somente após os santos entoarem, juntamente, em unidade, o Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro, é que o Tabernáculo, lugar onde habita a glória de Deus, é revelado e o juízo Divino desce sobre a terra através das sete pragas. Isso quer nos dizer que, sem esta verdadeira, real e profunda unidade entre Israel e Igreja (Povo judeu e crentes gentios) a ansiada glória celestial não se manifestará.

2) - É exatamente Moisés a referência bíblica acerca do tabernáculo e das pragas. Sim, refrescando a nossa memória, não foi Moisés quem construiu o Tabernáculo terreno, uma cópia do celestial, e de acordo com as orientações detalhadas do próprio Deus? E não foi ele, também, o instrumento Divino para trazer as pragas sobre o Egito, como juízo de Deus contra o opressor e "carcereiro" de Seu Povo? Libertação, redenção da escravidão e vislumbre da glória e presença de Deus eram as maiores necessidades do Povo de Israel daquela época. Mas também eram a sombra da redenção final, ou seja, era o reflexo da redenção completa e da glória de Deus definitiva.

Talvez tudo isso pareça muito complexo, mas de fato não é. Porque tudo se resume na Soberania de D'us que prevalece, mesmo que o homem falhe, mesmo que o Seu Povo não lhe seja fiel, mesmo que a história pareça tomar outro rumo. Ele está no controle! Ele determinou! E assim será! Portanto, o que Moisés representou para o Eterno, continua representando. O que Ele planejou com ele e com os seus ensinamentos, continua valendo. O que foi projetado para a história da redenção, será cumprido, e cabalmente. A Igreja gentílica ligada a suas raízes judaicas subsistirá, mesmo que seja pela ressurreição.
E a unidade do Povo de Deus na Terra, quer judeus, quer gentios, será real. Porque Deus é o Senhor. Ele o decidiu. Ele o fará! E "agindo Deus, quem impedirá?"(Is 43:13) Resta-nos, pois, atentar bem para a palavra profética. Porque se ela disse que os vencedores da besta cantarão o Cântico de Moisés e o Cântico do Cordeiro, isso acontecerá. E nós podemos apressar isso, aprendendo a música desde já!

Leia Mais  
0 Comentários
Curiosidades sobre Israel

Curiosidades sobre Israel

Casamentos Mistos

Atendendo as graves advertências feitas por Deus, os israelitas tinham muito cuidado em não macular sua impureza religiosa, casando-se com gentios. Mas geralmente havia muitos casamentos misto entre o povo, com grandes prejuízos para eles. Isso aconteceu durante toda a história da nação. Moisés mesmo se casou com uma midianita.
E Moisés consentiu em morar com aquele homem; e ele deu a Moisés sua filha Zípora,
(Êx 2:21).

E o rei Salomão também estava sempre tomando por esposa mulheres estrangeiras , o que fazia parte dos acordos de paz que celebrava o país de origem delas.
E O REI Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, (1 Rs 11:1)

Mas, apesar disso, havia uma grande preocupação em proibir o casamento com indivíduos de outras religiões, e em se orientar o povo a esse respeito.
Para que não faças aliança com os moradores da terra, e quando eles se prostituirem após os seus deuses, ou sacrificarem aos seus deuses, tu, como convidado deles, comas também dos seus sacrifícios, E tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam com os seus deuses. (Êx 34:15,16)

Esses relacionamentos infalivelmente enfraqueciam a fé dos hebreus.
Acabadas, pois, estas coisas, chegaram-se a mim os príncipes, dizendo: O povo de Israel, os sacerdotes e os levitas, não se têm separado dos povos destas terras, seguindo as abominações dos cananeus, dos heteus, dos perizeus, dos jebuseus, dos amonitas, dos moabitas, dos egípcios, e dos amorreus. Porque tomaram das suas filhas para si e para seus filhos, e assim se misturou a linhagem santa com os povos dessas terras; e até os príncipes e magistrados foram os primeiros nesta transgressão(Ed 9:1,2).

Contudo, a despeito de todas as tentativas para se manter pura a raça, houve certos eventos que dificultaram esse esforço - os exílios dos israelitas para Assíria e Babilônia, por exemplo. O povo foi levado de suas terras para estes países e lá se casaram com gentios. Os samaritanos eram remanescentes do Reino do Norte que se casaram com estrangeiros transportados para Israel pelos assírios. Os filhos deles já não eram considerados israelitas.

A Bíblia condenava todo tipo de casamento misto, mas mesmo assim houve muitas dessas uniões durante todo o período bíblico. No novo Testamento, é condenado o casamento com incrédulos.
Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? (2 Co 6:14,15).

A Cerimônia Nupcial

Os judeus sempre gostaram muito de festas, festejos, e comemorações bem elaboradas. O casamento era motivo para festejos alegres, cheios de animação, que poderiam durar até uma semana ou mais. Haviam casos em que parentes viajavam longas distâncias para assistirem ao evento, e todos os amigos e vizinhos concorriam à casa. Muitas vezes, os casamentos eram realizados no outono, após a colheita, para que pudesse ser assistido pelo maior número de pessoas possível.

As testemunhas, tanto do lado da noiva como do noivo, eram sempre em grande número. O noivo tinha por costume escolher uma amigo para ser o seu "paraninfo" (Jz 14.20 - I.B.B), que no Novo Testamento é chamado de "amigo do noivo".
Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já este meu gozo está cumprido.
(Jo 3:29).

Antes do casamento havia um cortejo nupcial. A noiva saia de sua casa acompanhada das pessoas que formavam seu grupo; o noivo vinha de outro lugar por ele escolhido. o destino era a casa do pai do noivo. Supõe-se, por isso, que era ele quem arcava com as despesas da festa. Os dois grupos eram constituídos de amigos de cada um, que iam tocando instrumentos musicais ou cantando e espalhando flores pelo caminho. Quase sempre, eles cantavam as tradições musicais de casamento, das quais, às vezes, constavam versos de amor de Cantares (3.6). É a esse cortejo que Jesus se refere ao narrar a parábola das dez virgens (Mt 25.1-13). A função delas era acompanhar o noivo à cerimônia.

A noiva, que geralmente era transportada numa liteira, ia sempre muito enfeitada, vestida com belos trajes e as jóias mais vistosas que o casal pudesse arranjar. Era comum eles passarem muitos meses preparando as roupas para essa ocasião especial. Tradicionalmente, a noiva tinha que usar um véu sobre o rosto, que só seria removido quando os dois estivessem a sós. Os convidados também usavam roupas festivas ou vestes nupciais.
E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias. (Mt 22:11)

A cerimônia nupcial era chamada de huppar, que significava "toldo". Era possível que a noiva e o noivo ficassem sentados debaixo de um toldo durante parte da cerimônia. Ao que parece, não havia a presença de um religioso ou um juiz no casamento, sendo pois um paralelo da prática antiga observada por Isaque e Rebeca. (Ele simplesmente conduziu a noiva para a tenda de sua mãe, e assim se tornaram marido e mulher. Os votos matrimoniais e compromissos  tinham sido feitos anteriormente - Gn 24.67) O casal se colocava diante dos amigos e parentes que provavelmente recitavam passagens bíblicas  ou textos da sabedoria tradicional. Mas em vez de uma cerimônia silenciosa e reservada, o grupo participava do evento com muita alegria e animação.

Depois então os noivos eram deixados a sós para consumar a união, em uma tenda ou quarto, previamente preparado para ser a câmara nupcial. E enquanto o casal consumava o casamento, os convidados continuavam a festejar. Tocavam instrumentos musicais, dançavam, cantavam e faziam jogos. Comida e vinho eram distribuídos em abundância.

E embora isso possa parecer estranho aos nossos olhos de ocidentais, algum tempo depois o casal saia da câmara nupcial trazendo as provas de que a noiva era virgem, e de que eles haviam se unido. Feito isso, os recém-casados se juntavam ao resto dos convidados, e as comemorações continuavam ainda durante sete dias ou mais, grande parte da festa sendo realizada do lado de fora. Foi numa dessas festas que pediram a Jesus para providenciar mais vinho (Jo 2.1-11).

A parábola das bodas narrada por Jesus nos dá mais uma informação sobre um casamento em famílias ricas (Mt 22.1). Bois e novilhos cevados eram abatidos, pois geralmente se esperava que todos os convidados comparecessem. No caso dessa parábola, eles não apareceram, e o rei ficou grandemente encolerizado.

Entre eles havia o costume também de atirarem frutas e sementes para o alto à frente dos noivos. Isso era quase uma superstição, pois significava que estavam-lhes desejando felicidades e muitos filhos alegres e saudáveis.

Leia Mais  
0 Comentários
ESTE SITE FOI CRIADO USANDO