Aliá

Aliá

O retorno profético dos judeus a Eretz Israel!

Ao longo da história, muitos se levantaram contra o povo de Israel, negando que eles ainda tenham uma aliança (b’rit) com o Senhor Deus de Israel, aliança esta que foi feita com Abraão.

Muitos não tem interesse por aquilo que aconteceu e está acontecendo em Israel.

A falta de conhecimento da história de Israel, no meio cristão, tem trazido uma grande cegueira espiritual, e muitos cristãos tem deixado de lado a Palavra do Senhor, para acreditarem em doutrinas de homens, perdendo assim as promessas do Senhor contidas em sua palavra.

Nada do que o Senhor disse em sua palavra, se perdeu ou se perderá. Jesus disse que: "... até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido" (Mt 5:18).

E é isto que temos visto acontecer. A palavra do Senhor está se cumprindo. As promessas feitas a Israel, a cada dia se cumprem. Uma das categorias de promessas que foram feitas ao povo de Israel e que vimos e temos visto se cumprirem, são aquelas que dizem respeito à volta dos judeus para Israel à terra de sua herança.

 "Portanto, eis que dias vêm, diz o Senhor, em que não se dirá mais: vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito:
Mas sim: vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel da terra do Norte e de todas as terras para onde os tinha lançado; porque eu os farei voltar à sua terra, que dei a seus pais. (Jr 16:14-16).

 "Não temas, pois, porque eu sou contigo; trarei a tua descendência desde o Oriente, e te ajuntarei desde o Ocidente. Direi ao Norte: dá; Ao Sul: não retenhas:
 trazei meus filhos de longe, e minhas filhas das extremidades da terra. (Is 43:5,6)


E assim como estava profetizado na Palavra do Senhor, se cumpriu. Os judeus começaram a voltar em massa para a terra que lhes foi dada em possessão perpétua por Deus. Voltaram dos quatro cantos da terra! Isso nos mostra como o Senhor zela pela Palavra que sai de seus lábios!


A Aliá e a História

A Primeira Aliá
Ano: 1882 - 1904 (5.642 - 5.664)
Imigrantes: 25.000
Países: Europa Oriental, Rússia (Norte), Romênia, Iêmen (Sul) Países: Rússia (Norte), Romênia, judeus que tinham ficado sem recursos no 

A Segunda Aliá
Ano: 1904 - 1914 (5.664 - 5.674)
Imigrantes: 40.000
País: Rússia (Norte).

A Terceira Aliá
Ano: 1919 - 1923 (5.680 - 5.684)
Imigrantes: 35.000
 estrangeiro durante a 1a Guerra Mundial (Ocidente).

A Quarta Aliá
Ano: 1924 - 1928 (5.684 - 5.688)
migrantes: 67.000
Países: Polônia, Europa Oriental.

A Quinta Aliá
Ano: 1930 - 1939 (5.690 - 5.699)
Imigrantes: Mais de 25.000
Países: refugiados da Alemanha Nazista, Polônia, Europa Central.

 "Então no teu coração dirás: Quem me gerou estes, visto que eu era desfilhada e solitária, exilada e errante? Quem, pois, me criou estes? Fui deixada sozinha; estes onde estavam? (Is 49:21)

Como correram as "ondas de migração"? 

Algumas ondas de imigração receberam nomes especiais. Cumprindo a palavra do Senhor que foi profetizada por Isaías, que eles viriam voando. "Quem são estes que vêm voando como nuvens e como pombas para as suas janelas?" (Is 60:8)

Operação Tapete Mágico
Data: 18 de novembro de 1949 a 24 de setembro de 1950
País de origem: Iêmen
   Nº de Imigrantes: cerca de 50.000
   Meio de transporte: Aéreo.

Operação ESDRAS E NEEMIAS
Data: 18 de maio de 1950 até 1951
País de origem: Iraque
   Nº de Imigrantes: cerca de 130.000
   Meio de transporte: Aéreo.


Operação MOISÉS
Data: último meses de 1984
País de origem: Etiópia
Nº de Imigrantes: cerca de 7.000
   Meio de transporte: Aéreo. 


Operação SALOMÃO
Data: 24-25 de maio de 1991
País de origem: Etiópia
Nº de Imigrantes: cerca de 14.500
   Meio de transporte: Aéreo.    


"Assim diz o Senhor Deus: Eis que levantarei a minha mão para as nações...; então eles trarão os teus filhos nos braços e as tuas filhas serão levadas sobre os ombros.
    (Is 49:22).    No passado as "ondas migratórias" foram um     fato importante para a reconstrução do Estado de Israel. Porém     não acabou. No presente este fato continua a ocorrer! O Eterno está     providenciando o ajuntamento do seu povo para cumprir neles os desejos de     seu coração expressos em sua Palavra.     O profeta Ezequiel     vê a situação deles e diz:     "Portanto assim diz     o Senhor Deus: Agora tornarei a trazer os cativos de Jacó .     E me compadecerei de toda a casa de Israel: terei zelo pelo meu santo nome;     então saberão que eu sou o Senhor seu Deus, vendo que os fiz     ir em cativeiro entre as nações e os tornei a ajuntar para     voltarem à sua terra, e nenhum deles excluí"     (Ez 39.25;28 - grifo nosso).     Portanto, esperemos ainda um retorno dos     judeus à Israel, pois a Palavra profética do Eterno nos diz     que eles voltariam sem nenhuma exclusão! Isso nos dá a entender     que todos os judeus voltarão à Israel!     Ali o Eterno     tem uma aliança com seu povo e ali é o lugar onde Ele entrará     em juízo com as nações da terra através do povo     de Israel.     Portanto, aprendamos a discernir o sinal dos tempos: este retorno     atual do povo de Israel à terra de seus pais é sintomático,     pois aponta para o fim e também para o juízo de Deus sobre as     nações gentílicas que desprezam à Deus e a Israel.    

Que o Senhor nos ajude a entender a Sua Palavra e a amarmos Israel agora!

Fonte: www.bibliabytes.com.br

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Os Nefilins

Os Nefilins

Terra de gigantes? "Ora, naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade." (Gênesis 6:4)

Nefilim (hebraico:. נְפִילִים) termo derivado do hebraico naphal (ele caiu), é um termo que ocorre duas vezes na Bíblia, em Gênesis 6:4 e Números 13:33. A Septuaginta traduziu o termo pela palavra grega que significa, literalmente, nascido da terra, e as traduções seguintes verteram o termo para gigantes. Lutero traduziu nefilim como tiranos.

O Padre Aníbal Pereira Reis explica que na tradução original "benai elohim" no capítulo 6 de Gênesis se refere a anjos e não a descendência de Sete, o mesmo sentido aparece no livro de Jó.

Outro cristão que defende essa tese é o ex-pastor Caio Fábio no livro "Nefilim".

Todas as referências de gigantes que aparecem nos livros de Erich von Däniken também apontam para os Nefilins,bem como, os escritos de Zecharia Sitchin que ao se referir aos Anunakis das tabuletas do povo sumérios também apontam para os Nefilins.

Os gigantes que aparecem no Velho Testamento bíblico deixaram de existir no período do Rei Davi, onde possivelmente foram todos dizimados. O próprio gigante Golias, morto por Davi era um descendente longíquo dos Nefilins, mas bem inferior aos primeiros que aparecem no período pré-diluviano e que são possivelmente os principais motivadores da destruição daquele mundo antigo, conforme 2 Pedro 2.4 e Judas 6.

Segundo Adam Clarke, a tradução de nefilim como gigantes é um erro: o texto de Gênesis faz uma distinção entre os filhos dos homens e os filhos de Anjos; os filhos dos homens seriam os nefilim, homens caídos e nascidos da terra, com a mente animalesca e diabólica, contrastando com os filhos de Anjos. Esta distinção seria entre os pecadores e os santos. Os nefilim teriam se tornado giborim, do hebraico gabar (eles prevaleceram, foram vitoriosos) que significa conquistadores ou heróis.[1]

Carl Friedrich Keil e Franz Delitzsch também atribuem a tradução de nefilim como gigantes a um erro. Segundo estes autores, a interpretação de Gênesis 6:4 é controversa, porém eles rejeitam como absurda a ideia de que a passagem se refere à reprodução entre anjos (filhos de Deus) e filhas dos homens, produzindo uma raça de monstros, como se fossem semideuses, demônios ou anjos-homens. Segundo Keil e Delitzsh, os nefilim, ou seja, os tiranos, já habitavam a terra antes dos filhos de Deus (descendentes de Sete) terem filhos com as filhas dos homens (descendentes de Caim), e continuaram existindo depois que nasceram os filhos destas uniões.

A. H. Sayce, porém, ao comentar sua tradução de uma inscrição de Tiglate-Pileser I, interpretou que a palavra naplu, que ele verteu como o poderoso destruidor, era a mesma palavra que nefilim, ou gigantes. Senaqueribe também menciona Napallu como um deus protetor.


E você, qual sua opinião? Queremos saber...


Fontes: Adam Clarke, Commentary on the Bible (1831), Genesis 6; M. G. Easton, Easton's Bible Dictionary (1897), Nephilim; Carl Friedrich Keil e Franz Delitzsh, Biblical Commentary on the Old Testament (1857-78); O Diabo - Aníbal Pereira Reis; Nefilim _ Caio Fábio; Gênesis Revisitado - Zecharia Sitchin; Eram os Deuses Astronautas - Erich von Däniken; A. H. Sayce, Records of the Past, 2nd series, Vol. I (1888) 

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Os livros da Bíblia

Os livros da Bíblia

Conheça a origem de alguns nomes dos livros da bíblia


O Pentateuco, do grego, "os cinco rolos", é composto pelos cinco primeiros livros da Bíblia. Entre os judeus é chamado de Torá, uma palavra da língua hebraica com significado associado ao ensinamento, instrução, ou literalmente Lei, uma referência à primeira secção do Tanakh, os primeiros cinco livros da Bíblia hebraica, cuja autoria é atribuída a Moisés. Os judeus também usam a palavra Torá num sentido mais amplo, para referir o ensinamento judeu através da história como um todo. Neste sentido, o termo abrange todo o Tanakh, o Mishná, o Talmude e a literatura midrash. Em seu sentido mais amplo, os judeus usam a palavra Torá para referir-se a todo e qualquer tipo de ensino ou filosofia.


Gênesis (português brasileiro) ou Génesis (português europeu) (do grego Γένεσις, "origem", "nascimento", "criação", "princípio") é o primeiro livro tanto da Bíblia Hebraica como da Bíblia cristã, antecede o Livro do Êxodo. Faz parte do Pentateuco e da Torá, os cinco primeiros livros bíblicos. Gênesis (do grego Γένεσις, "nascimento", "origem") é o nome dado pela Septuaginta ao primeiro destes livros, ao passo que seu título hebraico Bereshit (בְּרֵאשִׁית, B'reishit, "No princípio") é tirado da primeira palavra de sua sentença inicial. Narra a visão desde a criação do mundo na perspectiva hebraica, genealogias dos Patriarcas bíblicos, até à fixação deste povo no Egipto através da história de José. A tradição judaico-cristã atribui a autoria do texto a Moisés enquanto a crítica literária moderna prefere descrevê-lo como compilado de texto de diversas mãos. 


Livro do Êxodo ou simplesmente Êxodo (do em grego antigo: ἔξοδος, éxodos, "saída" ou "partida"; em hebraico: שְׁמוֹת, Shəmōṯ, "nomes", a segunda palavra do começo do texto: "Ora estes são os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito") é o segundo livro da Torá (vem logo depois de Gênesis) e o segundo da Bíblia hebraica (o Antigo Testamento dos cristãos).

Ele conta a história do Êxodo, ou seja, de como os israelitas deixaram para trás a escravidão no Egito por sua fé em Yah, que escolheu Israel como seu povo. Liderados por seu profeta, Moisés, eles viajaram pelo deserto até o monte Sinai, onde Javé lhes promete a terra de Canaã (a "Terra Prometida") como recompensa por sua fidelidade. Os israelitas passam a fazer parte da aliança com Javé, que lhes fornece suas leis e instruções para a construção do Tabernáculo. Segundo o relato, Yah então desceu do céu e habitou com eles, liderando o povo na guerra santa para conquistar a terra e conseguir a paz.

Tradicionalmente atribuído ao próprio Moisés, os estudiosos modernos entendem que o livro foi, inicialmente, produzido no cativeiro da Babilônia (século VI a.C.) tendo como base tradições escritas e orais mais antigas com revisões finais no período pós-exílio (século V a.C.). Alguns estudiosos defendem que este é o mais importante livro do Antigo Testamento, pois ele define as principais características da identidade de Israel: a memória de um passado marcado por dificuldades e pela fuga, uma aliança com Deus, que escolheu Israel, e o estabelecimento de uma vida comunitária e as leis necessárias para mantê-la.


Levítico (do grego Λευιτικόν, "Leuitikon", do original hebraico "torat kohanim") é o terceiro livro da Bíblia hebraica (em hebraico: וַיִּקְרָא, "Vaicrá" - "Chamado por Deus") e do Antigo Testamento cristão. O termo em português é derivado do latim "Leviticus", emprestado do grego, e é uma referência aos levitas, a tribo de Aarão, os primeiros sacerdotes judaicos ("kohanim"). Endereçado a todo o povo de Israel (Levítico 1:2), o livro contém algumas passagens específicas para os sacerdotes (Levítico 6:8, por exemplo). A maioria de seus capítulos (1-7; 11-27) são discursos de Deus no monte Sinai a Moisés, que recebeu a missão de repeti-las aos israelitas, durante o Êxodo (Êxodo 19:1). O Livro do Êxodo narra como Moisés liderou os israelitas na construção do Tabernáculo (caps. 35-40), que era uma tenda que servia como "templo" móvel dos judeus durante a jornada pelo deserto, com base nas instruções de Deus (25-31). Seguindo a narrativa no Levítico, Deus conta aos israelitas e a seus sacerdotes como realizar as ofertas no Tabernáculo e como se portar enquanto estavam acampados à volta da tenda do santuário. Os eventos no Levítico ocorreram durante o período de trinta a quarenta e cinco dias entre o fim da construção do Tabernáculo (Êxodo 40:17) e a despedida dos israelitas do Sinai (Números 1:1, Números 10:11).

As instruções no Levítico enfatizam práticas rituais, legais e morais ao invés de crenças. Mesmo assim, elas refletem a visão de mundo da história da criação em Gênesis 1, quando Deus revela o desejo de viver entre os homens. O livro ensina que a realização fiel dos rituais no santuário tem o poder de tornar isto possível se o povo se mantiver longe do pecado e das impurezas sempre que possível. Os rituais, especialmente os relativos ao pecado e as oferendas decorrentes, são formas de se obter o perdão (caps. 4-5) e a purificação das impurezas (11-16) para que Deus possa continuar a viver no Tabernáculo.


Livro dos Números (do grego Ἀριθμοί, "Arithmoi"; em hebraico: בְּמִדְבַּר, Bəmiḏbar, ("No deserto [de]") é o quarto dos cinco livros da Torá, a primeira seção da Bíblia hebraica, e do Antigo Testamento cristão. O nome em português é derivado do latim "Numeri" e é uma referência aos dois censos dos israelitas citados no texto. Este livro tem uma longa e complexa história, mas sua forma final provavelmente é resultado de uma edição sacerdotal de uma fonte javeísta realizada em algum momento no início do período persa (século V a.C.).

Números começa no monte Sinai, onde os israelitas haviam recebido suas leis e renovado sua aliança com Deus, que passou a habitar entre eles no Tabernáculo. A próxima missão era tomar posse da Terra Prometida. A população é contada e preparativos são realizados para reassumir a marcha até lá. Os israelitas reassumem a jornada, mas logo aparece um rumor sobre as dificuldades da viagem e questionamentos sobre a autoridade de Moisés e Aarão. Por causa disto, Deus destrói aproximadamente 15 000 deles através de formas variadas. Eles chegam até a fronteira de Canaã e enviam espiões para reconhecer o terreno. Ao ouvir o temeroso relato deles sobre as condições encontradas, os israelitas se apavoram e desistem de se apoderar do território. Deus condena-os todos à morte no deserto até que uma nova geração possa crescer para assumir a tarefa. O livro termina com a nova geração na planície de Moab pronta para cruzar o rio Jordão.

Este livro marca o final da história do êxodo de Israel da opressão no Egito Antigo e sua viagem para conquistar a terra prometida por Deus a Abraão. Por isso, Números conclui narrativas iniciadas no Gênesis e elaboradas no Livro do Êxodo e no Levítico: Deus havia prometido que os israelitas que eles seriam grandes (ou seja, seriam numerosos), que eles teriam uma relação especial com Javé, seu Deus, que eles conquistariam a terra de Canaã. Números também demonstra a importância da santidade (tema fundamental do Levítico), fé e confiança: apesar da presença de Deus e de seus sacerdotes, Israel ainda não tem fé suficiente e, por isso, a conquista da terra prometida fica para uma nova geração.


Deuteronômio (português brasileiro) ou Deuteronómio (português europeu) (do grego Δευτερονόμιον, "Deuteronómion", "Segunda lei""; em hebraico: דְּבָרִים, Devārīm, "palavras [ditas]") é o quinto livro da Torá, a primeira seção da Bíblia hebraica e parte do Antigo Testamento da Bíblia cristã. O título em hebraico é derivado do primeiro versículo, "Eleh ha-devarim", «Estas são as palavras que Moisés falou...» (Deuteronômio 1:1). O título em português deriva do grego, que significa "segunda lei", uma referência à frase da Septuaginta "to duteronomion touto", "uma segunda lei", em Deuteronômio 17:18. Esta frase é, por sua vez, uma tradução incorreta do hebreu "mishneh haTorah hazoth", "uma cópia desta lei".

O livro está dividido em três sermões ou homilias proferidas aos israelitas por Moisés na planície de Moabe pouco antes da entrada na Terra Prometida. O primeiro recapitula os quarenta anos vagando pelo deserto que culminaram naquele momento e termina com uma exortação para que se observe a lei, mais tarde conhecida como Lei Mosaica. O segundo relembra os israelitas da necessidade do monoteísmo e da observância das leis que Deus lhes entregou no monte Sinai, da qual depende a posse da terra que irão conquistar. O terceiro oferece o consolo de que, mesmo que Israel se mostre infiel – e, por isso, perca a terra –, com o arrependimento, tudo poderá ser restaurado.

Tradicionalmente visto como sendo uma transcrição das palavras de Moisés proferidas antes da conquista de Canaã, um amplo consenso entre os estudiosos modernos defende que o texto se originou no Reino de Israel (o reino do norte) e foi levado para o sul, para o Reino de Judá, na iminência da conquista assíria de Aram (século VIII a.C.) e depois adaptado para se conformar à reforma nacionalista na época de Josias (final do século VII). A forma final do texto como conhecemos hoje emergiu no contexto do retorno do cativeiro da Babilônia no final do século VI a.C.[3] Muitos estudiosos entendem que este livro é um reflexo das necessidades econômicas e do status social dos levitas, grupo a que o autor provavelmente pertencia.

Um dos mais importantes versículos da Bíblia, conhecido como "Shemá Israel", está no Deuteronômio e se tornou com o tempo a afirmação definitiva da identidade judaica: «Ouve, ó Israel; Javé nosso Deus é o único Deus» (Deuteronômio 6:4). Este versículo e o seguinte ("Amarás, pois, a Javé teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.") foram citados por Jesus em Marcos 12:28-34 como parte do Grande Mandamento.


Outros livros:


O Livro dos Juízes (em hebraico: ספר שופטים, Sefer Shoftim=plural de "shofet") é o sétimo livro da Bíblia hebraica e do Antigo Testamento da Bíblia cristã. Ele narra a história dos juízes bíblicos, os líderes inspirados cujo conhecimento direto de Javé permitiu-lhes agir como campeões dos israelitas contra a opressão de monarcas estrangeiros e como modelos do comportamento sábio e fiel requerido deles por Javé depois do êxodo do Egito e da conquista de Canaã. As histórias seguem um padrão consistente por todo o livro: o povo se mostra infiel a Javé, que, por isso, os entrega na mãos de seus inimigos; o povo se arrepende e implora misericórdia a Javé, que lhes envia um líder ou campeão ("juiz"); o juiz liberta os israelitas da opressão e eles prosperam, mas logo caem novamente na falta de fé e o ciclo se repete. Estudiosos consideram que muitas das histórias em Juízes são as mais antigas da história deuteronômica com uma grande redação no século VIII a.C.; alguns trechos, como o "Cântico de Débora", são muito mais antigos e podem ser de uma época próxima à que o livro relata.


Do hebraico "Melakim" ("Reis") na Bíblia cristã, os dois Livros dos Reis, geralmente chamados de I Reis e II Reis, concluem uma série de livros conhecidos como "história deuteronômica", que começa em Josué, passando pelo Juízes, Samuel e Reis, mas não Crônicas, cujos dois livros foram escritos, segundo muitos estudiosos, para prover uma explicação teológica para o Cerco de Jerusalém (587 a.C.) que resultou na destruição do Reino de Judá pelo Império Babilônico em 586 a.C. e para prover uma base para o retorno do exílio.

Na Bíblia hebraica, os dois livros de Reis estão reunidos num único livro, chamado Livro de Reis (em hebraico: ספר מלכים, Sepher M'lakhim), o quarto livro do Nevi'im, a segunda divisão do Tanakh, e parte da subdivisão dos Antigos Profetas. Na Septuaginta, os livros de Samuel e Reis eram parte de um único texto divido em quatro livros. Os dois livros de Samuel eram chamados de I Reis e II Reis e os modernos livros dos Reis eram chamados de III Reis e IV Reis (em grego: Βασιλειῶν, "reis").

Os dois livros dos Reis apresentam uma história de Israel e de Judá da morte de David até a libertação de Joaquim do cativeiro na Babilônia, um período de cerca de 400 anos (c. 960–560 a.C.).


Os dois Livros de Crônicas (em grego "Paraleipomena" = "as coisas omitidas"; no hebraico "Dibrê Haiiamim" = "acontecimentos dos dias"), geralmente chamados de I Crônicas e II Crônicas, são livros do Anantigo Testamento da Bíblia cristã. Eles geralmente aparecem depois dos dois Livros de Reis e antes do Livro de Esdras, concluindo a seção conhecida como "livros históricos do Antigo Testamento", também conhecida como "história deuteronômica".

Na Bíblia hebraica, os livros de Crônicas aparecem num único livro, chamado "Diḇrê Hayyāmîm" (em hebraico: דִּבְרֵי־הַיָּמִים, "O Assunto dos Dias") e é o livro final do Ketuvim, a terceira e última parte do Tanakh. As Crônicas foram divididas em dois livros na Septuaginta, a tradução da Bíblia para o grego koiné realizada no século II a.C., chamados I e II Paralipoménōn (Παραλειπομένων, "coisas deixadas de lado") ou Paralipômenos. O nome em português deriva do nome em latim destes livros, "chronikon", que foi dado por Jerônimo em sua tradução no século V.

Crônicas apresenta a narrativa bíblica começando no primeiro ser humano, Adão, e atravessando a história de Judá e Israel até a proclamação do rei persa Ciro, o Grande (c. 540 a.C.) libertando os israelitas do cativeiro na Babilônia.


Salmos (do grego Ψαλμός, em transliteração latina música, pois o nome no original hebraico é מזמור em transliteração latina mizmor ou música) ou Tehilim (do hebraico תהילים em transliteração latina louvores) é um livro do Tanakh (faz parte dos escritos ou Ketuvim) e da Bíblia Cristã, sucede o Livro de Jó, pois este encerra a sequência de "livros históricos", e antecede o Livro dos Provérbios, iniciando os "livros proféticos" e os "livros poéticos", em ordem cronológica, sendo o primeiro livro a falar claramente do Messias (ou Cristo) e seu reinado, e do Juízo Final. É o maior livro de toda Bíblia e constitui-se de 150 (ou 151 segundo a Igreja Ortodoxa) cânticos e poemas proféticos, que são o coração do Antigo Testamento. É espécie de síntese que reúne todos os temas e estilos dessa parte da Bíblia,, utilizado pelo antigo Israel como hinário no Templo de Jerusalém, e, hoje, como orações ou louvores, tanto no Judaísmo, no Cristianismo e também no Islamismo (o Corão no cap. 17, verso 82, refere os salmos como "um bálsamo"). Tal fato, comum aos três monoteísmos semitas, não tem paralelo, dado que judeus, cristãos e muçulmanos acreditam nos Salmos que foram escritos em hebraico, depois traduzidos para o grego e latim


O Livro dos Provérbios (em hebraico: מִשְלֵי, "Míshlê [Shlomoh]"="provérbio, palavra, dito") ou Provérbios de Salomão é o segundo livro da terceira seção (Ketuvim) da Bíblia hebraica e um dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã, onde ele é o Vigésimo Quarto livro. Quando ele foi traduzido para o grego e o latim, o título assumiu diferentes formas: na Septuaginta grega, Παροιμίαι ("Paroimiai", "Provérbios"); na Vulgata latina, o título é "Proverbia", do qual deriva o nome em português.

Provérbios não é apenas uma antologia e sim uma "coleção de coleções" relacionadas a um padrão de vida que perdurou por mais de um milênio. O livro é um exemplo da tradição sapiencial bíblica e levanta questões sobre valores, comportamento moral, o significado da vida humana e uma conduta direita. O tema recorrente é que "o Temor a Deus — a submissão à vontade de Deus — é o princípio da sabedoria". A sabedoria é elogiada por seu papel na criação; Deus a manifestou antes de tudo e, através dela, ordenou o caos; e como os homens devem sua vida e prosperidade a conformidade com a ordem da criação, buscar a sabedoria é a essência e o objetivo da vida religiosa.


Ecclesiastes (em hebraico: קֹהֶלֶת, qōheleṯ; em grego: Ἐκκλησιαστής, Ekklēsiastēs) é o terceiro livro da terceira seção (Ketuvim) da Bíblia hebraica e um dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã. O título "Eclesiastes" é uma transliteração da tradução grega do termo hebraico Kohelet (ou Qohelet), que significa "aquele que reúne", mas que é tradicionalmente traduzido como "professor" ou "pregador" nas traduções da Bíblia em português, o pseudônimo utilizado pelo autor do livro.

O livro data do período entre 450 e 180 a.C. e é da tradição de autobiografias míticas do Oriente Médio, na qual um personagem, descrevendo a si próprio como um rei, relata suas experiências e tira lições delas, geralmente auto-críticas. O autor, que se apresenta como "filho de David, rei em Jerusalém" (ou seja, Salomão), discute o sentido da vida e a melhor forma de viver. Ele proclama que todas as ações de um homem são inerentemente "hevel", um termo que significa "vãs" ou "fúteis", pois tanto os sábios quanto os tolos terminam na morte. Eclesiastes claramente endossa a sabedoria como meio para uma vida terrena bem vivida, pois, apesar desta falta de importância dos atos, o ser humano deve aproveitar os prazeres simples da vida diária, como comer, beber e se orgulhar de seu trabalho, pois são presentes de Deus. O livro conclui com um mandamento: «Teme a Deus e observa os seus mandamentos, porque isto é o tudo do homem.» (Eclesiastes 12:13).

Eclesiastes teve uma profunda influência na literatura ocidental. Nas palavras do novelista americano Thomas Wolfe, "De tudo o que vi ou aprendi, aquele livro parece-me ser o mais nobre, o mais sábio e a mais poderosa expressão da vida do homem sobre a terra — e também a maior das flores da poesia, eloquência e verdade. Não costumo realizar julgamentos dogmáticos em criação literária, mas se tivesse que realizar um, eu diria que Eclesiastes é a maior obra singular de literatura que eu conheci e a sabedoria expressada nele é a mais duradoura e profunda".

Uma das características surpreendentes de Eclesiastes é o fato do livro fazer referências claras ao ciclo da água e a leis meteorológicas, conhecimentos que não existiam nessa época.



O Cântico dos Cânticos (em hebraico: שִׁיר הַשִּׁירִים, Šīr HašŠīrīm= "o Cantar dos Cantares"; em grego: ᾎσμα ᾈσμάτων, Âisma Aismátōn), conhecido também como Cantares, Cânticos de Salomão ou Cântico Superlativo, é o quarto livro da terceira seção (Ketuvim) da Bíblia hebraica e um dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã. É um dos cinco Megillot ("cinco rolos") e é lido no sabá durante a Páscoa judaica, marcando o começo da colheita dos cereais e comemorando o Êxodo do Egito.

No contexto das escrituras cristãs, Cântico dos Cânticos é único por celebrar o amor sexual. Ele dá "voz para dois amantes que se elogiam e se desejam com convites para o prazer mútuo". Os dois se desejam e estão felizes em sua intimidade sexual. As "filhas de Jerusalém" formam um coro para os amantes, funcionando como uma audiência cuja participação nos encontros eróticos dos amantes facilita a participação do leitor. A tradição judaica o interpreta como uma alegoria da relação entre Javé e Israel. A tradição cristã, além de apreciar o sentido literal, de uma canção romântica entre um homem e uma mulher, interpretou também o poema como uma alegoria de Cristo e sua "noiva", a Igreja Cristã.



O Livro de Apocalipse ("O livro da revelação") e também chamado de Apocalipse de João, é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico. Foi escrito por João na ilha de Patmos, no mar Egeu.

A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις, apokálypsis, significa "revelação", formada por "apo", tirado de, e "kalumna", véu.[1] Um "apocalipse", na mesma terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações, que constituem um gênero literário próprio (literatura apocalíptica). Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título Apocalipse e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo de "fim do mundo".

O título do livro pode sugerir "A Revelação de Jesus Cristo", sendo a ideia básica de que os eventos descritos no livro foram revelados a Jesus Cristo, e este mostrou a seus servos, há mais de 2000 anos, as coisas que aconteceriam, teoricamente, em breve. João, o escritor do livro, não é seu autor, apenas o escriba, que escreveu o livro ditado pelo autor, Jesus. Por duas vezes, João relata que o conteúdo do livro foi revelado através de anjos.

Neste livro da Bíblia, conta-se que antes da batalha final, os exércitos se reúnem na planície abaixo de "Har Megido" (a colina de Megido). Entretanto, a tradução foi mal-feita e Har Megido foi erroneamente traduzido para Armagedom, fazendo os exércitos se reunirem na planície antes do Armagedom, a batalha final.

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Divisão Hebraica da Bíblia

Divisão Hebraica da Bíblia

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ESCRITOS SAGRADOS:


A Lei (Torá ou Pentateuco): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.


Os Profetas (Nebhiim):
A - Anteriores: 
Josué, Juízes, I Samuel, II Samuel,I Reis, II Reis.
B - Posteriores:
Isaías, Jeremias, Ezequiel.
Os Doze: Oséias, Joel, Amós,Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias,Ageu,Zacarias, Malaquias.


Os Escribas (Ketubhim):
A - Livros Proféticos: 
Salmos, Provérbios, .
B - Cinco Rolos (Megiloth): O Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Ester, Eclesiastes.


C -Livros Históricos: Daniel, Esdras, Neemias, I Crônicas,II Crônicas.


NOVO TESTAMENTO:


Bibliográficos: Mateus, Marcos, Lucas, João.
Livro Histórico: Atos dos Apóstolos
Cartas (Epístolas) Paulinas: Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses,
II Tessalonicenses, I Timóteo,II Timóteo, Tito, Filemon.
Epístolas Gerais: Hebreus, Tiago, I Pedro, II Pedro,I João, II João, III João, Judas.
Livro Profético: Apocalipse (Revelaçâo)

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Parte I

Deve-se Notar Dois Processos:

I - A Transmissão

Podemos ver a providência de Deus na Transmissão do Texto. O fato é que as Escrituras que possuímos não são manuscritos originais, até são cópias das cópias, e muitas vezes estes documentos que possuímos diferem entre si. Será que podemos confiar no texto? Podemos confiar na inerrância dum texto que até tem corrupções? Se Deus tomou o cuidado de garantir a inerrância do texto original, porque permitiu que sofresse corrupção? Vamos ver a evidência, duma maneira bem resumida, rapidamente. Os manuscritos mais antigos que existem de trechos longos do Velho Testamento, datam de 850 depois de Cristo. Existem porém partes menores bem mais antigas como o Papiro Nash do segundo século da era cristã.

Porém, em 1947, a maior descoberta foram os manuscritos do Mar Morto, quando uma cópia completa de Isaías, fragmentos de Genesis, Levítico, Deuteronômio e Juízes foram encontrados. Estes manuscritos datam do século 1° ou 2° no máximo. Temos evidência indireta que vem da versão grega do Velho Testamento, a Septuaginta, que vem do 3° século AC, e o Pentateuco Samaritano, do 4° século, possivelmente. Há diferenças entre este texto e o texto hebraico, mas, são de pouca importância. Existe uma versão chamada a Hexapla de Origínes que consistia de seis colunas paralelas, das quais a primeira dava o texto hebraico e a segunda a sua transliteração para caracteres gregos. A versão siríaca era usada pela Igreja na Síria, e desde o século nono de nossa era vem sendo conhecida como Pesita (em siríaco, pshittâ) ou tradução "simples". Além disso, existem os Targuns, e outras fontes, que não mencionamos.

Temos os Códices - O Vaticano (325-350) tem a maior parte do Novo Testamento, além do Velho Testamento.
O Códice Sinaítico (375-400) que tem o Novo Testamento completo, mas falta partes do Velho Testamento. O Códice Alexandrino (450 DC) que só tem o Novo Testamento. As Versões Latinas - A mais antiga é a Versão do Latim, Antigo de Utala, (cerca de 200 DC), que era a tradução da Septuaginta. A Vulgata de Jerônimo (390-405 DC) uma tradução primeiramente da Septuaginta e finalmente do hebraico. Existem também outras versões como a Siríaca do século 2° ou 3°.

A Cóptica do 2° século, Etióptica do século 4° e a Armênia do 5° século DC.
Fizemos um estudo bem resumido, e escolhemos apenas algumas fontes para revelar o fato que a nossa herança é riquíssima; e não estamos confiando em apenas um ou dois manuscritos, mas em muitos documentos, que reunidos e comparados não revelam nada que exigiria a modificação da doutrina cristã. No caso de Novo Testamento, há na atualidade, cerca de 4.000 manuscritos gregos que contém o Novo Testamento no todo ou em parte. Quando comparamos a situação do Novo Testamento, com a matéria de evidências manuscritas para outras obras de antigüidade, vemos quão rico é o Novo Testamento. Das Guerras Gaulezas de César, escrito entre 58 a 50 AC, existem vários manuscritos, mas apenas nove ou dez são valiosos, e o mais antigo data de 900 anos após o guerreiro. Dos 142 livros da História Romana de Lívio (59 AC a 17 DC), sobrevivem apenas 35, estes nos são conhecidos a base de não mais de vinte manuscritos de algum valor, e apenas um fragmento que vem do século 4°. Dos 14 livros da História de Tácito (cerca de 100 AD), apenas quatro e meio sobrevivem, dos 16 livros dos seus Anais, restam 10 completos e 2 fragmentos. O texto destas porções remanescentes das duas grandes obras históricas, dependem inteiramente de dois manuscritos, um do século 9° e outro do século 11°. Vamos ver o veredicto pronunciado por Sir Frederic Kenyon estudioso cuja autoridade para emitir juízos quanto a manuscritos antigos, não havia superior: "O intervalo então entre as datas da composição original, é a mais antiga evidência existente, se tornarão tão reduzido, de sorte a ser praticamente desprezível, e o derradeiro fundamento para qualquer dúvida de que nos hajam as Escrituras chegado às mãos substancialmente como foram escritas, agora não mais persiste. Tanto a autenticidade quanto a integridade geral dos livros do Novo Testamento se podem considerar como firmados de modo absoluto e final" - The Bible and Archeology.

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Parte II

II - A Tradução

Temos o problema da transferência de pensamento duma linguagem original para uma secundária. O problema é a verificação, será que o pensamento original foi transferido com exatidão? Podemos dizer que tantas são as precauções tomadas, que a tradução fiel da Bíblia em qualquer língua pode ser considerada como a Palavra de Deus. É lógico que quando se faz a tradução de qualquer palavra em qualquer idioma, perde-se a "força" original do termo na língua mãe. Isso ocorre também porque existem expressões que chamamos de "expressões idiomáticas" que caracterizam épocas e tempos contendo um significado próprio por causa de seu contexto. Por isso é tão importante conhecermos os termos (ou expressões) idiomáticas e seus significados originais para podermos, através deles compreender o contexto daquilo que é dito.

A FORMAÇÃO DO CÂNON DO VELHO TESTAMENTO
Quais são os livros que pertencem ao Cânon do Velho Testamento? Por que só os 39? A Igreja Católica Romana, desde o Concílio de Trento, (1546), tem recebido outros livros como canônicos. Estes são 14 apócrifos, que vem do adjetivo grego "apokriphos" (ocultos). Estes livros são: 1° e 2° Esdras, Tobias, Judite, Adições a Ester, Oração de Manassés, Epístola de Jeremias, Livro de Baruque, Eclesiástico, Sabedoria de Salomão, 1° e 2° Macabeus, Adições a Daniel, que inclui a Oração de Azarias, o Cântico dos Três Hebreus e Bel e o Dragão. Vamos examinar o conteúdo e origem destes livros duma maneira bem resumida, depois verificar porque não foram aceitos pela Igreja.

O CONTEÚDO DOS APÓCRIFOS
Os Apócrifos: É esta a denominação que comumente se dá aos 14 livros contidos em algumas Bíblias, entre os dois Testamentos. Originaram-se do terceiro ao primeiro século AC. a maioria dos quais de autor incerto, e foram adicionados a Septuaginta, tradução grega do Velho Testamento, feita naquele período. Não foram escritos no hebraico do Velho Testamento. Foram produzidos depois de haver cessado as profecias, oráculos e a revelação direta do Velho Testamento, Josefo rejeitou-os totalmente.

Nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte das Escrituras hebraicas.
Nunca foram citadas por Jesus, nem por ninguém mais no Novo Testamento. Não foram reconhecidos pela Igreja Primitiva como de autoridade canônica, nem de inspiração divina. Quando se traduziu a Bíblia para o latim, no segundo século A.D. seu Velho Testamento foi traduzido, não o Velho Testamento hebraico, mas da versão grega da Septuaginta do Velho Testamento. Da Septuaginta esses livros apócrifos foram levados para a tradução latina; e daí para a Vulgata, que veio a ser a versão comumente usada na Europa Ocidental até o tempo da Reforma. Os protestantes baseando seu movimento na autoridade divina da Palavra de D'us, rejeitaram logo esses livros apócrifos como não fazendo parte dessa Palavra, assim como a Igreja Primitiva e os hebreus antigos fizeram. A Igreja romana, entretanto, no Concílio de Trento em 1546 A.D. realizado para deter o movimento protestante, declarou canônicos tais livros, que ainda figuram na versão de Matos Soares, etc... (Bíblia Católica Romana).

O VALOR DOS APÓCRIFOS
Não podemos dizer que esses livros não tem nenhum valor, pois não seria verdade. Tem valor, mas não como as Escrituras. São livros de grande antigüidade e valor real. Do mesmo modo que os manuscritos do Mar Morto, são monumentos a atividade literária dos judeus, estes também são. Em parte, preenchem a lacuna histórica entre Malaquias e Mateus, e ilustram a situação religiosa do povo de Deus naquela época.

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Parte III

PORQUE NÃO FORAM ACEITOS NO CÂNON DO VELHO TESTAMENTO?

1) - Nenhum dos livros foi encontrado dentro do cânon hebraico. Um estudo da história do Cânon dos judeus da Palestina, revela uma ausência completa de referências aos livros apócrifos. Josefo, diz que os profetas escreveram desde os dias de Moisés até Artaxerxes, também diz, e verdade que a nossa história tem sido escrita desde Artaxerxes, não foi tão estimada como autoritativa como a anterior dos nossos pais, porque não houve uma sucessão de profetas desde aquela época. O Talmude, fala assim: "Depois dos últimos profetas, Ageu, Zacarias e Malaquias, o Espírito Santo deixou Israel". Não constam no texto dos massoretas (copistas judeus da maior fidelidade) entregar tudo o que consideravam canônico nas Escrituras do Velho Testamento. Nem tão pouco parece ter havido "Targuns" (paráfrases ou comentários judaicos da antigüidade) ligado a eles. Para os judeus, os livros considerados "inspirados" são os 39 que hoje conhecemos como Velho Testamento. Eles os possuem numa ordem diferente da nossa por causa da forma pela qual dividem os livros.

2) - Todos estes livros foram escritos depois da época quando a profecia cessou em Israel, e não declaram ser mensagem de Deus ao homem. Fora dois deles, Eclesiástico e Baruque, os livros são anônimos, e no caso de Eclesiástico, o autor não se diz profeta, nem asseverou que escreveu sob a inspiração de Deus. O livro de Baruque que se diz ser escrito pelo secretário de Jeremias, não pode ser aceito como genuíno, pois contradiz o relato bíblico. Os livros de Macabeus não tem nenhuma pretensão para autoria profética. Mas registra detalhes sobre as guerras de independência em 165 A.C. quando os cinco irmãos macabeus lutaram contra os exércitos da Síria. I Macabeus é geralmente considerado como de maior valor histórico do que o II.

3) - O nível moral de muitos destes livros é bastante baixo. São cheios de erros históricos e cronológicos, por exemplo, Baruque 1.1, diz que ele está na Babilônia, enquanto Jeremias 43.6, diz que ele está no Egito. Baruque diz que os utensílios do templo foram devolvidos da Babilônia, enquanto Esdras e Neemias revelam o contrário. Baruque cita uma data errada para Beltesazar e diz que o cativeiro era de sete gerações 6.3, o que contradiz as profecias de Jeremias e o cumprimento de Esdras. Tobias e Judite estão cheios de erros geográficos, cronológicos e históricos. Tobias 1.4,5 contradiz 14.11. Mentiras, assassinatos e decepções são apoiados. Judite é um exemplo. Temos suicídios (4.10), encantamentos, magia e salvação pelas obras (Tobias 12.9; Judite 9.10,13).

4) - Não foram incluídos no Cânon até o fim do 4° século. Como já observamos, os livros apócrifos, não foram incluídos no cânon hebraico. Os livros apócrifos foram incluídos na Septuaginta, a versão grega do Velho Testamento e que não é de origem hebraica, mas de Alexandria, que é uma tradução do hebraico. Os Códices Vaticanos, Alexandrinos e Sinaíticos, tem apócrifos entre os livros canônicos. Porém temos de notar vários fatores aqui.

a) - Nem todos os livros apócrifos estão presentes nos Códices e não tem ordem fixa dentro dos Códices.

b) - Por ser um livro de origem egípcia, pois vem de Alexandria, a Septuaginta não tinha os mesmos salvaguardas contra erros e acréscimos, pois não tinham massoretas orientando a obra com o mesmo cuidado que usaram no texto hebraico.

c) - Manuscritos, naquele tempo, ficavam em rolos, não livros e são facilmente misturados, e seria fácil juntar outros que ficaram numa mesma caixa. No caso de guerras ou desastres, estes manuscritos poderiam ser colocados em jarros de barro e lacrados para serem posteriormente reutilizados. Alguns destes jarros foram achados nas cavernas de Qumran com manuscritos que nos ajudaram a comfirmar o conteúdo de nossas Bíblias atualmente, além de revelarem uma série de fatos muito interessantes sobre a vida daquela época.

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Parte IV

d) - O preço de material para escrever pode influir também. Não era tão fácil calcular o espaço necessário para fazer um livro. Que fariam se cortassem o couro e descobrissem 30 ou 40 páginas de couro sobrando no livro? Naturalmente encheria com conteúdo devocional. A tendência seria de misturar livros bons com os canônicos até o ponto que os não canônicos fossem aceitos como canônicos. e) Os livros não canônicos não foram recebidos durante os primeiros quatro (4) séculos. Melito, o bispo de Sardis em 170 D.C., visitou a Judéia para verificar o número certo de livros do Velho Testamento. A lista que ele fornece, inclui os livros canônicos do Velho Testamento, menos Ester (porque não reconheceu entre os apócrifos) e não incluiu os apócrifos.

ORÍGENES, o erudito do Egito, com uma grande biblioteca, incluiu os 39 livros do Velho Testamento, mas em 22 e seguindo a lista ele fala: "Fora destes temos os livros dos Macabeus". Outros pais da Igreja, como Atanásio, Gregório de Nazianzus de Capadócia, Rufinus da Itália e Jerônimo, nos deixaram com uma lista que concorda com o cânon hebraico.

JERÔNIMO, que fez a Vulgata, não quis incluir os livros apócrifos por não considera-los inspirados, porém, os fez por obrigação do bispo, não por convicção, mesmo assim só traduziu Judite e Tobias, os outros apócrifos foram tirados diretamente dos versos latinos anteriores. Parece que a única figura da antigüidade a favor dos apócrifos era Agostinho, e dois Concílios que ele mesmo dominou (393 e 397). Porém, outros escritos dele (A cidade de Deus) parecem revelar uma distinção entre os livros canônicos e os apócrifos (17.24; 18.36,38,42-45).

GREGÓRIO, O GRANDE, papa em 600 D.C., citando I Macabeus falou que não era um livro canônico, e o cardeal Ximenis no seu poligloto afirma que os livros apócrifos dentro de seu livro, não faziam parte do cânon. Os livros apócrifos não foram aceitos como canônicos até 1546 quando o concílio de Trento decretou: "Este Sínodo recebe e venera todos os livros do Velho e Novo Testamentos, desde que Deus o autor dos dois, também as tradições e aquilo que pertence a fé e morais, como sendo ditados pela boca de Cristo, ou pelo Espírito Santo". A lista dos livros que segue inclui os apócrifos e conclui dizendo: "Se alguém não receber como Sagradas e canônicos estes livros em todas as partes, como foram lidos na Igreja Católica, e como estão na Vulgata Latina, e que conscientemente e propositadamente contrariar as tradições já mencionadas, que ele seja anátema". Para nós o fator decisivo é que Cristo e seus discípulos não os reconheceram como canônicos, pois não foram citados por Cristo nem os outros escritores do Novo Testamento!

O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO
Pelo Cânon do Novo Testamento queremos falar a coleção de 27 livros do Novo Testamento considerados como a norma ou regra de fé para a Igreja de Cristo. Surgem logo perguntas a respeito do cânon do Novo Testamento. Como e quando chegaram a ser reconhecidos como livros inspirados? Qual a base para a seleção destes livros e por que rejeitaram outra literatura da igreja daquele tempo? Vamos tentar responder estas perguntas, incluindo: Quando foram escritos estes livros?

O CONTEÚDO DO CÂNON NEO-TESTAMENTÁRIO
Como já notamos, o cânon do Novo Testamento tem 27 livros escritos em grego. Os primeiros cinco são de caráter histórico, sendo quatro os Evangelhos que contém ditos e feitos de Jesus Cristo, e um é o livro de Atos, escrito por Lucas, o autor do terceiro Evangelho. Temos 21 cartas escritas por Paulo, Pedro, Tiago, Judas e possivelmente mais um autor, se Hebreus não é paulino, é o livro de Apocalipse, escrito por João, o mesmo autor de um dos Evangelhos e três cartas.

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Parte V

AS DATAS DESTES LIVROS

Segundo a informação dada em Lucas 3.1, o ministério de João Batista que precedeu o início do ministério de Jesus Cristo data do 15° ano de Tibério César. Tibério tornou-se imperador em agosto de 14 A.D., assim o 15° ano começaria em outubro, 27 D.C. Temos três páscoas mencionadas no evangelho de João, se sendo que a terceira foi a Páscoa de 30 D.C., esta sendo a data mais provável da morte de Cristo na cruz. O Novo Testamento, como é conhecido hoje, estava completo por volta do ano 1000 D.C. e a grande parte dos livros já existindo há mais de 40 anos. Pode-se dizer que quase todos os livros foram escritos antes de 70 D.C.

COMO FOI FORMADO?
Evidência Interna: Isto é do próprio Novo Testamento. O fato é que a Igreja primitiva recebeu dos judeus a idéia de uma regra de fé e conduta escrita. Esta idéia foi confirmada pelo Senhor Jesus Cristo, e os escritores do Novo Testamento, que sempre se referiam ao Velho Testamento como sendo a palavra de D'us escrita. Sabemos que desde o princípio, a Igreja cristã tem aceitado as palavras de Cristo com a mesma autoridade com que aceitaram as palavras do Velho Testamento, e aceitaram não apenas isto, mas declararam os apóstolos que o seu próprio ensino, oral e escrito possuía autoridade semelhante a do Velho Testamento. Tal era a autoridade de seus escritos, que mandaram que fosse lido publicamente nas Igrejas (I Ts 5.27; Cl 4.16; II Pe 3.1,2). Era portanto natural que a literatura do Novo Testamento se acrescentasse ao Velho Testamento. No próprio Novo Testamento, pode ser que vejamos o início deste processo (I Tm 5.18; II Pe 3.1,2 e 15,16). Além da evidência interna, temos a evidência histórica da formação do Cânon do Novo Testamento.

O CRITÉRIO CANÔNICO
O critério que a Igreja aplicou como teste de autenticidade era ditado pelas necessidades de fazer face à controvérsia com hereges e descrentes. Como veremos a seguir, na seleção do mateiral que iria compor os primeiros escritos, as necessidades missionárias, ao lado das apologéticas, são o critério para a seleção de testimonia, ditos, milagres e parábolas de Jesus que, nos primórdios na nova época, iriam formá-los. Eis alguns critérios deseleção: A apostolicidade A obra em consideração pela Igreja deveria ter sido escrita por um dos doze ou possuir o que se chamaria hoje de imprimatur apostólico. O escrito deveria proceder da pena de um apóstolo ou de alguém que estivera em contato chegado com apóstolo e, quando possível, produzido a seu pedido ou haver sido especialmente comissionado para fazê-lo. Como consequência este documento deveria pertencer a um período bem remoto. Quanto aos Evangelhos, estes deveriam manter o padrão apostólico de doutrinas particularmente com referência à encarnação e ser na realidade um evangelho e não porções de evangelhos, como tantos que circulavam naquele tempo. A circulação e uso do livro É provável que certos livros houvessem sido aceitos e circulado como autoridade antes mesmo que qualquer relação com apóstolo, quer direta, quer indireta, fosse determinada. É deste modo que o escrito recebia o imprimatur da própria comunidade cristã universal que o usava. Ortodoxia Este era importante ítem na escala de padrões de aferimento. Percebe-se nos próprios escritos do Novo Testamento, que depois formaram seu cânon, o repúdio à falsa doutrina e a luta pela preservação da ortodoxia, que em Rm 6.17 chama de "padrão de doutrina", ou o que II Tm 1.13 denomina "padrão das sãs palavras", ou ainda o "depísito de I Tm 6.20. Autoridade diferenciadora Bem cedo, antes mesmo que os Evangelhos fossem mencionados juntos, já os cristãos distinguiam livros que eram citados e lidos como tendo autoridade divina e outros que continuavam fora do Novo Testamento.

A leitura em público Nenhum livro seria admitido para a leitura pública na Igreja se não possuísse características próprias. Muitos outros livros circulavam quando Mateus começou a ser usado pelos cristãos. Poderiam ser bons e de leitura agradável, mas só serviam para a aleitura em particular. Havia alguns, e entre eles os Evangelhos de modo restrito e Mateus de modo singular, que se prestavam à leitura e ao comentário perante as congregações cristãs, como a Lei e os Profetas nas Sinagogas. É o que I Tm 4.13 quer dizer quando Timóteo é exortado a aplicar-se à leitura, isto é, à "leitura pública das Escrituras" como sabiamente indica um rodapé da última revisão de Almeida.

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Parte VI

O PRIMEIRO SÉCULO D.C.

Não se sabe quando as palavras do Senhor (At 20.35 e I Co 7.10) foram registradas por escrito pela primeira vez. Porém, em mais ou menos 58 D.C., quando Lucas escreveu seu Evangelho, muitos já haviam empreendido esta tarefa (Lc. 1.1). Pode ser que a Epístola de Paulo aos Gálatas fosse escrita tão cedo como em 49 D.C. É claro que a Epistola foi escrita antes de sua morte em 62 D.C. e as outras Epístolas de Paulo e Pedro, antes da morte deles, na época de 68 D.C. A maior parte do Novo Testamento já estava escrita antes da queda de Jerusalém em 70 D.C. O Evangelho e as Epístolas de João, e o Apocalipse, certamente foram completadas antes do fim do primeiro século.

O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO E OS PAIS DA IGREJA
Escritores "evangélicos" no fim deste mesmo século mostram que conheciam os evangelhos e epístolas. A atitude dos cristãos em face das normas da doutrina cristã que encontramos no fim da época apostólica (isto é, mais ou menos em fins do século I d.C.) podem ser encontradas no princípio da era pós-apostólica, principalmente na fase mais antiga dos pais apostólicos.

CLEMENTE, Bispo de Roma - Cerca de 95, escreveu uma carta a Igreja de Corinto, e nesta carta menciona, I Coríntios, Efésios, I Timóteo, Tito, Tiago, o evangelho de João e Hebreus.

INÁCIO, Bispo de Antioquia - Antes de 117, deixou sete cartas e nelas menciona passagens dos evangelhos, especialmente Mateus e João e as cartas paulinas, colocando os escritos do Novo Testamento num plano de autoridade superior aos do Velho Testamento, em virtude da clareza de seu testemunho.

INÁCIO, Bispo de Antioquia - Antes de 117, deixou sete cartas e nelas menciona passagens dos evangelhos, especialmente Mateus e João e as cartas paulinas, colocando os escritos do Novo Testamento num plano de autoridade superior aos do Velho Testamento, em virtude da clareza de seu testemunho.

POLICARPO, que conhecia João pessoalmente, escreveu uma carta em cerca de 105-108, que menciona cartas de Paulo como autoritativas, principalmente Filipenses, mas revela conhecimento de Mateus, Atos, Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, I e II Pedro e I João. Estes escritores distinguiram claramente entre seus próprios escritos e os escritos dos apóstolos, atribuindo a estes últimos, inspiração e autoridade. Demonstram estes escritores que, mesmo nesta data primitiva, os evangelhos e as epístolas do Novo Testamento, já se achavam em circulação e eram honrados tanto nas igrejas do ocidente como do oriente. 100-150 D.C. - As Escrituras do Novo Testamento lidas nas Igrejas

PAPIAS - Cerca de 140 D.C. testifica que "a voz viva dos presbíteros ia sendo substituída pela autoridade da palavra escrita". Nos escritores deste período há referências claras a todos os livros do Novo Testamento, com exceção a 6 ou 7 das epístolas mais curtas; ele atesta a existência de Mateus e Marcos e o caráter apostólico destas obras.

JUSTINO, o Mártir (148 D.C.) - fala das recordações dos apóstolos e os que seguiam como sendo lidas nas igrejas. Tanto hereges, como cristãos ortodoxos, testemunham a sua autoridade, muitas vezes citando o Novo Testamento e acrescentando "como está escrito".

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Parte VII

150-200 D.C. - Traduções e comentários do Novo Testamento Neste período a Igreja de Cristo se expandiu e desenvolveu-se. Com a inclusão de homens de novas raças e grande capacidade, os eruditos fizeram traduções das Escrituras em outras línguas. Remontam a este tempo a velha versão latina para o povo da África do Norte e a versão Siríaca para o povo do Oriente Médio. Começaram a aparecer comentários. Houve por exemplo, o Comentário sobre os oráculos do Senhor, da autoria de Papias (140). Um comentário sobre o Apocalipse, da autoria de Melito (165). Pouco depois, Tatião escreveu o DIATESSERON, ou Harmonia dos quatro evangelhos, que se reconheciam como possuidores de autoridade única. Ao fim do século, Clemente de Alexandria escreveu seus Esboços, que é um comentário em 7 volumes sobre os livros do Novo Testamento, que incluía todos os livros do Novo Testamento, mais a epístola de Barnabé e o Apocalipse de Pedro (que foram excluídos do cânon).

200 - 300 - Colecionam-se e separam-se os livros do Novo Testamento ORÍGENES, é um erudito da época, era tão trabalhador que se diz que empregou 7 estenógrafos que revezavam no trabalho de registro do que ditava, além de 7 copistas e outros que ajudavam na parte de secretaria. Redigiu ele do texto do Novo Testamento, defendeu sua inspiração, escreveu comentários ou discursos sobre a maioria dos livros.

TERTULIANO (cerca de 200) foi o primeiro a chamar a coleção que temos de "Novo Testamento", assim colocando-a ao mesmo nível de inspiração como os livros do Velho Testamento. BIBLIOTECAS se formaram em Alexandria, Jerusalém, Cesaréia, Antioquia, Roma e ainda outras cidades, das quais a parte mais importante consistia em manuscritos e comentários das Escrituras.

300 - 400 - O cânon bem estabelecido Vários fatores contribuíram para tornar importante a distinção entre livros canônicos e outros livros não canônicos. Alguns dos fatores eram:
a) - A coleção num só livro dos livros inspirados.

b) - Serem reconhecidos estes livros com a autoridade da fé cristã.

c) - O aumento das heresias e falsa doutrina.

Antes do fim do quarto século, todas as Igrejas tinham reconhecido o cânon do Novo Testamento, como o temos hoje. Eusébio, conta até que ponto o assunto do Cânon chegara a seu tempo (316 d.C.).

1) - Aceitos universalmente - Os 4 evangelhos, Atos, Epístolas de Paulo (incluindo Hebreus), I Pedro, I João e Apocalipse.

2) - Disputado por alguns - Embora admitidos pela maioria e pelo próprio Eusébio, Tiago, II Pedro, II e III João, Hebreus e Judas.

3) - Não genuínos - Atos de Paulo, Didache (ensinos dos Apóstolos), o Evangelho dos egípcios, o Evangelho de Tomé, o Evangelho das basilidas, o Evangelho de Matias e o Pastor de Hermes.

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Parte VIII

No ano de 367, Atanásio pela primeira vez apresentou um cânone do Velho e Novo Testamentos firmemente circunscritos, dentro do qual eram definidas as classes individuais dos textos e de sua seqüência. Ele designou vinte e sete livros como sendo os únicos realmente canônicos do nosso Novo Testamento; ninguém pode acrescentar mais nada a este número, bem como ninguém pode retirar coisa alguma. O 3° Concílio de Cartago (397) mandou que: "além das Escrituras canônicas, nada se lesse na igreja sob o título de "Escrituras divinas". A discussão a respeito do cânon nos séculos subseqüentes se acalmou, porém, muitos eruditos tem se perguntado a si mesmos porque haveriam eles de concordar com a resolução já feita. Agostinho disse que concordou por causa da natureza dos próprios livros e pela unidade praticamente completa entre os cristãos neste assunto. Calvino baseava a sua crença na autoridade desses livros no testemunho do Espírito Santo. Nós aceitamos por todas essas razões, mas principalmente porque já provamos em nossas vidas a veracidade de tudo aquilo que está escrito. Quando vivemos pelas Escrituras, descobrimos que elas são suficientes para todas as nossas necessidades, completas em si mesmas. A única regra de fé e prática.

OS MANUSCRITOS DO NOVO TESTAMENTO
Os manuscritos do Novo Testamento podem ser classificados segundo a matéria que os compõem, ou segundo os caracteres da escrita. Esta classificação ajuda a data-los. Estes manuscritos são papiros ou pergaminhos.

UM PAPIRO - é constituído por tiras de medula do papiro (espécie de cânico com caule triangular, da família das ciperáceas, da grossura de mais ou menos um braço e de 2,5 m a 5 m de altura), cortadas em finas talas e colocadas em camadas cruzadas, estas tiras formam folhas que são em seguida, fixadas umas após outras e enroladas em torno de uma vara. O rolo assim formado se chama, em grego, biblos (dai a palavra: Bíblia) e pode ter até 10 m de comprimento. Os papiros do Novo Testamento são os mais antigos documentos de base que possuímos: em sua maioria datam do século III (um papiro descoberto em 1935, deve mesmo ser datado do começo do 2° século). Se bem que nos transmitam apenas fragmentos de textos, estes documentos são testemunhas preciosas do texto, justamente em razão da sua antigüidade. Existem atualmente em número de 76, designados nas edições críticas por P1, P2 etc.

UM PERGAMINHO - é uma pele, ordinariamente de ovelha, cabra ou bezerro, tratada e cortada em folhetos (a palavra "pergaminho" se originaria da cidade de Pérgamo): estes são postos um em cima do outro para formar não um rolo, mas um volume (em grego: teuchos) de onde vem a palavra Pentateuco para assinalar os primeiros cinco livros do Velho Testamento). Os pergaminhos, trazendo textos do Novo Testamento, datam somente do século IV, no máximo, mas apresentam-nos, geralmente, textos completos do Novo Testamento. O princípio e o fim do texto faltam às vezes, em consequência da deterioração, fácil de imaginar, dos folhetos da capa. Todos estes documentos são escritos em grego mas em um grego que não é mais o grego clássico. (Este grego, comumente falado em todo império, é denominado Koinê: língua comum). Os manuscritos mais antigos do Novo Testamento são escritos em letra maiúsculas ou "unciais". Atualmente seu número é de 252 (excluem-se os achados de Qumran, que ainda não foram reconstituídos totalmente, não sabendo-se assim o seu número exato). As edições críticas os designam por letras maiúsculas. Os manuscritos em minúsculas (conhecemos hoje 2646) datam no máximo do século IV. Entretanto não devem ser negligenciados porque os copistas do século IX, X e XI recopiavam possivelmente manuscritos em maiúsculas muito mais antigos, que não possuímos mais. As edições críticas os assinalam por algarismos árabes.

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