O Novo Milênio e a Nossa Responsabilidade

O Novo Milênio e a Nossa Responsabilidade

Estamos numa época muito significativa. Mais um ano se vai e mais um ano tem início. Há muitas comemorações neste período, nos locais de trabalho, escolas, entre os amigos e familiares. Instituições e Igrejas promovem eventos especiais. E o clima fica mesmo diferente e parece que uma emoção nova nos incomoda e não sabemos se é bem para rir ou para chorar.

O fato é que um período do nosso calendário vai se renovando e, inevitavelmente, somos "incomodados" pelo próprio tempo. É como se, sem ser convidado, ele, o tempo, fosse entrando em nossa casa, tomando assento em nossa sala, deitando em nossa cama, mexendo nas nossas gavetas e dispensas e nós ficássemos como que "sacudidos" e "assustados", festejando junto com ele, não sabendo bem o quê. E ainda tendo a sensação de que algo novo está por vir e não sabemos se estamos preparados para tal.

Mas uma coisa é certa e a mídia nos lembra a todo instante: "Adeus Ano Velho e Feliz Ano Novo!!!" Sim. É mais um ano que vai sendo contado no Calendário Gregoriano, que passou a ser o calendário oficial de quase todo o planeta Terra.

Este calendário foi instituído pelo Papa Gregório XIII (1502-1585), propondo alterações ao Calendário Juliano, que, por sua vez, era baseado no Calendário Romano, e que variava de acordo com os trabalhos da agricultura e as idéias políticas e religiosas dominantes. Este calendário é organizado com vista especificamente à revolução da Terra em torno do Sol.

O Calendário Bíblico, diferentemente, é baseado no ciclo lunar, sendo que os meses têm início a cada lua nova e têm nomes bem diferentes dos meses do calendário gregoriano. Só para exemplificar, neste mês de dezembro estamos no mês de Kislev, que começou no dia 28 de novembro e vai até o dia 26 de dezembro.

O Novo Ano Bíblico, que é o Novo Ano Judaico, já se iniciou, no pôr do sol do dia 29 de setembro. O ano de 5761 foi, portanto, comemorado nesta data pelos juD-us de todo o mundo, numa festa especial chamada Hosh Hashaná e também Festa das Trombetas.

Rosh Hashaná significa, literalmente, cabeça do ano. Diz-se cabeça do ano pois o homem usa a cabeça para organizar sua vida e suas ações. E em essência, o ano novo judaico não é uma ocasião para quaisquer excessos. Muito pelo contrário, entra-se num período de reflexão, de recordação e de planejamento. É costume nas Sinagogas tocar-se o Shofar (Trombeta feita de chifre de carneiro) nesta época. O Shofar é um sinal de alerta. Um chamado para voltar-se para o Eterno Nosso D-us; um chamado para a auto-análise; um chamado para fazer "Teshuvá", termo hebraico que significa retorno, arrependimento, resposta ao chamado de D-us.

Não é este é um oportuno e importante exemplo para nós?

Ao finalizarmos o ano de 2000 e inaugurarmos o novo milênio, não é o momento melhor do que qualquer outro para fazermos uma auto-avaliação?
Quem temos sido?
Como temos vivido?
O que temos feito e o que temos deixado de fazer?
Que ações precisam cessar e quais iniciar?
Como podemos qualificar nossas palavras, nossos atos, nossos relacionamentos?
Fizemos o que deveríamos ter feito?
Deixamos de fazer o que era necessário?
Ficamos omissos e acomodados em algum assunto relevante para o Reino de Deus?
Como nos portamos diante das tribulações e sofrimentos?
Será que crescemos com eles ou ainda precisamos passar por mais lutas para aprendermos a gratidão, o valor às coisas certas e a responsabilidade com quem está sofrendo ou passando necessidades?
Temos que pedir perdão ou perdoar?
De que ou de quem estamos fugindo?

São tantas as perguntas a fazer e tantas as respostas a dar... Será que seremos sábios e corajosos o necessário? Este é o nosso grande desafio nesta virada de milênio: Coragem para reconhecer o que precisa ser mudado e ousadia para mudar e deixar neste mundo uma marca de verdadeiros servos de Deus. Será que conseguiremos? Inegavelmente, a trombeta de Deus continua soando. E ela ainda anuncia: "Volta! Retorna para o Deus verdadeiro e para a Sua verdade! Arrepende-te! Responde ao chamado Divino até agora adiado! Ouve a voz profética deste tempo e obedece-a! Deixa as más obras e volta ao primeiro amor..."

Que sejamos maduros o suficiente para assumir nossos erros e pecados e para planejar a nossa vida com objetivos Divinos e dirigidos pelo Espírito de D-us e não apenas empurrá-la com a barriga ou fazer os nossos próprios planos sem consultar o Nosso Maior Conselheiro. Que sejamos humildes para aceitar o perdão de Deus e prosseguir com o sentimento de poder recomeçar a vida como uma criança recém-nascida, sem máculas nos seus registros, deixando as coisas que para trás ficam e avançando para as que estão adiante de nós. Que saibamos usar a nossa liberdade, colocando-a a serviço de Deus e de Seus propósitos neste momento da História. Que sejamos dignos do cumprimento profético deste novo tempo, participando ativamente e não sendo meros espectadores ou desapercebidos, ignorando o que se passa e a sua relação com a profecia bíblica.

Que sejamos a geração que trará o Messias de Israel, Yeshua, Jesus, por guardar a santidade, o amor a Deus acima de tudo e pela coragem de voltar à Bíblia e resgatar o que foi perdido, especialmente no que diz respeito ao amor a Israel e às nossas raízes judaicas. Que sejamos, pois, desapegados deste mundo o suficiente para dizermos de todo o nosso coração:

"Maranatha Yeshua! Baruch Haba B'Shem Adonai!"
"Ora Vem, Senhor Jesus! Bendito o que vem em Nome do Senhor!!"

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Natal

Natal

Paganismo na igreja?


O que significa o Natal? Esta festa tão popular, que já atingiu países tão distantes e fechados como o Japão e a China, e que é comemorada em todo o mundo sempre foi sinônimo de alegria! Mas, qual seria o seu real fundamento? Seria o Natal uma festa genuinamente cristã? Precisamos conhecer suas origens para percebermos o que tem sido feito durante séculos e história, a fim de que entendamos o real significado do Natal e também possamos nos posicionar e escolher entre celebrarmos as "Festas do Senhor" ou continuarmos a celebrar festas pagãs na Igreja!

  • O engano histórico - sempre foi assim...

Noite Feliz, noite feliz.... O Natal deveria ser uma época de sonho, de alegria, de auto-doação, de caridade, de amor, enfim, de felicidade. Deveria ser uma época em que todas as pessoas pensassem apenas em ser boas, em ajudarem aos outros, em sorrirem, em falarem palavras doces, em serem amáveis. A ocupação principal dos cristãos deveria ser cantar hinos de louvor a Deus pelo nascimento de Jesus, lerem a história desse maravilhoso acontecimento que mudou o curso da história da humanidade, e agradecerem a Deus pelo Maior Presente de Natal que a humanidade já recebeu - a própria pessoa de JESUS, o Deus Menino. Houve tempos em que o Natal era assim, todos se preparavam, durante o mês de dezembro, para comemorar o Natal da maneira mais pura possível.

Todos se esmeravam em ser bons, amáveis, cordatos... todos deixavam as desavenças para outra época, e tudo eram mesuras, sorrisos, alegria, paz. Foi então que os negociantes descobriram que o costume de dar presentes durante a época do Natal podia propiciar-lhes maior fonte de renda. Os mais gananciosos começaram a dedicar todos os seus esforços para transformar o Natal em uma época de Vendas Especiais, de maiores lucros, de "records" de comercialização. E começou a procura infindável de produtos que pudessem chamar a atenção dos possíveis compradores, de técnicas de venda que apelassem para os melhores sentimentos altruísticos da época do Natal, que, enfim, levassem o maior número possível de pessoas a esvaziarem os seus bolsos e bolsas, a fim de encher o bolso dos empresários.

E então começou a ser criado um mercado específico e característico da época natalina, com artigos supérfluos, mas que todo mundo acha importantes e necessários, cujo único objetivo é enriquecer quem os vende: bolas coloridas para enfeitar a árvore de Natal, a própria árvore que agora não é mais cortada do bosque, mas comprada nas lojas, desmontável, feita de plástico; séries de lâmpadas multicoloridas, com dispositivo pisca-pisca, para enfeitar a mesma árvore; festões de papel ou de plástico para serem estendidos dentro de casa; coroas do mesmo material para serem colocadas na porta de entrada da casa; cartões de felicitações, coloridos lindamente e com frases de efeito, cheias de carinho... 

Além disso, o próprio público, quando começa o mês de dezembro, já começa a preparar as listas de presentes e a relação do nome das pessoas para quem "precisa" mandar presente, um cartão de Natal, um telegrama, ou para quem precisa telefonar. Assim, o Natal tornou-se uma ocasião em que se gasta mais do que se pode; em que se sente a "obrigação" de dar um presente para alguém, porque essa pessoa nos presenteou no ano passado... porque nos fez um favor... porque é amigo íntimo.... porque... Assim, os presente não são "dados", mas existe uma "troca" de presentes.

Os presentes tornam-se uma espécie de pagamento por benefícios recebidos durante o ano, de reconhecimento por favores especiais, de demonstração de gratidão ou de carinho especial. Haja vista que, dependendo da posição que a pessoas ocupa numa empresa, recebe incontável número de presentes. Onde está o espírito do Natal? Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu... deu... deu... (João 3:16) sem esperar receber nada de volta. Hoje em dia, na época de Natal, quando alguém dá um presente, é porque já recebeu algo da pessoa presenteada, ou então espera receber dela alguma coisa. Uma demonstração bem clara de que não há o mínimo espírito cristão na maneira atual de comemorar o Natal é um fato que deixou admirados alguns cristãos ocidentais que visitaram o Japão recentemente. Apesar de ser um país pagãos, em que apenas uma minoria é cristã, em dezembro as ruas se enchem de gente fazendo compras, há uma árvore de Natal em cada casa, e a figura do Papai Noel aparece em todas as lojas. E isto está acontecendo em todo o mundo. Países em que o cristianismo é perseguido e até banido, comemoram o Natal como uma festa de fraternidade humana, de congraçamento, de alegria; contudo, o verdadeiro dono da festa, nosso Senhor Jesus Cristo, está totalmente ausente dessas comemorações. Geralmente Ele não é nem mencionado, nem lembrado.

A fé em Jesus não rende lucros, não engorda a conta bancária de ninguém; portanto, está sendo extirpada das comemorações do Natal. Outro aspecto negativo é o exagero de grande parte das pessoas em comer e beber nessa época. Parece que os cristãos usam especialmente a época do Natal para dar lugar à carne, comendo e bebendo a mais não poder. Pessoas circunspectas, que jamais bebem uma gota de álcool durante o ano, no Natal não resistem à tentação de participarem de uma ceia especial regada a bebidas alcóolicas, com muita carne e outros alimentos indigestos. Recentemente várias pessoas se manifestaram sobre o que sentem durante o Natal: algumas se sentem solitárias, outras se sentem frustadas por falta de dinheiro, outras sentem ressentimento contra alguém, muitas se sentem cansadas pelas tarefas desse dia. Comerciários trabalham até altas horas, para que seus patrões fiquem mais ricos, etc. Em resumo, a comemoração do Natal se tem revestido de características não cristãs, decididamente pagãs. Não há diferença entre a comemoração do Natal em um país chamado cristão, como Brasil ou França, e em um país chamado budista, como o Japão. Por que acontece isso?

O Natal, da maneira e na época em que é comemorado atualmente, não passa de uma festa pagã. Isto nos leva à conclusão de que os verdadeiros cristãos precisam mudar drasticamente a maneira de comemorar o nascimento do seu Salvador. Urge uma mudança drástica nessa comemoração, para conformar-se novamente aos padrões bíblicos, e ao que a Palavra de Deus nos ensina e recomenda acerca desse dia.

  • O pinheiro de Natal

Um dos símbolos mais marcantes do Natal é a árvore de Natal, geralmente um pinheiro, iluminada com séries de lâmpadas minúsculas e coloridas, munidas de um dispositivo que as faz se acenderem e apagarem intermitentemente. Geralmente, uma estrela brilhante coroa essa árvore, pois ela é outro símbolo do Natal, da maneira como ele é comemorado hodiernamente. Qual é a origem da árvore de Natal? Várias lendas européias tentam explicar o motivo porque ela é usada como símbolo do Natal. Na verdade essas lendas estão ligadas quase sempre ao fato de que algum povo da Europa Central ou da Escandinávia adorava árvores. Sacrifícios eram feitos na Escandinávia ao deus Thor, sempre ao pé de alguma árvore bem frondosa. A Enciclopédia Barsa diz textualmente:

"A árvore de Natal é de origem germânica, datando do tempo de S. Bonifácio (cerca de 800 d.C.). Foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin (deus germânico, demônio das tempestades - observações do autor), adorando-se uma árvore, em homenagem ao Deus-menino". Os povos da Escandinávia (região que compreende a Suécia e a Noruega) outrora adoravam árvores. Quando se tornaram cristãos, fizeram das árvores de folhas duras (pinheiros, ciprestes, etc.) uma parte importante dos seus festivais cristãos. Em outras palavras, um exemplo flagrante de simples transposição de costumes pagãos para a igreja cristã - evidência de que não houve conversão total e genuína, mas de que aquelas pessoas simplesmente "viraram cristãs" sem uma profunda experiência com Jesus. O costume de decorar casa e igrejas com festões e guirlandas de cipreste (ou imitações manufaturadas dele) começou nos tempos antigos.

Os romanos trocavam entre si ramos de árvores verdes como sinal de que desejavam boa sorte, nas calendas (primeiro dia) de janeiro. Os ingleses tomaram este costume emprestado para usá-lo durante as comemorações do Natal. Os alemães provavelmente foram os primeiros a enfeitarem as árvores de Natal. Eles decoravam as suas árvores com estrelas, anjos, brinquedos, castanhas douradas e bolas envolvidas em papéis brilhantes. Mais tarde eles acrescentaram lantejoulas e velas acesas. Esses costumes foram copiados por outros povos europeus com pequenas modificações, daí passaram para os Estados Unidos, e daí chegaram até o Brasil e todo o resto do mundo. Em outras palavras, não há nenhuma base genuinamente cristã para se ter introduzido a árvore ou o pinheiro de Natal nas comemorações do nascimento de Jesus. Pelo contrário, é costume emprestado das religiões pagãs da Europa Medieval, e da Roma primitiva. Além disso, existe uma indicação bem clara de que já na época de Jeremias os pagãos costumavam cortar árvores, trazê-las para sua casa, enfeitá-las, e dessa forma exercerem uma espécie de culto pagão à natureza, mais especificamente à árvore (ver Jeremias 10:2-4).

Podemos então constatar que um dos símbolos mais característicos do Natal, da forma como é comemorado em nossos dias, é de origem pagã, e está umbilicalmente ligado com a idolatria. O mesmo poderíamos dizer de outros costumes natalinos, como o presépio. Segundo a tradição, ele foi introduzido no século XIII, por São Francisco de Assis. Na Irlanda as pessoas deixam uma vela acesa na janela, para iluminar o caminho do Menino Jesus na Véspera de Natal, como se não fosse Ele próprio a Luz do Mundo. A nossa conclamação é para que todos os genuínos cristãos deixem de lado os costumes pa-gãos, a fim de comemorar o nascimento de Jesus como Ele gostaria que fosse comemorado.

  • Papai Noel

A palavra Noel significa Natal em francês. Portanto, a expressão Papai Noel significa literalmente Papai Natal. Quem é esse "bom velhinho" que entrou sorrateiramente nas comemorações do Natal, sem ser convidado ou benvindo? Essa figura e o costume de ligá-lo com o Natal, não tem nenhuma base bíblica, e - pior do que isto - não tem origem cristã, mas é uma figura decididamente pagã, transplantada para o cristianismo pelos povos que não experimentaram uma conversão genuína a Jesus, mediante uma experiência verdadeira de salvação, mas simplesmente "viraram cristãos" por conveniência, injunções políticas ou econômicas, ou então por ignorância e falta de ensino verdadeiramente bíblico, misturaram práticas pagãs com a mensagem do Evangelho, trazendo costumes estranhos ao cristianismo para o seio da igreja cristã. Qual é a origem do Papai Noel? Quase certamente a sua origem é pagã. Há, contudo, quem ligue o mito de Papai Noel com a lenda de São Nicolau.

São Nicolau foi bispo de Mira, na Ásia Menor, no século IV. Tornou-se famoso por sua generosidade; muita gente passou a crer que qualquer dádiva feita de surpresa vinha dele. O povo da Holanda escolheu São Nicolau como patrono das crianças, e a sua fama pouco a pouco se espalhou. Em vários países europeus as crianças crêem que São Nicolau é quem lhes traz os presentes que recebem do Natal. Contudo, muito mais disseminada é a figura do velho gordo, barbudo, bigodudo e sorridente, de cabelos completamente brancos, que vem voando pelo céu guiando um trenó puxado por duas ou mais juntas de renas, que o identifica como proveniente do polo norte, pois é onde se usa trenó, e onde vivem as renas.

Em outros países:
- na França ele é chamado de Pére Noel;
- na Itália, La Befena;
- na Suíça, Christkindli numa visível tentativa de confundí-lo com Jesus Cristo.

Ainda na Europa, onde as lareiras estão sempre acesas durante essa época do ano, por se comemorar o Natal bem no meio do inverno, difundiu-se a crença de que Papai Noel entra nas casas pela chaminé da lareira. Por isso as crianças são instadas a deixarem sua meia ou sapato no lugar bem visível, para que Papai Noel, ao chegar, os encha de doces, balas ou bombons, além de presentes vários, como brinquedos e outros objetos. Essa idéia desenvolveu-se de uma antiga lenda norueguesa. Os noruegueses criam que a deusa Hertha aparecia na lareira e trazia boa sorte para o lar. Esse costume chegou no Brasil e não são poucas as crianças que acreditam piamente que os presentes que receberam foram trazidos por Papai Noel. Mais tarde, ao crescerem, descobrem que isso não passava de mentira, o que as leva a relacionar a festa do nascimento de Jesus como uma das maiores mentiras que lhes foi impingida em sua infância.

Subliminarmente, isso as inibe de acreditarem em Jesus, pois se um fato central do Natal como a figura de Papai Noel provou-se ser pura lenda, porque não é lenda o resto dos fatos relacionados com o Natal? Outra coisa que deixa tristes os cristãos que desejam ver a igreja de Cristo em toda a sua pureza e resplendor é o fato de homens sérios, cristãos devotos, que jamais teriam a coragem de vestir uma fantasia de CARNAVAL, NÃO SE ACANHEM DE FANTASIAR-SE DE PAPAI NOEL, e "fingir" que distribuem às crianças da igreja os presentes que seus próprios pais já haviam comprado de antemão... E esse velho mitológico está, pouco a pouco, tomando o lugar do personagem que deveria ser o dono da festa, ao ponto de o Natal, ao invés de ser chamado FESTA DE JESUS, estar recebendo o título de "FESTA DE PAPAI NOEL".

  • Quando Jesus nasceu?

A conclusão surpreendente a que chegamos é de que Jesus não nasceu nem poderia ter nascido em dezembro, pois não poderia usar para nascer uma data de festividade pagã, como a Saturnália romana ou o natalis invicti solis, mas usou uma festa judaica, a Festa de Tabernáculos, que no calendário judaico corresponde ao sétimo mês (que cai entre o fim de setembro e o fim de outubro do nosso calendário), como ocasião para vir ao mundo. Essa conclusão é possível graças a uma análise mais acurada das Escrituras nos textos que nos falam sobre o nascimento de Jesus.

A evidência encontra-se no texto de Lucas, no capítulo 2, onde nos é dito: "Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho" (Lc 2:8). Os pastores guardavam seus rebanhos nos apriscos descobertos, pois não havia ainda chegado o inverno. No hemisfério sul, o mês de dezembro situa-se no verão, ou seja, as temperaturas são sempre elevadas, com chuvas ocasionais. Mas não é assim no hemisfério norte! Ali é inverno! Pensemos então: se Jesus nasceu em dezembro, como poderiam os rebanhos estarem no campo sem nenhuma proteção, visto ser frio naquela região nesta época? Ainda hoje, em Jerusalém, chega a nevar nos últimos dias de dezembro! Outra coisa que nos informa a escritura é: "E isto vos será por sinal: Achareis um menino envolto em faixas, e deitado em uma manjedoura" (Lc 2:12). Poderia um recém-nascido suportar o frio do inverno (inclusive com neve) deitado numa manjedoura (em um estábulo sem proteção) e somente envolto em panos? Creio que não! Não podemos deixar de notar que os pais de Jesus tiveram de ficar "hospedados" numa estrebaria, pois os hotéis e quartos da cidade já estavam lotados! Isso significa que havia algum evento na cidade que fez com que muita gente viesse para Jerusalém. Segundo o calendário judaico, em dezembro não ocorreria nenhuma das três grandes festas bíblicas e a cidade, portanto, não estaria cheia de gente nessa época! Porém, no mês de setembro / outubro ocorreria a festa dos Tabernáculos e esse evento traria muitas pessoas à Jerusalém! Também nessa época o clima ainda não estaria frio, mas seria ameno e o menino poderia nascer ali tranquilamente! Quero chamar a sua atenção para um fato: Jesus nasceu justamente na época que deveria nascer, pois João nos diz: "E o Verbo se fez carne, e habitou (tabernaculou - no original) entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai" (Jo 1:14)! Isso não é lindo? Ele nasceu (tabernaculou) justamente numa festa dos Tabernáculos! As coisas de Deus sempre fazem sentido! Nada é feito por Ele de forma a trazer confusão ao seu povo!

  • Natal é igual à vínculos com demônios!

Agora podemos dizer o seguinte: o Natal é uma festa totalmente pagã e quem participa deste tipo de festividades atrai sobre si muito males. Satanás é muito sagaz, e usa de vários artifícios para "prender" o homem. Nós sabemos que quando participamos de qualquer celebração, evento, ou festividade voltada para o mal, os demônios tem direito legal a criar vínculos para amarrarem e amaldiçoarem as vidas que assim agem! Isso tem sido assim desde há muito tempo e a igreja dita cristã recebeu o Natal como uma herança nefasta do catolicismo romano e temos até hoje "celebrado" o Natal como se a festa fosse uma "celebração ao Senhor!" Nós podemos até não gostar disso, mas teremos de admitir: esta e outras festas nos foram dadas por Satanás para nos prender e para que ele e seus demônios evitem que o povo de Deus recebe do Eterno a plenitude de suas bênçãos! Você poderá escolher entre obedecer à Deus e à sua Palavra ou caminhar de acordo com tradições humanas, mundanas e demoníacas, que aprendemos ser cristãs, mas em sua essência (e também na aparência) nada tem a ver com o Deus Eterno!

  • Conclusão:

O natal é sem dúvida a maior celebração conjunta, e que "une" os povos de todo o mundo nesta época do ano. Negar tudo isso seria estupidez. Porém, devemos admitir que tudo isso nada tem a ver com Deus e com Sua Palavra, e por isso somos chamados a escolher entre o certo e o errado: "Mas a palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires. Vê que hoje te pus diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal. Se guardares o mandamento que eu hoje te ordeno de amar ao Senhor teu Deus, de andar nos seus caminhos, e de guardar os seus mandamentos, os seus estatutos e os seus preceitos, então viverás, e te multiplicarás, e o Senhor teu Deus te abençoará na terra em que estás entrando para a possuíres. Mas se o teu coração se desviar, e não quiseres ouvir, e fores seduzido para adorares outros deuses, e os servires, declaro-te hoje que certamente perecerás; não prolongarás os dias na terra para entrar na qual estás passando o Jordão, a fim de a possuíres. O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, obedecendo à sua voz, e te apegando a ele; pois ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias; e para que habites na terra que o Senhor prometeu com juramento a teus pais, a Abraão, a Isaque, e a Jacó, que lhes havia de dar" (Dt 30:14-20). Agora só depende de nós! Podemos optar pela obediência e pela vida, mas também nos é dada a liberdade para optarmos pela desobediência e pela morte! 

Faça sua escolha!

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As duas oliveiras {Parte 1}

As duas oliveiras {Parte 1}

"E me disse: Que vês? E eu disse: Olho, e eis um castiçal todo de ouro, e um   vaso de azeite no cimo, com as suas sete lâmpadas; e cada lâmpada   posta no cimo tinha sete canudos. E por cima dele, duas oliveiras, uma à   direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda"   (Zc 4.2,3)

  • A Importância da Oliveira

A Oliveira é uma das árvores mais importantes citadas na Escritura por sua conexão direta com o povo de Israel e também pela riqueza de figuras por ela representada.

Esta árvore se chama em hebraico zayit, que significa oliveira, azeitona. Seu uso era muito variado no Oriente Médio, pois ela era famosa   por seu fruto, seu óleo e sua madeira. Os povos orientais reputavam-na como um símbolo de beleza, força, da bênção divina e da prosperidade!

Uma das características mais impressionantes da oliveira é sua perenidade! Elas crescem praticamente sob quaisquer condições: nas montanhas ou nos vales, nas pedras ou na terra fértil. Crescem otimamente sob o intenso calor, com pouca água e são quase indestrutíveis! Seu desenvolvimento é lento, porém contínuo. Quando é bem cuidada, pode atingir até 7 (sete) metros de altura. Até as oliveiras doentes continuam a lançar novos ramos! Algumas árvores tem troncos torcidos e velhos, mas sempre com folhas verdes. Ainda que estejam velhas, as oliveiras não deixam de lançar de si novos ramos e dar frutos! Ate 10 ou mais mudas brotam da raiz envolta da árvore.

Ainda que cortada e queimada novos ramos emergirão de sua raiz. Algumas brotam e crescem num sistema de raízes com mais de 2.000 anos de idade, mas o lavrador tem que esperar 15 anos para a colheita de uma árvore nova. Cada árvore pode produzir até 80 litros de azeite por ano. A oliveira é um produto necessário a vida, portanto a azeitona é valiosa. Não é notável que Deus nos tenha comparado justamente à esta tão significativa árvore? Notemos como metaforicamente nos parecemos a esta árvore.
Assim como a oliveira nós fomos chamados pelo Eterno para darmos frutos independentes do local onde formos plantados! Não importam as condições do terreno, mas sim a nossa perseverança em frutificar ali! O Eterno nos chamou justamente para que sejamos "plantados" em solos hostis para ali darmos os frutos necessários naquela situação. E se porventura formos momentaneamente vencidos, não nos desanimaremos! Assim como a oliveira que é queimada, lançaremos novos ramos de nossas raízes e continuaremos vivendo e frutificando! Há também conosco um período de amadurecimento até que possamos frutificar abundantemente! Durante esse período vamos crescendo em estatura (até atingirmos os 7 metros necessários, que representam nossa maturidade plena) e finalmente produzimos a quantidade desejada de frutos e consequentemente o azeite, tão fundamental para a vida...

  •  O produto da Oliveira

A Oliveira é tão impressionante em seu desenvolvimento, mas o é também quanto aos frutos que produz e suas utilidades. Ela produz azeitonas! Mas de que nos servem as azeitonas? Sabemos que elas são uma fonte de comida, luz, higiene e cura Ex 27:20; Lv 24:2.

Aqui há algo tremendo e de grande significado profético, pois nos mostra que nós temos de produzir justamente estas coisas! Ou seja, quando as pessoas chegarem à nós devemos sempre estar prontos para lhes fornecer alimento (através da Palavra que nos tem sido confiada), luz (que emana de nossas vidas como o sinal da presença do Eterno em nós), higiene (a unção que nos foi confiada e que limpa e purifica a todos os que por ela são alcançados) e por fim a cura (que é fruto desta mesma unção, que além de libertar, também traz cura da alma e do corpo)!

Imagine só que estas coisas acontecerão como produto do nosso relacionamento com o Eterno! Não existem fórmulas mágicas ou mirabolantes para que o azeite flua de nossas vidas!

Na antigüidade as azeitonas eram postas na prensa, para que, pelo peso da alavanca mais o peso das pedras que imprensavam a azeitona, o azeite pudesse ser produzido. O processo era assim: o peso da primeira pedra produz o primeiro e mais puro azeite, que era usado para cerimônias de unção e consagração; outras pedras acrescidas produzem azeite de qualidade inferior para uso doméstico, iluminação, sabão Dt 8:8; Ex 27:20; Ml 3:2.

Portanto faz-se necessário o uso da prensa para que o azeite possa ser produzido! Não se engane, somente quando nossas vidas são "prensadas" pelo Eterno é que somos habilitados a produzirmos o "puro azeite para unção"! Este azeite não procede de qualquer um, mas somente daquelas azeitonas que foram previamente escolhidas e depois prensadas a fim de liberarem de si este óleo para unção dos reis, sacerdotes e profetas. Muitas vezes você meu irmão está sendo "prensado" pelo Eterno e este ato está lhe causando muitas dores! Para alguns chega a ser quase insuportável e chegamos até mesmo a dizer: "Senhor, por favor, pare, pois a dor está me massacrando!" Mas, quando o Senhor acaba de nos "prensar" sai o óleo fresco que ungirá a muitos para a seara do Deus vivo!

Agora somos os receptáculos de onde sai o óleo a fim de ungir aqueles que o Senhor determinar, pois a obra não pode parar e muitos obreiros tem sido chamados a se engajarem neste exército.

    Os receptáculos do óleo também servem para curar, pois o azeite   era conhecido na antigüidade por seus efeitos terapêuticos. Nós   fomos comissionados pelo Senhor a trazer cura às nações,   povos, tribos e homens em toda a terra! Isaías profetizou isso quando   disse: "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque   o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos, enviou-me a restaurar   os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a   abertura de prisão aos presos" (Is 61.1- grifo nosso). Não   deixe sua unção de cura envelhecer, pois a unção   de ontem já ficou velha! Use-a a cada dia e ela se renovará!

O óleo também traz luz e alimenta o fogo (que é o símbolo   da vida) e esta é justamente nossa função primordial: iluminar um mundo em trevas, trazendo-lhes a vida de Yeshua (Jesus) que está em nós! O próprio Yeshua nos disse: "Vós sois a luz do mundo" (Mt 5.14) e quando a luz chega em qualquer lugar, imediatamente   as trevas tem de recuar! O poder da luz é muito superior ao das trevas!   E nós temos esta luz que deve ser levada aos lugares onde estão as mais densas trevas para ali serem iluminados aqueles que haverão de crer em Yeshua e receberem a salvação!

Enquanto o óleo for necessário para cumprir qualquer propósito de Deus ele estará fluindo, mas quando não for mais necessário, então ele parará! Assim como aconteceu com o óleo da viúva que, enquanto tinha os vasos para enchê-los houve azeite. Quando os vasos acabaram, a Escritura diz: "Então o azeite parou!" (II Rs 4.6). Veja que maravilhoso, o óleo não acabou e nem poderia, pois sua fonte é o próprio Deus mas simplesmente parou, pois já tinha cumprido seu propósito! Aleluia! O Espírito nunca se extinguirá em nós (desde que não o magoemos) e só   parará quando seus propósitos eternos forem plenamente cumpridos através de nós!

  • O resultado da Oliveira

A oliveira simboliza principalmente fidelidade e perseverança. Estas duas características são principalmente resultados de nosso relacionamento com o Deus Eterno.

A fidelidade é parte da personalidade do Senhor, que se mantém o mesmo independente dos acontecimentos! O Eterno não se deixa levar por nossas instabilidades e por nossas "recaídas". Isso demonstra o quanto precisamos ser restaurados em nossa alma para podermos nos relacionar de forma plena com nossos semelhantes e também com o Eterno. Por isso o Espírito Santo gera em nós a fidelidade, para que sejamos como Ele é.

A perseverança é também característica forjada no homem pelo Espírito Santo. Essa característica é fundamental e é ela que distingue os vencedores dos demais. Está escrito em Apocalipse: "O que vencer..." A vitória é dada somente aqueles que perseveram e o céu é o único lugar do universo que abriga os homens e mulheres que perseveraram até o fim e venceram! Ali estarão aqueles que cultivaram esta qualidade de tal forma e em tão grande intensidade que, como prêmio por sua perseverança estarão para sempre ao lado de Yeshua para serví-lo e adorá-lo...

O próprio Yeshua (Jesus) teve de ser provado em sua perseverança quando verteu suor que se tornou em gotas de sangue quando estava em Getsêmani (prensa de óleo), no Monte das Oliveiras. Isso nos relembra que ali é o lugar de sair óleo para abençoar! (Lc 22:44). A "prensa de azeite" foi utilizada por Deus para fazer com que, através da concessão de sua própria vida, Yeshua pudesse liberar para nós a vida e o Espírito Santo que nos tem auxiliado desde então.

Mas para que isso acontecesse Ele teve de dar sua vida, que foi prensada e esmagada para que o resultado pudesse ser visto até os dias de hoje...


...continua

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As duas oliveiras {Parte 2}

As duas oliveiras {Parte 2}

Vimos anteriormente as características e qualidades da oliveira e como ela se relaciona conosco em nosso dia-a-dia! Porém, existe ainda o aspecto profético, que fala da oliveira como parte do processo redentivo da humanidade! Este processo já está em seu curso e caminha para o fim! Onde nós nos encaixamos dentro deste contexto? 

  • A oliveira verdadeira

Mas a quem se refere a Oliveira? Como já vimos anteriormente a menção da oliveira aponta para a nação de Israel! Vejamos alguns versos que nos falam sobre isso:

1) - Em Gn 8.11 está escrito: "À tardinha a pomba voltou para ele, e eis no seu bico uma folha verde de oliveira; assim soube Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra". Note que a oliveira é a primeira árvore mencionada após o dilúvio! Parece ser ela a mais forte, pois além de resistir ao dilúvio ela foi a primeira a brotar quando as águas baixaram...

2) - Numa parábola contada no livro de Juízes as árvores pedem à oliveira que reine sobre elas... "Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei; e disseram à oliveira: Reina tu sobre nós" (Jz 9:8). Esta parábola nos fala que um dia as árvores (que simbolizam os homens) um dia solicitarão à Israel que reine sobre eles...

3) - O profeta Isaías fala da oliveira sendo colocada "no deserto" (mundo): "Plantarei no deserto o cedro, a acácia, a murta, e a oliveira; e porei no ermo juntamente a faia, o olmeiro e o buxo" (Is 41:19). Juntamente em meio às outras árvores, a oliveira seria plantada no deserto para ali ser provada quanto à sua resistência...

4) - Mas como é esta oliveira? "Denominou-te o Senhor oliveira verde, formosa por seus deliciosos frutos; mas agora, à voz dum grande tumulto, acendeu fogo nela, e se quebraram os seus ramos" (Jr 11:16). Veja que esta oliveira é verde (está viva) e formosa (é bela) e dá à todos que se achegarem à ela "deliciosos frutos!". Assim acontece com todos os que se aproximam de Israel!
5) - Agora, o profeta Zacarias tem uma visão do futuro desta oliveira: dividida em dois ramos! "Segunda vez falei-lhe, perguntando: Que são aqueles dois ramos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite dourado?" (Zc 4:12) Deus mostra ao profeta que Israel estaria dividido em dois, mas sempre à sombra da menor!

Temos aqui um percurso bíblico sobre o destino de Israel: um povo que resistiria ao dilúvio das nações. O que acabaria com os outros, não conseguiria matar a Israel! Também já estava profetizada a dispersão da nação de Israel e seus filhos sendo "provados" no deserto impiedoso do mundo! Mas mesmo ali, eles dariam frutos deliciosos, seriam formosos à vista, porém seus ramos seriam quebrados! 

  • A oliveira "brava"

No Novo Testamento existe um capítulo no livro de Romanos que nos dá a chave e nos informa quem são os dois ramos da oliveira! Paulo aqui nos apresenta um fato (que Israel foi "dividido" em pedaços - confirmando Jr 11.16) e também nos informa o que acontecerá com estes ramos: "E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado no lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira" (Rm 11:17).

De quem Paulo nos fala aqui? O "zambujeiro" ou oliveira brava é a igreja! Todos os crentes em Jesus são considerados como enxertados na oliveira boa (Israel).

Vejamos que o zambujeiro ou oliveira brava são árvores da mesma espécie da oliveira, porém com uma diferença: na língua grega, a palavra que designa oliveira (e fala de Israel) diz respeito à uma planta cultivada, tratada. Já quando se refere ao zambujeiro ou oliveira brava, está se referindo a uma planta silvestre ou selvagem! Sabemos então que o enxerto (a Igreja) é que recebe a seiva da oliveira para se manter viva e que o enxerto foi ali colocado por Deus para ser aperfeiçoado através da oliveira! Nunca na natureza ocorre o contrário, ou seja, a planta mãe ser aperfeiçoada pelo enxerto!

Devemos então ter consciência de que nós dependemos em tudo de Israel e não o contrário!

A Igreja precisa reconhecer que ela é que precisa ser grata à Israel por Ter lhe dado tudo o que tem! Nós precisamos entender, inclusive, que se nós fomos enxertados neles existe algo que nos ligue à eles fisicamente!
A igreja recebeu de Israel várias coisas, tais como:

1) - A Palavra de Deus;
2) - As promessas;
3) - O concerto;
4) - Jesus;
5) - O modelo que fez de si Igreja;
6) - Os apóstolos;
7) - Etc...

É por isso que devemos trazer em nosso coração um sentimento de amor, gratidão, felicidade, pois por causa de um judeu hoje nós temos o privilégio de sermos chamados "filhos de Deus".

Quem é então a Noiva do Cordeiro? Alguns dizem ser a Igreja invisível (todos aqueles que crêem que Jesus é o Salvador). Isso está errado! A Noiva são todos aqueles que crêem que Jesus é o Messias (judeus e gentios!). Os judeus são a parte principal da Noiva (eles são a oliveira-mãe, lembra-se?) e quando o shopar for tocado nos céus pelo arcanjo, então Jesus arrebatará aos céus todos aqueles que creram que ele era o Messias!

Nossas tradições eclesiásticas nos dizem que Deus nada mais tem a ver com Israel, mas como vemos eles são a parte mais importante do projeto de Deus! 

  • A Aproximação dos ramos

Hoje temos a consciência de que precisamos nos aproximar de Israel, pois eles são um conosco! Não é possível falar em redenção, salvação, restauração e consumação dos planos do Eterno sem passarmos por Jerusalém (Israel)!

Por isso conclamamos à oliveira brava (zambujeiro) a aproximar-se de seus irmãos que hoje, em sua grande maioria, desconhecem quem somos nós e porque existimos!

Muitos tem querido se aproveitar de Israel para seus próprios fins, mas entendamos o seguinte: O Eterno providenciará meios para que os verdadeiros (e sinceros) crentes em Yeshua (Jesus), reconheçam quem são (parte da nação de Israel) e que precisam amar Israel agora!

Façamos então isso: obedeçamos à Palavra de Deus que diz: "Orai pela paz de Jerusalém; prosperem aqueles que te amam" (Sl 122:6). Nossa oração, intercessão e amor devem ser dirigidos à eles, que fazem parte intrínseca de nossa vida diária!


Fonte: www.bibliabytes.com.br


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O FILME: "A PAIXÃO DE CRISTO"

O FILME: "A PAIXÃO DE CRISTO"

Sôbre o filme...

Eu só estou escrevendo para vocês porque só esta semana foi que eu cai na real que ai no Brasil vocês estão sabendo muito pouco sobre o filme "A PAIXAO DE CRISTO" do Mel Gibson, não é? Que COOOOOISA!!! 

Agente tem seguido a produção e as histórias todas desde que começaram as filmagens há um ano atrás. O Mr. Gibson fala que Deus tem incomodado ele a fazer este filme por dez anos. Era como se fosse uma missão.

Para começar a história, ele resolveu que iria fazer um filme sobre as ultimas doze horas antes da crucificação de Cristo.

Também que produziria o filme todo em "Latim e Aramaico", sem legendas, numa pequena cidade na Itália que parece muito com Jerusalém! Na verdade, faz só dois meses que ele cedeu a atormentação das grandes empresas de se colocar legendas no filme!

Uma vez que nenhuma empresa distribuidora gostou da idéia do filme, muito provavelmente por acharem um fracasso de bilheteria em potencial, (você sabe, legendas aqui nos EUA são praticamente inúteis e fora de contexto, extrema violência, sem nenhuma grande estrela do cinema...) ele investiu aproximadamente $30.000.000.00 do bolso dele para o filme ser realizado. Ele é o diretor e produtor, mas não atua na frente das telas da "película".

Um pentecostal chegou para o ator  cristão Ítalo-Americano James Caviziel e disse pra ele que brevemente o Mel Gibson iria chamá-lo pra representar Jesus num filme. 

Mesmo que um pouco incrédulo,  ele recebe meses depois um convite para uma certa reunião com o Gibson. James Caviziel entra na sala dizendo para ele: "Você quer que eu faça o papel de Jesus no seu filme, não é?" Bem pra começar a história, o cara tem 33 anos, e de só uma olhada nas iniciais do nome do homem...

Vários milagres começaram a ocorrer no set de filmagem. Cego que começou a ver, conversões, choros e etc. O próprio ator Caviziel foi atingido por raios, duas vezes durantes as filmagens. O cabelo dele estava todo chamuscado e tinha ate mudado de cor. Ele ficou tão assustado com os raios, que o Mel Gibson disse que depois da segunda vez que aconteceu, o cara literalmente foi levado pro carro pra sossegar, e não parava de encolher os ombros olhando pra cima suspeitosamente como que com medo de um terceiro raio atingi-lo! 

O Leandro me disse hoje que assistiu os "make-offs" (seja la como isso é chamado) do filme à noite. Você sabe aquelas cenas por trás das câmera e etc... Ele conta que enquanto as filmagens estava sendo feitas naquela pequenina cidade da velha Itália, o povo nativo ia ao redor acompanhando a cenas e orando e intercedendo. Ele falou que dava pra ver uma mulher em particular com os olhos fechados,  as duas mãos para cima e gritando muito! Oh! Unção puuuraaa!!!! Cada cena foi literalmente e verdadeiramente ungida, não?

A partir dai então, as igrejas dos EUA começaram a se despertar para a produção deste filme, porque Gibson visitou inúmeros religiosos antes e durante a sua realização, a saber, pastores, bispos, os grandes lá do Vaticano, Teólogos, Phd's, historiadores e outros entendidos, e além da consulta, ia mostrando pra eles o filme mesmo sem estar pronto. Ele queria ter apoio dos religiosos na fidelidade aos evangelhos e também nas cenas que ele embutiu no filme que não estão escritas na Bíblia Sagrada, mas que se dão abertura pra imaginação, sem ferir o contexto geral. Ninguém que se sabe, foi contra estas inserções pessoais de Gibson.

Até o Papa viu, e mesmo sem querer se pronunciar formalmente, disse ao repórter que isto era simplesmente a historia. Que na verdade, não deixaria de  ser uma forma de apoio, uma vez que não descordou. 

O filme aqui nos EUA, e considerado Rated R (Censura máxima) devido ao seu conteúdo violento. Na verdade Mel Gibson e conhecido por retratar violência em seus filmes da forma mais realista possível sem ser baratamente abusivo. Haja visto Coração Valente e outros. Mas este filme esta sendo agora considerado o mais sangrento de todos da nossa época! Ontem mesmo, eu li um artigo na revista Times cujo titulo era "Why it's so bloody" ("Porque é tão sangrento" )O articulista David Van Biema, mesmo embora não defenda o filme, disse que se voltarmos na estória do regime Romano, e da forma como tratavam os perseguidos, era tão drástica quanto o filme retrata. Inclusive os instrumentos de castigo e surra que eles usavam na época, parecem ter sido profundamente pesquisados por Gibson. 

Ele diz que quando os Romanos queriam judiar de alguém não era coisinha pouca. Os evangelhos relatam com poucas palavras que "...então Pilatos mandou tomar a Jesus e chicoteá-lo" diz Gibson citando João. O costume da época mandava serem 39 chibatadas (40, acreditavam ser potencialmente fatal).

Pelo fato de Jesus ter demorado tanto pra ser crucificado, jogado de um reinado para o outro porque nenhum maioral achava nada para  condená-lo, só tornou o abuso físico ainda maior.

Após a complementação do filme, Mel Gibson deu sua primeira entrevista para o canal ABC de Televisão a algumas semanas atrás. Eu e minha esposa terminamos de assistir a entrevista aos prantos de pensar como é que Deus faz as coisas. Gibson falou que foi o  "Holy Ghost" (Espírito Santo) que encabeçou a produção: "Eu só estava dirigindo o trânsito". O cara contou naquela noite para milhares de expectadores curiosos, o quanto ele era viciado em tudo o que se possa imaginar ate um ano e meio atrás, e que só teve sua vida miraculosamente mudada quando ajoelhou e orou a Deus da sua infância!

Lembrei-me ate que em uma declaração dele para uma revista. Ele disse que anos atrás estava na janela de sua casa pensando em algum motivo para não pular, já que nada fazia sentido, quando clamou a Deus em oração. Dentre outras coisas,  revelou na entrevista,  que na hora da crucificação, foi o único momento que atuou no filme, pois a mão que segura o prego prestes a perfurar a mão de Jesus na cruz, fez questão de ser a dele. "Eu sou o primeiro na lista dos culpados. Eu que fiz aquilo", diz o diretor. Nesta noite da entrevista para a ABC, a entrevistadora que e muito inteligente, mais ou menos no estilo da Marília Gabriela, extremamente incomodada e comovida ao mesmo tempo, perguntou pra ele no final: " Ok, Mr. Gibson, depois de tanta controvérsia da parte dos judeus, depois de tantos manifestos contra o seu filme falando que você é "anti-semitista", depois de tanto falarem que você esta acusando os judeus de terem matado Jesus, eu te pergunto: Mel Gibson, quem e que matou Jesus?" Ele não demorou muito pra responder: "O fato é que quem matou Jesus foi eu e você. Fomos todos nos!..." A entrevista acabou ai.

Veja só, Ele, Mel Gibson, um dos atores, diretores, produtores mais conceituados do mundo, o diretor dos blockbusters "CORACAO VALENTE", "O PATRIOTA", o ator principal de "MAQUINA MORTIFERA 1,2 & 3" alem de "PAY BACK", "WHAT WOMEN WANT?" e outros que eu não sei como os títulos estão em Português, estava lá sentado naquela cadeira, na frente de milhões de tele-expectadores, falando do amor de Jesus na cruz por cada um de nos!?! Se a mesma oportunidade fosse dada ao Billy Graham, bem possivelmente não teria causado o mesmo impacto na sociedade.

Deus, ou faz as pedras clamarem, ou transforma elas em ovelhas. De qualquer forma, a palavra vai ser agora mais uma vez divulgada nos quatro cantos da terra.

As rádios de alcance nacional já haviam começado a divulgar o trabalho do Mr. Gibson, através de levantar e despertar as igrejas a comprar ingressos antecipados de tal forma que essa fosse a mais impressionante abertura de um filme na historia.

E foi mesmo, porque apesar de seu lançamento nesta quarta feira passada ter emparelhado o "Senhor dos Anéis", e outros dois grandes filmes, "A PAIXÃO DE CRISTO", foi o único que não foi lançado no verão, perto de algum grande feriado e numa Sexta-Feira como os outros. Então o filme que para Gibson no início pensou que poderia ficar na gaveta pra sempre por ser completamente fora do esquema hollywoodiano, bateu a casa dos $20.000.000 no primeiro dia! Cinemas ao redor do pais que tinham 20 telas, passaram só este filme nas 20, de manha ate a noite sem parada (ultima sessão 11:15 PM) com todas as sessões lotadas, sendo muitas das quais, através de aquisição de ingressos antecipados. Alguns montaram ate salas de oração para depois de cada sessão a pessoa ter acesso a um lugar para orar, aconselhar, evangelizar ou qualquer coisa parecida!

Teve uma cidade que todos foram para o cinema andando e carregando uma pequena cruz na mão, quase que em procissão para ver o filme.

Pesarosamente, houve um cinema que uma mulher teve ataque de coração na hora da crucificação e tiveram que parar o filme 10 minutos para dar atendimento médico a ela. Deve ter sido na hora do "Hoje mesmo estarás comigo no paraíso", porque horas depois no hospital ela foi pra lá mesmo! Pelo menos assim espero.

Nós, eu a esposa, obviamente estávamos lá na primeira sessão nesta ultima Quarta dia 22 de fevereiro de 2004. Data histórica pode crer. Nunca tínhamos visto um cinema tão lotado numa quarta feira a 1:00 da tarde. Mas, viemos a saber que não foi diferente de nenhuma outra sessão naquele dia. Se você for "desarmado" emocionalmente, aberto pra receber, é melhor levar uma toalha, uma fralda ou qualquer coisa pra limpar a choradeira.

Só sei que saímos do cinema mudos de tudo. Parecia não haver comentário algum que se encaixasse na profundidade do momento. Qualquer palavra soaria fraca, inadequada e fruto de um espírito afoito pra se dizer qualquer coisa só por dizer, enfraquecendo o impacto daquilo que havíamos visto e ouvido.

Preferimos nos silenciar ate o carro, e lá orarmos pra Jesus perdoar o nosso coração conformado com palavras que saem da nossa boca freqüentemente nas orações publicas, que eventualmente perdem a forca e o sentido por falta de relacionamento extenso e intimo com Ele. Seu sangue que foi vertido por nos... toma um outro sentido no nosso coração agora. Pelas suas PISADURAS fomos sarados... "mas Ele não foi só chicoteado com uma correiazinha uma meia dúzias de vezes e depois crucificado, não?"

NEle foi colocado uma coroa de espinhos... Oh! Soa ate meio Shakesperiano, se você não pensar o quão difícil que é encaixar no mínimo trinta espinhos de 2 polegadas na cabeça de alguém de uma vez só. O corpo partido, moído... Não dava a impressão que o triturar do pão pelos nossos dentes, na verdade doeriam ate um pouquinho  mais? Ou como eu já ouvi alguém pregando: "A diferença da morte de Jesus foi só porque Ele carregou sobre si os nossos pecados, porque  houveram outros mártires que sofreram ate mais..." hoje eu já duvido muito disto se eu pensar direito no contexto todo.

Um dos comentários que ouvi na TV de uma senhora irritada  quando saiu do "Preview" do filme, foi de que Mel Gibson tinha exagerado demais na violência, porque ninguém aguentaria tamanha surra. Estas palavras vindas de um coração tão inconformado como insensato, me fez parar pra pensar que pelo fato dele ter sido carpinteiro sem as comodidades das nossas mirabolantes ferramentas de hoje, Jesus não era tão franzino como eu via retratado nas revistinhas de escola dominical. As madeiras eram nobres e duras de se trabalhar. O corte da madeira, o lixar, o talhar, o polir eram todos trabalhos manuais que exigiam um bom estado físico. Como homem, pessoalmente creio que este é um dos motivos pelo qual aguentou o sofrimento físico mais do que eu aguentaria. Eu acho que psicológica e inconscientemente, eu escolheria desmaiar por exemplo, afim de dar uma termino ao menos parcial no sofrimento físico. Ele, o nosso Jesus, o Cristo, sabia do "pra quê e do porquê" estava ali e sabia também que, ou Ele passava por isto, ou Ele chegava consciente ate ao Calvário, ou então eu, Wagner Bertolino, estaria perdido pra sempre. Decidiu então ir ate o fim.

Eu acredito também que Simão só foi chamado para carregar a cruz, porque alem da dor física e o cansaço, Jesus havia perdido muuuuiiiito sangue. A coroa de espinhos só entrou na cabeça dEle depois de já ter apanhado muito. Que amor e este meu camarada? Que amor e este?

Pra fechar a história, nesta Quarta-Feira, era só isso que passava nas televisões americanas! Todos os canais que você ligasse, era só isto! E o melhor de tudo, é que foi dada de graça a oportunidade para dezenas de cristãos ao redor do país, falarem no microfone para milhões de tele-expectadores sobre este amor, cada vez que um repórter perguntava: "O que achou do filme?" Os caras não perdoavam: "O filme foi histórico. Foi com certeza bem próximo do que aconteceu, e Ele fez isto por causa dos nossos pecados e etc..." "Sim, o filme foi maravilhoso por sabermos que Ele só passou por isto por causa de mim e de você, repórter!" 

Garota de aproximadamente 14 anos chorando e dizendo em frente as câmeras: "É tão lindo pensar e saber que Ele passou por todo este sofrimento por causa de mim.." O mundo esta sendo evangelizado, e só Deus sabe onde isto vai parar!

Oremos por ele, pois até o seu pai, a quem atribuiu muito de sua religiosidade católica, esta falando mal dele nas entrevistas. As perseguições são e serão muitas. Oremos para que ele não perca a visão de reino com o sucesso. Mesmo embora, ele nunca deixou de ter sucesso. Oremos para que o Senhor continue a usá-lo de maneira poderosa na divulgação da mensagem de Cristo a todos aqueles que de outra forma não a ouviriam. Ate o Richard Donner, melhor amigo dele, e parceiro nas três series do filme Maquina Mortífera esta apoiando-o fortemente. 

Creio fortemente que este e um prenúncio da volta dELe. Ate me arrepia tudo enquanto escrevo. Segura ai que Ele esta voltando logo, logo. Tudo o que não é reino vai ficar.

Amo vocês nEle,

Wagner e Ledslane Bertolino

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Quem Pecou Mais?

Quem Pecou Mais?

Nas nossas muitas andanças por todo o mundo, não só pessoalmente, mas através de livros, vídeos e internet, percebemos, em todos os tempos, uma repugnante afirmação na boca de grande parte dos cristãos: ISRAEL MERECEU PASSAR O QUE PASSOU, PORQUE PECOU. E isso tem se tornado uma justificativa para as mais cruéis e covardes perseguições aos judeus, inclusive para o diabólico Holocausto Nazista.

É como se os israelitas fossem os mais pecadores de todos e irreversivelmente condenados para sempre. Mas, com toda a sinceridade, será que podemos afirmar que Israel é mais culpado diante de Deus do que a Igreja?

Esta é uma reflexão que todo aquele que se diz cristão deve fazer. Porque já basta deste estigma histórico de pecadores sobre o Povo de Israel. Isso já causou tristeza demais, sofrimento demais, mortes demais. Mas, infelizmente, continua a ser um sistema de idéias presente em todo o planeta, senão atuando diretamente contra os judeus, apoiando e respaldando os seus sofrimentos.

Jules Isaac, sobrevivente do Holocausto Nazista e escritor, deixou-nos o alerta em seu Livro
 "Jesus e Israel": "Acerca de Israel e de seus pecados, as severidades do Evangelho não ultrapassam as severidades costumeiras dos profetas". 

O que ele nos lembra aqui é que sempre os israelitas receberam palavras de admoestação, correção e exortação a permanecerem nas orientações de Deus. E isso não porque eram mais pecadores do que os outros povos. Muito pelo contrário, exatamente por serem um Povo Santo, separado para Deus e, portanto, com muito mais mandamentos a cumprir e um elevado padrão de vida a almejar.

Mas parece que isso sempre é esquecido. Por que? Não nos parece com a aquela antiga estória da Raposa e as Uvas? Para quem não se lembra, conta-se que uma Raposa andava a passear pela mata até que encontrou um pomar e, dentro dele, uma parreira carregada de uvas. Acontece que, ao se aproximar da parreira, a raposa percebeu que as uvas estavam altas demais para serem alcançadas. E então, mais do que depressa a raposa se convenceu: "essas uvas não prestam. Estão verdes ou podres. Vou-me embora e sempre me lembrarei delas como verdes e podres".

Esse pequeno conto sempre fez um alerta contra a crítica que se costuma fazer àquele que está melhor do que nós e nós, por alguma razão, não conseguimos alcançá-lo ou, quem sabe, preferimos criticar a reconhecer que precisamos ser ou fazer igual e devemos nos esforçar para isso. E é exatamente o que percebemos na opinião pública mundial contra os judeus.

Os judeus foram, indiscutivelmente escolhidos por D'us para ser o Seu modelo na Terra. Eles receberam as Sagradas Escrituras, eles influenciaram toda a humanidade com as suas leis, eles buscam (ou devem buscar) um elevado padrão moral e ético, eles prosperaram e continuam prosperando, apesar de todas as perseguições que já sofreram, eles ainda são chamados por D'us de Seu Povo, que, definitivamente não os rejeitou, como confirma o apóstolo Paulo:

"DIGO, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu..." (Rm 11:1 2)

Portanto, quem somos nós para criticá-los, julgá-los e condená-los? Será que não é porque eles são o padrão que nós rejeitamos? Ou será porque somos, de fato, perfeitos e menos pecadores?

Já chega de arrogância cristã! O Mestre dos verdadeiros cristãos de todos os tempos, Yeshua HaMashiach Shel Ysrael, Jesus, o Messias de Israel, Judeu, está chegando. Achará Ele os seus seguidores menos culpados que os israelitas? E não é sobre todos que derramou o seu sangue remidor e que ainda prevalece? Quem pecou, pois, mais? E quem precisa, mais, do seu perdão?

E são dois israelitas - o Rei Salomão e o Apóstolo Paulo - quem nos respondem: "Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque." (Ec 7:20)

"... todos PECARAM e destituídos estão da glória de D'us; ... Porque D'us encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia." (Rm 3:23,32)


Fonte: www.bibliabytes.com.br

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Pedras que falam...(Parte 1)

Pedras que falam...(Parte 1)

  • Em Jerusalém as pedras falam...


Cada período do tempo deixou sua marca nas pedras usadas para reconstruir a cidade, e na arquitetura típica de cada geração de construtores. Durante séculos pedreiros trabalharam as pedreiras dos morros da Judéia, usando calcário rosa e branco locais, que caracterizavam Jerusalém. Nos tempos modernos o uso desta pedra rosada tem se tornado mais do que um costume. Todas as construções em Jerusalém devem, por lei, ser feitas com essa pedra. Os visitantes rapidamente aprendem a identificar os locais históricos de Jerusalém, por seu revestimento singular. Aqui está um guia rápido para ajuda-lo a "juntar Jerusalém".

  • No começo: ABRAÃO

Abraão, não tendo filho algum, adotou Ló, seu sobrinho, filho de seu irmão Harã. Em obediência aos mandamentos de Deus, partiu da Caldéia, aos 75 anos, viajando de sua terra natal, Ur (Mesopotânia), em direção à terra que Deus lhe prometera - Canaã (Gn 12:1-9). Deixou sua parentela. Segundo Flavius Josephus, Abraão era um homem de grande sagacidade, tanto para entender todas as coisas como para convencer seus ouvintes, nunca se equivocando em suas opiniões. Por esta razão determinou renovar e mudar a opinião dos homens na sua terra, a respeito de Deus. Foi o primeiro a divulgar publicamente sua opinião sobre a existência de um só Deus, Criador do universo, e a ineficácia dos demais deuses, que em nada contribuíam para a felicidade dos homens. Em conseqüência de sua doutrina a respeito de um único Deus, os caldeus e outras pessoas da Mesopotânia provocaram um grande tumulto contra ele. Hostilizado por todos, recebeu a ordem de Deus de deixar toda sua parentela e seguir para a terra por Ele prometida, e a promessa de que abençoaria os que o abençoassem e amaldiçoaria os que o amaldiçoassem (Gn 12:3). Chegando a Canaã Abraão edificou um altar ao Deus que lhe aparecera (Gn 12:7). Vários historiadores falaram sobre ele. Berosus disse sobre Abraão:

"Na décima geração depois do dilúvio, havia entre os caldeus um homem justo e de grande habilidade na ciência espiritual". Jerusalém é mencionada pela primeira vez nas peregrinações de Abraão pela Terra Prometida. Lá ele encontra Melquisedeque, o rei justo que governava Ir Shalem (o nome de Jerusalém, em hebraico). Mais tarde, Deus ordena a Abraão que retorne com seu filho Isaque, afim de o oferecer em sacrifício (Akedah). Apesar de Isaque ter sido salvo da morte, o local adquiriu uma certa reverencia, e foi chamado de Even He Shetiyah (A Pedra Angular do Mundo). Este lugar santo no Monte Moriá seria mais tarde o local do Templo. Centenas de anos mais tarde Josué conduziu nas doze tribos de Israel à Terra Prometida (Eretz Israel - A Terra de Israel), ou Canaã como era comumente conhecida. Os relatos da conquista de Canaã descrevem muitas batalhas com a população local (cananeus) e encontros com vários reis na região. Um governador especificamente mencionado foi o Rei de Jerusalém, apesar de sua cidade não haver sido capturada.

  • Jerusalém - do Hebraico, Habitação de Paz, tem 70 nomes.

Desde o tempo de Abraão o povo judeu tem expressado amor pela Cidade Santa com nomes carinhosos e expressões poéticas. Aqui estão alguns destes nomes: Moriá (Gn 22.2) - Jebus (Jz 19.10) - Sião (II Sm 5.7) - Lareira de Deus (Is 30.14) - Ariel ou Leão de Deus (Is 29.1) - Cidade de Justiça (Is 1.26) - Neve Tsedik, ou Casa Nova (Jr 31.22) - Klilat Yofi, Modelo de Perfeição (Lm 2.15) - Cidade do Grande Rei (Mt 5.35) - Cidade de Davi (Lc 2.11) - Yerushalaim Shel Zehav , ou Jerusalém de Ouro (Ap 2.118).

Dentro de Jerusalém encontra-se o Monte Moriá, onde estava o Templo Sagrado, o santuário do povo de Israel. No cume está a Pedra da Fundação (Even Há Shetiyah), a base do mundo inteiro e seu centro. Os sábios de Israel registraram: "E foi chamada de Pedra da Fundação porque o mundo foi fundado nela..." Principal cidade da Palestina, a cidade dos judeus, dos cristãos e dos maometanos (muçulmanos). Centro espiritual do mundo, é a cidade de maior influência sobre a esperança e o destino do gênero humano. Cidade escolhida pelo único e verdadeiro Deus, para ser o centro dos seus cultos, leis e revelações

  • DAVI

Duzentos anos depois da conquista, o grupo fragilizado das tribos de Israel se uniu para se tornar uma monarquia. Davi sucedeu Saul como segundo rei. Ele era conhecido por sua externa coragem nas batalha, sua ousadia política e habilidade artísticas.

O primeiro ato de Davi, após ter se tornado rei de Judá, foi haver enviado mensageiros para abençoar os homens de Jabes-Gileade, por terem enterrado Saul (2º Sm 2:4-7). Davi mostrou aqui que os verdadeiros homens de Deus amam seus inimigos, ora pelos que os perseguem e até mesmo procuram matá-los, como foi o caso de Saul. Davi mostrou amor a Saul durante todos os anos de sua vida, e até na morte.

Contudo Davi ainda não se tornara rei de Israel, visto que Abner, tio de Saul, comandante do exército de Israel, fez do filho mais novo de Saul, Is-Bosete, o único parente de Saul vivo, rei de Israel. Isso impediu e atrasou por sete anos e seis meses a vontade de Deus se cumprisse, e Davi se tornasse rei de Israel.

Davi não contestou a atitude de Abner, nem provocou situação alguma para vir a ser rei de Israel. Simplesmente esperou e confiou nas promessas de Deus, que nunca falham.
Davi escolheu Hebrom para ser a sede de seu governo, enquanto Abner reinava em Judá.

Abner foi morto, e Davi foi então nomeado rei de Israel por todos os principais homens de todas as tribos. Veio uma multidão a Hebrom, com uma grande quantidade de trigo, vinho e toda a sorte de alimento, regozijando-se e festejaram por três dias em Hebrom.

Na época de Davi (1000 AC), Jerusalém era governada pelos jebusitas. Quando Davi expulsou os jebusitas da cidade, reconstruiu Jerusalém e a chamou de "Cidade de Davi", lá permanecendo todo o tempo do seu reinado.
Em 2º Samuel encontra-se uma descrição do cidade, bem como as razões que levaram a Davi a escolhe-la como capital do seu reino unido de Israel. Certamente os vales de Kidrom (Cedro) e Há Gal, que proviam muros de segurança e o constante abastecimento de água em Gichon (Gion), eram duas fortes razões para mudar a capital de Hebrom, a primeira cidade de Davi. Contudo havia um terceiro motivo, político. Jerusalém, na fronteira norte da tribo de Judá, era uma área neutra não ocupada por nenhuma das doze tribos. Esta era a escolha perfeita, e não era motivo de briga nem de competição entre o povo de Israel.

Apesar de desejar construir um santuário no monte Moriá, Davi era inabilitado para tal tarefa, pois era um guerreiro "com muito sangue nas mãos". Mesmo assim ele comprou a terra para o templo, em Aruná, que fora o local de provisão no caso do sacrifício de Isaque. E entregou a tarefa da construção do templo a seu filho Salomão.

  • O período dos Templos - Salomão


Salomão, tendo edificado seu reinado, puniu seus inimigos - conforme orientação de seu pai - e reconstruiu os muros de Jerusalém, mais largos e fortes, com altas torres. No quarto ano de seu reinado (961 a C), Salomão se entregou à tarefa de construir a casa do Senhor no Monte Moriá. I Reis e II Crônicas descrevem a magnificência desta construção, que era de bronze, cobre e cedro do Líbano, este último sendo mandado pelo rei Hiram de Tiro. Com o término do Templo, as doze tribos passaram a ter um centro político, religioso e cultural em Jerusalém. Agora no Templo eram feitos os sacrifícios, eram também celebradas as festas e dali era anunciada a Palavra do Senhor pelos sacerdotes. Salomão era pacífico, em todos os problemas públicos agia com justiça, observando em tudo a lei de Moisés. Dedicava-se a cada obrigação como um ancião, e não como jovem que era.

Era visível a sabedoria que Deus lhe concedera para governar o povo, após o sacrifício que oferecera a Deus em Hebrom, no altar de bronze construído por Moisés. Durante esse período de tranqüilidade, as pessoas vinham em romaria à cidade, nos feriados de Succot (Tabernáculos), Pesach (Páscoa) e Shavuot (Pentecostes), para trazer suas ofertas ao Templo. Salomão viveu 94 anos e reinou por quarenta anos. Foi enterrado em Jerusalém. Sobrepujou a todos os reis em sabedoria, riqueza, felicidade. Entretanto, com o avançar da idade deixou de observar as leis do Senhor, o que trouxe grande prejuízo a todo o povo. Após a morte de Salomão (922 a C), o reino passou por um dramático período de mudanças. Brigas políticas internas dividiram-no em dois: Israel ao norte, e Judá ao sul, com sua capital em Jerusalém. Salomão casou-se com 700 mulheres, e manteve 300 concubinas, algumas não judias. A maioria dos casamentos eram arranjos políticos com as nações não judias, ao redor de Eretz Israel. A divisão do reinado de Salomão fora um castigo de Deus pelos casamentos entre diferentes raças e religiões.


1950 A.C
Peregrinações de Abraão 
1250 A.C Moisés / Êxodo1200 A.C
Conquista de Israel
1000 A.C
Saul / Davi



 ...continua

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Pedras que falam...(Parte 2)

Pedras que falam...(Parte 2)

  • Reino Unido  

Após o reinado de vários reis, tanto em Judá como em Israel, lemos nos livros de Reis e Crônicas: da descendência de Davi reinaram 21 reis durante 514 anos, seis meses e 10 dias. Exceto Saul, que foi o primeiro rei e que governou por 20 anos. No quarto ano do reinado de Jeoaquim (II Cr 36.5), Nabucodonosor se tornou rei da Babilônia, e com grande exército foi contra Neco, rei do Egito, que dominava toda a Síria. O rei da Babilônia passou o Eufrates, e tomou toda a Síria, e Pelúsia, exceto Judá. O profeta Jeremias inutilmente avisava todo o povo, a cada dia, que não alimentassem esperanças em relação ao Egito. Contudo as profecias foram desprezadas, e Nabucodonosor acabou levando cativos os principais homens e mulheres de Israel, três mil ao todo, até mesmo o profeta Ezequiel, que ainda era bem jovem. Levou também com ele todos os utensílios da casa do Senhor.

Com a conquista do reino de Israel, as dez tribos que habitavam na área ficaram em cativeiro. Com base neste evento datamos "As dez tribos perdidas de Israel". Há muita especulação quanto ao destino destes presos. Alguns estudiosos acreditam que esses judeus terminaram em lugares distantes e exóticos, como o Afeganistão, Paquistão e a Etiópia, baseando tais conclusões em evidências de vestígios da lei e costumes judaicos em certas tribos. Israel foi conquistado pelos assírios, mas não Judá, o reino do sul, então liderado pelo rei Ezequias.

Jerusalém havia se estendido pelo vale de Gei ao monte oeste, no Monte Sião. Esta expansão urbana levou Ezequias a construir uma nova muralha de defesa em torno da área (hoje conhecido como o lado judeu da cidade antiga de Jerusalém) e a simultaneamente cavar um túnel para trazer águas mais para dentro de Gichon e atingir a parte nova da cidade. Pode-se ver hoje um segmento do muro de Ezequias no lado judeu de Jerusalém, e caminhar pelo túnel de Ezequias - 2.500 anos depois! Nos livros de Reis e Crônicas, na Bíblia, aprendemos que os esforços de Ezequias foram bem-sucedidos. Os assírios jamais capturaram Jerusalém. A cidade continuou como a capital da Judéia até a invasão dos babilônicos.

922 A C
Reino dividido
722 A C
Israel conquistado pela Assíria
722 A C
O túnel de Ezequias


  • O Túnio de ezequias

Conhecido como o "Rei Virtuoso", Ezequias sucedeu a Acaz na idade de 25 anos e reinou durante 29 anos. Fortalecido pelas vitórias sobre os filisteus (II Reis 18.8), ele se preparou para sacudir o odioso jugo da Assíria. Sua preparação consistia, em parte, no aperfeiçoamento das fortalezas de Jerusalém, e em levar abundância de água por baixo da terra (II Rs 20.20; II Cr 32.5).

Dados do "Túnel de Ezequias"
533 m./ 1749 pés sob a terra.
320 m./ 1056 pés de superfície.
Altura: 1.1-3-4 m (3.6 pés - 11.22 pés).
Largura: 0.58-0.65 m de largura (1 ¾ -2 pés). Profundidade:         52 m/ 170 pés do topo do morro. Gradiente: 7 pés.
Tempo de construção: 7-9 meses.

Dois times de trabalhadores braçais, trabalhando simultaneamente, um começando no norte, no vale Kidron, e um no sul, em HaGai.

"Junto aos rios de Babilônia nos assentamos e choramos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros, que há no meio dela, penduramos as nossas harpas. Porquanto   aqueles que nos levaram cativos , nos pediam uma canção; e os que nos destruíam, que os alegrássemos dizendo: cantai-nos um dos cânticos de Sião. Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha? Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha desta de sua destreza. Apegue-se a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir Jerusalém à minha maior alegria" Sl 137.1-6.

Durante esse período o povo judeu se tornou displicente para com suas leis. Tornaram-se corruptos e descuidados com respeito à justiça social, ao amor e à prática dos rituais. O profeta Jeremias os preveniu seriamente sobre a catástrofe que estava por acontecer, caso não melhorassem. Nabucodonosor enviou o general do seu exército e ordenou que se queimassem todos os pilares do Templo de Salomão, e todo o palácio real; que a cidade de Jerusalém fosse transformada em poeira; e todo o povo fosse levado cativo para a Babilônia. O templo de Salomão foi queimado quatrocentos e setenta anos após a sua construção. Isso aconteceu 1062 anos depois da saída do povo do Egito, com Moisés. Nabucodonosor reinou 43 anos e seu império foi um dos maiores do mundo. Jeremias profetizou não apenas o retorno dos judeus do cativeiro de Babilônia, e isso debaixo dos medos e persas, como também a reconstrução do Templo e da cidade de Jerusalém, inclusive.

  "Assim diz o Senhor: uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo:   Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles, porque já não existem.   Assim diz o Senhor: reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos:   porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão da   terra do inimigo. E há esperanças no derradeiro fim para os teus descendentes,   diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para os teus termos" Jr 31.15-17.

  • O retorno


Novamente a direção da história judia foi alterada pelas marés das conquistas mundiais. A Babilônia fora dominada pela força dos persas, sob Ciro, o Grande, cuja política oficial com relação às nações que haviam sido conquistadas era totalmente diferente da de Nabucodonosor. No primeiro ano do reinado de Ciro, setenta anos depois dos judeus haverem sido removidos para Babilônia, Ciro anunciou que os povos que haviam sido capturados poderiam deixar Babilônia e retornar à sua terra de origem. Nessa época, no entanto, muitos judeus babilônios haviam prosperado, e assimilado a cultura e a civilização de seus anfitriões. Aprenderam a linguagem local (aramaico), freqüentavam sinagogas, envolveram-se nos negócios, na cultura e na política. Apesar de Jerusalém ser muito sagrada, e da grande oportunidade oferecida por Ciro, o Grande, a maioria dos judeus preferiu permanecer na Babilônia.


586 A C 
Primeiro Templo destruído
536 A C 
Retorno do exílio Ester / Purim


A essa altura, Esdras e Neemias foram usados por Deus para levar o povo de volta a Jerusalém. Esdras era um excelente mestre da Torá; levou grandes grupos de judeus a Jerusalém e Judá e fundou escolas onda a Torá era ensinada. Neemias proveu o tino comercial necessário para orquestrar a construção complexa do Segundo Templo. Estes dois líderes deixaram registros fascinantes de seus trabalhos nos livros da Bíblia que levam seus nomes. O segundo Templo, construído anos antes, foi dedicado numa cerimônia gloriosa dirigida por Esdras e Neemias, e assim o culto foi restabelecido no Monte Moriá. Os muros de Jerusalém foram reconstruídos e a cidade reconquistou seu lugar como capital judia.


  "Então lhes disse: Bem vedes vós a miséria em que estamos, que Jerusalém   está assolada, e que suas portas tem sido queimadas a fogo: vinde pois e reedifiquemos   o muro de Jerusalém, e não estejamos mais em opróbrio" Ne 2.17.

516 A.C
Segundo Templo
440 A.C
Esdras Neemias


  • Helenização


Helenização é a palavra usada para descrever a assimilação da cultura dos países pela cultura grega. Alexandre, o Grande, após ter vencido Dario, se tornou amigo dos judeus; considerou a profecia de Daniel, que afirmava que um dos gregos destruiria o império persa, e este seria ele. Deixou seus exércitos nas vizinhanças de Jerusalém. Alexandre conquistou não só o reino persa, mas todos os territórios que faziam parte do Império Persa. Incluía Mesopotâmia e Egito, Samaria e Judá. Por onde estendesse suas conquistas, ele pretendia que fossem centros de civilizações gregas. Eram estabelecidas por gregos, administradas por gregos e defendidas por gregos. A cidade egípcia se tornou a do seu próprio nome, "Alexandria". Era talvez a maior delas no seu Império. A cultura que compartilhavam era helenista, Hellas, o nome grego para sua terra natal. Depois que Alexandre o Grande conquistou o Império Persa, o impacto da cultura grega se espalhou pelas províncias. Judá não foi poupada.

Duzentos anos de cultura grega deixaram forte impressão na vida judia em Jerusalém. Muita gente pobre e rica foi afetada pelas idéias e práticas gregas, e quando os sacerdotes que trabalhavam no Templo se helenizaram também, a situação ficou perfeita para a revolta daqueles que não aceitaram essa mudança cultural. Foi tamanha a influência grega sobre o povo judeu, que o Novo Testamento foi escrito em grego. Alguns historiadores consideram este fato importante para a divulgação do evangelho, já que facilitou o crescimento posterior da Igreja Primitiva, pois todos falavam grego. O rei Antiochus Epiphanes, procurando exercer seu poder sobre a vida cultural e civil, decretou o fim do estudo e da obediência da Torá.


Judá Macabeu, que escreveu o livro dos Macabeus, liderou a revolta que permitiu à população judia voltar à vida segundo suas tradições. O período de influência helenista na Palestina, que começou com Alexandre, o Grande, 332 a C., mostra que apesar da revolta de muitos ultra-ortodoxos contra esta absorção de cultura do povo judeu, principalmente escrita no livro de Macabeus, teve um saldo positivo, até mesmo na divulgação da Palavra de Deus. Mesmo na época de Jesus o helenismo era uma força na Palestina, e o foi por três séculos. A importância das idéias gregas, costumes, métodos de administração, a grande expansão de construção de casas no estilo helenista, tudo isso afetou a vida dos habitantes ricos da Palestina, a aristocracia da capital de Judá, e Jerusalém. Judeus falavam grego, e termos gregos entraram no seu vocabulário diário. Havia em Judá muitas colônias gregas, e muitos gregos se converteram ao judaísmo.


332 A C
Alexandre / Helenização
167 A C
Revolta Macabeana


A Menorah de sete ramificações (conhecido como candelabro) ocupava uma posição central no Templo. Após a revolta, os macabeus rededicaram o templo e reacenderam a Menorah, fato esse que não acontecia desde há muito, pois fora extinto durante o culto pagão. A pequena jarra de óleo puro que encontraram, suficiente para um único dia, queimou durante sete dias. Para comemorar esse milagre a Menorah usada em Chanukah tem oito ramificações. Os líderes hasmoneanos que seguiam a Judá e sua família desenvolveram e refortificaram a Jerusalém.

Durante esses anos os cargos do rei e do sumo sacerdote foram consolidados numa única função da monarquia reinante.Com o passar do tempo a visão macabeana de um país independente se esvaiu, em face do tumulto político existente. Roma, que era o poder em crescimento no Mediterrâneo, conquistou a Grécia e logo depois Jerusalém, no ano 63 a C., acabando com a independência política. Os hasmoneanos continuaram a reinar, sob a proteção de Roma, até 37 a C. A Menorah é o símbolo do estado moderno de Israel. Durante o Segundo período do Templo, os muros da cidade de Jerusalém se expandiram até sua máxima circunferência conhecida na história, na era de Esdras e Macabeu, Judá Macabeu e Herodes o Grande. Era o tempo de reconstruir o Templo, a cidadela perto da Porta de Jafa, e um calidoscópio de outras estruturas, semelhantes às que uma pessoa encontraria em qualquer cidade greco-romana contemporânea. Jerusalém assumira a aparência de uma grande cidade helenística, embora com alma judia.

162 A C
Rededicação do Templo
(Chanucat Beit Hamikdash)
141 A C
Dinastia Hasmoniana


  • HERODES


Herodes, nomeado pelos romanos, foi Procurador da Judéia de 37 a C. a 4 d C. Tinha a fama duvidosa de ter sido o líder menos popular da história judia. Diz-se que era judeu por religião. Sua família veio da Iduméia, região no sul de Judá. Tinha geralmente o cuidado de não ofender as leis judaicas, como por exemplo: pelo fato de não permitir que suas moedas apresentassem efígie romana, e não ser permitido colocar nos prédios em Jerusalém símbolo algum da ocupação Romana. Reconstruiu o Templo - no estilo helenista, evidentemente - mas tão somente os sacerdotes judeus tinham a permissão para tomar parte na sua reconstrução.141 A C Dinastia


141-37 A C
Dinastia Hasmoniana
37 A C
Herodes torna-se procurador da Judéia
19 A C
Herodes reconstrói Templo
4 A C
Morte de Herodes
4 A C - 4 D C
Nascimento de Jesus


"E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no  cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros: e concorrerão a ele todas  as nações. E virão muitos povos e dirão: vinde, subamos ao monte do Senhor, à  casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e  andemos nas usas veredas; porque de Sião sairá a lei e a palavra do Senhor de  Jerusalém. E ele exercerá o seu juízo sobre as gentes, e repreenderá a muitos  povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices:  não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear" Is  2.2-4 4 A C


Primeiro período do TemploRetorno a JerusalémDinastia HasmonianaReinado de HerodesProterorado Romano
Destruição do Templo
586 A C
Reconstrução do Templo
516 A C
Revolta Macabeana
167 A C
Expansão do Monte do Templo - renovação do Templo
19 A C
Destruição do Templo
70 D C
Exílio na BabilôniaEsdras e NeemiasRetorno da AdoraçãoJornada para os Festivais em JerusalémSegundo Exílio
Desejo de voltar a JerusalémNova ênfase na lei e no ritualPeríodo de expansão de terra e religiãoSeparação do rei e do povo - origem dos zelotesAno novo em Jerusalém


  • Como o segundo templo foi reconstruido

O Templo foi bem maior que o anterior, o que a princípio não agradou aos judeus. Contudo Herodes os convenceu de que seria bem mais bonito. No seu lado oeste havia quatro portões: o primeiro levava ao Palácio real por uma passagem pelo vale intermediário; o segundo e o terceiro conduziam aos subúrbios da cidade; o último ia dar em outra cidade.

Iniciador: Herodes
Arquitetos: artesãos romanos
Mão-de-obra: população local - 10.000 homens.
Tempo de construção: aproximadamente 10 anos.
Apoio: 1.000 vagões.
Renovação do próprio Templo: 18 meses.
Mão-de-obra para o mesmo Templo: sacerdotes.
O Monte do Templo: 40 acres.
Altura: canto sudeste 48 m do leito da rocha (158 pés).
 Muro oeste: 485 m (1.600 pés).
Muro Norte: 313 m (1.033 pés).
Muro sul: 280 m (924 pés).
Muro leste: 470 m (1.550 pés).
Pedras: Calcário local talhados no norte da cidade. Acabamento com estrutura  e centro liso "saliente".
Altura: 1.3 m - 1.85 m de altura (3.3-6 pés).
Comprimento médio: 1m - 10m (3 pés - 30 pés).
Peso médio: 1-40 toneladas.
Maior pedra: 12.5 m de comprimento (41 pés), 5 m de grossura, 400 toneladas.

  • Dominação Romana

Existe pouca informação quanto a Jerusalém durante os primeiros anos da ocupação romana, exceto o fato de os judeus terem, ocasionalmente, permissão para orar entre os escombros do Monte do Templo. No ano de 132 d C., o imperador Adriano anunciou seus planos para a reconstrução da cidade, mudando seu nome para Aelia Capitolina. A comunidade judia, sob a liderança de Bar Kochba e Rabi Akiva, deu início à malfadada revolta judia contra Roma. Após um período de conflito, Bar Kochba e seus seguidores foram derrotados e Adriano retornou a seu plano de construir a nova cidade romana. A rua principal, Cardo, com barracas de mercado, começava no Portão Damascus, indo até a estrada leste-oeste, chamada Decamanus. O fórum e a quadra abrigavam divindades romanas. A população judia, proibida até mesmo de visitar o interior dos muros de Jerusalém, estabeleceu novas fortalezas em Yavneh e na Galiléia. Os romanos tentaram apagar a rebelde nação judia do mapa. Mudaram o nome oficial da região, de Judéia para Palestina, que lembrava as tribos filistéias expulsas fazia muito tempo. É claro que o povo judeu nunca aceitou a tentativa romana de erradicar seu nome do mapa, sempre chamando a região de Eretz Israel. Quando Julius César foi assassinado, em 44 a C., Octavius, de 19 anos, neto da irmã de Julius César, foi rapidamente da Grécia para Roma, a fim de reivindicar sua herança como cabeça do Império Romano.

Depois de algumas batalhas ele passou a reinar, e reinou durante 45 anos. O suicídio de Marco Antonio e Cleópatra, rainha do Egito, deixou Octavius em ótima posição no domínio Romano. Deram-lhe o título de honra de Augustus. Foi nesse período que Jesus nasceu e cresceu numa das províncias romanas, tempo esse que foi como uma era de ouro. Augustus restituiu ao Senado Romano alguma dignidade, da que lhe fora roubada por Julius César. Tentou trazer de volta a antiga religião romana, reconstruindo templos e revivendo rituais antigos. Esforçou-se por soerguer os padrões morais da família. A literatura e a arte floresceram. Ovídio (Ars Amoris), Virgílio e Horácio escreveram sobre essas virtudes levantadas por Augustus. Após sua morte, em 14 d C., seu filho adotivo, Tibério, o sucedeu.

Depois veio Gaio, conhecido como Calígula, em 41 d C., a seguir Cláudio e finalmente Nero. Mesmo após o incêndio que deixou ilesas tão somente quatro regiões da cidade, ele construiu a Domus Aurea, um vasto complexo de edifícios, com cerca de 125 acres. Nero suicidou-se em 68 d C., após uma revolta no seu exército. Foi nesse tempo que os apóstolos Pedro e Paulo atuaram.

  "Como se acha solitária aquela cidade, dantes tão populosa! Tornou-se como   viúva; a que foi grande entre as nações, e princesa entre as províncias, tornou-se   tributária!" Lm 1.1


4 D C
Morte de Herodes
70 D C
Destruição do Templo
132-135 D C
Revolta de Bar Kochba
200 D C 
Judah HaNasi compila o Mishnal
328 D C
Conquista Bizantina


  • Período Bizantino

Constantino, filho de Constantinus e Helena, foi promovido a César sob o reinado de Maximiano, em 293 d. C. Posteriormente, Constantino se casou com Fausta, filha de Maximiano, quando veio a dominar toda a metade do Império, na parte noroeste. A parte leste estava sob o controle de Liticinius. Eles se encontraram em Milão e fizeram um acordo político de liberdade de adoração aos cristãos e restauração de todos os bens confiscados. O edito veio a ser conhecido como o "Edito de Milão", de grande importância para os cristãos, pois estabeleceu o cristianismo como religião oficial do império. Por que Constantino deu esse passo?

Alguns afirmam que foi por influência de sua mãe Helena; outros, que foi uma ferramenta política, já que Constantino se mostrava muito forte na época. Seguindo a rebelião de Bar Kochba, a presença dos judeus em Jerusalém dependia da boa vontade dos diferentes conquistadores que estariam no comando. Em 326 d. C. o Cristianismo se tornou a religião oficial do então Santo Império Romano. Muitas igrejas foram construídas. A importância de Jerusalém como centro cristão foi temporariamente interrompida pelo Imperador Juliano, que se voltou para a antiga religião grega. Sua ordem de reconstrução do Templo, em 363 d. C., trouxe esperança aos judeus, mas foi eliminada no ano seguinte, ao ser ele morto numa batalha. Nos anos que se seguiram os muros da cidade foram reconstruídos, e um novo programa de reconstrução foi iniciado.

Uma imagem da cidade é preservada no mapa de Madaba, do século VI. O aspecto que mais chamava a atenção era o Cardo, a rua principal que ligava o Portão de Damasco à área do Portão de Sião. Proeminentemente nessa rota estavam as igrejas do Santo Sepulcro, e a nova igreja, Nea. A área do Monte de Templo permanecia deserta. Os judeus estavam proibidos de visitar este local, tão sagrado. Foi nessa época que surgiu a idéia da Jerusalém Espiritual, para a tão dispersa nação judia. A cidade não poderia ser fisicamente tocada, no entanto judeus pelo mundo afora poderiam sonhar em retornar a Jerusalém e orar diante do Monte do Templo, situado a milhares de milhas

Desse período em diante, qualquer casamento testemunharia a centralização de Jerusalém, pois a tradição de o noivo quebrar um copo com o pé significava lembrar a destruição do Templo. A cada Páscoa os judeus culminariam o Cedro tendo esperança para o próximo ano em Jerusalém! Três vezes por dia os judeus olhavam em direção ao leste, quando oravam, voltando o rosto para a terra de Israel, a terra espiritual judia. Quer estivessem em Portugal, no Paquistão, na Pensilvânia, África do Sul, ou Dakota do Sul, oravam por chuva ou tempo seco, de acordo com as necessidades climáticas de Israel. E suplicavam, ansiando pela volta à independência judia em sua terra natal: "Que possamos ver o misericordioso retorno a Sião!"


328 D C
Constantina e Helena em Jerusalém
363 D C 
Término do Talmude de Jerusalém
614 D C
Conquista persa de Jerusalém
638 D C
 Omar Conquista Jerusalém


  • Conquista Muçulmana

Logo após a conquista muçulmana, em 638 d. C., o califa Omar veio a Jerusalém e imediatamente iniciou a renovação da cidade, começando com o entulho que sujava o Monte do Templo. De acordo com a tradição local, Omar atirou sua bolsa cheia de moedas de ouro nos escombros que cobriam o Monte Moriá. Os pobres e necessitados cuidavam de limpar o lugar, tendo as moedas como recompensa. Omar rededicou a área como um local de adoração muçulmana. Seu filho Abdel-Malik venerou a memória do pai num memorial construído sobre a rocha da lenda (a pedra da fundação, o local onde Isaque fora oferecido como sacrifício, o ponto onde o Templo tinha permanecido), o Domo da Rocha em 691 d.C.

Continuando a dinastia, El-Walid construiu a mesquita de Al-Aksa, em 701 d.C., que se tornou o terceiro santuário mais sagrado do Islã. Os muçulmanos chamavam a plataforma do Templo inteiro por um novo nome, Haram el-Shariff (santuário nobre). Esses muçulmanos fizeram muita coisa para melhorar a cidade de Jerusalém: seus muros foram reparados, e a vida em geral retornou à normalidade. A comunidade judia cada vez mais voltou a morar na cidade, construiu sinagogas e centros de estudo

Quando o califa Omar visitou Jerusalém, logo após a conquista perguntou aos judeus: Em que parte da cidade vocês gostariam de morar? Eles responderam: Na parte sul. Era o mercado dos judeus. Sua intenção era estar perto do Templo e seus portões, bem como das águas do Siloam, para seus banhos rituais. O emir dos fiéis lhes concedeu isso.

"A comunidade judia uma vez mais floresceu, e os judeus estavam entre aqueles que guardavam os muros de pedra. Em troca eles foram empregados para limpar a área de Haram, de lixo. Existe também evidência de que outros judeus fizeram o vidro e os pavios para as lamparinas, e que essas eram as ocupações tradicionais dos judeus do século VIII em diante" (Mujir al-Din, História de Jerusalém e Hebrom).


638 D C 
Conquista Muçulmana
750 D C 
Lei Abbasid
900 D C
Estabelecimento do Karaite em Jerusalém
969 D C 
Lei Fatimids
1099 D C 
Conquista dos Cruzados


  • Reino latino de Jerusalém

Respondendo ao chamado do Papa para libertar a Terra Santa das mãos dos infiéis, os cruzados sitiaram Jerusalém durante um mês, no verão de 1099. Guiados pelos cavalheiros franceses e alemães, tomaram a cidade pelo Norte. Os muçulmanos e os judeus eram considerados pagãos pelos cruzados cristãos, e eram mortos, caso - na hora - não se tornassem cristãos. Os cruzados restabeleceram Jerusalém como cidade cristã. Mapas desse período retratam-na como centro do mundo. No entanto, nem todos eles estavam entusiasmados com o idealismo da sua missão. Muitos eram desajustados e criminosos, que seguiam os cavaleiros levados pela esperança de ganhar fama, fortuna e aventura. Muitas igrejas e mosteiros foram construídos nos locais que de alguma forma estavam conectados com a vida de Jesus e de seus discípulos. No final do reino dos cruzados em Jerusalém, bairros foram estabelecidos para as comunidades latinas, armênias e sírias, enquanto muçulmanos e judeus, em grande número, eram impedidos de nela viver.


1099
Reinado latino em Jerusalém
1167
Benjamim de Tudela
1187
Salahadin conquista Jerusalém


  • Jerusalém - Centro da Religião


JUDAÍSMOCRISTIANISMOISLAMISMO
2000 A C
Promessa de Deus a Abraão
30 D C 
Ministério de Jesus
632 A C 
Maomé - Meca - Medina
1250 A C 
Moisés / Dez mandamentos / Torá
135 D C 
Igreja muda-se Jerusalém para Antioquia
638 A C
Omar em Jerusalém
1200 - 1020 A C
Período dos juízes
328 D C
Conquista Bizantina - construção do santo sepulcro
691 - 701 D C
Saladino restaura Islã
1000 A C
Primeiro período do Templo
1099 D C
Reino latino em Jerusalém
 
922 - 587 A C
Período dos Profetas
Século 19
Estabelecimento de igrejas européias
 
586 A C
Destruição do Templo
  
540 A C
Segundo período do Templo
  
70 D C 
Destruição do Segundo Templo - dispersão dos judeus
 Oração -
Cinco vezes por dia - Caridade e observação dos festivais
Princípios básicos religiosos:
Crer em um Deus
Princípios básicos religiosos:
Crer em um Deus
Princípios básicos religiosos:
Crer em um Deus
Sábado:
o dia de descanso - aceitação da Bíblia e escritos proféticos; Talmude
Domingo:
o dia de descanso - Novo Testamento sagrado; Jesus como Messias - acreditar na ressurreição
Sexta-feira:
dia de descanso Alcorão é seu livro central - Maomé é o profeta de Deus
Conceito de todo Israel -  Um povo observador do Shabbat Kashrut (leis alimentícias) e Brit Milah (circuncisão)Santa Jerusalém - 
local da última semana de Jesus
Conceito de Haj - Peregrinação sagrada a Meca. Meca,
Medina e Jerusalém -Cidades sagradas


  • Retorno dos Mulçumanos


No ano de 1187, Jerusalém já não estava nas mãos dos cruzados. Os muçulmanos, liderados pelo general árabe Saladino, recapturaram a cidade. Foi quando estes governaram Jerusalém que o rabino Moshe bem Nachman (Nachmanides) se mudou para lá e estabeleceu a sinagoga Ramban, hoje bairro judeu. Uma réplica da carta que ele enviou a seu filho está hoje em exposição na sinagoga Ramban. "Encontramos somente dois judeus, irmãos, tintureiros, uma casa em ruínas com pilares em mármore e um lindo domo que julgamos ser uma sinagoga (...) Fomos á cidade de Sechem para trazer de lá os Pergaminhos da Lei, que antes se encontravam em Jerusalém, e haviam sido roubados pelos tártaros. Construímos uma sinagoga, e nela oraremos". Vieram então os mamelucos, ex-escravos que à força se haviam convertido ao islamismo. Como acontece freqüentemente, eles eram mais zelosos com a identificação de sua religião do que os muçulmanos haviam sido com sua fé. Os mamelucos pouca atenção prestavam às estruturas políticas e de defesa de que Jerusalém necessitava. Em vez disso, construíram edifícios religiosos (madrassas), que demonstravam seu amor pelo Islã. A evidência da bela arquitetura mameluca pode ser vista abundantemente na área do Shuk (bazar, mercado) e no Monte do Templo. Na história dos judeus, 1492 marca sua expulsão da Espanha, pelo Rei Ferdinando e a rainha Isabel, que enviou Colombo à sua famosa missão ao novo mundo. Muitos judeus que foram forçados a deixar o lar foram para Jerusalém.

O rabino Ovadia de Bartinora (1450-1510) manteve registros de sua viagem por Jerusalém. Ele descreveu uma cena de desolação e pobreza, com as famílias judias estabelecidas na cidade, aparentemente sem meios de sustento material. No entanto de algum modo - talvez por sua força espiritual - os judeus se prenderam tenazmente à vida de sua querida cidade sagrada. O rabino Ovadia também se estabeleceu em Jerusalém, apesar de todos os perigos e dificuldades, e sua liderança carismática inspirou o aliyah (imigração) de muitos judeus, da Espanha e de Portugal (Sephardim).


1250
O governo mameluco em Jerusalém
1267
Moshe bem Nachman Ramban
1488
Rabi Ovadia Bartinora
1517
Império Otomano


  • O império otomano


Muitos governantes estrangeiros conquistaram e perderam Jerusalém. Em 1517 os turcos tomaram posse da cidade, e a Palestina e Jerusalém se tornaram parte do Império Otomano (muçulmano turco).

Suleiman, o Magnífico, Sultão do Império Otomano, ordenou, em 1538, que os muros de Jerusalém fossem reconstruídos. Com um ponto de vista diferente dos mamelucos, que se dedicavam à construção de estruturas religiosas, Suleiman percebeu que a construção de um muro em torno de Jerusalém criaria uma defesa adequada à sua recente conquista.

Os engenheiros de Suleiman, na intenção de agradar o sultão e terminar logo o enorme trabalho, deixaram de fora o canto sudeste da antiga cidade - o Monte Sião -, fora dos muros. Em razão de sua displicência, os engenheiros foram decapitados, e enterrados em duas sepulturas no Portão de Jafa.


1500
Misticismo centrado em Safad
1600
Judeus se estabelecem em Tiberíades
1625
1500 Judeus em Jerusalém
1700
Imigração Européia


Os turcos aderiram ao conceito islâmico de considerar os judeus cidadãos de Segunda classe. Eles eram chamados de "Dhima" e só eram tolerados por serem considerados "povo do Livro", compartilhando a crença monoteísta do Islã. Eles não confiavam nos judeus, e os perseguiam, em razão de sua rejeição a Maomé e seus ensinamentos. As sinagogas, por lei, não poderiam ser mais altas que as mesquitas da cidade. Os judeus tinham que usar um emblema especial. Seu testemunho na corte não tinha valor algum, se fosse contra um muçulmano.

Até hoje existe o status de "Dhima" em alguns países árabes.


1801
Vilna Gaone em Jerusalém
1840
Gabinete do rabino-chefe estabelecido pelos turcos
1881
 Eliezer Bem Yehuda, fundador do novo hebraico se estabelece em Jerusalém
1897
Primeiro congresso sionista    


  • Século 18 em diante

"Parece que todas as raças e cores e línguas da Terra devem ser representadas   entre as catorze mil almas que vivem em Jerusalém. Superabundam trapos, desolação,   pobreza e sujeira, sinais e símbolos que indicam a presença de liderança muçulmana,   mais do que a própria bandeira". Mark Twain, Os inocentes no exterior.


Em 1860, os judeus começaram a passar para fora dos muros de Jerusalém. O governo turco Otamano deu início a muitas reformas civis, que proporcionaram aos judeus uma sensação cada vez maior de status e liberdade. Quando o rico filantropista inglês Sir Moses Montefiore contemplou a construção de Mishkenot Sha'ananim (Residências Tranquilas), fora dos muros da cidade, muitos dos residentes do bairro judeu concordaram em relocar. Não há dúvidas que Sir Moses lhes deu "gratificações" financeiras por suas corajosas atitudes modernas.

Sem os muros da cidade para protegê-los, os colonos de Jerusalém voltavam à noite às suas moradias dentro dos muros. O eventual sucesso de Mishkenot Sha'ananim levou a uma maior expansão para fora do muro. O estabelecimento de Mea hearim (cem medidas) em 1875 foi típico do que se transformou em êxodo de tipos. Iemenitas, húngaros e outros grupos comunitários se mudaram para fora dos muros à medida que Jerusalém se expandia para o norte e para oeste. O retrato de Jerusalém começou a mudar no final de 1880, com o influxo de poderes europeus que abriram consulados. Com sua política segura, os peregrinos cristãos, bem como os judeus, se estabeleceram na cidade. O caráter de Jerusalém foi realçado pela construção de vários prédios públicos. O Hospício Italiano e a Igreja Russa, ambos construídos nessa época, refletem o estilo arquitetônico trazido à cidade por grupos novos.

  • Mandato Britânico


Na virada do século, o Império Otomano começou a desmoronar. A população de Jerusalém foi engolida pela primeira e Segunda Aliyah da Europa e milhares de judeus do Iemen. Muitos se estabeleceram na parte oeste da cidade. A primeira guerra mundial trouxe o fim para a lei otomana. O general Allenby entrou na cidade Velha pelo Portão de Jafa para assumir o controle de Jerusalém, para os britânicos. Sob o governo britânico, os serviços aumentaram e bairros com jardins, como Rehavia, foram reestruturados. Talbiah, as colônias gregas e alemãs e Romena se desenvolveram, e sedes municipais foram centralizadas na nova prefeitura, na Estrada de Jafa. Em 1917, a Declaração Balfour levou a população local e os judeus do mundo inteiro a acreditar que a Terceira comunidade Judia estava pronta.

Este documento, uma carta de Lorde Balfour ao Dr. Chaim Waizman (posteriormente primeiro presidente de Israel), falava sobre a intenção do governo britânico de estabelecer um local na Palestina onde os judeus pudessem viver. No entanto, quando tumultos aconteceram em Jerusalém e em outras cidades, entre 1929 e 1936, o governo britânico deu início a um programa de reconciliação com os árabes. O infame White Paper (1939) limitava a imigração judia à Palestina. A sua publicação, na época em que Hitler aumentou sua perseguição ao povo judeu europeu, foi um tempo negro para os judeus em Jerusalém.


AnoJudeusMuçulmanosCristãos
18002.000--
18407.0005.0003.300
186010.0007.0005.000
188214.0007.5007.500
190030.0007.00010.000
191745.00010.00015.000
193151.00019.50019.500
1948100.00040.000 


  • Segunda guerra mundial

Muitos sobreviventes, com cicatrizes profundas e desolados com suas experiências nos campos de concentração, estavam determinados a construir uma nova vida com os judeus. Muitos deles se mudaram para a Palestina, apesar das restrições para a entrada dos britânicos, e se tornaram os pioneiros da Israel moderna, fundando Kibbutzim e cidades e criando uma conscientização judia de coragem e independência. Eles se uniram à recém formada força de defesa de Israel e ajudam na luta que levou a fundação do que é hoje o moderno estado de Israel, em 15 e maio de 1948 (5 lyar, 5708).

Depois da guerra da independência, a velha cidade de Jerusalém estava sob o controle jordaniano. Muitos imigrantes novos vindos de países orientais incharam a população de Jerusalém. Novos projetos de casas populares foram realizados em Katamom e Shmuel HaNavi para absorver o número cada vez maior de imigrantes. Com a cidade dividida, muitos ex-residentes do bairro judeu se estabeleceram em subúrbios ao norte e a oeste, e este se tornaram parte de Jerusalém.


1917
Declaração de Balfour
1939
White Paper Mundial
1939-1945
Segunda Guerra
1947
Plano de Partição
1948
Guerra da Independência


  • Guerra dos seis dias

"Motta estava encostado contra um dos muros, sentindo como se houvesse retornado a casa, a meta de suas aspirações. Nomes da história lhe rodam no pensamento. O Monte do Templo, Monte Moriá, Abraão e Isaque, o Templo, os Macabeus, Bar Kochba, romanos, gregos. Nós no Monte do Templo. O Templo é nosso." O portão do Leão, reproduzido no Muro Ocidental, Meir Bem Dov. A Guerra dos Seis dias, em junho de 1967, restaurou a Israel a velha cidade de Jerusalém. A cidade capital, que fora dividida durante 19 anos, estava unida. Na euforia que se seguiu à libertação de Jerusalém, milhares de pessoas foram ao Monte do Templo, a Kotel, para ver tocar e agradecer junto ao Muro, que se tornou o centro nacional, cultural e religioso do Estado de Israel e do povo judeu pelo mundo afora. Um avião contendo um grupo de brasileiros que realizava um tour pelo oriente, Seul, Egito, Israel, chegara à Jerusalém na 5ª feira. No Sábado, que é o Sabbath, em meio a ruas tranqüilas, de repente toca a sirene de alarme, avisando que a Guerra havia começado.

  • Jerusalém no futuro

Com a reunificação de Jerusalém, mais terra ficou disponível para a expansão da cidade. Novos bairros residenciais com estilos arquitetônicos únicos começaram a surgir em Jerusalém: Ramor, French Hill, Gilo e NveYaacov foram estabelecidos como um cinturão de segurança, assegurando a integridade de Jerusalém. Os nomes das ruas de algumas dessas áreas lembram a coragem nas batalhas da Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967. Depois de 1967 Jerusalém continua a crescer e a desenvolver-se. A população dobrou e os novos bairros estão completos. Grandes parques, boulevards e áreas públicas muito bem cuidadas compõem hoje o retrato de Jerusalém, uma cidade moderna e próspera. Jerusalém é uma cidade de contrastes, o novo e o velho girando em cima de 4.000 anos de história. Ela é a cidade eterna, nas encruzilhadas do mundo, ansiosamente contemplando o futuro.


Fonte: www.bibliabytes.com.br

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O judeu Saulo de Tarso

O judeu Saulo de Tarso

No primeiro século durante o reinado de Herodes, na terra da Judéia havia uma   agitação entre os judeus. Eles estavam esperando pelo Messias que viria e os   livraria da opressão dos romanos. Os sinais dos tempos e as Escrituras apontavam   para esse grande evento. Havia uma ausência de unidade entre a comunidade religiosa.   A história registra que havia cerca de vinte seitas religiosas nesta época.   Entre eles estavam os fariseus, saduceus, essênios, nazarenos, etc... A sua   interpretação das Escrituras variavam, alguns crendo na ressurreição, outros   não. Houveram vários que se levantaram dizendo ser o Messias, porém confusão   e violência se seguiam após tais declarações.

"E naquele dia levantou-se grande perseguição contra a Igreja em Jerusalém; e todos, exceto   os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria". "E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os   encerrava   na prisão". (Atos 8.1,3)  Este é Saulo de Tarso, que mais tarde foi conhecido com o apóstolo Paulo, que agora descreverei.

  Ele foi e é um homem muito incompreendido. Até Pedro em seus últimos dias escreveu   a respeito dele "... como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender,   que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para   sua própria perdição" (II Pe 3.15,16).

Há um registro no livro de Atos de um evento monumental, que não apenas mudou a vida de Saulo de Tarso, mas também de todo o mundo gentio. "E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus (Yeshua), a quem tu persegues..."
"E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça?" (At 9.3-6). 

De acordo com Atos 26.14 esta conversa foi em língua hebraica. As mudanças que aconteceram na vida de Saulo naquele dia não o afastaram da Torah (a Lei), mas lhe dariam um maior   entendimento sobre ela. Saulo era judeu, do nascimento até a morte! "Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus;   segundo a lei, fui fariseu; ... segundo a justiça que há na lei, irrepreensível"   (Fp 3.5,6). Seu amor por seu povo Israel era menor apenas pelo amor que ele tinha pelo Deus de Israel. À   igreja em Roma ele escreveu, "Em Cristo (Messias) digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):

Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.

Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;

Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas;

Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo (Messias) segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém".

  "Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua   salvação" (Rm 9:1-5, 10:1)

Um homem pode escolher uma ocupação, ou o campo de trabalho no qual ele deseja desenvolver sua vida, mas no tocante às coisas espirituais, "...Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento" Rm 11:29 Havia um chamado especial sobre a vida de Saulo de Tarso. Sua vida mudou de direção em cento   e oitenta graus. De um dedicado oponente o perseguidor da seita dos Nazarenos,   ele tornou-se um ardente seguidor de seu Yeshua (Jesus). 

  A Torah começou a ser-lhe aberta. Ele começou a conhecer as Escrituras sob uma   nova e maravilhosa luz, como ele nunca antes tinha visto. Seu chamado foi para   estender a mensagem de esperança, vida e paz para as nações (gentios). Foi escrito   por Moisés em Deuteronômio:

  "A zelos me provocaram com aquilo que não é Deus; com as suas vaidades me   provocaram à ira: portanto eu os provocarei a zelos com o que não é povo; com   nação louca os despertarei à ira" Dt 32:21

E Isaías escreveu,
"Fui buscado dos que não perguntavam por mim, fui achado daqueles que não   me buscavam; a uma nação que não se chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui.   Eis-me aqui" Is 65:1

 Desta e da outra Escritura ele viu que as nações (gentios) encontrariam o seu   caminho para o Deus de Israel através de sua misericórdia. Há aqueles que gostariam   de culpar esta teoria e rejeitar os gentios da adoração ao único e verdadeiro   Deus, o "Deus de Israel". 


Mas eu sou grato a este querido irmão, Saulo de Tarso, que apoiou sua fé na Tanach (Bíblia Hebraica). Através da sua fidelidade e misericórdia ao Deus de Israel, nós em nossa geração, judeus e gentios temos prazer na revelação das profecias concernentes ao plano da salvação e o profetizado Messias judeu, Yeshua(Jesus). Assim, Saulo nunca abandonou o seu judaísmo.

"...Apressava-se, pois, para estar, se lhe fosse possível, em Jerusalém no dia de Pentecostes"   At 20.16. Sobre sua partida para Jerusalém e o encontro com Tiago e os anciãos, ele foi novamente confrontado por aqueles que não viram a profundidade espiritual desta mensagem do Messias.   Sua mensagem não foi destruída com a Torah (Lei), mas em vez disso ele sentiu a necessidade da Torah ser escrita nas tábuas de carne do coração. A alegria   de fazer a vontade de Deus no Messias e não a carga do justo seguindo um mandamento.   Mas muitos não o entenderam.

"... Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei.

E já acerca de ti foram informados de que ensinas todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem-se de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar segundo o costume da lei.

Que faremos pois? em todo o caso é necessário que a multidão se ajunte; porque terão ouvido que já és vindo.

Faze, pois, isto que te dizemos: Temos quatro homens que fizeram voto.

Toma estes contigo, e santifica-te com eles, e faze por eles os gastos para que rapem a cabeça, e todos ficarão sabendo que nada há daquilo de que foram informados acerca de ti, mas que também tu mesmo andas guardando a lei (Torah).

Todavia, quanto aos que crêem dos gentios, já nós havemos escrito, e achado por bem, que nada disto observem; mas que só se guardem do que se sacrifica aos ídolos, e do sangue, e do sufocado e da prostituição.

"Então Paulo, tomando consigo aqueles homens, entrou no dia seguinte no templo,   já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação;   e ficou ali até se oferecer por cada um deles a oferta" (Atos 21.20-26).

Em outra Escritura nós veremos a mensagem de Paulo aos gentios em profundidade. Mas deixe-me dizer aqui, ainda que a circuncisão não foi ordenada aos gentios, não foi proibida também. O fato que vemos aqui é que Saulo manteve a Torah (Lei) como esta escrito

 "Mas confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo   ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas.
Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos.
  E por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus   como para com os homens"
(Atos 24.14-16).

E agora nós também, aqui no século vinte, que cremos em Yeshua (Jesus) como o único que cumpriu as Escrituras concernentes ao Messias, reconhecemos o judaísmo da "seita dos nazarenos". As raízes da fé de Saulo não eram Romanas, Gregas, Russas, Inglesas, etc... mas judaicas. Nós também reconhecemos que nossa fé e suas raízes provém do judaísmo.

 Entretanto, nossa forma de adoração e estilo de vida são ambos messiânicos,   como seguidores de Yeshua (Jesus) o Messias e "judeus" como seguidores da seita judaica   dos nazarenos que ele estabeleceu!

Fonte: www.bibliabytes.com.br

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Tradições que não tem apoio bíblico

Tradições que não tem apoio bíblico

Você sabia?

Que existem tradições que não tem qualquer apoio bíblico em nossas Igrejas?
Como exemplo:

Você sabia...
-  Na Bíblia não existem os três reis magos, que inclusive alguns chamam de Baltazar, Gaspar e Belchior? No texto bíblico está escrito assim:  "E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém" (Mt 2:1).

Você sabia...
-  Que Jonas não foi engolido por uma baleia? No livro de Jonas está assim escrito: "Preparou, pois, o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe" (Jn 1:17). Algumas pessoas deduzem que o "grande peixe" era uma baleia, mas isso não está escrito na Palavra!

Você sabia...
-  Eva não comeu uma maçã e cometeu o pecado que os expulsou do paraíso! No texto lemos o seguinte: "E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela" (Gn 3:6). A Escritura nos fala de um fruto, mas não o especifica!

Você sabia...
- Muito se tem falado sobre o vinho, e alguns até afirmam que o vinho consumido na ceia de Jesus com os apóstolos não era realmente vinho, mas sim suco de uvas. Paulo quando fala sobre isso já nos dá o tom de como as coisas aconteciam: "De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor. Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro embriaga-se" (1 Co 11:20-21). Seria muito difícil alguém embriagar-se com suco de uvas!
Vejamos então do que se tratava:
A palavra grega para vinho é oinos e significa vinho fermentado naturalmente (sem o acréscimo do álcool como conhecemos hoje). 

Ela ocorre em várias passagens do Novo Testamento, a saber: Mt 9:17 ; Mc 2:22 ; Mc 15:23 ; Lc 1:15 ; Lc 5:37-38 ; Lc 7:33 ; Lc 10:34 ; Jo 2:3 ; Jo 2:9-10 ; Jo 4:46 ; Rm 14:21; Ef 5:18 ; 1 Tm 3:8; 1 Tm 5:23; Tt 2:3; Ap 6:6; Ap 14:8; Ap 14:10; Ap 16:19; Ap 17:2 ; Ap 18:3 ; Ap 18:13 ; Ap 19:15. 


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7 Segredos para o SUCESSO!!

7 Segredos para o SUCESSO!!

Você sabia?

Poucas pessoas causaram, através de suas vidas, um impacto tão grande quanto o apóstolo Paulo. Ao final de sua vida, ele havia espalhado a fé por todo o império romano - viajando a maior parte do tempo a pé. Imagine o que ele teria alcançado se dispusesse de um jatinho, telefone celular e internet
 - Aqui estão, com suas próprias palavras, as chaves para a sua vida bem sucedida, como podemos ver:
   


       SENSO DE DIREÇÃO

  • "Esforço-me para chegar ao fim da corrida e receber o prêmio..." (Fp.3:14).


    ENTENDIMENTO     


  • "Aprendi o segredo de estar satisfeito em toda e qualquer situação." (Fp.4:12)


        COMPROMETIMENTO    


  • "Considero a minha vida sem valor para mim, contanto que possa terminar a corrida e completar a obra que o Senhor Jesus me entregou..." (At.20:24)


        COMPAIXÃO    


  • "Eu poderia ter todo o conhecimento...e fé para remover montanhas, e poderia dar tudo o que possuo - mas se não tiver amor, nada disso me seria de proveito." (1 Cor.13:2,3)


       FÉ ENTUSIÁSTICA    


  • "Tenho forças para todas as coisas, por intermédio d'Ele, que me infunde força interior." (Fp.4:13)


      SERVIR AOS OUTROS    


  • "Sinto-me feliz, por dar tudo o que tenho, como também a mim mesmo, para lhes ser de auxílio." (2 Cor.12:15)


      RESISTÊNCIA     


  • "Sou duramente oprimido de todos os lados, porém nunca me sinto frustrado; estou perplexo, mas não desesperançado. Sou perseguido, mas Deus nunca me desamparou. Eu posso ser derrubado, mas nunca serei posto fora de combate." (2 Cor.4:9)
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Shophar

Shophar

Quando é ouvida a voz de Deus, o que acontece?

Seria isso mais um mistério que esteve oculto nas linhas das Escrituras até o dia de hoje? Vamos juntos       descobrir coisas maravilhosas sobre a voz de Deus...

O que significa a palavra SHOPHAR? Seira sua tradução simplesmente "trombeta" como nos acostumamos a ler em nossas bíblias ou há algo mais profundo por trás desta palavra? Vejamos a palavra em alguns contextos para tirarmos

  • O Shophar e a voz de Deus:


  A primeira ocorrência da palavra está em Ex 19.16 onde está escrito:  "Ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões, relâmpagos, e uma nuvem espessa sobre   o monte; e ouviu-se um sonido de buzina mui forte, de maneira que todo o povo   que estava no arraial estremeceu"

Duas coisas devem ser destacadas:   a primeira é que a palavra sonido em hebraico é qol e significa "voz"   e a palavra buzina é "shophar"! No versículo 19 do mesmo capítulo está   escrito: "E, crescendo o sonido da buzina cada vez mais,   Moisés falava, e Deus lhe respondia por uma voz". Novamente há a ocorrência   das duas palavras, shophar (buzina) e qol (aqui traduzido voz). Devemos salientar também que neste versículo Deus é Elohim (o Deus Criador). Ainda em Ex 20.18 está escrito: "Ora, todo o povo presenciava   os trovões, e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte a fumegar; e o   povo, vendo isso, estremeceu e pôs-se de longe". Novamente está explícito aqui a associação de qual com shophar! Isto parece mostrar-nos que, ou o shophar "fala" ou ele representa a voz de alguém! Aqui está claro que o shophar é a voz de Elohim (do Deus Criador)! É como se, a partir deste toque alguma coisa   extraordinária fosse acontecer! O shophar é tocado ou a voz do Eterno é ouvida   e logo após é dado a Moisés aquilo que conhecemos como "Os dez Mandamentos". Não é curioso que após o toque ou o ouvir desta misteriosa voz tenha ocorrido isso?

Neste contexto o toque do shophar traz a existência a palavra de Deus! E quando o povo de Israel viu a presença de Deus e suas manifestações, foi tomado de medo, colocando-se ao longe! Em Levítico o mesmo toque do shophar anuncia o Ano do Jubileu! Agora ele traz à existência um ano inteiro de remissão, perdão, restituição. Tudo isso tem início no dia da expiação! Ou seja, quando o judeu começa a orar, pedir perdão pelos seus pecados e também libera perdão, então, ao toque do shophar se inicia o jubileu! Para nós isso é muito significativo, pois o jubileu simboliza a restituição e o perdão daquilo que fora feito no passado. E isso por quase uma geração! Parece que Deus quer nos dizer: quando meu povo inicia o processo de arrependimento e perdão sem restrições, então tem início também, no reino espiritual, o toque do shophar e a liberação da restituição e do perdão para aqueles que assim procedem! Assim como em Jubileu ocorria em Israel, nós cremos que ocorre conosco hoje, apenas com uma ressalva: para nós isso acontece primeiro no mundo espiritual para depois manifestar-se no mundo físico; ou seja, aquilo que geramos através de nossas vidas manifesta-se naquele instante! Mas quando isso ocorre para nós hoje? Quando podemos considerar o "jubileu" para nós?

  • O Shophar quebrando obstáculos:


Parece algo muito improvável que o simples toque de uma trombeta poderia ocasionar algo no mundo físico. Mas aconteceu! Quando Josué chega em Canaã, alguns obstáculos naturais são-lhe apresentados e o primeiro é a conquista de Jericó. Não podemos nos esquecer que naquela época, Jericó era uma cidade intransponível e por isso, praticamente inconquistável. Mas Deus quando envia seu povo para aquela terra já conhecia de antemão os obstáculos. Quando chega o momento a ordem é dada:

"Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifres de carneiros adiante da arca; e no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas" (Js 6.4). Agora é adicionado um novo componente à esta marcha: "Chamou, pois, Josué, filho de Num, aos sacerdotes, e disse-lhes: Levai a arca do pacto, e sete sacerdotes levem sete trombetas de chifres de carneiros, adiante da arca do Senhor".(Js 6:6)

Agora vão para a marcha contra a cidade os sacerdotes, o povo, o exército e a arca do Senhor! O Senhor é apresentado aqui como YHWH (Há Shem), aquele que disse a Moisés que seu nome seria "Eu me torno aquilo que me torno!" Aqui o povo tinha uma necessidade: vencer a batalha contra a intransponível Jerico! Agora veja a metodologia que o Eterno usou para derrotar os inimigos de Israel: "E os homens armados iam adiante dos sacerdotes que tocavam as trombetas, e a retaguarda seguia após a arca, os sacerdotes sempre tocando as trombetas" Js 6:9. Note que até aqui nada aconteceu! Somente os sacerdotes estão tocando cada um seu shophar! Fisicamente nada mudou, mas no mundo espiritual já estava ocorrendo algo, pois como já vimos o toque do shophar é o ressoar da voz do Deus Eterno! Enquanto eles obedeciam e tocavam, ordens foram liberadas no reino espiritual determinando que o muro de Jericó fosse derrubado e que os israelitas conquistassem a cidade, pois era a voz de Deus que assim dizia! Enquanto eles andavam, tocavam, e enquanto tocavam algo se movia no mundo espiritual! "Os sete sacerdotes que levavam as sete trombetas de chifres de carneiros adiante da arca da Senhor iam andando, tocando as trombetas; os homens armados iam adiante deles, e a retaguarda seguia atrás da arca do Senhor, os sacerdotes sempre tocando as trombetas" Js 6:13.

Tudo foi feito conforme lhes fora ordenado e então, após cumprido o tempo determinado por Deus, as muralhas caíram em frente ao povo de Israel! Parece difícil de acreditar, mas o efeito do toque do shophar e da obediência em agir conforme lhes fora ordenado resulta na conquista da cidade de Jericó! Veja isso então: "E quando os sacerdotes pela sétima vez tocavam as trombetas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o Senhor vos entregou a cidade" Js 6:16. Houve uma combinação um tanto quanto incomum: a voz do shophar e a voz do povo! "Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas; ouvindo o povo o sonido da trombeta, deu um grande brado, e o muro caiu rente com o chão, e o povo subiu à cidade, cada qual para o lugar que lhe ficava defronte, e tomaram a cidade" Js 6:20.

 O Senhor quer trabalhar em conjunto com seu povo para que sua palavra e a nossa   (profetizando a palavra de Deus) tragam derrota ao nosso inimigo!


  • A convocação para a batalha


Em Juizes 3.27 Eúde convoca os filhos de Israel para a batalha através do toque do shophar. "E assim que chegou, tocou a trombeta na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel, com ele à frente, desceram das montanhas". Nas montanhas de Efraim (ao noroeste de Jerusalém) ele toca o shophar e convoca os filhos de Israel para lutarem pela libertação de seu povo, que naquela ocasião vivia sob o jugo dos moabitas. Aqui o toque do shophar (que era então conhecido na época) chamava os homens valentes para a batalha! Era um momento muito especial, pois o próprio Eúde já havia liquidado com o rei de Moabe, agora restara reconquistar aquilo que o inimigo havia roubado do povo de Israel. O toque do shophar, nas suas entrelinhas dizia ao povo:

"É tempo de nós trazermos de volta aquilo que o nosso inimigo nos usurpou! Vamos destemidamente à batalha!
Outra ocasião que nos chama atenção é quando Gideão convoca o povo para vencer os midianitas. "Mas o Espírito do Senhor apoderou-se de Gideão; e tocando ele a trombeta, os abiezritas se ajuntaram após ele" Jz 6:34. Vejamos a seqüência de fatos ocorridos aqui: O Espírito de YHWH (Eu me torno aquilo que me torno) apodera-se daquele que seria seu instrumento!

Naquele momento, quando o Espírito do Senhor está em Gideão, ele torna-se a boca do Eterno. Então ele toma o shophar e convoca o povo para a vitória. Novamente: um homem cheio da presença do Deus Eterno agora torna-se instrumento de juízo contra os inimigos do Senhor. Novamente o shophar é um instrumento de convocação do povo. É como se a voz do Eterno estivesse soando e chamando-os para serem participantes da sua tremenda vitória! O episódio a seguir é simplesmente extraordinário: em Jz 7.8 está escrito: "E o povo tomou na sua mão as provisões e as suas trombetas, e Gideão enviou todos os outros homens de Israel cada um à sua tenda, porém reteve os trezentos. O arraial de Midiã estava embaixo no vale".

O acontecimento nos fala de Gideão que escolhe trezentos homens para com eles subjugar o exército dos midianitas. Os homens que seguiram para a batalha levaram consigo suas provisões e seu shophar! Veja que coisa extraordinária, pois estes homens possuíam, cada um deles, seu próprio shophar para com ele proclamarem, convocarem, profetizarem e anunciarem os feitos do Senhor! Cada um deles era a "boca do Senhor" e estaria logo mais na batalha para provar aos midianitas que eles possuíam a unção e a benção do único Deus que pode livrar e dar a vitória! Em Jz 7.16 são formados os "esquadrões" de guerra: "Então dividiu os trezentos homens em três companhias, pôs nas mãos de cada um deles trombetas, e cântaros vazios contendo tochas acesas". Agora eles recebem a orientação de como atacar: "Quando eu tocar a trombeta, eu e todos os que comigo estiverem, tocai também vós as trombetas ao redor de todo o arraial, e dizei: Pelo Senhor e por Gideão!" Jz 7:18. Novamente aqui o Senhor é apresentado como aquele cujo nome significa "Eu me torno aquilo que me torno". Havia entre eles um consenso muito grande quanto ao que fazer como fazer.

Agora, tudo dependia de sua ação! Então acontece que "Gideão, pois, e os cem homens que estavam com ele chegaram à extremidade do arraial, ao princípio da vigília do meio, havendo sido de pouco colocadas as guardas; então tocaram as trombetas e despedaçaram os cântaros que tinham nas mãos; Gideão, pois, e os cem homens que estavam com ele chegaram à extremidade do arraial, ao princípio da vigília do meio, havendo sido de pouco colocadas as guardas; então tocaram as trombetas e despedaçaram os cântaros que tinham nas mãos" Jz 7:19,20. Mas o que aconteceu então? "Pois, ao tocarem os trezentos as trombetas, o Senhor tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial, e fugiram até Bete-Sita, em direção de Zererá, até os limites de Abel-Meolá, junto a Tabate" Jz 7:22. O resultado da batalha foi a vitória dos trezentos homens de Gideão que tinham como arma um shophar...

Está escrito no Salmo 29 que a voz do Senhor é poderosa, ela é cheia de majestade, ela quebra os cedros do Líbano, etc... Aqui, a voz do Senhor fez com que os inimigos fossem vencidos sem que houvesse nas mãos dos filhos de Israel sequer uma espada! A mesma voz que para os filhos de Israel traz livramento e vitória, traz também para seus inimigos a derrota, infortúnio, morte! Assim novamente podemos afirmar: quando o Senhor fala algo SEMPRE acontece! O profeta Jeremias fala de outra convocação: a convocação para a vitória! "Anunciai em Judá, e publicai em Jerusalém; e dizei: Tocai a trombeta na terra; gritai em alta voz, dizendo: Ajuntai-vos, e entremos nas cidades fortificadas" (Jr 4:5). O povo é convocado para entrar e saquear as cidades fortificadas! Como? Tocando a trombeta e gritando! Parece uma estratégia estúpida! A vitória viria através do toque da trombeta e de gritos?

Esta é a estratégia que foi usada por Deus para a conquista de Jericó! No verso 19 o profeta clama pela batalha: "Ah, entranhas minhas, entranhas minhas! Eu me torço em dores! Paredes do meu coração! O meu coração se aflige em mim. Não posso calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra" (Jr 4:19). O profeta já escutou a convocação do Eterno e seu coração e sua alma (seus sentimentos) agora esperam o momento da batalha! Ele contempla a cena: "Até quando verei o estandarte, e ouvirei a voz da trombeta?" (Jr 4:21). Jeremias vê a bandeira (estandarte) de seu povo tremulando e ouve a voz do Eterno soando! Já há uma ansiedade no coração dele por este momento! O profeta sabe que este é o tempo da vitória!

  • O shopar anuncia o juízo


Antes de qualquer coisa ser feita, existe uma preparação para que o shopar seja tocado. Oséias diz assim: "Põe a trombeta à tua boca. Ele vem como águia contra a casa do Senhor; porque eles transgrediram o meu pacto, e se rebelaram contra a minha lei" (Os 8:1). Para que isso ocorra, primeiro, o homem de Deus coloca-se em pé (fica em posição de "trabalho" [em contraste com o estar sentado ou deitado, que significa descanso]). Este homem anunciará o mal que virá contra o povo do Senhor por causa de sua transgressão! Em Is 58.1 está escrito: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados".

Aqui o profeta compara a voz daquele que anuncia ao shopar para anunciar o juízo e o pecado do povo! É a voz do Eterno que anuncia transgressão e os pecados de seu povo que se desviou de seus caminhos! Esta voz chama o povo de volta para o Senhor... É a voz do Pai que chama seus filhos de volta a si!

Novamente o profeta Jeremias fala sobre o juízo "Fugi para segurança vossa, filhos de Benjamim, do meio de Jerusalém! Tocai a buzina em Tecoa, e levantai o sinal sobre Bete-Haquerem; porque do norte vem surgindo um grande mal, sim, uma grande destruição" (Jr 6:1). Agora o toque da trombeta avisa aos filhos de Israel que um juízo estará sendo derramado sobre a nação, proveniente do norte! Existem aqueles que não querem ver (por não admitirem) a destruição! "Também pus atalaias sobre vós, dizendo: Estai atentos à voz da buzina. Mas disseram:
"Não escutaremos" (Jr 6:17). 

Os atalaias (ou vigias) negam-se a estar atentos à voz do Eterno que é ouvida através do shopar! Por isso, há uma necessidade de que os atalaias (ou vigias) que velam (cuidam) da integridade do povo do Senhor, primeiro, estejam atentos ao que ouvem. Segundo eles precisam, quando ouvirem a voz do shopar, discernirem o toque e agirem de acordo com aquilo que ouvem! Terceiro, eles precisam abrir suas bocas e dizer ao seu povo o que estão ouvindo de Deus! Esse é o seu papel! Não cumpri-lo implicará juízo sobre o povo, mas também sobre eles! Algumas vezes o povo do Senhor pensa e age de forma errada, tendendo à voltar ao seu antigo senhorio (de Satanás)! "Mas se vós disserdes: Não habitaremos nesta terra; não obedecendo à voz do Senhor vosso Deus, e dizendo: Não; antes iremos para a terra do Egito, onde não veremos guerra, nem ouviremos o som de trombeta, nem teremos fome de pão, e ali habitaremos" (Jr 42:13,14).

As longas lutas e tribulações trouxeram ao povo do Senhor um "cansaço" ou uma fadiga que fizeram com que o desânimo tomasse conta deles! Já havia entre eles um sentimento de "abdicação" ou "desistência" do Senhor! Eles queriam "abrir mão" do Senhor para voltar à "segurança" do Egito! Como se no Egito o povo de Deus tivesse alguma segurança! Eles já haviam esquecido que o Egito é sinônimo de escravidão, trabalho duro, opressão, dor física e mental, etc... A situação que também pode ocorrer é a seguinte: "... se, quando ele vir que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo; então todo aquele que ouvir o som da trombeta, e não se der por avisado, e vier a espada, e o levar, o seu sangue será sobre a sua cabeça. Ele ouviu o som da trombeta, e não se deu por avisado; o seu sangue será sobre ele. Se, porém, se desse por avisado, salvaria a sua vida.
Mas se, quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo, e vier a espada e levar alguma pessoa dentre eles, este tal foi levado na sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o requererei da mão do atalaia"
(Ez 33:3-6). 

Neste caso o atalaia é colocado como a figura central do episódio: ele é o primeiro a receber o aviso através do som da trombeta e deve "repassar" este aviso aos seus compatriotas, pois deste aviso depende a vida das pessoas que o ouvem! Quando ele ouve, interpreta e dá o aviso, então muitos são poupados do juízo! Mas, quando isso não acontece (o atalaia não avisa), então há morte, dor, angústia, derrota! Tudo por causa de um atalaia infiel! Neste caso, os prejuízos causados por sua infidelidade serão cobrados deste homem!

  • O shopar e o Dia do Senhor


O profeta Joel nos fala assim: "Tocai a trombeta em Sião, e dai o alarma no meu santo monte. Tremam todos os moradores da terra, porque vem vindo o dia do Senhor; já está perto" (Jl 2:1). Desta vez o shopar anuncia o dia do Senhor! Agora o próprio Deus nos fala que o shopar será tocado me Sião, entre seu povo, e o alarme, que pede para que tenham atenção, no seu santo monte! Tudo isso acontecerá em Israel! O sinal de alerta já foi dado e ele aponta para este dia! Amós fala disso de outra forma: "Tocar-se-á a trombeta na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?" (Am 3:6). Este é o toque que anuncia o juízo final de Deus e mostra que qualquer coisa que aconteça (aqui, o mal) vem com permissão do Senhor!

Este dia será terrível para o homem, pois ele será acompanhado de terríveis sinais! "Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres altas. E angustiarei os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne como esterco" (Sf 1:16,17). No fim dos tempos, o próprio povo do Senhor será utilizado por ele para trazer juízo aos povos e nações. E Ele estará sobre seu povo para julgar os povos! "Por cima deles será visto o Senhor; e a sua flecha sairá como o relâmpago; e o Senhor Deus fará soar a trombeta, e irá com redemoinhos do sul". (Zc 9:14). 

Agora, o próprio Deus faz soar o shopar (a sua voz) anunciando ao mundo os seus juízos contra toda a impiedade!

Bendito seja o nome!


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