Quem Pecou Mais?

Nas nossas muitas andanças por todo o mundo, não só pessoalmente, mas através de livros, vídeos e internet, percebemos, em todos os tempos, uma repugnante afirmação na boca de grande parte dos cristãos: ISRAEL MERECEU PASSAR O QUE PASSOU, PORQUE PECOU. E isso tem se tornado uma justificativa para as mais cruéis e covardes perseguições aos judeus, inclusive para o diabólico Holocausto Nazista.

É como se os israelitas fossem os mais pecadores de todos e irreversivelmente condenados para sempre. Mas, com toda a sinceridade, será que podemos afirmar que Israel é mais culpado diante de Deus do que a Igreja?

Esta é uma reflexão que todo aquele que se diz cristão deve fazer. Porque já basta deste estigma histórico de pecadores sobre o Povo de Israel. Isso já causou tristeza demais, sofrimento demais, mortes demais. Mas, infelizmente, continua a ser um sistema de idéias presente em todo o planeta, senão atuando diretamente contra os judeus, apoiando e respaldando os seus sofrimentos.

Jules Isaac, sobrevivente do Holocausto Nazista e escritor, deixou-nos o alerta em seu Livro
 "Jesus e Israel": "Acerca de Israel e de seus pecados, as severidades do Evangelho não ultrapassam as severidades costumeiras dos profetas". 

O que ele nos lembra aqui é que sempre os israelitas receberam palavras de admoestação, correção e exortação a permanecerem nas orientações de Deus. E isso não porque eram mais pecadores do que os outros povos. Muito pelo contrário, exatamente por serem um Povo Santo, separado para Deus e, portanto, com muito mais mandamentos a cumprir e um elevado padrão de vida a almejar.

Mas parece que isso sempre é esquecido. Por que? Não nos parece com a aquela antiga estória da Raposa e as Uvas? Para quem não se lembra, conta-se que uma Raposa andava a passear pela mata até que encontrou um pomar e, dentro dele, uma parreira carregada de uvas. Acontece que, ao se aproximar da parreira, a raposa percebeu que as uvas estavam altas demais para serem alcançadas. E então, mais do que depressa a raposa se convenceu: "essas uvas não prestam. Estão verdes ou podres. Vou-me embora e sempre me lembrarei delas como verdes e podres".

Esse pequeno conto sempre fez um alerta contra a crítica que se costuma fazer àquele que está melhor do que nós e nós, por alguma razão, não conseguimos alcançá-lo ou, quem sabe, preferimos criticar a reconhecer que precisamos ser ou fazer igual e devemos nos esforçar para isso. E é exatamente o que percebemos na opinião pública mundial contra os judeus.

Os judeus foram, indiscutivelmente escolhidos por D'us para ser o Seu modelo na Terra. Eles receberam as Sagradas Escrituras, eles influenciaram toda a humanidade com as suas leis, eles buscam (ou devem buscar) um elevado padrão moral e ético, eles prosperaram e continuam prosperando, apesar de todas as perseguições que já sofreram, eles ainda são chamados por D'us de Seu Povo, que, definitivamente não os rejeitou, como confirma o apóstolo Paulo:

"DIGO, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu..." (Rm 11:1 2)

Portanto, quem somos nós para criticá-los, julgá-los e condená-los? Será que não é porque eles são o padrão que nós rejeitamos? Ou será porque somos, de fato, perfeitos e menos pecadores?

Já chega de arrogância cristã! O Mestre dos verdadeiros cristãos de todos os tempos, Yeshua HaMashiach Shel Ysrael, Jesus, o Messias de Israel, Judeu, está chegando. Achará Ele os seus seguidores menos culpados que os israelitas? E não é sobre todos que derramou o seu sangue remidor e que ainda prevalece? Quem pecou, pois, mais? E quem precisa, mais, do seu perdão?

E são dois israelitas - o Rei Salomão e o Apóstolo Paulo - quem nos respondem: "Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque." (Ec 7:20)

"... todos PECARAM e destituídos estão da glória de D'us; ... Porque D'us encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia." (Rm 3:23,32)


Fonte: www.bibliabytes.com.br

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