Sionismo

Sionismo

A origem da palavra "Sionismo"...

É o termo bíblico "Sião", usado geralmente como   um sinônimo de "Jerusalém" e da Terra de Israel (Eretz Israel). O Sionismo é   uma ideologia que expressa o profundo anelo dos judeus de todo o mundo por sua   pátria histórica - Sião, a Terra de Israel.

"Para o judeu, a palavra Sião tem um significado muito profundo que toca e envolve a sua alma e os seus sentimentos. É, talvez, difícil descrever este sentimento que se traduz no amor já definitivamente incorporado durante séculos ao patrimônio religioso, cultural e afetivo e está enraizado no seu próprio ser". 

 

  • Sionismo bíblico


A aspiração pelo retorno à sua pátria foi sentida pela primeira vez pelos judeus exilados na Babilônia há cerca de 2500 anos atrás - uma esperança que subseqüentemente se concretizou. "Junto aos rios da Babilônia nos assentamos e choramos, lembrando-nos de Sião" Sl 137:1. Desta forma, pode-se dizer que o Sionismo político, que se consolidou no século XIX, não inventou nem o conceito nem a prática do retorno. Ao contrário, ele adaptou uma idéia muito antiga e um movimento constantemente ativo às necessidades e ao espírito de seu tempo.

"Levantar-te-ás e terás piedade de Sião; é tempo de te compadeceres dela, já é vinda a sua hora; porque os teus servos amam até as pedras de Sião, e se condoem do seu pó. Todas as nações temerão o nome do Senhor, e todos os reis da terra a sua glória" (Sl 102:13-15).

Sião ou Tzion, em hebraico, significa local ensolarado, ou exposto ao sol; monte ensolarado. O Monte Sião é uma elevação em Jerusalém com 765 metros acima do nível do mar. Fica na parte sudoeste da Cidade antiga. Ao leste está o vale central e, ao sul, o vale de Hinon. Foi no Monte Sião, onde se situa o Cenáculo, que Jesus celebrou a última Páscoa e instituiu a Ceia do Senhor. Este monte foi conquistado pelo exército israelense em 18 de maio de 1948, na guerra de "libertação" ou "Independência" do Estado de Israel.

A palavra Sião é usada na Bíblia com quatro significados. Concentrar-nos-emos na palavra no que ela significa para o povo judeu. Os quatro sentidos são:
1) - Sião, com referência a um monte (Sl 78:68).
2) - Sião, representando a cidade de Jerusalém (II Sm 5:7; Sl 48:1,2; 60:14).
3) - Sião, referindo-se ao povo judeu, seus anseios e aspirações quando no exílio, pela libertação nacional e soberania (Sl 137:1-6; Jr 30:17; 50:4-5).
4) - Sião, como expressão daquela realidade espiritual eterna que Deus tem buscado desde o princípio. Este é o significado mais importante (Sl 50:1,2; Is 35:10; Hb 12:22; 13:14). O Sionismo nos fala sobre o grande amor que palpita dentro do peito de cada judeu por sua pátria - Sião - e também da necessidade que há em seu coração em retornar à sua terra e a sua gente! Sião é o anseio principal do povo de Israel na diáspora (dispersão)!
 

  • O Sionismo histórico


O conceito fundamental do pensamento Sionista se expressa na Declaração de Independência de Israel (14 de Maio de 1948), que declara:

"A Terra de Israel foi a terra natal do Povo Judeu. Aqui se formou sua identidade espiritual, religiosa e política. Foi aqui que, pela primeira vez, os judeus se constituíram em Estado, criaram valores culturais de significação nacional e universal e deram ao mundo o eterno Livro dos Livros.
Depois de forçado a exilar-se de sua terra, o Povo Judeu lhe permaneceu fiel em todos os países de sua dispersão, nunca deixando de orar por ela, na esperança de a ela regressar e reestabelecer sua liberdade política."

Um dos conceitos básicos do Sionismo é o de ser a Terra de Israel o local de nascimento histórico do Povo Judeu, e a convicção de que a vida judaica em qualquer outro lugar é uma vida no exílio. Moisés Hess expressa essa idéia em seu livro Roma e Jerusalém (1844):

"Dois períodos forjaram o desenvolvimento da civilização judaica: o primeiro, após a libertação do Egito, e o segundo, o retorno da Babilônia. O terceiro ocorrerá com a redenção do terceiro exílio."

Durante os séculos de duração da Diáspora, os judeus mantiveram um relacionamento forte e singular com sua pátria histórica, manifestando sua saudade de Sião através do ritual e da literatura. Quando ora, o judeu se volta para o Oriente, na direção da Terra de Israel. Na oração matutina, ele diz "Trazei-nos em paz dos quatro cantos do mundo e dirigi-nos à nossa terra". Durante as orações há algumas frases que se repetem várias vezes: "Abençoado sede Vós, Senhor, construtor de Jerusalém"; "Abençoado sede Vós, Senhor, que retornais Vossa presença a Sião". A oração de graças após as refeições inclui uma benção que termina com uma prece pela reconstrução de "Jerusalém, a Cidade Santa, em breve, em nossos dias". Na cerimônia de casamento, o noivo se compromete a "elevar Jerusalém ao ápice de nossa alegria". Na circuncisão recita-se o salmo "Se eu te esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita". Em Pessach, todo judeu declara: "No próximo ano em Jerusalém". O anseio do Povo Judeu por retornar à sua terra se expressou também em prosa e em verso, em hebraico e nas outras línguas faladas pelos judeus no correr dos séculos, idish na Europa Oriental e ladino na Espanha.


  • Quando se fala em Sião:


O judeu se reporta instantaneamente à cidade de Jerusalém. Ele se transporta ao monte da santidade, isto é, do templo, ao santuário do Eterno na Terra Santa, na Terra de Israel. Ele relembra entre os seus antepassados, o pai do seu povo, o patriarca Abrão e o sacrifício do seu filho Isaque. Ele, na elevação de Moriá, revive as glórias da presença divina no "Shekinah" no templo do Senhor; brota no seu coração o desejo ardente de visitar tão significativo lugar, por se encontrar gravado de mil maneiras na sua mente e nos seus sentimentos a frase milenar tantas vezes repetida nas suas preces: "no próximo ano em Jerusalém!"
Falar de Sião é ir fundo no coração do judeu, relembrando a terra prometida, Canaã, conquistada e perdida tantas vezes e agora novamente em seu poder pela infinita misericórdia do Todo-Poderoso.
Afloram, nos pensamentos do povo, os lindos salmos que Davi cantou, exaltou "a cidade de Davi", sua Jerusalém.

Sião, com o passar dos tempos, veio a se tornar um símbolo, uma esperança de retorno do povo judeu da Diáspora, para a sua terra e sua pátria. A Terra de Israel sem Jerusalém é como um lar sem filhos; um jardim sem flores, um sino que não retine porque não tem badalo. É um corpo sem coração.

Sião, como sinônimo de Jerusalém, tantas vezes perdida para seus inimigos, e outras vezes destruída e queimada e novamente reconstruída como uma "fenix" que sobreviveu e renasceu das cinzas pelo poder e misericórdia divina, tem um estranho poder de atração sobre o coração judeu, como a pequena limalha é atraída por um potente imã. O nome Sião está indissoluvelmente associado também à vinda do Messias, do Seu grande amor pela cidade ao ponto de chorar por ela e seus habitantes.

Sião foi o palco e o principal centro de luta entre a luz e o poder das trevas. Muitos conquistadores por ela lutaram, mas milhares e milhares de israelitas abnegados, durante os séculos pelejaram e deram suas vidas para manterem-na em seu poder. Sião e Jerusalém são dois nomes imortalizados e eternizados. Por sua vez, entre os cristãos, desde longa data, as palavras Sião e Jerusalém são lembradas, cantadas, exaltadas, em hinos de louvor e adoração a Deus, por diferentes denominações. Como cidade eterna, lar dos salvos, prometida por Deus e a seus fiéis seguidores, ela é ansiada e desejada como o alvo a ser alcançado, a Nova Jerusalém". (FELLER, Mário. Jerusalém Cidade do Grande Rei. Recife, Publicação do Instituto de Herança judaica, 1989, pg. 201 e 202).

 

  • A convocação: seja Sionista!


Quando falamos sobre ser sionista, logo nos vêem a mente a pergunta: por que eu deveria ser sionista? Para todos aqueles que crêem em Yeshua(Jesus), ser sionista - amar profundamente Israel e seu povo - é somente a conseqüência do amor que dedicamos à Yeshua!(Jesus) O nosso Senhor - Yeshua - é Deus, e todos nós sabemos que ele é judeu! Creio ser esta a mais forte - e também a principal - razão para sermos sionistas. Haverá um dia quando finalmente estaremos para sempre com o Eterno numa grande festa (as bodas do Cordeiro). Neste grande evento veremos Yeshua(Jesus) face a face. Mas que tipo de homem encontraremos? Qual será sua aparência? Como estará ele vestido? Com certeza nós nos depararemos com um judeu, vestido como tal e certamente seremos recebidos com uma saudação judaica: Shalom! (Paz!).

Existem ainda outros motivos para sermos sionistas. Estes "motivos" na realidade são ordens (imperativos) que nos convocam ao amor à Sião:

1) - "E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 12:3).

2) - "Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam" (Sl 122:6).

Estas duas referências nos falam diretamente sobre o que seremos e recebermos quando obedecermos à estas palavras!

Por isso, nós precisamos amar a Israel, seu povo, suas tradições (que são todas bíblicas) e não nos esquecermos de que a Noiva do Cordeiro não são os crentes em Yeshua(Jesus) na Igreja. Ela é muito mais do que isso. Segundo Paulo nos informa em Romanos capítulo 11 a Noiva é composta de todos os judeus crentes em Yeshua(Jesus) mais a soma dos crentes em Yeshua(Jesus) espalhados pelo mundo (os quais conhecemos como "Igreja")!

Nossa palavra final é "Ame Israel Agora, pois este é o tempo e Israel é o lugar onde tudo começou e onde tudo findará".

Bendito seja o Nome!

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Teologída da Sustituição

Teologída da Sustituição

O que é?

A Teologia da Substituição é um enfoque sistemático enganoso da Bíblia, que não apenas tem desviado milhões de cristãos ao longo dos anos, mas tem também originado o mal nas mais terríveis proporções. Essa teologia teve sua participação na perseguição aos Judeus pela Igreja através dos séculos, incluindo o Holocausto, e foi também o pensamento teológico que pairava por trás do pesadelo do apartheid. A Teologia da Substituição declara que Israel, tendo falhado com Deus, foi substituída pela Igreja. A Igreja é agora a verdadeira Israel de Deus e o destino nacional de Israel está para sempre perdido. A restauração do moderno Estado de Israel é, assim, um acidente, sem nenhuma credencial bíblica. Os cristãos que crêem que tal restauração é um ato de D'us, em fidelidade à Sua aliança estabelecida com Abraão cerca de 4000 anos atrás são considerados enganados. Esta é a posição básica dos adeptos dessa teologia.

  Erros de pensamento:


A - O método de interpretação alegórico: a Teologia da Substituição efetivamente mina a autoridade da Palavra de Deus pelo fato de que ela repousa sobre o método alegórico de interpretação. Isto é, o leitor da Palavra de Deus decide espiritualizar o texto mesmo que o seu contexto seja literal. Isto efetivamente rouba a Palavra de Deus de sua própria autoridade e o significado do texto fica inteiramente dependente do leitor. A Palavra de Deus pode assim ser manipulada para dizer qualquer coisa! Assim, a Teologia da Substituição apoia-se na falsa base da interpretação bíblica.

B - Entendimento inadequado da Aliança: a Teologia da Substituição é apenas sustentada por aqueles que não entenderam apropriadamente a natureza da aliança abraâmica. Esta aliança é primeiramente mencionada em Gênesis 12:1-4 e depois disso repetidamente asseverada e confirmada aos patriarcas. Essa aliança é a aliança da graça pois ela inclui a intenção de Deus de redimir o mundo todo. Deus diz a Abraão: "Em ti todas as nações do mundo serão benditas." A Aliança Abraâmica é uma aliança com três elementos vitais:

1. Ela declara a estratégia de alcançar o mundo através da nação de Israel.
2. Ela lega uma terra como uma possessão eterna à Israel.
3. Ela promete abençoar aqueles que abençoarem a Israel, e amaldiçoar aqueles que a amaldiçoarem.

É importante que notemos aqui que se um elemento da aliança falhar então todos os elementos também falharão. Assim, se as promessas de Deus para Israel já tiverem falhado, então igualmente devem ter falhado as promessas dEle de abençoar o mundo. Se o destino nacional de Israel foi perdido através de sua desobediência, então a Igreja também está arruinada! A desobediência da Igreja tem sido tão grande quanto a de Israel nos últimos 2000 anos. Ninguém pode negar isto! Paulo enfatiza este mesmo ponto quando ele escreve: "E digo isto: Uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa. Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão." [Gál 3:17-18]

De acordo com os teólogos da substituição, esta aliança foi anulada. Somente uma compreensão inadequada e superficial da aliança pode levar à tal conclusão enganosa. As promessas à Israel nacional são constantemente reafirmadas pelos profetas. Desta forma, Ele enfatiza a natureza de Seu caráter e confirma a aliança abraâmica. Um exemplo disto é Jeremias 31:35-37: "Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia, e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre. Assim diz o SENHOR: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR."

Assim, novamente, o fato de que o sol, a lua e as estrelas ainda estejam conosco confirma a contínua validade da aliança abraâmica e, como resultado, o destino nacional de Israel. Para que a teologia da substituição seja válida, o sol e a lua devem também ser apagados. A teologia da substituição zomba do caráter de Deus pois ela repousa sobre a premissa de que se você falhar com D'us de qualquer maneira, Ele irá te descartar... mesmo que inicialmente Ele tenha te asseverado que a Sua aliança com você é eterna. Isto soa como uma resposta tipicamente humana e não como a do Deus da Bíblia.

Que nós tenhamos forte encorajamento
De acordo com o leitor do livro de Hebreus, sabemos que Deus será fiel conosco, porque apesar da desobediência de Israel, Ele manteve fidelidade para com ela. Falando da aliança abraâmica ele diz: "Por isso Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que D'us minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme, e que penetra além do véu, aonde Yeshua (Jesus), como precursor, encontrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre. segundo a ordem de Melquisedeque." [Hb 6:17-20]

Note novamente que podemos saber que Deus é fiel pelo fato de Ele ter sido fiel para com Israel em tudo que Ele lhe prometeu.

De fato, esta é a âncora de nossa alma.
1. Deus não abandonou a nação ou o povo de Israel.
2. Canaã é a terra de Israel até o dia de hoje.
3. A Igreja não substituiu a Israel, mas a aumentou. Ef 2:11 e Rm 11:17-18.
4. A restauração moderna de Israel é evidência da fidelidade de Deus às Suas promessas e é também um forte encorajamento à Igreja.
5. A restauração de Israel culminará no governo vindouro do Messias. Portanto, a Igreja no mundo é capaz de preparar-se e de abençoar a Israel tanto quanto ela puder.
6. A restauração de Israel à sua terra natal é o primeiro passo em direção à redenção de Israel.

Para terminar, seria bom que notássemos uma citação do Bispo de Liverpool, o Rev. J.D. Ryle: "Eu aviso que, a menos que vocês interpretem a porção profética do Velho Testamento com um significado literal simples de suas palavras, vocês não acharão ser algo fácil manter uma discussão com um judeu. Você se atreverá a dizer a ele que Sião, Jerusalém, Jacó, Judá, Efraim e Israel não significam o que eles parecem significar, mas significam a Igreja de Cristo?"

* Artigo publicado por Or Chadash (Nova Luz), Ministério Judaico Messiânico

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O Terceiro Templo

O Terceiro Templo

Utopia ou sinal profético?

O Terceiro Templo é hoje uma das questões mais controvertidas da atualidade em Israel. Há uma facção que diz não ser necessária a reconstrução do Templo, enquanto há outra que tem lutado arduamente a fim de prepararem os móveis, utensílios e homens santos (cohanin - sacerdotes) a fim de que, quando o Terceiro templo foi reconstruído, as demais coisas já estejam todas preparadas a fim de serem colocadas ali como no primeiro e segundo Templos.

Para alguns o projeto de reconstrução do Terceiro Templo não passa de uma grande utopia. Na opinião destes, existe em Israel um "bando" de religiosos fanáticos que querem à todo o custo colocar novamente o Templo sobre o Monte de Sião, local onde atualmente está construída a Mesquita da Cúpula Dourada! E é justamente em função da Mesquita estar ali que este grupo de pessoas julga "impossível" a reconstrução do Terceiro Templo (pelo menos naquele lugar específico!).

Já para outros, há uma realidade profética por trás desta reconstrução, pois acreditam que o Templo reconstruído será o lugar onde o homem da iniquidade (Anticristo) irá sentar-se reivindicando a deidade para si. E este fato não será plenamente possível de cumprimento, salvo quando o Templo for reconstruído! Vejamos o que nos diz Paulo: "Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?" (2 Tessalonicenses 2:1-5)

Por estes motivos há um dualismo quanto ao que espera-se em relação ao Templo. Alguns judeus oram em Israel a fim de que aconteça um "terremoto" e a Mesquita seja destruída, pois somente assim eles poderão novamente cultuar ao Deus Eterno de forma plena e satisfatória!

Para entendermos o que está prestes a acontecer, precisamos primeiramente conhecer a história do Templo e suas funções, a fim de que possamos "juntar" os fatos e compreendermos o que Deus está fazendo na história a fim de cumprir Sua Palavra!

  • O Templo


A destruição do Templo em Jerusalém no ano 70 d. C. tem um grande significado, pois afetou o judaísmo e o cristianismo de formas até hoje não compreendidas.

Para os judeus tradicionais a destruição do Templo trouxe, obviamente mais conseqüências. O que não é tão óbvio é o papel que o Templo desempenhou na mente e nas vidas dos judeus messiânicos. Muitos "cristãos" não consideram ser os primeiros judeus messiânicos judeus de fato, mas a Bíblia nos mostra claramente que isso não é verdade. At 21.18-20 - E no dia seguinte, Paulo entrou conosco em casa de Tiago, e todos os anciãos vieram ali... Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei...

Temos quatro homens que fizeram voto; toma estes contigo, e santifica-te com eles, e faze por eles os gastos (sacrifícios do templo) para que rapem a cabeça, e todos ficarão sabendo que nada há daquilo de que foram informados acerca de ti, mas que também tu mesmo andas guardando a lei. Então Paulo, tomando consigo aqueles homens, entrou no dia seguinte no templo, já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer por cada um deles a oferta (sacrifício). As oferendas do Templo eram sacrificiais por natureza. O voto mencionado aqui é o voto do nazireu, e é reconhecido pelas cabeças raspadas. O motivo para fazerem o voto do nazireado era para servir no Templo junto com os Kohanim (sacerdotes) e os levitas. Seus deveres incluíam trabalhar na área do altar onde os sacrifícios eram oferecidos. Se o Templo não tivesse um grande significado para os judeus messiânicos, então porque eles fizeram o voto do nazireado?

  • Por que o Templo era necessário


O Deus de Abraão era unicamente identificado por sua ausência de aparência exterior. Isto reflete sua natureza como sendo um Deus que iria finalmente tabernacular no homem e não viver numa construção física feita com esforço humano. Desde o princípio, seu mais notável atributo é o de influenciar mudanças na natureza humana, como nos é mostrado nos "Dez mandamentos". Eles vão contra a natureza da humanidade, requerendo-nos que nos esforcemos para mudar nosso caminhar e que reatemos nossos laços uns com os outros.

Deus sempre desejou tabernacular com o homem. Na antiguidade, ele escolheu homens que ouviram sua voz e o obedeciam sacrificialmente. Noé foi o mais notável patriarca no qual Deus habitou antes do dilúvio. Ele usou Noé para "salvar" a humanidade. O próximo patriarca digno de nota com o qual Deus habitou foi Abraão, o qual de bom grado ouvira a voz do "Deus que era único" e o obedeceu. Passando por alguns notáveis, chegamos a Moisés, um profeta extraordinário com o qual Deus habitou e que foi usado por Ele para trazer-nos os primeiros oráculos da divindade sem rosto, e desde essa época, sem nome.

Moisés recebeu ordens para construir um tabernáculo que seria simplesmente uma manifestação de uma habitação que era, na realidade, uma cópia daquilo que estava nos céus. Era portátil e continha duas câmaras internas, uma das quais chamada de "santo dos santos". Dentro desse lugar santíssimo foi colocada a Arca da aliança. Na arca haviam dois querubins cobrindo o "local de misericórdia". Quando Deus falou a Moisés ou ao Koen Gadol (sumo sacerdote), foi do espaço vazio entre os querubins, sobre o local de misericórdia.

Foram dadas instruções a Moisés para escrever a Torah (Lei) do Senhor e que deveria ser transmitida através das gerações. A razão para fazer-se isso é que Moisés ouvira do Senhor termos inconfundíveis, falado "face à face" com o Senhor.

Neste ínterim, o povo precisaria lembrar-se diariamente que o Senhor era o único e verdadeiro Deus e que Ele estava com eles. O tabernáculo serviria para isso. O povo olharia para o tabernáculo e veria com seus olhos algo que representava o Reino de Deus. Isto era estranho para aqueles que observavam de longe, mas o povo de Israel sabia o significado daquele lugar.

O tabernáculo, e mais tarde o Templo, tornaram-se o foco central de suas vidas. Todos estavam continuamente cientes da presença do Senhor e do sumo sacerdote, que era seu representante autorizado. Não que não houvessem outros que carregassem o manto profético entre o povo. Às vezes, Deus escolhe indivíduos para neles tabernacular, que falem as palavras de Deus ao povo. Isaías, Jeremias, Elias e Eliseu estavam entre os mais notáveis destes profetas.

Finalmente, o rei Davi quis construir uma casa real para o Senhor, mas por causa de seus pecados o Senhor lhe disse que não lhe seria permitido construir o Templo. Salomão, seu filho, foi aquele escolhido por Deus para construir sua morada.

  • As finalidades do Templo


* Expiação pelo pecado - o sacrifício pelo pecado foi a única oferta  pelo pecado que nós fizemos à Deus e que também foi totalmente cumprida na morte de Yeshua(Jesus).

* Sacrifícios - ofertas de gratidão, ofertas queimadas, ofertas votivas,  ofertas pelo pecado, redenção do primogênito, ofertas de dedicação, primícias, dízimos, e muitos mais eram os sacrifícios feitos no Templo. Animais eram sacrificados antes de serem consumidos.

 * Justiça - o sistema judicial em Israel deriva-se da autoridade do sacerdote (suprema   corte) localizada no Templo em Jerusalém. Quando irmãos tinham um conflito, a autoridade máxima para resolver as disputas entre a comunidade era o sumo   sacerdote no Templo. Quando o Templo foi destruído, não havia mais lugar de autoridade que restasse para resolver esses assuntos.

 * Registros oficiais - a linhagem de todas as famílias das tribos de Israel eram guardados no Templo. Quando o Templo foi destruído, não havia mais registros hereditários. Sem os registros das linhagens, seria impossível dizer quem certamente descendia de quem. Considerando-se que todas as disputas eram decididas no Templo, é fácil ver quão importantes eram estes registros.

*  Oráculos de Deus - entre os deveres do sacerdócio estava o ofício da profecia oracular. O sumo sacerdote era consultado por indivíduos que solicitavam-lhe direção ou instrução de Deus.

* Bênçãos e dedicações - Nós íamos ao Templo para dedicar nossos   filhos ao Senhor. Não havia maior alegria que um pai poderia ter que a de   ver seus filhos dedicados ao serviço do Senhor.

* Estudo da Torah - apenas no Templo nós poderíamos achar aqueles   em quem confiávamos para serem instrutores da Torah(lei) e das práticas do Templo. Apenas ali poderíamos ter nossas perguntas respondidas acerca dos aspectos mais difíceis do estudo da Torah(lei) e suas observâncias.

* Benevolência - aqueles que precisavam de ajuda sempre iam ao Templo e recebiam benevolência.   Depois que o Templo foi destruído, onde iria uma pessoa que precisa de assistência?

Havia outras funções que o Templo desempenhava na vida judaica, tais como casamento, feriados e outros eventos comunitários, mas os listados acima são os de maior significância.

Nenhum destes sacrifícios ou eventos cessaram depois que cremos em Yeshua(Jesus).
Agora que podemos ver quão importante foi o Templo em nossas vidas diárias, como poderemos nós cumprir os requisitos da Torah(lei) sem o Templo?

Como foi mostrado no início deste documento, questões sobre como viver uma vida judaica sem o Templo, foram e ainda são importantes para os judeus messiânicos tanto como para os judeus tradicionais. Os judeus do primeiro século não entenderam que o Senhor queria tabernacular neles como fora dito pelos profetas na antigüidade.

Na época deste documento, nós estamos nos preparando para observar a festa de Chanukah 5758, ou o Festival da rededicação. Meus pensamentos giram em torno de um novo dia quando o Templo será reconstruído. Se a dedicação do segundo Templo foi tão importante, quanto nos alegraremos quando o próximo Templo for construído?


  • A destruição do Segundo Templo


De acordo com o livro do Rabino Joseph Telushkin "Jewish Literacy", no capítulo 67, Roma não invadiu Israel à força. Eles foram convidados a vir à Israel para dar assistência ao rei Hircano II em 63 a C. para ajudá-lo a manter o trono contra seu irmão Aristóbulo, que convocou alguns de seus seguidores para uma insurreição. Isto gerou uma guerra civil que trouxe grande preocupação a Hircano. Roma tinha acabado de anexar a Síria, então Hircano pode ajuda a Roma. Eles ficaram felizes em responder ao pedido, e isto torna Hircano pouco mais do que um fantoche.

O resultado dessa ação fizera Roma ser capaz de colocar no poder quem quer que eles quisessem, tanto para reinar quanto para o sumo sacerdócio. Herodes, o Grande sucedeu Hircano em 37 a C. Ele foi colocado no poder por César e foi duas vezes expulso de Israel por não ajudar o povo. Herodes e César substituíram o sacerdote por alguém de sua escolha e que expressa a inimizade com Yeshua(Jesus), que foi manifesta quando Ele disse: "Minha casa será chamada de casa de oração, mas vós a transformastes num covil de ladrões", e também porque o sumo sacerdote estava tão ansioso para vê-lo ser executado.

No ano de 66 os judeus revoltaram-se contra Roma e venceram uma batalha decisiva contra o grande exército romano. Isto foi catastrófico. Quando os romanos voltaram, eles eram aproximadamente 60.000 homens com tropas fortemente armadas e que virtualmente saquearam a terra de Israel e a cidade de Jerusalém. Tochas atearam fogo ao Templo que queimou até ao chão, apenas restando o Muro Ocidental (HaKotel), também conhecido como Muro das Lamentações. Isto é o que resta do segundo Templo até o dia de hoje.

Muitos foram incitados por esta perda. Por volta do ano 100 d. C. os rabinos encontraram-se para com[pilar a Mishnah, visando explicar os fatos testemunhais dos procedimentos e serviços do Templo e responder as questões levantadas a respeito de como cumprir a Torah(lei) onde as respostas eram obscuras. Exemplo dessa natureza seguem abaixo:

A Mishnah cobriu não somente como o Templo funcionou durante o tempo do sacerdócio, mas também responder questões da seguinte natureza:

1) - Quando uma criança não esperava até o fim do Sabbath para nascer - como se ela tivesse escolha - estão a mãe e a parteira quebrando o mandamento de descansar no Sabbath devido ao parto? A resposta a esta questão é facilmente discernível. Se houver uma escolha, então um deve esperar até depois do Sabbath, entretanto ninguém demonstrou como comunicar esta questão ao bebê.

2) - Uma outra não tão clara questão ocupa-se com as vacas leiteiras. Uma vaca leiteira está sendo ordenhada todo o dia e não pode "pular" o sábado, somente porque você quer guardar o sábado. Entretanto ordenhar uma vaca no Sabbath, enquanto considerado trabalho, está inutilizado pelo mandamento que fala sobre mostrar misericórdia no Sabbath. Seria cruel o resultado de "pular" a ordenha no sábado. Igualmente, se um animal cai num fosso ou num buraco no Sabbath deve ser resgatado, ou então trará resultados danosos para a vida. Para muitos devotos judeus estas questões precisam de soluções. O que parece ser para você um claro caso de reducionismo, não pareceria tão claro quando considerados todos os fatos.

3) - O Yom Kippur (Dia da Expiação) é um dos mais sagrados dias no judaísmo. Nele somos comandados a jejuar. A Torah diz-nos que todos os que não jejuarem no dia de Yom Kippur deverão ser cortados do meio do povo. Uma questão emerge, considerando-se aqueles que estão doentes, por exemplo, com diabetes. Aqueles que sofrem esta enfermidade não podem deixar de comer devido ao tratamento e a natureza da situação. Os rabinos assim concluíram que aquelas pessoas que estiverem doentes e que correrem o risco de complicações devido ao jejum foram liberadas do mandamento de jejuar no Yom Kippur.

O livro de Hebreus, escrito para judeus messiânicos em função da destruição do Templo, e também na mesma época começa declarando que Yeshua(Jesus) veio de maneira similar à dos profetas antes dele, e que seu ministério é maior do que o dos profetas e dos anjos. Evidentemente, os crentes messiânicos estavam gravitando na direção de qualquer doutrina disponível que pudesse preencher o vazio desta perda. Desde que o sumo sacerdote não estava mais disponível para preencher a função do profeta oracular; doutrinas de anjos começaram a preencher as esperanças do povo. No capítulo 5 o escritor (creio ser o rabino Shaul; isto é, Paulo), debate o trabalho do sumo sacerdote apontando para como o Messias entrou no lugar santíssimo para o nosso próprio benefício, e ainda dizendo que Ele foi sacerdote da ordem de Melquisedeque. O capítulo 8 contém um sumário do que está sendo dito:8.1) - ORA, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade,
8.2) - Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
8.3) - Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.

No capítulo 9, o escritor debate as coisas que eram encontradas no lugar santo do Templo. E vai adiante.

Em cerca de 230 d. C., os rabinos encontraram-se novamente para resolver mais complicações sobre as práticas apropriadas da Torah com a falta do Templo e vários outros aspectos do judaísmo. Os rabinos discutiram os prós e os contras e chegaram a algumas conclusões. Todo o processo está gravado no "Talmude de Jerusalém". As duas maiores escolas da época, Shammi e Hillel estavam envolvidas nas discussões com a segunda e terceira gerações de estudantes, de rabinos famosos tais como Simeão, o Justo. Na comunidade judaica tradicional, os fariseus trouxeram-nos as traduções orais e foram responsáveis por conduzir-nos através destes dilemas.

O Talmude de Jerusalém foi muito importante para TODOS os judeus que viveram em Israel, mais durante a diáspora, quando os judeus foram impelidos de sua terra natal, como então poderíamos criar um nível de vidas "separadas" que nos identificassem com os judeus? Como poderiam judeus da Polônia reconhecerem os judeus do Texas? Como saberíamos quando celebrar as festas? Deveríamos nós observar o início do Sabbath e dos feriados sincronizados com Jerusalém e o calendário judaico ou devemos nós usar o calendário local e as datas locais para observar estes dias?

Em cerca de 500 d. C. os rabinos acharam necessário um novo encontro para esclarecer as áreas obscuras que diziam respeito a o que fazer na Diáspora. O processo foi o mesmo usado pelo Talmude de Jerusalém, e todas as coisas foram sendo estupidamente registradas como antes, mas desta vez isto chama-se "Talmude Babilônico", porque muitas das questões tinham a ver com a dispersão dos judeus de sua terra natal. O termo "Galuf" refere-se aos judeus que não viviam em Israel e regulava a vida dos judeus na Diáspora.

A razão primária para escrever-se o Talmude é para responder-se à ausência do Templo.
O livro de Hebreus responde a destruição e a tendência no judaísmo messiânico acerca de diversas doutrinas, por causa da destruição do Templo. Se os judeus messiânicos foram afetados tão profundamente pela perda do Templo, seria ridículo assumir que não tenha tido efeito nos cristãos gentios este fato. A natureza das conseqüências da perda do Templo para os gentios messiânicos não é tão difícil de ser observada por olhos treinados, mas isso foi aparentemente providencial, pois a mão de Deus estava guiando ambos, judeus e gentios messiânicos através desta perda. É duvidoso que muitas das "modernas" tradições cristãs seriam como são hoje em dia se o Templo e o sacerdócio tivessem sobrevivido.

Estamos esperando o dia quando o Templo será reconstruído e novamente os sacrifícios serão oferecidos sobre o altar santo. Se isso pertencesse ao passado, a Mishnah seria uma ferramenta inválida neste processo de reconstrução, não apenas do Templo mas também do sacerdócio. Naquele glorioso dia, Deus reinará sobre nós, e também sobre toda a terra. Todas as nações virão ao Senhor para adorá-lo em Jerusalém e participar da Festa dos Tabernáculos. O leão morará com o cordeiro e a criança brincará sobre a toca da áspide. Nenhum mal virá a ninguém em HaOlam Habah (a era do porvir).

 O Futuro que nos aguarda

Tudo o que foi exposto mostra-nos que sempre houve e sempre haverá um encaminhamento da parte do Senhor da história da humanidade a fim de Sua Palavra tenha um pleno cumprimento.
O Eterno vê as coisas como fatos consumados! Para Ele não existem passado, presente e futuro. Tudo é um eterno presente. Por isso Ele que já conhece o fim de todas as coisas, tem hoje nos dado o privilégio de vivermos no ápice da história da humanidade! Este é o tempo no qual o Eterno estará restaurando todas as coisas a fim de que seja possível o cumprimento daquilo que nos foi deixado em Sua Palavra!


O Templo é parte fundamental da Escritura e exerce também um papel muito rico na cultura bíblica e judaica. Sendo assim nós cremos que está havendo uma preparação da parte do Senhor a fim de que a Mesquita da Cúpula Dourada deixe de existir no local conhecido pelos judeus como "Monte do Templo". E quando isso acontecer, então será reconstruído o Templo de Jerusalém. Para ali afluirão pessoas de todas as partes do mundo a fim de cultuarem ao Eterno Deus de Israel! Este será mais um dos momentos marcantes na história do povo de Israel, que se alegrará muito por ter novamente a oportunidade de ter restaurado o sacerdócio e os sacrifícios! E quando isso acontecer, nós que temos entendimento sobre estas coisas deveremos clamar por nossas vidas, pois o filho da perdição, o homem do pecado, então se manifestará e se apresentará como o Mashiach (Messias)!
O que ocorrerá então? Neste momento já terá tido início o tempo que conhecemos como "Grande Tribulação"!

Fonte: www.bibliabytes.com.br

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Dicionário Hebraico

Dicionário Hebraico

Resumido

Palavras de "A" a "C"

Adar

Décimo segundo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Afikoman

“Sobremesa”; pedaço de matsá tirado no início do sêder e guardado até o final da refeição; é o último alimento a ser ingerido antes do Bircat Hamazon, Bênção de Graças após a refeição – para lembrar as oferendas de Pêssach, que era o último alimento ingerido no sêder, na época do Templo.

 

 

 

 

Ahavat Israel

Amor ao próximo; um dos preceitos fundamentais da Torá: “Ame ao teu próximo como a ti mesmo”.

 

 

 

 

Ano embolísmico

Ano em que ocorre o acréscimo de um mês (sete vezes em cada ciclo de 19 anos) para que o ano lunar se iguale ao ano solar.

 

 

 

 

Arca

No local mais sagrado do Templo, “Santos dos Santos” ficava guardada a Arca Sagrada que continha as tábuas da Lei que continha os Dez Mandamentos.

 

 

 

 

Ashkenazi

Termo utilizado para designar os judeus nascidos na Europa Ocidental.

 

 

 

 

Ashkenazita

Judeu de origem ashkenazi.

 

 

 

 

Av

Também chamado "Menachem Av"; quinto mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Baal Shem Tov

Nome completo: Rabino Israel Baal Shem Tov (1698-1760); conhecido como o “Mestre do Bom Nome”. Fundador do Chassidismo.

 

 

 

 

Baal Teshuvá

Aquele que retorna ao caminho de Torá após ter permanecido afastado.

 

 

 

 

Bar Mitsvá

literalmente “Filho do Mandamento”; termo designado a meninos que completam a maturidade religiosa aos 13 anos de idade.

 

 

 

 

Bat Mitsvá

literalmente “Filha do Mandamento”; termo designado a meninas que completam sua maturidade religiosa aos 12 anos de idade.

 

 

 

 

Bedicat Chamêts

Busca realizada na noite anterior a Pêssach com a finalidade de remover todo e qualquer vestígio de chamêts.

 

 

 

 

Beit Hamicdash

Templo Sagrado; referente aos dois Templos que existiam em Jerusalém e foram destruídos; moradia de D'us na Terra; local onde eram realizados os sacrifícios e trazidas as oferendas; o Muro das Lamentações é a muralha remanecente que cercava o Segundo Templo.

 

 

 

 

Berach

Um dos passos do sêder de Pêssach, quando ao final da refeição, recita-se o Bircat Hamazon, Bênção de Graças após a refeição.

 

 

 

 

Bereshit

Lit. “No princípio” o primeiro dos cinco volumes da Torá.

 

 

 

 

Cabalá

Lit. “tradição recebida”; uma referência a tradição mística judaica; relaciona-se aos estudos e prática da parte mística da Torá.

 

 

 

 

Cabalista

Aquele que é bem versado nos ensinamentos e prática da Cabalá.

 

 

 

 

Cadêsh

Recitação da bênção sobre o vinho, “kidush”; primeiro “passo” do sêder de Pêssach.

 

 

 

 

Calendário gregoriano

Calendário utilizado em grande parte do mundo; recebeu este nome por ter sido reformado pelo Papa Gregório XIII (1502-1585) do calendário juliano.

 

 

 

 

Carpás

“Antepasto”; pedaço de vegetal que pode ser cebola, ou batata que é colocado na keará, travessa do sêder de Pêssach. Este vegetal é ingerido logo no início do sêder após ser mergulhado em água salgada para despertar e estimular a curiosidade das crianças.

 

 

 

 

Casher

Apropriado, correto para o uso; no caso de alimento, permitido para consumo.

 

 

 

 

Cashrut

Conjunto de leis que regem a dieta judaica e que estão descritos na Torá.

 

 

 

 

Chabad

Lit. acróstico das palavras hebraicas “Chochmá, Biná e Daat” que significam, respectivamente, inteligência , entendimento e sabedoria; forma chassídica que filtra o poder espiritual e emocional através do intelecto: foi fundado pelo Rebe Schneur Zalman de Liadi; um sinónimo para Chabad é Lubavitch, aldeia onde este movimento surgiu durante um século.

 

 

 

 

Chabadniks

Aqueles que seguem a filosofia Chabad.

 

 

 

 

Chacham

“Sábio”; alusivo a um dos quatro filhos citados na Hagadá.

 

 

 

 

Chag, pl. Chaguim

Lit. “festa”;Termo usado para designar as festas judaicas.

 

 

 

 

Chaguigá

Era uma das oferendas trazidas ao Templo Sagrado durante a peregrinação dos judeus a Jerusalém realizada três vezes por ano.

 

 

 

 

Chamêts

Todo alimento ou bebida feito à base de trigo, centeio, cevada, aveia ou espelta, ou seus derivados, que é fermentado

 

 

 

 

Chanucá

Lit. “Dedicação”; oito dias nos quais comemora-se a vitória dos chashmonaim sobre o exército opressor Greco-sírio; subsequentemente o Templo Sagrado foi reconsagrado .

 

 

 

 

Charôsset

Mistura composta por maçãs e pêras raladas e nozes misturadas com vinho tinto formando uma pasta. Sua cor e consistência recorda a argamassa com a qual ou nossos ancestrais foram obrigados a trabalhar no Egito.

 

 

 

 

Chassid

Lit. “um homem piedoso”; o termo se aplica aos seguidores do movimento chassídico; seguidor de um Rebe chassídico.

 

 

 

 

Chassídico

Qualidade de apreciar a Chassidut, filosofia que incentiva o estudo e compreensão da parte mais profunda e mística da Torá.

 

 

 

 

Chassidismo

Sinônimo de Chassidut.

 

 

 

 

Chassidut

Estudo e prática da parte oculta e mística da Torá.

 

 

 

 

Chazêret

Ervas amargas usadas na travessa do sêder para o Corêch.

 

 

 

 

Chêder

Escola na qual meninos judeus, a partir de três anos de idade, são iniciados no aprendizado do alfabeto hebraico e nos estudos de Torá.

 

 

 

 

Cheshvan

Também chamado Marcheshvan; oitavo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Chinuch

Lit. educação.

 

 

 

 

Chumash

Pentateuco; os cinco livros da Torá

 

 

 

 

Cohanim

Plural de Cohen

 

 

 

 

Cohen

Uma das três categorias em que se divide o povo judeu: Cohen Levi e Israel; descendentes de Aharon, irmão de Moshê.

 

 

 

 

Corbán Pêssach

Oferenda do Cordeiro Pascal ; era realizada durante a época do Templo Sagrado, sacrificado na véspera de Pêssach e ingerido na noite, no final do sêder.

 

 

 

 

Corêch

É um dos passos do sêder de Pêssach; a raiz amarga é mergulhada no charôsset e colocada entre dois pedaços de matsá.



Palavras de "D" a "M"

Dayênu

Lit. “já teria bastado para nós”; refrão de uma canção entoada na Hagadá.

 

 

 

 

Elul

Sexto mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan) e último mês do ano. Em 25 de Elul do "ano zero", D'us iniciou a criação do Mundo culminando com a criação do homem, seis dias depois, em Rosh Hashaná.

 

 

 

 

Eretz

Terra; designação utilizada para descrever Israel: Eretz Israel.

 

 

 

 

Êxodo

Saída dos judeus do Egito.

 

 

 

 

Farbrenguen

Reunião chassídica na qual idéias são compartlhadas com intervalos marcados por melodias entoadas com L’chaims.

 

 

 

 

Farsi

Dialeto de origem persa.

 

 

 

 

Fuso horário

Cada uma das 24 divisões longitudinais de 15° nas quais foi dividida a Terra para estabelecer uma seqüência regular de alterações da hora legal. O fuso 0° estende-se a 7,5° de cada lado do meridiano de Greenwich (subúrbio de Londres); à hora legal desse fuso acrescenta-se uma hora para o leste e subtrai-se uma hora em direção à oeste.

 

 

 

 

Haftará

Lit. “passagem final”; Passagem dos Profetas lida na sinagoga após a leitura do da Torá.

 

 

 

 

Hagadá

“Narrativa”; leitura de passagens que relatam a história do povo judeu e sua saída do Egito.

 

 

 

 

Halachá (pl. Halachot)

Compêndio das leis judaicas; uma lei específica;

 

 

 

 

Haláchica

Pertinente à halachá, lei; de origem legal.

 

 

 

 

Halel

“Cânticos de Louvor”; Recita-se cânticos de agradecimentos a D'us.

 

 

 

 

Iyar

Segundo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Keará

Lit. “prato”; bandeja, travessa ou toalha sobre a qual são colocadas as três matsot e os seis ingredientes que serão utilizados durante o sêder.

 

 

 

 

Kfar Chabad

Cidade Chabad em Israel.

 

 

 

 

Kidush

“Santificação”; bênção recitada sobre uma taça de vinho que proclama a santidade do Shabat ou festa judaica.

 

 

 

 

Kidush Hashem

Ato de santificar o nome de D-us.

 

 

 

 

Kislêv

Nono mês do calendário judaico.

 

 

 

 

Latitude

Arco do meridiano compreendido entre determinado observador ou determinada localidade (do norte ou do sul) e o equador terrestre.

 

 

 

 

Lechaim, L´chayim

Lit. “à vida”; é um brinde judaico feito sobre uma bebida forte.

 

 

 

 

Levi

Uma das três categorias em que se divide o povo judeu: Cohen, Levi e Israel.

 

 

 

 

Levita

Descendente da tribo de Levi. Os levitas tinham várias tarefas no Templo Sagrado, dentro as quais cantar e tocar os instrumentos durante o serviço das oferendas e eram parte da guarda de honra do Templo.

 

 

 

 

Leviyim

Plural de Levi

 

 

 

 

Licutei Sichot, Licutê Sichot

Discursos do Rebe que foram editados através dele; engloba 39 volumes com comentários sobre os mais diversos assuntos.

 

 

 

 

Longitude

Arco do equador terrestre compreendido entre o meridiano que passa pelo observatório astronômico de Greenwich (subúrbio de Londres) e o meridiano que passa pelo observador (do leste ou do oeste).

 

 

 

 

Lubavitch

Lit. “cidade do amor” ; aldeia na Rússia que foi o centro dos chassidim de Chabad de 1813 a 1915 e que permaneceu como Sinônimo de Chabad.

 

 

 

 

Lulav

Uma das quatro espécies utilizadas para fazer as bênçãos especiais durante a festa de Sucot.

 

 

 

 

Lunissolar

Calendário que leva em conta simultaneamente a rotação da Lua em torno da Terra e as estações do ano, regidos pelo Sol.

 

 

 

 

Maguid

Lit. “relatando”; um dos passos do sêder que narra a história do Êxodo.

 

 

 

 

Maimônides

Rabi Moshê Ben Maimon (4895-4964 a partir da criação do mundo - 1135-1204 E.C.), talmudista, filósofo, médico, matemático e codificador da Lei Judaica. Nasceu na Espanha e viveu no Marrocos e Egito.

 

 

 

 

Maná

Alimento que caía dos céus e que era enviado por D-us ao povo judeu no deserto; adquiria o sabor desejado.

 

 

 

 

Maror

Ervas amargas; são consumidas no sêder em lembrança aos tempos amargos vividos por nossos ancestrais no Egito.

 

 

 

 

Mashiach

Lit. "ungido"; descendente do Rei David, descrito pelos profetas como o ser humano que trará o entendimento de D-us a todos, reconstruirá o Terceiro Templo Sagrado em Jerusalém e a Era Messiânica - época de paz e tranqüilidade no mundo.

 

 

 

 

Matsá

Pão não levedado feito somente com farinha e água; o pão é assado através de um processo que leva menos de 18 minutos desde o momento em que a farinha toma contato com a água.

 

 

 

 

 

 

 

Matsá Shemurá

Matsá “guardada”; i.e. Matsá produzida com extremo cuidado desde o plantio do grão, na moagem até o final do processo, para que não tivesse nenhum contato com água..

 

 

 

 

Mezuzá

Pequeno rolo de pergaminho, que contém trechos sagrados da Torá, e que é protegido por uma caixinha e pregado nos umbrais das portas de lares e estabelecimentos judaicos.

 

 

 

 

Michá

Nome de um dos profetas.

 

 

 

 

Midrash

Interpretação não literal e ensinamentos homiléticos dos sábios, na escritura.

 

 

 

 

Mishná , Mishnê

Codificação da Lei Oral que forma a base do Talmud; obra escrita por Rabino Yehuda HaNassi.

 

 

 

 

Mishnayiot

Plural de Mishná

 

 

 

 

Mitsrayim

Egito

 

 

 

 

Mitsvá

Obrigação religiosa; um dos 613 mandamentos (mitsvot).

 

 

 

 

Mitsvá Tank

Veículo utilizado para a divulgação e aproximação de judeus no caminho da Torá e no cumprimento das mitsvot , ações positivas.

 

 

 

 

Monte Sinai

Local escolhido por D-us para a outorga da Torá.

 

 

 

 

Moshê

Primeiro líder do povo judeu; tirou-os do Egito, entregou-lhes as Tábuas da Lei e guiou-os no deserto.

 

 

 

 

Motsi-matsá

Um dos passos do sêder de Pêssach; “Bênçãos sobre a matsá”; momento em que o condutor do sêder segura as três matsot juntas e todos recitam a bênção.

 



  

Palavras de "N" a "S"

Nirtsá

“Aceito”; após concluir o serviço do sêder, estamos certos de que foi bem aceito pelo Todo-Poderoso.

 

 

 

 

Nissan

Primeiro mês do calendário judaico, no qual ocorre a Festa de Pêssach, que comemora a libertação do povo judeu do Egito

 

 

 

 

Nôach

Noé; homem justo em sua geração. Salvou-se junto com sua família na época do Dilúvio, construindo a Arca de Noé a mando de D-us.

 

 

 

 

Ômer

Medida antiga (de aproximadamente dois quilos); um ômer de grãos da nova colheita de cevada era oferecida a Deus no segundo dia de Pêssach, permitindo a partir de então o uso da nova safra. Durante o período do ômer, os 24 mil alunos de Rabi Akiva (um grande sábio que viveu após a destruição do Segundo Templo) morreu de uma epidemia, tornando esta época uma ocasião de tristeza e meio luto.

 

 

 

 

Pêssach

Lit. “Passar por cima”; festa que comemora o êxodo dos judeus do Egito, sua identidade como povo e o surgimento de uma nação.

 

 

 

 

Pirkê Avot

Obra conhecida como “Ética dos Pais”; tratado da Mishná onde está escrito éticas e morais para a vida.

 

 

 

 

Pogrom

“Perseguição”, discriminação; opressão sofrida pelos judeus.

 

 

 

 

Purim

Festa judaica que comemora o fim do decreto de aniquilação do povo judeu pelo rei Achashverosh, da Pérsia, que fora conspirado pelo seu cruel conselheiro, Haman; Purim consagra a salvação do povo judeu.

 

 

 

 

Quatro Copos

Alude aos quatro copos de vinho que bebemos no sêder a fim de lembrar as quatro expressões de redenção mencionadas na Torá.

 

 

 

 

Quatro Filhos

Referência aos quatro tipos de filhos (o sábio, o malvado, o tolo e aquele que não sabe perguntar) mencionados na Hagadá.

 

 

 

 

Querubins

Refere-se as duas figuras que ficavam sobre a Arca Sagrada.

 

 

 

 

Rabi

O mesmo que rabino.

 

 

 

 

Rabino

Pessoa que estudou e aprofundou-se nas leis judaicas e formou-se recebendo sua “smiche”, seu diploma.

 

 

 

 

Rashá

“Malvado”; alusivo a um dos quatro filhos citados na Hagadá.

 

 

 

 

Rashi

Rabi Shlomo Itschaki; um dos maiores comentaristas da Torá.

 

 

 

 

Rav

Lit. “rabino”.

 

 

 

 

Rebe

Sábio que serve como guia espiritual para seus seguidores chassídicos.

 

 

 

 

Rebetsin

Esposa de um rabino ou de um Rebe.

 

 

 

 

Redenção Final

Época aguardada desde a criação do mundo; Era em que o mundo será regido pela paz, entendimento entre os homens e o reconhecimento de D-us por todos.

 

 

 

 

Rochtsá

Um dos passos do sêder de Pêssach; ;”segunda ablução”; momento em que os participantes do sêder devem abluir as mãos recitando a bênção de “Netilat yadáyim”.

 

 

 

 

Rosh Chôdesh

Literalmente "cabeça do mês"; início de cada mês judaico comemorado como dia especial.

 

 

 

 

Rosh Hashaná

Literalmente “cabeça do ano”; dois dias festivos na diáspora que marcam o início do ano novo judaico contado a partir da data da criação do mundo.

 

 

 

 

Sanhedrin

Corte Suprema formada por 71 membros.

 

 

 

 

Schneur Zalman de Liadi

Fundador e primeiro Rebe de Chabad-Lubavitch (1745-1812), autor do Tanya.

 

 

 

 

Sêder

Cerimônia realizada na primeira e segunda noite de Pêssach.

 

 

 

 

Sefirat HaÔmer

Lit. “contagem do Ômer”; mandamento da Torá que específica contar 49 dias, do segundo dia de Pêssach (quando foi sacrificado um corban Haômer) até a véspera de Shavuot.

 

 

 

 

Sete Leis de Nôach

São sete leis dadas por D-us que devem ser cumpridas por todos os povos: 1) Não praticar a idolatria. 2) Não blasfemar contra D-us. 3) Não matar. 4) Não seqüestrar nem roubar. 5) Não cometer adultério, incesto ou bestialidade 6) Estabelecer tribunais para a manutenção da justiça. 7) Não comer a carne de um animal enquanto ainda está com vida nem ser cruel com os animais de nenhuma outra forma.

 

 

 

 

Seudat Mashiach

Refeição servida no último dia de Pêssach, antes do anoitecer, na qual come-se matsá e bebe-se quatro copos de vinho a fim de reafirmar a fé na eminente Redenção e na chegada de Mashiach.

 

 

 

 

Shabat

Sétimo dia da semana, dia santo que testemunha nossa fé em D-us como Criador. Assim como Ele "descansou" após ter criado o mundo em seis dias, ordenou que fizéssemos o mesmo.

 

 

 

 

Shalom

Paz. Vocábulo usada como cumprimento entre as pessoas.

 

 

 

 

Shavuot

Festa que celebra o dia em que D-us revelou-Se no Monte Sinai e entregou a Torá ao povo judeu.

 

 

 

 

Sheliach, Shluchim

Lit. “emissário”, “mensageiro”; enviados especiais que saem de seus lares para habitar locais distantes para cumprir sua missão; o Rebe enviava seus emissários para espalharem Torá em locais longínquos reerguendo ou criando novos centros vivos e atuantes de judaísmo – até hoje.

 

 

 

 

Shemá

Início do versículo "Ouve Israel, o Eterno é nosso D-us, o Eterno é Um", base da proclamação diária da unicidade Divina; Esta prece é composta de três trechos da Torá e é recitada na Prece Matinal e na Prece Noturna como também antes de se recolher ao leito.

 

 

 

 

Shevat

Décimo primeiro mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Shiduch

Promover a união entre duas (meias) almas gêmeas; fazer um “shiduch”, está associado ao ato de promover uma relação duradoura entre dois seres tendo o casamento como coroação desta união.

 

 

 

 

Shôfar

Chifre de animal casher utilizado como instrumento de sopro; é tocado durante todo o mês que precede Rosh Hashaná, anunciando a proximidade do ano novo judaico, bem como em Rosh Hashaná; é um “chamado” para despertar a alma para fazer teshuvá; e no término de Yom Kippur.

 

 

 

 

Shulchan Aruch

Código de Leis; obra escrita por Rebe Yossef Karo, e que engloba todas as leis e práticas judaicas.

 

 

 

 

Shulchan Orêch

Refeição servida nas noites do sëder.

 

 

 

 

Sidurim

Lit. “Ordem” (das preces); Livros de rezas diárias.

 

 

 

 

Sinai

Monte Sinai – local escolhido por D-us para a outorga da Torá.

 

 

 

 

Sivan

Terceiro mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan), no qual ocorre a Festa de Shavuot, que comemora a Outorga da Torá por D-us no Monte Sinai.

 

 

 

 

Siyum

Lit. “Término”, “Conclusão”; comemoração do término do estudo de um tratado talmúdico ou outros assuntos ligados à Torá.

 

 

 

 

Sucá

Cabana com teto de folhagem usada na festa de Sucot (Festa das Cabanas), para lembrar a proteção Divina durante os 40 anos que o povo judeu peregrinou no deserto.

 

 

 

 

Sucot

Festa das Cabanas

 



 

Palavras de "T" a "Z"

Taharat Hamishpachá

Lei de Pureza Familiar; mandamento Divino que aponta instruções e regras relativas ao comportamento conjugal.

 

 

 

 

Talmud

Uma das maiores obras judaicas, quase toda escrita em aramaico. Contém as explicações da Lei Oral, baseando-se na Mishná. Foi compilado na Babilônia e em Jerusalém.

 

 

 

 

Talmúdico

Pertinente ao Talmud.

 

 

 

 

Tam

“Tolo”; alusivo a um dos quatro filhos citados na Hagadá.

 

 

 

 

Tamuz

Quarto mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Tanya

Obra fundamental da chassidut escrita pelo Rabino Schneur Zalman de Liadi, que explica a filosofia Chabad.

 

 

 

 

Tefilin

Lit. “Filactérios”; dois quadrados pretos de couro, um para ser utilizado na cabeça e o outro colocado no braço; contêm pequenos rolos de pergaminho com passagens bíblicas da Torá; usado durante as rezas matinais.

 

 

 

 

Templo Sagrado

Os dois Templos que existiam em Jerusalém: e foram destruídos.; moradia de D-us na Terra; local onde eram realizados os sacrifícios e trazidas as oferendas; o Muro das Lamentações é rmuralha remanecente que cercava o Segundo Templo.

 

 

 

 

Terra Prometida

Terra de Israel entregue como herança por D-us ao povo judeu.

 

 

 

 

Tevet

Décimo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Tishrei

Sétimo mês do calendário judaico e primeiro mês do ano no qual se comemora Rosh Hashaná, aniversário da Criação.

 

 

 

 

Torá

Literalmente, "guia", "orientação". Manual de vida outorgado por D'us com Suas instruções. Intelecto e vontade Divina transmitida a Moisés e entregue ao longo das gerações; inclui a Lei Escrita e Oral (interpretação). Também conhecido como Pentateuco (os Cinco Livros, chamados a Lei de Moisés).

 

 

 

 

Tsadic, pl. Tsadikim

Homem íntegro; também utilizado como sinônimo de Rebe .

 

 

 

 

Tsafun

“Escondido”; momento final da refeição do sêder no qual come-se a meia matsá reservada para o “aficoman”, “sobremesa”.

 

 

 

 

Tsedacá

Lit. “Justiça”; fazer caridade lembrando que está equilibrando as desigualdades justamente.

 

 

 

 

Ufaratsta

Lit. “e você deverá espalhar”; frase bíblica que tornou-se slogan do movimento Chabad-Lubavitch.

 

 

 

 

Urcháts

“Ablução”; todos os presentes à mesa do sêder devem abluir as mãos sem pronunciar a bênção de “Netilat yadáyim”.

 

 

 

 

Yáchats

“Divisão”; a matsá do meio (das três matsot da travessa do sêder) é quebrada em duas partes desiguais.

 

 

 

 

Yechidut

Encontro privado com um Rebe .

 

 

 

 

Yeshivá

Escola para aprendizado talmúdico e estudos de Torá avançados.

 

 

 

 

Yetsêr Hara

Inclinação para o mal; Mal instinto.

 

 

 

 

Yetsêr Tov

Bom instinto; inspira a pessoa a praticar o bem.

 

 

 

 

Yidishe

Dialeto alemão falado pelos judeus da Europa Ocidental, ashkenazitas, e que tornou-se a segunda língua oficial, além do hebraico.

 

 

 

 

Yitrô

Sogro de Moisés; abandonou a idolatria e optou pelo caminho do judaísmo.

 

 

 

 

Yizkôr

Reza recitada na sinagoga em ocasiões especiais, entre as quais o último dia de Pêssach, em memória de entes queridos falecidos.

 

 

 

 

Yom Kippur

Dia do Perdão; mais significativo do ano judaico onde as pessoas fazem um balanço de si mesmas e tomam boas decisões para o futuro após serem perdoadas de suas falhas, neste dia, por D-us.

 

 

 

 

Yom Tov

Data festiva; neste dia há restrições quanto a algumas atividades criativas.

 

 

 

 

Zeidê

Lit. “avô”; origina-se do yidishe.

 

 

 

 

Zerôa

Osso do antebraço grelhado colocado na travessa do sêder em lembrança ao Corbán Pêssach, Sacrifício de Pêssach, oferecido na época do Templo. O osso é meramente uma lembrança simbólica e não é ingerido.

 

 

 

 

Zôhar

Lit. “Livro do Esplendor”; texto principal do misticismo judaico.

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Vinho Novo em Odres Velhos!

Vinho Novo em Odres Velhos!

É bastante conhecida no meio cristão a alegoria feita por Yeshua (Jesus) no Segundo Capítulo do Evangelho de Marcos, com referências equivalentes em Mateus 9 e Lucas 5: "E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos." (Mc 2:22).

No entanto, a interpretação deste texto, através da história, alcançou conotações completamente distantes do significado real das palavras de Yeshua (Jesus). E esta interpretação errônea serviu, em diversos momentos, como justificativa para a rejeição não só dos judeus, mas de tudo o que diz respeito ao judaísmo ou mesmo às Sagradas Escrituras Judaicas, que nada mais são a não ser o chamado Velho Testamento dos cristãos, parte inegável de sua Bíblia.

Declarações como as que se seguem foram comuns dentre os teólogos de várias gerações:
"Não se coloca o vinho generoso do evangelho nos odres envelhecidos do Judaísmo."
"A alegoria é clara. A roupa nova e o vinho novo são o evangelho; a roupa velha e os odres velhos são a antiga Lei"
"Cedo, Jesus declara incompatíveis as antigas instituições com a nova ordem; o velho, definitivamente terminado, dá lugar ao reino do novo."

Certamente há, ainda hoje, muitos que assinariam embaixo de cada uma destas afirmações. Mas, num tempo profético como o que vivemos, precisamos conferir: será isso mesmo o que Yeshua (Jesus) quis dizer? Como bem nos afirma o escritor Jules Isaac "toda a vida de Jesus, e suas próprias palavras, as mais solenes, desmentem tal interpretação."

"Comparar a Torá - a Lei Judaica - como um "velho odre" no qual não se pode colocar o "vinho novo" do Evangelho", ele acrescenta, "é uma idéia quase sacrílega, que nunca roçou o espírito de Jesus. Ele disse exatamente o contrário, e sem parábolas: "Não vim para destruir , mas para dar plenitude" (Mt 5:17). Mas também em Parábolas, ele acrescentou: "Todo escriba que se torna discípulo do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que do seu tesouro tira coisas novas e velhas" (Mt 13:52) . Ao falar, pois, de odres envelhecidos, Jesus se referia à tradição farisaica e não à Lei."

De fato, se analisarmos o significado exato da palavra Lei no hebraico, chegamos à "Torá", que quer dizer exatamente ensinamento. E os ensinamentos bíblicos do Antigo Testamento não foram, definitivamente, anulados, mas plenificados ou melhor revelados em Yeshua (Jesus). Neste sentido, é interessantíssimo observar que os ensinamentos Dele foram uma repetição dos ensinos judaicos, apenas com as correções necessárias dos abusos e excessos e não uma rejeição taxativa.

Na verdade, se Yeshua(Jesus) veio para o Povo de Israel em primeiro lugar, como poderia Ele chegar afirmando que tudo o que antes foi ensinado por D'us mesmo, através de seus servos, não teria mais valor e deveria ser jogado fora, como velho e inútil? Jules Isaac nos auxilia nesta afirmação: "Pedir ao povo Judeu que se libertasse de uma lei que ele venerava como tendo sido ditada por Deus mesmo, pedir isto que Jesus nunca pedira, em verdade era pedir o impossível."

Desta forma concluímos que vinho novo e odres velhos são incompatíveis sim, mas dizem respeito à tentativa de querer enquadrar o novo nos moldes antigos, ou seja, com tradições, costumes e práticas que na verdade nunca deveriam ter sido empregadas, mas que se tornaram um hábito antigo, por ter sido tantas vezes repetido. É como aquele vício pernicioso, que, numa família, às vezes passa, infelizmente, de geração para geração e não permite o questionamento e a mudança, antes prende e amarra as vidas.

Não é comum ouvir algumas pessoas dizerem: "eu sou assim e vou ser assim até morrer"? Ou "eu fiz esta opção e não mudo!" Mas, se a verdade trouxer outro significado, outra forma, outra opção, será que permaneceremos parados, ultrapassados e resistentes?

Foi exatamente isso o que Yeshua (Jesus) quis dizer: Não podemos ficar presos ao passado a tal ponto de não aceitarmos o presente ou o futuro. Mas o passado tem que nos levar ao crescimento, à evolução, à plenitude. E Isso não tem nada a ver com negar o judaísmo ou os ensinamentos Bíblicos antes da redenção em Yeshua (Jesus). Mas sim em reunir as revelações de antes e de depois, torná-las uma só, com começo, meio e também fim, agrupá-las na dimensão Divina do processo de Seus Planos, reconhecê-las como uma só sob a perspectiva Soberana de Deus.

Foi por isso que na outra passagem citada, de Mateus 13:52, Ele diz: "... Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas." Portanto, se o "velho" tinha que ser totalmente rejeitado, por que Yeshua (Jesus) teria feito este comentário? Aqui Ele reforça exatamente esta idéia do todo, da plenitude: o velho e o novo, agrupados. Não substitutos. Por isso, o vinho novo não é adequado para o odre velho. Cada um deve ocupar o seu lugar. Mas um não anula a existência do outro e nem quer dizer que um é pior do que o outro.

Aliás, em se tratando de vinhos, quem não sabe que os melhores vinhos são os mais antigos, que mais tempo ficaram engarrafados? E isso também não é para anular o novo, mas para demonstrar que o novo ainda precisa ser "curtido", tratado, para estar no ponto ideal. E será que isso não nos fala da plenitude de todas as coisas, que ainda não chegou?

Que sejamos, pois, sábios para perceber o que a palavra bíblica nos diz, em vez de sairmos tirando conclusões precipitadas. Porque, se pegarmos versículos isolados e fizermos a partir daí a nossa interpretação, estaremos chamando a Bíblia de contraditória. E, definitivamente, ela jamais o será. Mas requer uma leitura consciente e inequivocada, sempre na presença e unção do Ruach Adonai (Espírito do Senhor), como bem nos orientou o apóstolo Pedro: "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo."(2 Pd 1:20,21).

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Yom há Shoá

Yom há Shoá

Dia do Holocausto

O Holocausto é uma das mais tristes lembranças que o povo Judeu tem nestes tempos modernos. Foi neste tão trágico evento que morreram seis milhões de judeus num cruel massacre orquestrado por Adolf Hitler. No dia dois de maio de 2000, comemora-se em todo o mundo esta data tão triste, porém tão significativa!

HOLOCAUSTO
CUMPRIMENTO PROFÉTICO DE EZEQUIEL 37


Uma das profecias mais dramaticamente cumprida em nossa geração, diz respeito a Ezequiel 37 - O Vale de Ossos Secos. A nação seria praticamente destruída, reduzida a vales de ossos secos, antes de sua "ressurreição". Para uma idéia mais clara dos acontecimentos que culminaram com a Segunda Guerra Mundial e a morte de 6 milhões de judeus, valemo-nos de informações extraídas dos livros de BEN ABRAHAM, famoso escritor judeu.

1) - OS JUDEUS NA ALEMANHA
"Até a Alemanha tornar-se nazista, os judeus desfrutavam dos mesmos direitos constitucionais que os alemães. Participavam da vida cultural, científica e política da Alemanha, que de fato era a sua Pátria.

Entre inúmeras celebridades basta mencionar: Heine, Mendelsohn, Paul Ehrlich e Einstein. Milhares de judeus tombaram pela Alemanha em 1870, e durante a I Guerra. Muitos judeus ocuparam altos postos na administração pública. Quase 12 mil judeus foram condecorados por bravura, com a Cruz de Ferro (Eisernes Kreuz).

Devido a essa liberdade, o índice de assimilação entre judeus-alemães era o mais alto na Europa.

A crise que surgiu na Alemanha, após a derrota na I Guerra, teve como conseqüência um Adolf Hitler que na sua doutrina Nacional Socialista, escolheu um "bode expiatório": os judeus. No seu "evangelho" Mein Kampf, ele pregava o extermínio dos judeus, povo que ele culpava por tudo que havia de errado (Die Juden sind am allem schuld). A partir de 1928, atos isolados de violência e esporádicas surras aplicadas a judeus pelos adeptos da SA, tornaram-se cada vez mais comuns. As casas e lojas judias foram pichadas com a cruz suástica e com dizeres anti-semitas.

Um mês após Hitler ter assumido o poder, em 11 de abril de 1933, foram baixadas as leis arianas. As perseguições prosseguiam. Prisões em massa e internamentos, sem processos, nos recém-construídos campos de concentração; o boicote econômico; congelamento de contas bancárias dos judeus; a proibição de ocupar qualquer função pública. Depois veio a proibição de exercer as suas atividades comerciais, as profissões liberais, inclusive a medicina.

Em 15 de setembro de 1935, foram editadas pelo Reichstag, as leis de Nuremberg. Essas leis reforçavam os decretos anti-semitas. Tratavam da pureza do sangue ariano e estipulavam pesadas penas de prisão para os alemães que mantivessem relações matrimoniais ou extra-matrimoniais com judeus, com a pena capital para os judeus.

Para os arianos casados com judeus antes desta lei, havia uma opção: abandonar o cônjuge, declarando nulo o casamento, ou ser declarado judeu.

Os filhos desses matrimônios eram considerados judeus, salvo quando a mãe ariana fazia uma declaração pública, de que seus filhos eram bastardos, fruto da relação com seu amante ariano. (Caso do general Milch - filho de um casamento misto).

Estabelecimentos judaicos começam a ser confiscados e entregues aos freuhander (Comissários) alemães.

Aos judeus ficou proibido o acesso aos jardins públicos e aos espetáculos nos teatros e cinemas" (Izkor, pg. 7 e 8).

2) - OCUPAÇÃO DA EUROPA
"Com a eclosão da Guerra, em 1° de setembro de 1939, a perseguição aos judeus entrou em nova fase. Uma fase repugnante, horrenda, macabra, funesta.

Ao término de cada nova conquista, as forças alemãs, tanto da SS, da Gestapo, como do Wehrmacht, empreenderam um diabólico plano contra os judeus.

Todos os meios de propaganda foram usados, para estimular o anti-semitismo entre a população local.

À medida que as tropas nazistas entravam num País, a liberdade dos judeus deixava de existir. Os mais destacados eram presos e executados. Eles eram caçados nas ruas para serem encaminhados aos trabalhos forçados, sob chicotadas. Espancados, os religiosos tinham as barbas cortadas e arrancadas.

Em 03 de setembro, logo no início da campanha na Polônia, a Wehrmacht organizou um sangrento massacre contra a população judia de Bydgoszes, depois em Rawa Mozowiecka e Ostrov. Os soldados alemães pilhavam, roubavam, incendiavam as casas e os judeus não se atreviam a sair às ruas.

A Gestapo montou a sua máquina de "problema judaico". Seguiram-se confiscos, aplicação de pesadas multas coletivas e deportação em massa.

Para os judeus foi decretado o toque de recolher e a proibição de transitarem pelas principais ruas e nas calçadas em geral. As sinagogas foram incendiadas, os livros sagrados profanados. Era proibido o culto religioso, sob pena de morte.

Os judeus eram obrigados a usarem distintivos: braçadeiras com a Estrela de Davi, na Polônia ocupada (general Gouvernement), ou duas Estrelas de Davi - amarelas, pregadas nas costas e no tórax, com os dizeres: Jude (judeu), nos territórios anexados ao Reich.

Em 21 de setembro, como primeira etapa da Solução Final, Reinhardt Heydrich ordenou a organização dos Guetos.

Ainda em julho de 1941, Goering determinou que fizessem preparativos e planos para a liquidação física de todos os judeus. O plano denominado "Solução Final", foi posteriormente aprovado em Wannsee -Janeiro, 1942.

Os judeus poloneses foram concentrados nos bairros, cercados com arame farpado, onde vegetavam e morriam de fome e frio.

Até a época da invasão da Rússia, estes centros, denominados Guetos, eram, em geral, instalados nas cidades grandes e aglomeravam também os judeus de cidades e povoados vizinhos. As pessoas viviam, ou melhor, vegetavam, encurraladas, em condições sub-humanas. Isolados do mundo, sem sustento, condenados à morte, pela fome, epidemias, esperavam dias melhores (...)" (Izkor, pg. 14,16 e 17).

3) - GENOCÍDIO
"Com os processos que se seguiram após o término da guerra, vieram a tona as atrocidades praticadas pelos nazistas - barbaridades sem precedentes durante toda a história da humanidade.

Até o revés da Wehrmacht na frente russa, os alemães fuzilavam sumariamente os soldados russos, quando estes eram aprisionados. Em violações flagrantes da Convenção de Genebra sobre prisioneiros de guerra, os poupados dos massacres foram enviados aos campos de concentração. Os outros povos subjugados também pagaram seu tributo, com milhões de pessoas enviadas à Alemanha, onde executavam o trabalho escravo nas indústrias e fazendas.

Mas a meta principal de Hitler era aniquilar os judeus.

Os planos para a eliminação dos judeus foram traçados por Hitler ainda em 1925, em seu livro Mein Kampf. Com a eclosão da guerra, ele passou da teoria à prática. De 1939 a 1941, desde o início da guerra, até a invasão da Rússia, a eliminação era feita por "processo biológico". Os alemães encurralavam os judeus nos guetos. Por falta de comida, medicamentos, roupas e higiene, o organismo sofria de um progressivo enfraquecimento e acelerava a desintegração física. Dessa maneira morreram milhares de judeus, sem a necessidade da intervenção dos carrascos nazistas. As execuções, em menor escala, e as deportações dos inaptos para o trabalho, eram feitas regularmente. Somente no gueto de Varsóvia, até a primeira deportação - 22 de julho de 1942 - morreram 100.000 pessoas de inanição. Nos demais guetos a situação não era melhor...


Com a invasão da Rússia a eliminação assumiu novos rumos. Einsatzgruppen - comandos de extermínio - executavam os judeus de cidades inteiras.

As primeiras matanças, em grande número, ocorreram em Ponary - perto de Vilna (julho, 1941) - e em Babi lar, perto de Kiev (28 de Setembro de 1941), quando foram fuzilados dezenas de milhares de judeus das regiões próximas.

Os destacamentos especiais da RSHA - denominados Eisantzgruppen - acompanhavam as tropas da Wehrmacht exterminando a população judaica ao longo do seu avanço.

Os judeus eram levados para fora das cidades e fuzilados, para serem enterrados em valas comuns ou em pedreiras, homens, mulheres, velhos, crianças, sadios ou doentes.

As terras ocupadas transformavam-se em imensos cemitérios, encharcados com sangue e lágrimas. Muitos desses cemitérios foram descobertos, anos depois da guerra ter acabado (Babi lar - perto do Kiev - é um deles)...


A cifra de mortos aumentava a cada avanço alemão. Em cada cidade conquistada pelos bárbaros do século XX, o número de vítimas se avolumava.

A sede de sangue dos alemães não tinha limites.

Os fuzilamentos eram considerados métodos muito lentos, para essa diabólica tarefa de Hitler.

Começou o Genocídio em massa"... (Izkor - pg. 39,42).

4) - SOLUÇÃO FINAL
"Em dezembro de 1941 começou a funcionar a primeira "fábrica da morte", em Chelmno, perto de Lodz, na Polônia. Os infelizes eram trasladados em caminhões até as fossas comuns. Os caminhões - uma invenção dos gênios do mal - tinham uma carroceria fechada, parecendo-se com caminhões de mudanças. O cano do escapamento ficava voltado para a parte interna, expelindo os gazes que iam se espalhando no recinto fechado. Durante o trajeto, de 15 minutos, todos ficavam asfixiados. Na maioria das vezes, o motor do caminhão enguiçava no meio do caminho e demoravam a recolocá-lo em funcionamento. As pessoas, no seu interior, suplicavam, se debatiam, imploravam, inutilmente, a agonia era lenta e, o motor, só era consertado, às vezes, horas depois...

De dezembro de 1941 até abril de 1942, morreram em Chelmno mais de 40 mil pessoas, a maioria do Gueto de Lodz. Essas execuções, porém, eram consideradas lentas, pelos alemães.

Em 20 de janeiro de 1942, em Gross Wannsee, realizou-se uma conferência, para por em prática as instruções que Goering dera a Heydrich, em 31 de julho de 1941, sobre o extermínio total dos judeus na Alemanha e no resto da Europa. O plano fora denominado "Solução Final".


Nessa conferência estiveram presentes: Heydrich, Eichmann, representantes de todos os ministérios e departamentos interessados e subalternos de Eichmann, incumbidos, posteriormente, de executar a tarefa. Os resultados podem ser resumidos em dois itens:

a) - Os judeus aptos para os trabalhos forçados seriam mantidos vivos, enquanto pudessem ser explorados. Quando enfraquecessem e não pudessem mais trabalhar seriam eliminados.

b) -Todos os demais deveriam ser eliminados, o mais depressa possível, com os transportes prioritários.

Eichmann incumbiu o capitão SS, Kurt Novak, dos transportes. Em 5 de março de 1942 foram concluídos os planos para o extermínio dos restantes 55 mil judeus que existiam na Alemanha; os 20 mil da Boêmia e Morávia, incluindo a cidade de Praga e também os 19 mil restantes em Viena.

Os campos de extermínio foram instalados na Polônia. Os "cientistas" e as grandes indústrias alemãs, recebiam encomendas para elaborar câmaras de gás e fornos crematórios, os mais sofisticados e que tivessem a máxima eficiência e proporcionassem rapidez. A rapidez, propriamente dita, não era para poupar sofrimentos aos infelizes mas sim, para matar o maior número de pessoas, no menor espaço de tempo...

As indústrias químicas, que até hoje gozam de renome mundial, forneciam o gás Zyklon B para matar e matar, até chegarem à assombrosa cifra de 9 milhões de pessoas: 6 milhões de judeus e 3 milhões de outras nacionalidades....

Enquanto as "fábricas da morte" funcionavam, as empresas alemãs compravam os despojos dos extintos... cabelos - para estofamento; alianças e dentes de ouro; ossos moídos com cinzas - para fertilizantes; óculos; sapatos; roupas e tudo o que pudesse ser aproveitado para a "Grande Alemanha"...

Os demônios do século XX criaram os campos de extermínio: Triblinka, Belzec, Sobibor, Auschwitz, Chelmno, Stutthof, Janov - onde milhões de judeus morreram nas câmaras de gás, sem discriminação de sexo ou idade. As "fábricas da morte" atingiram o seu auge em 1942. Neste ano, excluindo-se o Gueto de Lodz começaram a ser liquidados todos os guetos, entre eles, Varsóvia e Bialistok.

De 1942 a 1943, foram deportados da França 100 mil judeus, a maioria para Auschwitz e também os judeus da Holanda, Bélgica, Luxemburgo (julho, 1942).

No verão de 1944, após a invasão da Normandia, pelos aliados, quando o rumo da guerra sofria uma reviravolta contra os alemães e, do ponto de vista estratégico, anteviam-se a derrota dos nazistas, eles ainda arrancaram 400 mil judeus húngaros dos seus lares e os levaram para o extermínio - com poucas exceções - em Auschwitz. Depois fizeram o mesmo com o gueto de Lodz de onde, em agosto de 1944, foram transportados 80 mil judeus para Auschwitz: mais de 70 mil exterminados na primeira leva. Dos 10 mil restantes, 1500 sobreviveram à guerra...

Franz Rudolf Ferdinand Hoess, comandante de Auschwitz, depois de preso, escreveu no cárcere, na Polônia, o seu diário, enquanto aguardava julgamento. Nesse diário ele relatou que, em Auschwitz, foram exterminados 3 milhões de pessoas. 2.500.000 na câmara de gás e 500 mil de fome, doenças e execuções.

Enquanto os aliados avançavam e os exércitos alemães recuavam, a SS não deixava ninguém para trás: os fracos eram liquidados friamente; os mais fortes transportados nos trens de gado e levados para o interior da Alemanha. Os prisioneiros precisavam se arrastar, sem comida e sem água, sombras de homens, esqueletos vivos e quem não podia continuar era fuzilado...

Uma coluna assombrosa, de gente moribunda, marchava como testemunha viva das atrocidades de um povo contra outro povo...

A culpa do genocídio não era somente de Hitler, Goering e Himmler, mas de todos os alemães, desde a mais baixa até a mais alta classe, que pertenciam ao partido nazista. Era também dos simples cidadãos que aclamavam Hitler, nas suas glórias, que obedeciam às suas ordens e também daqueles que apenas o toleravam" (Izkor - pg. 46,48).

Tudo isso foi tão terrível que marcou profundamente o povo judeu. Hoje os judeus lembram-se desta data - e também o mundo - a fim de declararem em uníssono:

 "Holocausto nunca mais!"

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