As Aparências Enganam...

A Bíblia nos relata um fato que comprova esse dito,   e este está registrado no livro de I Samuel, no capítulo 16, quando   Deus ordena a Samuel que vá à família de Jessé o   belemita, "porque dentre os seus filhos me tenho provido   de um rei" (v. 1b). Veja bem: Deus mesmo tinha providenciado para   si um rei, o qual colocaria sobre a nação de Israel, pois fazendo   isso Deus reverte o quadro que havia se instalado na nação quando   o povo pede um rei (I Sm 8.19,20). Eles queriam ser semelhantes às outras   nações, e quando fizeram isso rejeitaram a teocracia (o governo   direto de Deus sobre eles) julgando que a monarquia teria um melhor efeito sobre   a nação, pois no caso do rei eles poderiam vê-lo governando   a nação e no caso de Deus este governo seria exercido de modo   invisível, intangível, e quando precisassem reclamar de algo,   a quem iriam?

Portanto, a monarquia parecia ser um grande avanço para a nação, que a partir de então estaria em pé de igualdade com o restante do mundo conhecido, pois possuiria um rei. Bem, Saul já havia falhado como rei que o povo escolhera sobre si, agora Deus toma novamente as rédeas da nação para dirigí-la através de um homem cujo coração pertence a Êle Deus e a quem poderia tratar de forma a dar à nação as características de um povo particular, que pertencia ao Senhor. Mas, pergunta-se, como seria este rei ideal? Como seria o homem de Deus para a nação de Israel? Qual seria sua aparência, seu porte físico, sua ascendência?

 Em primeiro lugar este homem de Deus sai de um lugar bem peculiar: da cidade   de Belém, pois esta palavra no hebraico   significa "Casa de pão", ou seja,   este seria o homem ideal para dar ao povo o que comer, para alimentar ao povo   em todos os sentidos, pois o rei deveria ser além de um grande comandante,   também um grande legislador, um homem que aproximasse o povo de Deus   e um homem que unisse a nação entre si, levando-a assim a ter   as características de sua personalidade: a do homem segundo o coração   de Deus, pois o rei seria o modelo de seu povo, o qual se espelharia nele com   o comandante supremo da nação. Por isso a personalidade do rei   era tão importante para a composição da personalidade da   nação. Bem, voltemos ao rei. Na casa de Jessé, Samuel informa   ao mesmo o motivo de sua visita e quando avista o primeiro filho de Jessé   acredita ser este o ungido do Senhor. Ledo engano. Deus lhe comunica algo muito   interessante: "Não atentes para a sua aparência,   nem para a altura de sua estatura, porque o tenho rejeitado, porque o Senhor   não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está   diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração"   (v. 7).

 Assim aconteceu com os outros filhos de Jessé, e acabando-se   os filhos de Jessé, Samuel pergunta: "você   não tem mais filhos?" (v.11). Jessé informa-lhe que   o menor estava apascentando as ovelhas e Samuel manda que o chamem. Neste instante   deve ter havido alguém que dissesse: "Samuel, não perca tempo   com o garoto, ele é tão pequeno que não adiantará   nada trazê-lo aqui, pois você busca um líder para a nação   e este não é o caso dele". Mas mesmo assim Samuel pede que tragam   o menino, e quando o mesmo chega, Deus diz à Samuel:  "Levanta-te e unge-o, pois este mesmo o é".  Veja que coisa maravilhosa temos aqui. Um menino, aparentemente sem nenhum valor para a família   transforma-se no rei de Israel. Aparência? Que nada! Ele nada tinha que   lhe conferisse qualquer chance de disputar um cargo a rei na nação,   pois tudo nele apontava para um simples pastor de ovelhas e nada mais.   Tudo? Ou quase tudo, pois o seu coração era coração de   rei, coração de um jovem conquistador, bravo e lutador, alguém   cujo relacionamento com o Senhor tinha determinado sua escolha para este tão   importante momento da história de Israel. Ele possuía intimidade   com Deus, conhecia ao Senhor porque tinha um relacionamento diário com   Êle, sabia que quando precisasse d'Êle a Sua Força estaria   sempre disponível, sabia também quem era o Senhor Deus de seus   pais e conhecia-o de forma tão particular que Deus lhe deu o trono da   nação de Israel.

  Ele, um simples menino é ungido rei de   Israel, mudando assim o curso de sua vida e também da nação.   Quando Davi é ungido rei por Samuel acontece algo: "e   desde aquele dia em diante o espírito do Senhor se apoderou de Davi"   (I Sm 16.13). Deus ainda hoje procura pessoas assim, que não tenham   a aparência privilegiada, que não tenham aspirações   de serem importantes aos olhos dos homens, porém com um coração   temente à Deus e disposto a mudar toda a história de sua vida   e quem sabe até do mundo. O que você me diz disto, aceita este   desafio de ser alguém segundo o coração de Deus e ser por   Êle usado para fazer diferença neste mundo? Pense nisto e entregue-lhe   o seu coração agora!

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