Violência

Violência

Origens...

Porque o mundo hoje é tão violento e porque as pessoas assimilam tão automaticamente a violência? Haveria um motivo oculto na história da humanidade paras que tudo seja hoje assim? Vamos refletir através de todo o Velho Testamento, observando que existem sim motivos muito fortes para que o mundo seja tão violento quanto é hoje!

A origem da violência é até hoje desconhecida, pois vemos que ela não pode ser "medida" da forma convencional e também ela só é notada a partir do momento em que pessoas se reúnem para dar vazão a esta manifestação da alma e espiritual do ser humano. Suas causas são diversas e suas conseqüências sempre trazem consigo dor, angústia, ferimentos (quer sejam físicos ou na alma) e às vezes até a morte! Consideremos então a violência, procurando sempre nos ater às suas causas, efeitos e também às considerações bíblicas sobre isso.


  • A origem da violência


A palavra "violência" na bíblia é HAMAS, que significa, "injustiça, ser violento com, tratar violentamente". A palavra é usada freqüentemente como idéia de violência pecaminosa. É também sinônimo de extrema impiedade. Observamos que a primeira ocorrência desta palavra na Escritura ocorre em conexão com outro termo muito forte: Shahat, que significa cova, destruição, túmulo (corrupção). A palavra liga-se com o conceito de Sheol (mundo dos mortos). Em Gn 6.11 lemos: "A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência". Aqui, literalmente, a terra (mundo) está na cova, no túmulo e se parece muito com o Sheol e por isso ela encheu-se de violência pecaminosa! A associação feita entre "corrupção" e "violência" é assustadora e demonstra que o estado do mundo determina seus aspectos vivenciais e também atrai a ira de Deus! No verso 13, o Deus Criador ordena o fim de todas as coisas. O motivo: a violência (hamas). O resultado: "...as desfarei com a terra...". A palavra aqui traduzida por "desfarei" é Shahat e significa "levá-los ao túmulo, à morte". Deus havia decidido acabar com tudo isso (o mal sobre a terra) e dar-lhe a retribuição por seus atos pecaminosos violentos: a morte eterna! Isso fica claro aqui, pois somente oito pessoas (Noé e sua família) são
salvos da grande catástrofe que vem sobre a humanidade!

  • Os comandantes da violência


A violência é uma das conseqüências da queda do homem. E é lógico que há um interesse do inferno em intensificar cada vez mais a violência, pois ela é contrária aos princípios bíblicos e desnecessária na resolução de qualquer problema. A violência está explícita na queda de Satanás: "Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas" (Ez 28:16). Aqui ele peca por "transportar mercadorias"! Mas qual era a mercadoria que ele vendeu aos outros anjos?

A traição ao Deus Eterno e a possibilidade de serem "deuses" como o Senhor! A palavra usada para traduzir "comércio" em hebraico é rekullâ que vem da raiz rakîl (caluniador)! Ou seja, ele conquistou "adeptos" através da mentira e calúnias contra o Eterno! Estes atos fizeram com que sua natureza fosse transformada totalmente. Agora, o que aconteceu foi isso: Lúcifer, outrora parceiro do Deus Eterno se transforma em opositor violento à Deus e a tudo que lhe diz respeito! Na Tanach (Velho Testamento) conhecemos NIMRODE, que é mencionado em Gênesis 10:8-12. Ele foi famoso por ter sido um poderoso caçador e guerreiro. O Dicionário Ilustrado da la Bíblia, em espanhol, Caribe, 1974, p. 452, diz que alguns autores associam-no com o deus Babilônico Ninurta.

 A Bíblia diz: "O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinear. Daquela terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir e Calá... e Resen" (Gn 10:10,11). Ela também diz que foi bisneto de Noé, filho de Cuxe o qual foi filho de Cão. Numa ministração, quando se travava uma batalha espiritual, houve uma "confissão" de um   espírito das trevas. Leiamos e consideremos então suas palavras:

"O espírito disse: "Nimrode desceu do segundo céu e entrou no útero de uma mulher e tomou a criança e deu a ela o seu próprio nome. Essa criança fundou Babilônia. Nimrode não está na terra agora. Ele está se preparando para o Armagedon".

  Essa informação confirma o que o principado disse a respeito de Nimrode, isto é, que o espírito de Nimrode entrou numa criança (o que foi associado com o início da Babilônia) e mais tarde, veio a ser um poderoso guerreiro. O principado   disse que Nimrode, o espírito, é um anjo caído, que é um grande guerreiro. Ele está encarregado de todas as forças Satânicas e está presentemente no segundo céu. Ele está engajado na preparação do exército de Satanás para o Armagedon. A ministrante pergunta sobre NINRODE: "disse que é comandante   geral de batalha e guerra das sombras. Ele tem objetivo de ganhar o Armagedon. Nós podemos concluir então algumas coisas:

  Em primeiro lugar, vemos que Ninrode foi o fundador de Babilônia (Babel)! Daí surgiu o sistema maligno que está vigente até o dia de hoje! O que estaria por trás da "fundação" desta cidade e da implantação deste sistema? Existia e ainda   existe uma intenção de gerar-se um "monopólio" satânico em torno do sistema   do mundo. Por isso o inferno destaca espíritos poderosos para, através de estratégias   bem definidas, estabelecerem seus propósitos e atingirem seus objetivos. Um   destes objetivos é a implantação da violência no mundo! O sistema de Babilônia é baseado nas leis do inferno! Leis que não são cumpridas, a riqueza se exalta sobre a pobreza, a injustiça impera sobre a justiça, a escravidão é a tônica em todos os aspectos, quer seja física, mental (da alma) ou espiritual! Em segundo lugar, está havendo um "preparo" através de ministrações diárias feitas em todo o mundo, incitando e preparando o mundo para aceitar a guerra e a violência como algo normal! A mídia "bombardeia" as mentes dos homens de múltiplas formas para aceitarem isso como algo "natural" nos dias de hoje! Este preparo visa   o momento em que o mundo se encontrará com o juízo de Deus em Armagedom, ou   Jezreel (que em hebraico significa: "Deus espalha").

  O final da história nós já conhecemos: todos os exércitos infernais, inclusive   Lúcifer, Ninrode e todos os demais serão derrotados e humilhados por aquele que já os venceu: Jesus Cristo, o Leão da Tribo de   Judá! Violência verbal

 Como distinguir entre violência e violência? Quais formas ela assume? Seria   apenas física? Percebemos que Ninrode comanda espíritos menores para incitar   níveis de violência a partir de simples palavras. Aqui estão também exemplos   de manifestações verbais desta violência na Escritura. Em Gn 16.5, Sarai explode   toda a sua dor contra Abrão quando lhe diz: "....meu agravo   (hamas - violência) seja sobre ti...". Ali ela "desabafa" e reclama   da injustiça que tem sido feita contra ela por Hagar, e neste momento Sarai   coloca o Eterno como mediador entre si e Abrão: "...o   Senhor julgue entre mim e ti...". Sarai estava apenas recebendo a conseqüência   de uma atitude impensada e que agora trazia sobre ela um desconforto familiar   muito grande, pois o amor de seu marido (que legitimamente deveria ser dedicado   à ela), agora é externado à sua serva (empregada) que deu a Abrão o filho que   ele tanto desejara! A testemunha "falsa" é também um caso de violência.

Em Ex 23.1 está escrito: "Não admitirás falso boato, e   não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa". A palavra   traduzida por FALSA em hebraico é hamas. Vejamos a associação que Moisés faz   do "falso rumor" (falar mal de alguém sem provas) e a sua conexão do povo de   Deus com tais pessoas, que testemunham com palavras violentas, duras. Isso chama-se   mentira ou então, "faltar com a verdade". Na passagem paralela em Dt 19.16 a   testemunha "violenta" (falsa) da qual estamos falando, deve receber a   paga daquilo que plantou: "far-lhe-ei como cuidou fazer a seu irmão..." (vv.   19). Ou seja, a mesma mentira que foi dita por aquela pessoa lhe atrairia juízo   de Deus por Ter sido dita! Existe ainda uma outra categoria de violência: os   pensamentos! Em Jó 21.27 está escrito: "Eis que conheço   bem os vossos pensamentos; e os maus intentos com que injustamente me fazeis   violência". Aqui Jó fala de pensamentos e intentos (intenções), cujos   resultados são a liberação de palavras que ministram no reino do Espírito e   permitem que os inimigos atuem, pois a atuação do mal só pode ter lugar quando   lhe damos direito legal através das palavras... O salmista Davi fala disso de   uma forma bem contundente: "A sua obra cairá sobre a sua cabeça; e a sua violência descerá sobre a sua própria cabeça" (Sl 7:16). Aquilo que dissemos sobre "ministrar" ou "desejar" aos outros aqui tem o seu resultado: a violência (em palavras ou atos) retorna para aqueles que a enviou!

Podemos chamar a isso de "efeito bumerangue" e o Senhor não vê essas atitudes com bons olhos! Vejamos em Sl 11.5 o que diz a Palavra: "O Senhor prova o justo; porém ao ímpio e ao que ama a violência odeia a sua alma". Novamente o salmista diz: "Olha para os meus inimigos, pois se vão multiplicando e me odeiam com violência cruel" (Sl 25:19). Há também outra referência que diz: "Não terá firmeza na terra o homem de má língua; o mal perseguirá o homem violento até que seja desterrado" (Sl 140:11). A herança do violento é ser perseguido pelo mal! O livro de provérbios nos fala algo interessante sobre a vida: "Do fruto da boca cada um comerá o bem, mas a alma dos prevaricadores comerá a violência" (Pv 13:2). Está claro que o trabalho humano, em sua essência, é feito através de palavras! O resultado do trabalho colhido pelos "pecadores" é que ele participará da violência! Davi fala destas pessoas que vivenciam a violência de forma febril em seu dia-a-dia: "Não me entregues à vontade dos meus adversários; pois se levantaram falsas testemunhas contra mim, e os que respiram violência" (Sl 27:12).

Ele continua seu raciocínio mostrando que aquilo que os homens dizem é violência: "Despedaça, Senhor, e divide as suas línguas, pois tenho visto violência e contenda na cidade" (Sl 55:9). Estas pessoas são especialistas em "gerarem" violência! E tudo inicia-se com a língua! Palavras que geram violência!

Em Provérbios 4.17 está escrito: "Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da violência". A violência é relacionada com coisas cotidianas como comer e beber! Eles "bebem" vinho da violência! O que acontece na cidade onde vivem tais pessoas? "Antes no coração forjais iniqüidades; sobre a terra pesais a violência das vossas mãos" (Sl 58:2). Os pensamentos destes homens transformam-se em atos violentos! Isso é tão normal para eles que "Por isso a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como de adorno" (Sl 73:6). E ainda há um agravante: o violento leva outros a seguí-lo! "O homem violento coage o seu próximo, e o faz deslizar por caminhos nada bons" (Pv 16:29).

Isto tudo acontece porque os homens escolheram servir a um "deus" violento! Diz-se sobre o pacto de Deus com seu povo: "Atende a tua aliança; pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de violência" (Sl 74:20). Asafe declara que existem lugares na terra que são "tenebrosos" por serem "moradas de violência!" Sobre a quebra da aliança com o Altíssimo há uma comparação intensa em Provérbios: "Bênçãos há sobre a cabeça do justo, mas a violência cobre a boca dos perversos" (Pv 10:6). Novamente em 10.11 está dito: "A boca do justo é fonte de vida, mas a violência cobre a boca dos perversos". A atitude de Deus quanto a isso é: Ele quer extirpar do meio do seu povo este tipo de atitude violenta que agride, machucam e até destróem a vida de seu povo, tirando-lhes até mesmo a oportunidade de continuarem sua caminhada ao lado do Senhor!


  • Livramento da violência


Davi ilustra de uma forma muito boa o que significa ser "livrado da violência". Em II Sm 22.3 ele canta ao Senhor (e aqui ele é chamado de Elohim, o Deus Criador) e fala-lhe sobre o livramento recebido da violência (hamas). Davi neste verso chama o Senhor de rochedo, de escudo, de alto retiro e refúgio, além de afirmar que ele foi seu Salvador e que o livrou da violência destrutiva de seus inimigos! Esta consciência foi gerada em Davi não somente por seu conhecimento acerca de Deus, mas muito mais por sua vivência com Deus! Ele participara de muitas lutas e batalhas e em todas elas o Senhor o havia feito vencedor e manteve sua vida intacta! Davi reconhecia então os livramentos de Deus contra seus inimigos (II Sm 22.49) "E o que me tira dentre os meus inimigos; e tu me exaltas sobre os que contra mim se levantam; do homem violento me livras"

Aqui vemos claramente o cumprimento da palavra que nos diz: "O anjo do senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra" (Sl 34.7).

Em I Cr 12.17 Davi recebe "reforço" de vários valentes que uniram-se à ele em seu reino. Porém, em seu discurso ele declara que se unirá pacificamente à eles caso venham ajudá-lo; porém se seu intuito é entregá-lo aos inimigos, sem que haja violência em suas mãos... 

Nossa tradução diz assim: "E Davi lhes saiu ao encontro, e lhes falou, dizendo: Se vós vindes a mim pacificamente e para me ajudar, o meu coração se unirá convosco; porém, se é para me entregar aos meus inimigos, sem que haja deslealdade nas minhas mãos, o Deus de nossos pais o veja e o repreenda". A palavra traduzida por deslealdade é hamas. Existe uma diferença muito grande entre deslealdade (que é uma falha moral) para violência destrutiva, maligna, algo que gera morte de outrem! Podemos afirmar que as guerras travadas por Davi contra seus inimigos (e consequentemente, os atos violentos que eram gerados ali) eram as guerras do Senhor! Sim, as violências ou atos violentos ali gerados por Davi e seus valentes eram tidos como juízos de Deus contra aqueles que haviam enchido o cálice da ira do Senhor!

  • A violência "santa"


Existem formas de violência que foram "permitidas" ou "suportadas" por Deus, pois tais atitudes tornaram-se instrumentos de juízo utilizados por Deus contra os inimigos de Israel. Há um "incidente" descrito no capítulo 34 de Gênesis, onde Diná, filha de Jacó é seqüestrada, mantida cativa, estuprada e humilhada por Siquém, filho de Hamor. Depois de ocorridos estes fatos, Siquém e Hemor vão até Jacó e seus filhos para negociarem o "casamento" e a aliança entre os dois povos (hebreus e heveus). Os filhos de Jacó aceitam, de forma surpreendente a aliança! Porém, fazem uma exigência: que todo varão heveu seja circuncidado! Os heveus concordam, circuncidam-se e ao terceiro dia, a cidade é visitada por Simeão e Levi, irmãos de Diná que matam à todos os homens que ali residiam.

Diná é resgatada e retornam então para casa. Mais adiante no mesmo livro de Gênesis, Jacó antes de sua morte, abençoa e profetiza sobre a vida de seus filhos, de forma a determinar inclusive qual seria o futuro de cada um deles, e libera uma bênção, no mínimo estranha sobre Simeão e Levi, dizendo: "Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência" (Gn 49.5). Aqui é profetizado por Jacó que estes dois irmãos teriam uma conduta "violenta" e que esta atitude produziria divisão e os espalharia em Israel (Gn 49.7). Notemos que a violência nunca é boa, é porém "tolerada" por Deus, trazendo sobre si conseqüências "naturais" geradas por ela mesma: divisão e dispersão entre irmãos!

  • O Messias e a violência


O profeta Isaías nos fala sobre o caráter do Messias que viria para remir a humanidade! Em Is 53.9 está escrito: "E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano (violência) na sua boca" . Haverá, segundo Isaías, uma recompensa aqueles que amam e esperam pelo Messias: "Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, desolação nem destruição nos teus termos; mas aos teus muros chamarás Salvação, e às tuas portas louvor" (Is 60:18). Quando isso ocorrerá? No reinado do Messias, Israel voltará a ser o centro das atenções de todo o mundo e ali se concretizarão as promessas de Deus dadas à eles desde sempre!

Os servos (filhos de Deus) desobedientes: o que acontece à eles?

A condição para ser abençoado é somente uma: obedecer! Mas o contrário é também verdadeiro! Vejamos a opinião de Jeremias: "Como a fonte produz as suas águas, assim ela produz a sua malícia; violência e estrago se ouvem nela; enfermidade e feridas há diante de mim continuamente" (Jr 6:7). A cidade onde habitam os desobedientes tem também suas características: ela produz violência! E ainda existem alguns que se queixam e perguntam: "Quando, pois, disseres no teu coração: Por que me sobrevieram estas coisas? Pela multidão das tuas maldades se descobriram as tuas fraldas, e os teus calcanhares sofrem violência" (Jr 13:22). Os "desviados" ou desobedientes vêem a Palavra do Senhor ter outra aplicação para eles: "Porque desde que falo, grito, clamo: Violência e destruição; porque se tornou a palavra do Senhor um opróbrio e ludíbrio todo o dia" (Jr 20:8). Eles agora vivem a vergonha de conhecerem à Deus e receberem o "avesso" de sua Palavra! Parece que por mais que clamam, não são ouvidos e estão distantes do Deus Eterno!

Os ricos parecem Ter uma "inclinação" à violência por não terem a consciência da necessidade que tinham de Deus! Isso está expresso em Mq 6.12: "Pois os ricos da cidade estão cheios de violência, e os seus habitantes falam mentiras, e a língua deles é enganosa na sua boca". Há uma associação entre a violência e a mentira! Os mentirosos, em cuja boa está o engano, são sempre violentos! Isso é resultado de sua "filiação" com o inferno! O castigo pela desobediência vem do próprio Senhor: "E arrancou o seu tabernáculo com violência, como se fosse a de uma horta; destruiu o lugar da sua congregação; o SENHOR, em Sião, pôs em esquecimento a festa solene e o sábado, e na indignação da sua ira rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote" (Lm 2:6). É também nos dito sobre a casa de Judá (o povo de Israel):

"Então me disse: Vês isto, filho do homem? Há porventura coisa mais leviana para a casa de Judá, do que tais abominações, que fazem aqui? Havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-me; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz" (Ez 8:17). Os atos do seu povo foram levianos e encheram a terra de violência! As atitudes do próprio povo de Deus, desviado de seus caminhos produziu violência! Eles mesmos deram direito ao inferno de atuar, liberando assim uma torrente de violência sobre a terra!Nós, os santos do Senhor somos os únicos capazes de conter a violência!


Nossas orações, intercessões e atos proféticos é que fazem a diferença neste caso! Por isso a palavra nos diz que eles irritaram ao Senhor! Eles fizeram justamente ao contrário do que deveriam, e assim, incitaram à Deus contra eles mesmos! O profeta fala-nos de seu dia-a-dia de forma triste, algo que seria confuso, conturbado, justamente por causa da violência! "E dirás ao povo da terra: Assim diz o Senhor Deus acerca dos habitantes de Jerusalém, na terra de Israel: O seu pão comerão com receio, e a sua água beberão com susto, pois a sua terra será despojada de sua abundância, por causa da violência de todos os que nela habitam" (Ez 12:19).

Até mesmo a classe sacerdotal violentou a palavra do Eterno: "Os seus sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; não fazem diferença entre o santo e o profano, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles" (Ez 22:26). Os líderes do povo de Deus fizeram da violência o seu tesouro, por deixarem e até desconhecerem a retidão! "Pois não sabem fazer o que é reto, diz o Senhor, aqueles que entesouram nos seus palácios a violência e a destruição" (Am 3:10). Estes líderes alongam (ou estendem) o dia mau (os dias em que praticam o mal) e esperam a proximidade do lugar da violência, esperam e assim sucede: "Ó vós que afastais o dia mau e fazeis que se aproxime o assento da violência" (Am 6:3).

Aconteceu um episódio interessante com o profeta Jonas, pois ele recebe uma ordem do Senhor: ir à Ninive e pregar a Palavra aos habitantes daquela cidade! Ele tenta fugir para Társis e é "levado" por Deus para que seus propósitos em Nínive! O resultado esperado da pregação de Jonas foi que "mas sejam cobertos de saco, tanto os homens como os animais, e clamem fortemente a Deus; e convertam-se, cada um do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos" (Jn 3:8). A humilhação do povo daquele lugar fez com que eles abandonassem seu mau caminho e a violência que havia em suas mãos! O objetivo foi alcançado através da pregação!

  • O futuro e a violência


O profeta Habacuque fala sobre o futuro "Dia do Senhor" em que os inimigos do povo de Deus virão com violência sobre o seu povo! "Eles todos vêm com violência; a sua vanguarda irrompe como o vento oriental; eles ajuntam cativos como areia" (Hc 1:9). Através desta escritura entendemos que tais inimigos terão vitórias não definitivas sobre o povo de Deus! Mas há também o reverso do que acontecerá à eles: "Visto como despojaste muitas nações, os demais povos te despojarão a ti, por causa do sangue dos homens, e da violência para com a terra, a cidade, e todos os que nela habitam" (Hc 2:8). A promessa que eles também receberiam a derrota e também seriam "despojados" por causa do sangue derramado e da violência exercida contra a terra, a cidade e seus habitantes! O veredito final já foi dado: "Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis" (Ml 2:16).

O Senhor nos informa aqui que há um sentimento ruim em seu coração quanto à separação de seu povo para com Ele! Ele pretende manter seu povo sempre unido à ELE! Porém, existem pessoas que abrigam dentro de si a violência e não querem abrir mão de seus pensamentos, palavras e atos! O Senhor então nos chama à fidelidade! Existe então alguma saída para tal situação? A resposta é um sonoro Sim! O que fazer então? "Assim diz o Senhor: Exercei o juízo e a justiça, e livrai o espoliado da mão do opressor; e não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar" (Jr 22:3).
Existe também um processo de "retribuição" que é desencadeado pelo Eterno quando seu povo novamente retorna à Ele! Jeremias diz assim:

"A violência que se fez a mim e à minha carne venha sobre Babilônia, dirá a moradora de Sião; e o meu sangue caia sobre os moradores da Caldéia, dirá Jerusalém" (Jr 51:35).
Haverá um dia, quando todo o processo de violência terá sua retribuição final "Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre" (Ob 1:10); aqui os inimigos de Israel e do povo de Deus serão exterminados para sempre!

  • O Hamas e Israel


  Como já vimos, Hamas é o princípio de toda a violência no mundo, e hoje mais   particularmente contra a nação de Israel. Hamas é também o nome de um grupo   terrorista que atormenta Israel regularmente com seus ataques suicidas, com   atentados à bomba, com seqüestros, etc... Seu objetivo: trazer violência contra   a nação de Israel! Isso ocorre porque este grupo palestino não concorda com   a existência da nação de Israel! Não parece algo bárbaro! Os palestinos lutam   através deste grupo (também) para desestabilizarem a nação de Israel e para   se "vingarem" da "ameaça judaica" nas terras que consideram "sua herança"! Esta   é uma luta que praticamente não terá fim, pois os espíritos de demônios envolvidos   nela são antiquíssimos e já militam há muito contra Israel! Somente existe um   que é capaz de por fim à tudo isso: Yeshua Há Mashiach (Jesus o Messias)! E   muito em breve ele porá fim à essa situação, implantando seu reino de paz (shalom)   sobre a terra! Que esse tempo venha e cumpra-se tudo o que está escrito! 


Bendito seja o Nome!

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Judaísmo messiânico

Judaísmo messiânico

Uma nova seita ou o retorno à verdade?

- O que vem a ser o Judaísmo Messiânico?

- Seria uma nova seita ou religião que apareceu neste tempo do fim para trazer mais confusão e acrescentar mais divisão a um cristianismo já tão fragmentado?

- Seria isso tudo bíblico ou não?

- Em que se fundamentam os chamados "judeus messiânicos"?


  • A sua origem
    Os "judeus messiânicos" tem sua origem nas Escrituras! Eles são todos aqueles judeus que criam e esperavam por Há Mashiach (O Messias)! Dentre os judeus messiânicos conhecidos podemos citar Abraão, Isaque, Jacó, José, Moisés, Davi, etc... A nossa lista seria interminável, porém o que queremos mostrar aqui é que sua origem é tão antiga quanto a própria Escritura, porém não eram assim "denominados".

    Já no Novo Testamento eles são todos os judeus convertidos citados ou não nas Escrituras! Nesta "lista" incluímos todos os apóstolos e também os conversos através de suas pregações. Não nos esqueçamos de que cada um deles nasceu, viveu e morreu como judeu, portanto sua identidade nacional e religiosa não pode ser contestada!

    Eles viveram e escreveram sobre aquilo que mais conheciam: o judaísmo! Então, o Novo Testamento, ou Brit Hadasha (Ratificação da Aliança) é somente uma continuação e reafirmação de todos os princípios que nos foram legados pelo Eterno no Velho Testamento!
    Devemos compreender então que o Novo Testamento apenas amplia e confirma os conceitos da chamada "Lei". Após a conversão dos judeus, eles tornam-se seguidores de Jesus, são chamados de "apóstolos", mas continuam sendo judeus! Só que agora são "Judeus Messiânicos", pois eles haviam encontrado Yeshua (Jesus) e o reconhecido como o Messias!

  • O desenvolvimento da história
    Durante o desenvolvimento da história aconteceram muitas coisas que levaram os chamados "judeus messiânicos" a desviarem-se da rota pré-estabelecida pelo Mestre! Uma das coisas que contribuíram para o desvio foram as igrejas gentílicas fundadas pelos apóstolos e que depois receberam a "infiltração" de inimigos que procuravam deturpar a sã doutrina que lhes fora legada enquanto se mantinham fiéis às suas raízes! Vejamos alguns exemplos disso no Novo testamento:

    1) - Em Colossensses capítulo 2.4-8 Paulo avisa contra a infiltração de ensinos filosóficos e sutis, que provavelmente os desviaria da verdade;
    2) - Em I Tm 4.1-3 nos é falado sobre a apostasia dos últimos tempos. A apostasia é justamente o desvio da verdade! Em II Tm 3.1-9 Paulo reforça o conselho para manter-se inabalavelmente firme quanto à verdade.
    3) - Em II Co 11.4 Paulo fala sobre receber outro Jesus e também outro evangelho. Se eles o recebessem (o evangelho Falso) certamente sofreriam.
    4) - Quando Paulo fala ao Gálatas, em 1.6-9 ele fica espantado que em tão pouco tempo pudessem ter-se corrompido e deixado a verdade!

    Após estes relatos bíblicos, existem também os relatos históricos que compreendem uma parte grande da história, arrastando-se até os dias de hoje.

    Podemos aí enquadrar fatos que ressaltam o "desvio" destes irmãos do verdadeiro evangelho para um evangelho mais "brando", sem tantas "exigências" e que pudesse ser abraçado tanto por judeus dispersos quanto por gentios (incluindo-se os pagãos e seus costumes).

    Um fato interessante que podemos citar é que em Atos 11.26, na cidade de Antioquia, aqueles que criam no Messias foram pela primeira vez chamados "cristãos". Para alguns isto é motivo de orgulho, mas nós cremos que essa denominação foi pejorativa; ou seja, ali os crentes no Messias estavam sendo assim chamados como um motivo de chacota! Já aqui percebemos uma intenção de "desvio" através de uma nova "denominação" dada aos crentes em Jesus!

    Na realidade, historicamente, esta denominação pejorativa foi tomada como um "elogio" e, a partir daí, criou-se uma nova religião chamada de "cristianismo"!

    Em nossa opinião, o projeto original do Eterno não era a criação de uma nova religião, mas sim a continuidade daquilo que já estava estabelecido por Ele mesmo na Escritura! Ou seja, o judaísmo messiânico seria a continuação do projeto de Deus iniciado com o povo de Israel! Pensar de outra forma seria o mesmo que violentar a Escritura e admitir que o Eterno Deus errou, pois teve de rever e refazer seus projetos, incluindo então neles a igreja! Durante o decurso da história esta nova religião tomou um impulso muito grande, pois grande líderes "converteram-se" e cristianizaram o paganismo, trazendo toda sorte de imundícies pagãs que hoje inundam o cristianismo! Na realidade, o cristianismo é hoje uma religião pagã! O intento de satanás foi alcançado!

  • O judaísmo messiânico hoje
    Enquanto a história se desenvolvia e as religiões mundiais mudavam para se adaptarem aos tempos, o judaísmo manteve-se incólume à estes movimentos de renovação e também manteve-se isento de receber em seu bojo toda a imundície do paganismo!

    Este e outros fatos contribuíram para que o judaísmo, incontaminado, pudesse ser usado pelo Eterno para revelar Jesus à judeus que estavam realmente sedentos pela verdade! Durante toda a história sempre existiram judeus messiânicos, ainda que ocultos aos nossos olhos, porém sempre firmes em suas convicções bíblicas e judaicas, crendo inclusive no Brit Hadashá! Atualmente (nos últimos cinqüenta anos) está havendo um mover maior do Espírito de Deus que procura revelar Jesus aos judeus, de forma a cumprir o que está escrito em Rm 11, que nos fala justamente sobre o "endurecimento" de Israel para que os gentios pudessem ser salvos! E isso tem acontecido para que as promessas do Eterno em relação à Noiva possam cumprir-se de forma plena, para que então o Senhor Deus possa revelar Jesus aos judeus e para que eles possam ser todos salvos!

    Porém, muitos tem adentrado à este mover do Espírito, enviados pelo inferno, a fim de, novamente, deturparem a visão e os propósitos de Deus em relação à seus anseios e desejos!

    No movimento do Judaísmo Messiânico já existem pessoas e até ministérios que foram criados para aproveitarem-se deste momento e tirarem dele algum lucro! Hoje, igrejas dizem-se "Amigas de Israel" para somente aproveitarem-se do "comércio" que foi criado em torno de Israel! Centenas de excursões saem a cada ano para Israel, e muitas delas somente com o intuito de "fazerem turismo" ali e deixarem seus dólares em Israel.

    Promovem-se em torno disso campanhas mirabolantes que visam "abençoar" aos crentes levando-se pedidos de oração para ali serem apresentados à Deus!
    Da mesma forma, outros trazem verdadeiros souvenirs de Israel e "idolatram" estes objetos como se tivessem poderes miraculosos! Igrejas e grandes denominações trazem "água do rio Jordão" e vendem-na em pequenos frascos a fim de servirem aos mais espúrios objetivos! Isso somente acrescenta corrupção à visão pura dada por Deus!


    Por isso, o verdadeiro Judaísmo Messiânico é um movimento puro que visa:

    1) - Resgatar as raízes judaicas do povo de Deus
    2) - Retornar à pureza da Palavra - em todos os sentidos!
    3) - Restaurar a Noiva A fim de prepará-la para o encontro com o Noivo!
    4) - Restaurar as celebrações bíblicas na Igreja
    5) - Restaurar o ensino bíblico e sua interpretação real na Igreja
    6) - Etc...

    Hoje, após centenas de anos de desvios de todas as categorias na chamada "Igreja cristã" existem barreira grandiosas a serem transpostas, pois o inferno conseguiu cauterizar a mente dos líderes "cristãos" a fim de que não permitam um retorno à verdade! Eles mesmos são um empecilho para que o Espirito de Deus conduza seu povo à verdade!

    A mídia cristã ataca veementemente aos judeus messiânicos pois está sendo dirigida e influenciada por homens cujo coração não é puro em suas intenções! Existem "reinos" dentro de nossas igrejas! E seus líderes são seus "reis", "soberanos", contra quem nada nem ninguém ousa levantar qualquer palavra!
    Como então restaurar a Noiva? Esta é uma pergunta para a qual ainda não temos a resposta!

    Nosso trabalho consiste em restaurar aqueles que tem seus corações abertos e que querem realmente conhecer e partilhar da verdade!
    Resta-nos agora orar e pedir ao Eterno Deus de Israel que possa nos ajudar nesta tão difícil tarefa: a conscientização de que a Igreja perdeu-se na história e precisa voltar às suas origens!
    O judaísmo messiânico é a única resposta? Não! Mas o retorno à Deus e à sua Palavra sim!

    Que o Senhor nos dê discernimento, entendimento e sabedoria para podermos enxergar neste tempo do fim o caminho para o arrebatamento!


Fonte: www.bibliabytes.com.br

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Os Judeus são Deicidas?

Os Judeus são Deicidas?

É inacreditável o poder da mentira sobre os homens.

Sobre uma única declaração - e mentirosa - toda uma gama de conceitos e preconceitos se levantam, crescem e causam os atos mais grandiosos e assombrosos. E é este exatamente o caso da mentira histórica de que os judeus são deicidas, ou seja, assassinos de Deus, por terem "matado" a Jesus.

Esta afirmação surgiu e se espalhou principalmente após o ano 300 d.C., quando o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Estado Romano e, para justificar práticas muito pouco bíblicas que foram sendo acrescentadas a fé cristã, começou a haver uma repulsa e rejeição de tudo quanto era judaico ou referente aos judeus. E, um bom argumento era divulgar a idéia de que eles mataram a Deus quando levaram à execução a manifestação Divina em forma de homem, Jesus.

Muitas considerações poderiam ser feitas a esse respeito, como a verdade de que foram os soldados romanos que efetivamente mataram a Jesus e não os judeus; que os judeus não tinham a consciência da Divindade de Jesus, portanto incentivaram a morte de um homem considerado herege e não de Deus mesmo; e até mesmo o fato de que não foram todos os judeus que desejaram e planejaram a sua morte, mas alguns líderes judeus da época. No entanto, o que queremos destacar é que, sem maiores rodeios, o fato é que conforme bem afirmou o teólogo Romain Ralland Péguy, "não foram os judeus que crucificaram Jesus Cristo, mas os pecados de todos nós".

Estamos num tempo muito importante da história da humanidade. O desfecho de todas as coisas está muito perto. Portanto, mais do que nunca a verdade tem que ser anunciada e reconhecida. É tempo de desmistificar, de evoluir para o correto e abominar as manipulações do erro. É tempo, enfim, de corrigir os equívocos do passado e apresentar uma realidade condizente com toda a evolução tecnológica e de conhecimento a qual vivenciamos em nossos dias. Por isso, chega de enganos e mentiras, em todos os níveis! E, no que diz respeito aos judeus, quantos erros a corrigir...

É interessante como as pessoas precisam de muito pouco para condenar. Elas nem investigam, nem buscam fontes históricas. Ouvem falar, passam o que ouviram de pai para filho e assim vão levando, durante anos a fio as suas mentiras, deixando que elas causem as maiores catástrofes sem, contudo, sentirem o menor remorso por isso. Os judeus, as vítimas, estes sim, é que têm que se mobilizar e, através de pesquisas e investimentos para a divulgação da verdade, lutarem para a sua própria defesa.

Mas queremos ser diferentes e, como crentes gentios, levantamos aqui a bandeira de paz para os judeus. E isso com uma pesquisa na melhor fonte: a Bíblia. Para começar, destacamos que, em nenhum momento as Escrituras pós Jesus chamam os judeus de DEICIDAS. Esta afirmação não só não existe, mas nem tão pouco é insinuada na Bíblia. Ela atesta, sim, que alguns líderes judaicos (e não todos os judeus) investiram na morte de Jesus, mas o Jesus homem e não o Deus de Abraão, Isaque e Jacó: "Ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a MORTE" (Mt 26:59).

É verdade que está registrado que não foram só os líderes judaicos que clamaram "Crucifica-o!", mas os principais dos sacerdotes incitaram a multidão persente para que fosse solto antes Barrabás. No entanto, não se pode dizer que todos os judeus faziam parte desta multidão, por razões bem óbvias: muitos judeus estavam na diáspora (dispersos por ouros países); os seguidores de Jesus podem até ter ficado omissos, mas não poderiam estar incluídos neste grupo; mesmo os judeus residentes em Jerusalém e arredores, quem pode dizer que todos estavam ali, naquele momento, acusando a Jesus? E mais, como acusar os judeus de todos os tempo e de todas as épocas por este "crime"?

A verdade é que sempre houve entre os judeus os crentes e os incrédulos. E as Escrituras confirmam que Jesus ressuscitou e muitos Judeus acreditaram, senão de imediato, depois das pregações dos apóstolos, como nos confirmam textos como o de Atos 2:

"Saiba, pois, com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas," (At 2:36-41)

Esta pregação de Pedro, feita na comemoração da Festa Judaica de "Shavuot" ou Pentecostes, foi totalmente dirigida aos judeus. Tivesse Deus rejeitado e condenado os judeus por terem sido "deicidas", porque Pedro e os outros apóstolos perderiam o seu tempo pregando a eles? E as pregações eram realistas. Pedro não omitiu que os próprios judeus tiveram parte na crucificação e morte de Jesus. Mas eles o haviam crucificado sem compreender. Porém, mais tarde, acreditaram Nele e esta culpa lhes foi perdoada.

Como bem afirma o escritor Jules Isaac , "o sangue do Senhor Jesus que eles haviam derramado foi perdoado aos HOMICIDAS. Não digo DEICIDAS, pois, se tivessem compreendido, não teriam crucificado o Senhor da Glória. O homicídio de um inocente lhes foi perdoado, o sangue que eles haviam derramado pela loucura, eles o beberam pela graça. E este sangue tornou-se uma causa de conversão parcial entre os judeus e será um dia uma causa de conversão total."

O mais significativo de tudo isso é que foi Jesus mesmo quem se entregou à morte, e não só pelos judeus, mas por todos nós. E é graças a este Seu infinito amor, que é a extensão do Amor do Pai, o Soberano Deus e Criador de todas as coisas, que todos nós temos o perdão de nossos pecados e transgressões e, como os judeus, jamais podemos dizer que a misericórdia de Deus falhou para conosco. Pois a misericórdia dos homens pode falhar (e para com os judeus, como os homens falharam, em seguidas gerações), mas a de Deus, NUNCA!

Portanto, que seja apagada da história a ignorante e condenatória declaração de que os judeus são deicidas. E que, no lugar, confirme-se que os judeus são, tanto quanto todos os povos, de todas as nações, necessitados da misericórdia Divina e por ela incessantemente presenteados, também tanto quanto nós.


Fonte: www.bibliabytes.com.br

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O Líder que Deus Procura

O Líder que Deus Procura

Sabemos que estamos num tempo especial da história da humanidade.

Como Igreja desta geração, temos uma responsabilidade em todos os níveis, inclusive (ou principalmente) em manter e divulgar a verdade sobre as diversas questões que envolvem o homem e os relacionamentos interpessoais. Neste sentido, torna-se urgente trazer à luz um assunto vital: a liderança e como ela deve ser exercida no meio do Povo de Deus.
Com certeza há diversos tipos de liderança em operação. Da mais autoritária até a mais permissiva. Mas qual é o padrão bíblico para uma liderança que vem de fato de Deus e que O agrada? É o que queremos tratar neste artigo.

Percorrendo as Sagradas Escrituras, encontramos, no Antigo Testamento, um exemplo incontestável de Liderança segundo o padrão de Deus: Moshe (Moisés). Comissionado por Deus para o difícil ministério de liderar todo o Povo de Israel de seu época, Moisés iniciou sua obra já numa idade madura: "E Moisés era da IDADE de oitenta anos, e Arão da idade de oitenta e três anos quando falaram a Faraó". (Êx 7:7).

Isso nos fala de um aspecto importante no que diz respeito à liderança estabelecida por Deus: Ela requer maturidade. Obviamente isso não quer dizer que todo líder que Deus chama deve começar seu ministério aos 80 anos. Mas que um tempo é necessário para que se forme o caráter do líder que D'us procura e que, muitas vezes, entre o chamado de Deus e o exercício do chamado pode haver um tempo - longo ou curto, conforme o caso específico - necessário para que este Líder se forme segundo Deus e não segundo os homens.

Certamente foi por isso que o apóstolo Paulo nos alertou: - "Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja... Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo". (1 Timóteo 3:1,6). Porque o neófito, principiante, novato, ou recém-convertido, ainda tem uma caminhada pessoal para percorrer com Deus. E, mesmo que os seus talentos ou dons espirituais sejam manifestos a todos, é necessário dar um tempo para que ele se amadureça no seu relacionamento pessoal com Deus e na prática das ordenanças bíblicas, essenciais a alguém que irá liderar outros. 

Afinal, quem ensina, deve viver os seus ensinamentos e quem se coloca na posição de líder, de quem guia e orienta, deve ser um exemplo a seguir, de fato e de verdade, e não só por palavras ou imposições.

Neste sentido, pois, Moisés não deixou por desejar. Sua experiência pessoal com Deus era inegável e a sua conduta, ainda que não perfeita, é preciso frisar, foi coerente com toda a sua pregação e pautada nos planos de Deus e não nos dele próprio. Algumas características de Moisés, contudo, destacaram-se em todo o seu ministério: a verdade e a misericórdia. O Rei Salomão em sua sabedoria, certamente inspirado em Moisés, deixou-nos um ensinamento precioso neste sentido: "Pela MISERICÓRDIA e pela VERDADE a iniqüidade é perdoada, e pelo temor do SENHOR os homens se desviam do pecado." (Pv 16:6). O que ele nos fala aqui? Que o pecado é perdoado mediante à verdade, mas também mediante à misericórdia. E foram exatamente essas duas características, em completo equilíbrio, que marcaram a vida ministerial de Moisés.

Sobre a verdade, quem mais do que Ele no meio do Povo de Israel de sua época a recebeu de D'us, diretamente, com tanta amplitude? Foi Moisés, quem, de fato, registrou e trouxe para a terra os ensinamentos básicos da fé no Único D'us e dos mandamentos a serem obedecidos por aqueles que O seguem. E que verdades! E que firmeza e persistência ele não precisou ter para fazer com que fossem aplicadas pelo Povo! No entanto, Moisés não ficou só com a verdade. Ele fez uso, e maravilhosamente, da misericórdia. Em Êxodo 32, sua argumentação e renúncia diante de Deus em favor do Povo, num exercício da mais pura misericórdia, são simplesmente deslumbrantes:

"Então disse o Eterno a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido, E depressa se tem desviado do caminho que eu lhe tinha ordenado; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito. Disse mais o Eterno a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu farei de ti uma grande nação.

Moisés, porém, suplicou a Deus e disse: Ó Eterno, por que se acende o teu furor contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão? Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para matá-los nos montes, e para destruí-los da face da terra? Torna-te do furor da tua ira, e arrepende-te deste mal contra o teu povo. Lembra-te de Abraão, de Isaque, e de Israel, os teus servos, aos quais por ti mesmo tens jurado, e lhes disseste: Multiplicarei a vossa descendência como as estrelas dos céus, e darei à vossa descendência toda esta terra, de que tenho falado, para que a possuam por herança eternamente. Então Deus arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao seu povo. " (Êx 32:7-14)

Moisés se viu diante de uma delicada situação: mal acabara Deus de dar as leis básicas para o Seu Povo e este já tinha pecado nas primeiras cláusulas: outro deus, adoração de imagem... E, o que é mais importante, não foi nenhum juiz humano quem propõe a destruição do Povo, mas Deus mesmo. E qual é a reação de Moisés? Ele clama por misericórdia em favor dos israelitas, lembrando a Deus as suas alianças com os patriarcas e as suas promessas. Com esta sua atitude, Moisés muda a decisão de Deus, o que nos fala para a necessidade de intercessores na presença Divina, pleiteando as causas dos homens, lembrando as suas promessas e alianças, reivindicando a sua misericórdia.

O mais extraordinário, no entanto, é que ele exerceu esta intercessão como líder. Determinadamente, Moisés exerceu a sua liderança com misericórdia e não só com a verdade. E isso foi comprovado nos vários momentos de sua liderança sobre o povo, que "testou" a sua paciência em diversos momentos, durante toda a peregrinação pelo deserto. E o que vemos é que, em nenhum momento, Moisés clamou a ira ou a justiça de Deus sobre o Povo, mas antes, nas situações mais difíceis, buscava a Deus e deixava que Ele desse a sentença, exercendo sempre a intercessão misericordiosa. No próprio episódio do bezerro de ouro, sobre o que Deus já o havia alertado, percebemos que ele não ficou indiferente, pois até mesmo lançou ao chão e quebrou as tábuas da Lei escritas pelas próprias mãos de D'us. Mas não falhou na misericórdia e a expressou com toda a intensidade:

"E aconteceu que no dia seguinte Moisés disse ao povo: Vós cometestes grande pecado. Agora, porém, subirei ao Eterno; porventura farei propiciação por vosso pecado. Assim tornou-se Moisés ao Eterno, e disse: Ora, este povo cometeu grande pecado fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado, se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito. Então disse o Eterno a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei do meu livro. Vai, pois, agora, conduze este povo para onde te tenho dito; eis que o meu anjo irá adiante de ti; porém no dia da minha visitação visitarei neles o seu pecado." (Êx 32:30-34)

É magnífico! Moisés fica muito aborrecido com o pecado do povo. Mas não o amaldiçoa, nem condena. Ora por ele a Deus, para que Ele o perdoe e olha em que termos: "... se não, risca-me, peço-te, do teu Livro..."
O que dizer diante desta atitude? Temos, hoje, líderes deste gabarito? Onde anda a nossa própria misericórdia? O que temos feito diante do pecado dos outros? Será que não temos sido só verdade? Ou, quem sabe, só misericórdia?

Precisamos ser honestos e fazer uma avaliação consciente: Como tem sido a nossa conduta neste sentido? Como líderes, como temos agido? Será que não temos colocado jugos pesados demais e excessivos demais sobre os nossos liderados? Será que não os estamos amaldiçoando e condenando para sempre em vez de orar por eles e clamar pela misericórdia Divina, deixando D'us determinar o que deve ser feito? Será que não estamos distantes demais do povo e nos esquecemos que também somos parte dele e que o que o beneficia alcança também a nós? Onde está a nossa misericórdia? E a nossa postura de intercessão, de quem se coloca, literalmente, no lugar do outro, para pleitear a sua causa?

O tempo da nossa redenção está próximo, muito próximo. Não será a hora de mudarmos o que é preciso? D'us está a procura dos verdadeiros líderes. Dos líderes verdadeiramente qualificados, dos líderes que O agradam. Onde eles estão?


Fonte: www.bibliabytes.com.br

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É verdade que...

É verdade que...

O local do batismo de Jesus fica próximo a Jericó?

A principal razão da incerteza em relação ao local onde Jesus foi batizado é o relato de João 1, que aparentemente difere do que é dito nos evangelhos sinótico. no versículo 28, João diz: "Estas coisas se passaram em Betânia, do outro lado do Jordão onde João [batista]estava batizando", ou seja, do lado oriental do rio, num lugar chamado Bethabara (conforme manuscritos antigos) ou Betânia (como a Betânia próxima a Jerusalém, onde morava Lázaro).

Uma análise mais minuciosa, entretanto, revela que nessa passagem João fala de um acontecimento diferente do relatado pelos outros evangelistas. No vesículo 34, as palavras de João Batista se refere a um evento passado: Ele conta que viu o Espírito Santo vindo sobre Jesus e por isso ficou convicto que Ele eram o Filho de Deus. João batista (que se encontrava em Betânia) estava falando, portanto, de um acontecimento anterior(o batismo de Jesus), que certamente ocorre no curso inferior do rio Jordão, na região de Jericó, no deserto. Lemos que João Batista estava pregando no deserto da Judéia quando batizou Jesus (Mt. 3:1-13). isso condiz com a localização próxima a Jericó.

Portanto, João não batizava em um só local (por exemplo, conforme João 3:23, :também em...em Enom perto de Salim"). É o que se deduz igualmente de Lucas 3:3 "Ele percorreu toda a circunvizinhança" do Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados". essa afirmação engloba toda a extensão do rio Jordão, e assim a maioria dos pesquisadores considera que Bethabara ou Betânia (Jo 1:28) ficava na parte superior do Jordão, ou seja na região do lago de Genesaré. Por essa razão foi afixada uma placa no loca que atualmente é apreciado para realizar batismos, onde o Jordão sai do lago de Genesaré. Na placa esta escrito pode ter sido o local onde Jesus foi batizado. Mas essa afirmação não corresponde aos fatos apesar de ser correto que João Batista também batizava nessa região e que o relato em João 1:28 ocorreu em, algum ponto nessa área.

Há duas razões que levam a essa convicção: entre os discípulos que Jesus chamou certo dia, encontravam-se João Batista, cujo nome não é mencionado. No dia seguinte, André levou seu irmão Simão Pedro a Jesus, e no terceiro dia Felipe juntou-se a eles. Eles eram pescadores de Betsaida, às margens do lago de Genesaré. A eles se ajuntou ainda Natanael de Caná (Jo 1:47). Seria estranho e improvável que esse grupo, formado por galileus, se encontrasse na parte baixa do rio Jordão, perto de Jericó. E mais plausível procurar Betânia (Bethabara) do outro lado do Jordão, a cerca de uma hora de viagem de Betsaida. A segunda razão para se acreditar que Betânia (Bethabara) ficava na parte superior do Jordão é o relato de João 11 sobre Lázaro, que ficara doente. Suas irmão mandaram chamar por Jesus, porque sabiam que Ele se encontrava nesse local, do outro lado do Jordão, onde João Batista batizava no princípio (Jo 10:40). quando Jesus recebeu a notícia sobre Lázaro, ainda demorou dois dias antes de partir para Jerusalém (Jo 11:6). quando chegou a Betânia (no Monte das Oliveiras) Lázaro já estava sepultado há quatro dias. Se esse lugar, de onde mandaram chamar Jesus, fosse próximo a Jericó (que fica cerca de 30 quilômetros de Betânia), Ele não teria demorado tanto para chegar. Sem dúvida, Jesus devia esta num local mais distante.

Existe mais uma razão contrária à idéia de que Jesus se encontrava próximo a Jericó quando foi chamado pelas irmãos de Lázaro. Essa área ficava no território administrado por Herodes Antipas, que procurava matar a Jesus, razão porque Ele não poderia sentir-se seguro ali (Jo 10:31-40). Ele estaria relativamente seguro apenas na área da Decápolis e na Batanéia, território administrado por Herodes Filipe, que ficava a lesta do Jordão. Isso combina, por sua vez, com outros Três Evangelhos, que dizem que Jesus se encontrava na região de Cesaréia de Filipe, capital da Batanéia, antes de retornar a Jerusalém, para ser crucificado e ressuscitar na Páscoa. Quando Jesus decidiu ir até a Judéia, atendendo ao chamado de Marta e Maria, os discípulos se opuseram, dizendo: "Mestre, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?" (Jo 11:8). a permanência de Jesus na Batanéia também, explicaria a possibilidade de grafia incorreta em João 1:28 Betaniya e Betaniya (como seria o correto) são nomes tão parecidos que essa probabilidade é grande.

Por isso, o luar onde Jesus esteve por último, antes de ir para Judéia, onde sofreu e morreu, deve ter sito Bethabara na Batanéia. nessa Região Ele, assim como João batista, encontrou muitos seguidores: " E iam muitos com ele e diziam: Realmente, João não fez nenhum sinal, porém tudo quando disse a respeito deste era verdade. e muitos ali creram nele"(Jo 10:41-42). A existência de muitas igrejas judaico-cristãs exatamente nesta região até o séculos VII e VIII reforça essa convicção.


Matéria extraída da REVISTA NOTÍCIAS DE ISRAEL - MAIO/2002

- por Fredi Winkler 

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O Maná de Deus

O Maná de Deus

A palavra maná vem do hebraico man e é um nome da seiva que um tipo de inseto chupa do tamarisco de maná no deserto do Sinai durante a estação chuvosa; esta seiva cai no chão   em forma de esferas pequenas e muito doces. Em Êxodo 16.15 temos a explicação etimológica hebraica do nome, que expressa a surpresa do povo: MAN   HÛ’ "O que é isto?" Conforme o verso 35, Israel se alimentou do maná durante 40 anos, o que expressa o reconhecimento do escritor do Velho Testamento de que foi o milagre da comida recebida que preservou Israel de perecer de fome.

Nesta ocasião o povo estava no deserto de Sim, que está entre Elim e   Sinai (Êx 16.1) e ali estava exposto a todos os perigos e privações peculiares ao deserto, principalmente no aspecto alimentício; mas Deus   diz a Moisés que faria chover "pão dos céus" (Êx 16.4), o que nos leva a alguns pontos interessantes:


  • A origem do pão - o céu


  • A singularidade do pão

  

  • O maná (pão) seria o sustento do povo enquanto no deserto

  

  • "Choveria" pão - denota abundância.


    Deus envia ao povo o alimento necessário para seu desenvolvimento no deserto, mostrando assim que, ainda que estejam sendo provados, Deus por si só   alimenta seu povo (ainda que seja necessário "chover" comida   do céu). O impacto causado pelo "pão do céu" foi tão grande que o povo pergunta "Que é isto?" Até aqui o povo ainda não sabia o que significava "depender de Deus" de forma literal, e não sabiam que, provavelmente, este pão era   também o alimento dos anjos (Sl 78.24, 25). Deus dá ao seu povo   o privilégio de alimentar-se daquilo que Ele dá aos seres que vivem consigo na eternidade; porém, o povo se cansa de comer aquilo que   é do céu e pede novamente para alimentar-se de algo comum, da   própria terra. As murmurações que tiveram lugar entre o povo foram advindas de alguns dentre o próprio povo que tinham seus corações bem longe de céu (Nm 11.4), e por causa destes todo o povo foi contaminado   e perdeu a dimensão do sustento de Deus através do "pão de Deus".

Quando Deus conduz a vida de qualquer pessoa, Ele mesmo se encarrega de prover a este todas as coisas, mas o principal, que é a sustentação da   vida é de responsabilidade exclusiva de Deus, que é a origem de todas as coisas.


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Uma Perspectiva Judaica (Parte 1)

Uma Perspectiva Judaica (Parte 1)

Mashiach (ungido)

"Creio com fé plena na vinda de Mashiach. Mesmo que demore, antecipo, a cada dia, sua chegada." Mas será que eu realmente espero sua chegada a cada dia? Poderia ele vir qualquer dia? Como? Que tipo de pessoa será ele? Como será Quando ele vier? O Que ele fará? Por que é tão importante acreditar em Mashiach?


  

  • O Plano Superior
    Nossos sábios nos ensinam que acreditar na vinda de Mashiach precisaria fazer parte da vida diária de tal forma que não deveria se passar um único dia sem pensarmos nisto. Mas por quê? Não poderíamos simplesmente seguir a Torá (Bíblia) e cumprir as Mitsvot (mandamentos) sem esperar ansiosamente pela vinda de Mashiach? Não! A vinda de Mashiach não é apenas um belo quadro do futuro descrito pela Torá. É a meta do plano superior de Hashem (O nome=Deus) para o qual Ele criou o mundo. Tudo, incluindo o homem, animais, plantas e planetas, existe para alcançar este objetivo. Imagine um empreiteiro que é contratado para construir uma enorme mansão. Ele precisa ter uma visão final perfeita da obra para poder desenhar a planta adequadamente. Esta imagem deve permanecer clara em sua mente o tempo todo em que supervisiona a construção. Enquanto ocupa a si mesmo e aos operários com os detalhes de todos os nichos e fendas, não perde de vista o objetivo final - a mansão acabada. Crer na vinda de Mashiach significa acreditar que Hashem criou o mundo, desde o inicio, com um plano nítido de Sua meta. A mansão acabada será o mundo na época de Mashiach. Todo e cada tijolo na obra é importante. Mas o objetivo é a mansão acabada. Se esta meta for ignorada, não poderá ser alcançado o plano superior.
      
  • Cumprindo Torá e Mitsvot [mandamentos]
    Hashem criou o mundo para que estudemos Torá e cumpramos Mitsvot (mandamentos). É assim que Ele quer que o homem viva. Mas hoje há algumas Mitsvot (mandamentos) que não podemos cumprir. Por exemplo, sacrifícios devem ser oferecidos no Bet Hamicdash (Templo). Uma vez que o Templo Sagrado foi destruído, não mais temos a oportunidade de fazer estas oferendas e, assim, há muitas Mitsvot (mandamentos) que não podem ser realizadas. Portanto, é importante acreditar na vinda de Mashiach. Ele reconstruirá o Bet Hamicdash (Templo), quando então teremos a possibilidade de cumprir todas as Mitsvot (mandamentos) da Torá.
           
  • A Corte Celestial Perguntará!
    Após a vida na Terra, nos aproximaremos da Corte Celestial e lá nos perguntarão: "Você ansiou pela vinda de Mashiach?" Numa cidadezinha na Europa Oriental, havia um rabino que sempre tinha uma resposta pronta. Assim que ouvia barulho ou tumulto lá fora, saía correndo e perguntava ansiosamente: "O que está acontecendo? Mashiach já chegou?" Durante muitos anos, este rabino precisou mudar de casa. Uma vez seus seguidores lhe informaram que havia uma à venda. "Tem muitos cômodos, está em perfeitos condições, fica perto da sinagoga e o preço é bom" -disseram-lhe, entusiasmados. Mas o rabino não se interessou. "Por que eu compraria uma casa aqui? Mashiach chegará muito em breve e logo me mudarei para Jerusalém. Vou comprar minha casa lá."
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Uma Perspectiva Judaica (Parte 2)

  • Como Será Quando Mashiach Vier?
    Primeiro, vamos tentar entender como as coisas não serão. Um pobre arrastava-se pelos altos prédios de apartamentos da vizinhança, para cima e para baixo. Batendo às portas, ele pedia donativos. Ao final de um dia cansativo, sentava-se num banco do parque e contava as moedas que as pessoas lhe haviam dado. Sua mente divagava e ele sonhava com tempos melhores. "Um dia serei rico. Acumularei grandes fortunas e terei muita influência na comunidade." O mendigo esfregava as mãos e sua testa ficava enrugada enquanto pensava: "Farei uma nova lei" -falava para si mesmo. "Todas as casas que forem construídas deverão ter apenas um ou dois andares. Minha vida será bem mais fácil. Não vou ter de subir todas estas escadas para receber donativos!!' Pobre homem tolo! Mas não era sua culpa. Ele sonhava com o futuro, mas só podia imaginá-lo comparado as suas condições atuais.

    Todos nós pensamos do mesmo modo. Aprendemos novas idéias, comparando-as às situações familiares que vivemos no cotidiano. Contudo, não devemos cometer o mesmo erro ao pensar em Mashiach. A vinda de Mashiach não significará apenas uma vida mais fácil e confortável. Sim, o mundo será um lugar bom para se viver. Mas serão as ruas pavimentadas com ouro? É realmente isto que queremos dizer quando falamos sobre a vinda de Mashiach? Uma vez os alunos do Alter Rebe, Rabi Shneor Zalman de Liadi, Ihe perguntaram: "Rebe, oramos, pedimos, imploramos a Hashem para trazer Mashiach. Porque ele ainda não chegou?" O Rebe ergueu os olhos de seus livros sagrados e balançou a cabeça: "Talvez o Mashiach que vocês tanto aguardam não seja o mesmo que Hashem quer trazer!"

  • Uma Nova Era na História
    Mashiach introduzirá uma nova era na história. Os juD-us retornarão, de todos os cantos do mundo, para morar em Erets Yisrael. A Terra Santa será dividida entre as tribos, assim como na época do Tanach. Todas as leis concernentes aos produtos agrícolas na Terra Santa serão cumpridas de acordo com os mandamentos da Torá. O Bet Hamicdash (Templo) será reconstruído e novamente os juD-us oferecerão lá os sacrifícios. Os Cohanim trarão as oferendas, trajando as belas e especiais roupas descritas pela Torá. Mashiach será um rei. Mas será diferente de todos os outros reis.

  • Todos Saberão
    Hashem fez o mundo para ser Sua morada. Uma morada significa um lar. Passamos o dia em lugares diferentes - na escola, na rua ou na casa de amigos. Mas é em casa que nos sentimos em nosso próprio lar. Lá ficamos à vontade, relaxados e confortáveis. É lá que nos sentimos livres para sermos nós mesmos. É isto que Hashem quer do mundo - um local para ser Seu lar. Mas quando Ele criou o mundo, não deixou tão evidente que este é Seu próprio lar. Hashem fica, muitas vezes, tão escondido que as pessoas cometem o erro de pensar que o mundo caminha por si só. Isto mudará quando Mashiach chegar. Então se tornará claro que o mundo é a morada de Hashem. Todos saberão que Ele é o Senhor e Ele Se sentirá "em casa" neste mundo. Nosso entendimento do mundo será enriquecido e mais profundo - não haverá apenas uma vida de luxo e conveniências.

  • Um Novo Par de Óculos
    Dois homens admiram-se com a altura dos "Twin Towors" [um dos prédios mais altos de N. York]. Mas um deles olha com atenção, como se pudesse enxergar seu interior através das vidraças. Ele franze a testa e pensa: "Gostaria de saber como foram construídos estes enormes arranha-céus." Ele é arquiteto. Olha como se pudesse "ver" através das paredes, para compreender a estrutura do prédio. Do mesmo modo, há uma alma (Neshamá) dentro de cada um de nós. A alma entende, sente e quer atingir a santidade. Mas a alma vive no corpo físico, que não sente a santidade de forma fácil e natural. Nosso corpo percebe muito mais facilmente as coisas gostosas, os sons agradáveis e as visões boas do que a santidade. Quando Mashiach vier, os corpos conseguirão sentir a mesma santidade que as almas. Seremos capazes de perceber a santidade de Hashem em tudo, tal qual uma pessoa que precisa comprar um novo par de óculos. Isto ocorrerá de maneira natural, assim como o arquiteto pode "ver" através da estrutura do prédio.

  • Descobrindo o que Sempre Existiu
    Voltemos ao exemplo do prédio. Imagine o que aconteceria se o arquiteto pudesse desenhar a planta do edifício e explicar a estrutura a seu companheiro. "Uau" - exclamaria este. "Você é um gênio. Projetou uma estrutura brilhante para sustentar o prédio!" "Não, não fui eu"- diria o arquiteto. "Eu não fiz o projeto da estrutura. Já estava lá. Apenas tentei imaginá-la." "Mas por que eu não a vejo?" "Você precisa de olhos bem treinados, meu amigo" O arquiteto descobriu o projeto do prédio, mas não o inventou. Qual é a diferença entre uma descoberta e uma invenção? Colombo descobriu a América, mas Thomas Edison inventou a lâmpada. Antes de Thomas Edison, não existia a lâmpada. Porém, a América existia muito antes de Colombo encontrá-la Hashem colocou parte de Sua santidade dentro de tudo o que criou no mundo. Esta santidade está sempre presente, mas às vezes não somos capazes de vê-la. Isto se deve ao fato de que nossos olhos não foram treinados para perceber a santidade da mesma maneira que a alma a percebe. Quando Mashiach vier, teremos olhos bem treinados. Conseguiremos descobrir a santidade que sempre existiu.

  • As Pessoas Mudarão
    Esta nova visão nos ajudará a viver de modo diferente. Na era de Mashiach não mais haverá guerras ou inveja. Isto quer dizer que acontecerão mudanças sobrenaturais na ordem mundial? Não. Nós, as pessoas, mudaremos. Uma vez que poderemos ver e sentir a santidade de Hashem, entenderemos mais sobre por que Ele criou a humanidade e o que é esperado das pessoas que foram colocadas na Terra. Guerras e inveja cessarão, pois todos perceberão como são devastadoras.

  • Melhorias no Estudo da Torá
       O estudo da Torá será muito mais profundo. Esta nova visão nos ajudará a sentir a     santidade da Torá de maneira mais clara e intensa. Seremos também abençoados com a     capacidade de podermos nos concentrar e aprender sem divagações. Nem a miséria, nem a     pobreza, nem a doença nos impedirão de estudar Torá.
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Uma Perspectiva Judaica (Parte 3)

  • Quem é Mashiach
    Mashiach não é apenas uma idéia encantadora. Mashiach será uma pessoa de carne e osso que irá desempenhar uma tarefa real. Ao descrever Mashiach, Maimônides nos relata que tipo de pessoa ele deverá ser e o que deverá fazer.

  • AS Tarefas de Mashiach
    Maimônides explica que Mashiach descenderá da família do rei David. Será um grande sábio de Torá e observará as Mitsvot (mandamentos) da maneira mais cuidadosa e perfeita possível. Mashiach inspirará todo o povo judeu a estudar Torá e cumprir as Mitsvot (mandamentos). Levará o povo judeu a vitórias nas batalhas de Hashem. Construirá o Bet Hamicdash (Templo) e reunirá os juD-us, de todos os confins da Terra, em Erets Yisrael. Sob sua direção, o mundo todo servirá a Hashem.

  • Esperando por Mashiach
    Não Apenas Esperando - Antecipando! Esperamos por muitas coisas. Esperamos o ônibus escolar pela manhã; esperamos na fila do supermercado; esperamos no consultório médico a enfermeira nos chamar. Mesmo em casa, a mãe ou o pai dizem freqüentemente: "Espere um minuto!" Podemos esperar por muitas coisas que podem ou não acontecer Se o ônibus da escola quebrar, não virá nesta manhã. Se a caixa de supermercado enguiçar, o funcionário não poderá registrar as mercadorias. Mesmo quando mamãe diz, Espere um minuto!" - ela pode de repente receber um telefonema importante. Então talvez tenhamos de esperar mais ainda.

    Mas esperar por Mashiach é diferente. Temos certeza que ele está vindo. É uma espera diferente, chamada antecipação. Antecipamos a vinda de Mashiach. Realmente acreditamos que ele virá. Os juD-us sempre anteciparam com ansiedade a vinda de Mashiach. Todo Tish'á Beav, podia-se encontrar Rabi Avraham, filho do Maguid de Mezeritch, sentado com a cabeça curvada entre os joelhos, lamentando a Galut. Contudo, de quando em quando, ele erguia a cabeça e perguntava: "Ele ainda não está aqui? Mashiach ainda não chegou?" Nosso povo não antecipa a vinda de Mashiach apenas em Tishia Beav. Esperamos que ele chegue a qualquer momento. Um grande casamento estava programado e centenas de pessoas de todos os lugares foram convidadas. A neta do Alter Rebe ia se casar com o neto do Rabi Levi Yitschac de Berditchev. As pessoas que receberam o convite não ficaram surpresas com seu conteúdo. Nele estava escrito exatamente o que o Rebe acreditava: "O casamento será realizado, se D-us quiser, em Jerusalém. No caso, D-us nos livre, que Mashiach ainda não tenha chegado, será realizado na cidade de Zhlobin."

  • Não Estamos Desencorajados?
    Não estamos desanimados por já ter passado, há muito, o prazo da vinda de Mashiach. Pelo contrário, devemos nos encorajar de que sua chegada está cada vez mais próxima. Um indivíduo deixou cair, numa cesta de papéis usados, um certificado bancário que valia muitos milhares de dólares. Ele revirou os papéis durante várias horas, tentando encontrá-lo. Um homem passou por ali e ficou surpreso com a ansiedade e o crescente entusiasmo do sujeito, mesmo após horas de busca infrutífera. "Pelo contrário" - exclamou, enquanto verificava cada pedaço de papel - "agora que já estou quase no fim da pilha, sinto-me mais encorajado, pois sei que irei encontrá-lo logo"

    O homem sabia que sua longa busca valia a pena. Não desanimou. Agora, imagine se ele tivesse encontrado uma nota de cem dólares no topo da pilha. Será que ele teria pensado: "Para que perder tempo e esforço, procurando aquele certificado perdido?" Claro que não! O certificado perdido valia muitos milhares de dólares! Você sabe a diferença entre uma cédula de dinheiro e um titulo do tesouro (CDB)? Uma cédula é dinheiro imediato. Um certificado é como um cheque que pode ser trocado por dinheiro algum tempo depois. Gostamos de receber aquilo que é palpável. Quando queremos alguma coisa, a queremos logo. Ficamos desapontados ou desanimados se não a obtivermos de imediato. Mas não devemos desanimar com a longa espera por Mashiach. Nossas almas podem avaliar um "CDB". Elas não perdem o ânimo pela espera. Como o indivíduo que revira o fundo da caixa, as almas encorajam-se e se entusiasmam pela antecipação da vinda de Mashiach.

  • Em Alerta!
    A platéia estava sentada no auditório, aguardando o inicio do espetáculo. Todos estavam ansiosos. Há muito esperavam sua chegada na cidade. O artista mundialmente conhecido iria, afinal, se apresentar ali. A cortina ainda estava fechada, mas todos sabiam que, a qualquer momento, se abriria. Mas isto não aconteceu. Vagarosamente, o silêncio da platéia tornou-se um rumor baixo e continuo. Duas mulheres começaram a trocar receitas. Empresários discutiam assuntos financeiros. As pessoas sentadas próximas se apresentavam umas às outras. Todos estavam ansiosos pelo inicio do espetáculo, mas conversavam sobre outros assuntos, uma vez que nada acontecia no palco. Onde estava o artista?

    Na realidade, ele estava bem atrás da cortina, observando a platéia por uma fresta e pensando: "Eu podia entrar neste momento. Contudo, as pessoas parecem muito ocupadas com seus próprios afazeres. Suas mentes estão preenchidas por outros assuntos. "Talvez eu deva esperar. Não quero incomodá-las agora" pensou o artista. Lógico, provavelmente parariam quando eu entrasse no palco, mas é óbvio que não há motivo para que me apresse neste momento. Se estivessem mais ansiosas por minha presença, eu saberia. Estariam olhando fixamente a cortina, concentrando sua atenção no palco." Mashiach está pronto para aparecer. Ele está esperando por nós mais do que nós por eles Ele. E Ele quer que focalizemos nossa atenção em sua chegada; que estejamos alertas e dirijamos nossos pensamentos para sua vinda. Não é certo que nos preocupemos com nossos próprios assuntos. Não seria bom dizer: "Oh, seja Benvindo, Sr. Mashiach. O senhor chegou justamente agora que estou terminando de conversar com meu amigo. Desculpe, mas quando o senhor entrou, meus pensamentos estavam voltados para outros assuntos."

    Quando Rabino Yossef Ber Soloveitchik estava em Varsóvia, uma delegação da comunidade de Brisk lhe pediu para que se tornasse o rabino da cidade. Rabino Soloveitchik não quis aceitar tal posição. Finalmente, um membro da delegação exclamou: "Digníssimo rabino!     Vinte e cinco mil judeus esperam ansiosamente por sua chegada!" Rabino Soloveitchik ficou emocionado pelas palavras do homem. Ele chamou a sua Rebetsin e pediu: "Por favor, dê-me meu casaco e chapéu. Não posso deixar vinte e cinco mil juD-us esperando." "Rabino     Soloveitchik não queria deixar vinte e cinco mil juD-us esperando. Imaginem" - disse o Chafêts Chayim ao contar esta história - "o que aconteceria se Mashiach soubesse que todo o povo judeu aguarda ansiosamente por sua chegada. Não teria ele vindo imediatamente?"
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Uma Perspectiva Judaica (Parte 4)

  • Quando Mashiach Virá?
    Podemos Fazer Acontecer!
    Ao contar ao nosso povo sobre a Gueulá, um dos profetas disse: "No tempo apropriado, Eu a apressarei." Estas duas expressões parecem ser contraditórias: há um tempo estabelecido para a vinda de Mashiach ou ele pode chegar antes? Nossos sábios nos ensinam que as duas possibilidades são verdadeiras. Hashem realmente estabeleceu um tempo definido para a vinda de Mashiach. Contudo, há ainda uma oportunidade de "apressá-la." Se nos prepararmos adequadamente, Hashem pode e realmente fará acontecer a qualquer momento.

  • A Época é Propícia
    Certos períodos especiais na história judaica foram, de fato, propícios para a chegada de Mashiach. Infelizmente, o povo judeu não aproveitou por completo estas oportunidades; não se preparou devidamente. Em outras palavras, a época era adequada, mas o povo judeu não estava pronto. Também agora estamos vivendo uma era especial. O Lubavitcher Bebe Shlita diz-nos para abrir os olhos. Então poderemos ver que a Redenção não é um sonho remoto, mas algo real, para aqui e agora.

  • Tão Rápido Como Nuvens Velozes
    Os profetas descrevem a vinda de Mashiach de duas maneiras aparentemente apostas. A primeira diz que ele virá como um pobre montado num burro, enquanto a segunda afirma que ele chegará como um príncipe cavalgando uma nuvem. Mashiach pode vir de qualquer uma das duas maneiras. A diferença depende de nós. Se fortalecermos nossa crença, estudando e pensando nele e vivermos com estes pensamentos - podemos fazer isto acontecer. Mashiach chegará rapidamente, como nuvens velozes que se aproximam no céu. Mesmo se nos ocuparmos com nossos assuntos, ele certamente um dia virá. Contudo, levará tempo, como o vagaroso trotar de um burro.

  • Por que Agora?
    Muita Coisa Boa Foi Somada
    Hashem criou este mundo para ser Sua morada. A Torá e as Mitsvot (mandamentos) mostram-nos como trazer luz e santidade neste mundo e torná-lo o Seu lar. Mais de três mil anos se passaram desde que Hashem nos deu a Torá no Monte Sinal. Nestes anos todos, o mundo absorveu muita santidade. Durante este tempo, homens, mulheres e crianças estudaram bastante Torá e cumpriram muitas Mitsvot (mandamentos). Agora, o mundo está pronto para a luz resplandecente de Hashem, que brilhara com a vinda de Mashiach. Mas ainda resta uma importante questão:

    Com certeza, você perguntará, as pessoas têm cumprido muitas Mitsvot (mandamentos); e as coisas ruins que elas fizeram? Será que não anulam as Mitsvot (mandamentos)? Não, não anulam. Nossos sábios explicam que as coisas boas se somam, como uma bola de neve que vai sempre aumentando. Contudo, as más ações não se somam. Certa vez, Chani ajudou a Sra. Cohen a carregar, escadas acima, enormes sacos de supermercado até seu apartamento. A Sra. Cohen não parava de agradecê-la e continuou a elogiá-la muitas semanas depois. Uma vez, a Sra. Cohen viu Chani discutindo com a irmã caçula. Amavelmente chamou-a e disse: "Estou espantada em ver isso de uma boa menina como você!" A Sra. Cohen chamou Chani de boa menina, mesmo que naquele momento estivesse fazendo uma coisa errada. A boa ação que Chani fez semanas atrás deixou uma impressão duradoura. Porém, atitudes ruins não são sempre lembradas da mesma maneira.

    Uma vez, Beni estava brincando descuidadosamente com sua bola. Ele quebrou a janela da garagem do Sr. Schwartz. Ao ouvir o som do vidro se quebrando, um irado Sr. Schwartz saiu correndo da casa. Com certeza, queria mostrar a Beni como ele estava descontente! Beni se sentiu envergonhado por sua falta de cuidado e desculpou-se. O Sr. Schwartz percebeu que o menino estava sendo sincero e o perdoou. Nunca mais mencionou o incidente. Assim, notamos que o bem soma, enquanto as atitudes erradas não deixam má impressão se nos arrependemos e fazemos Teshuvá (arrependimento). Teshuvá varre para longe as coisas más. O que resta? Apenas o bem que foi acumulado durante os séculos.

  • O Mundo Está Dando sinais
       Quando olhamos a nossa volta, podemos dizer que o tempo da grande mudança chegou. Muitos acontecimentos no mundo procuram nos mostrar que fatos importantes estão ocorrendo: o     colapso do bloco comunista, a Guerra do Golfo, os imigrantes desembarcando em Erets Yisrael e muito mais. Observar o que acontece no mundo é como ficar olhando uma panela no fogo. Quando começa a borbulhar e ferver, sabemos que a comida está pronta. O mundo também parece estar balançando, tremendo e remexendo, como se estivesse dizendo: "Estou     pronto para uma verdadeira mudança."
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Uma Perspectiva Judaica (Parte 5)

  • Por Que Nós?
    Anões Nos Ombros Dos Gigantes
    De todas as gerações que anteciparam a vinda de Mashiach, por que a nossa terá este mérito? As boas ações realizadas por nosso povo, através das gerações, nos dão uma vantagem. Quando nos lembramos como o povo judeu vivenciou a Torá com heroísmo, apesar de todas as dificuldades da Galut, só podemos admirá-lo como um gigante espiritual. E nos beneficiamos desta grandeza. Somos como anões nos ombros de gigantes. Desta altura, o anão pode enxergar muito mais longe e alcançar ainda mais alto. Tudo o que nosso povo fez no passado ajuda a tornar nossa geração apta para receber Mashiach. O exército de um rei avançava para conquistar a fortaleza do inimigo. Os soldados lutaram com bravura, atacando incessantemente as grossas muralhas. Finalmente, conseguiram rompê-las, mas a um alto custo - muitos guerreiros perderam suas vidas nesta batalha. Tudo o que restava ao rei era entrar na fortaleza e tomá-la. Mas não sobrou um número suficiente de soldados treinados. Ele precisou reunir grupos de cidadãos comuns para a tarefa final. Estes homens simples, destreinados, puderam conquistar a fortaleza, devido ao que havia sido realizado pelo exército combalido.

  • Todos Estão se Aprontando
    Segundo nossos sábios, "A Teshuvá aproxima a Redenção." Isto está ocorrendo nos dias de hoje. Grandes levas de pessoas estão se voltando para Hashem em Teshuvá (Arrependiemnto, retorno a D-us). Embora não tenham recebido educação completa de Torá, estão optando por estudar Torá e cumprir Mitsvot (mandamentos). Isto, com certeza, aproxima a vinda de Mashiach.

  • Todos Farão Parte
    E este movimento de Teshuvá tende a continuar e crescer. A Hagadá de Pessach diz sobre o filho perverso: "Se ele estivesse lá (no Egito) não teria sido redimido. "A Hagadá é precisa: "Lá," no Egito, alguns juD-us não mereciam ser redimidos. Mas Hashem prometeu que todos os juD-us serão incluídos na Gueulá.

  • Pedindo Pela Vinda de Mashiach
    Devemos Insistir
    Quando pedimos uma coisa, demonstramos que realmente a queremos. Tomemos um exemplo da Torá. Um ano após o povo judeu ter deixado o Egito, Hashem lhes disse para ofertar o cordeiro pascal no deserto. No entanto, havia algumas pessoas impossibilitadas de oferecer tal sacrifício. Mas não queriam perder esta oportunidade. "Por que seremos deixados de fora?" - reclamaram a Moshê. Moshê não tinha uma resposta. Ele não sabia o que poderia ser feito por estas pessoas determinadas e sinceras. Continuaram a insistir até que Moshê pediu auxilio a Hashem. Hashem aceitou sua sinceridade e ansiedade. Hashem disse a Moshê que poderiam trazer o sacrifício um mês mais tarde. E assim ficou para todo o sempre. Foi dada uma segunda oportunidade aos juD-us, Pessach Sheni, para trazer suas oferendas.

    Isto aconteceu porque estas pessoas insistiram com sinceridade. Vocês podem imaginar o que aconteceria se exigíssemos a vinda de Mashiach com a mesma determinação?

  • Mesmo Uma Prece Pode Fazer Acontecer
    Quando Hashern disse a Moshê que ele não poderia entrar na Terra de Israel, Moshê rezou pedindo que o decreto fosse anulado. Depois de muitas orações, Hashem lhe disse: "Pára - pois assim foi decretado." Nossos sábios acrescentam que Hashem fez com que ele parasse naquele momento, pois uma única prece a mais teria mudado o decreto. Isto nos mostra o poder de uma única prece. Embora Hashem tivesse ordenado a Moshê que parasse de rezar naquele momento, Ele não nos manda parar. Somos instruídos a pedir constantemente e rezar pela vinda de Mashiach - e uma prece adicional poderá fazer muita diferença.

  • Pedindo com Alegria
    Você já reparou no rosto de sua irmãzinha quando ela pede para mamãe uma bala? Ela fica com a mão estendida, sorrindo de orelha a orelha. Ela mal recebeu a guloseima e já está sorridente! Como a mãe pode dizer não? Não há dúvidas de que ela satisfará o desejo de sua filhinha, dando-lhe a bala. Devemos rezar a Hashem e pedir por Mashiach com a mesma alegria da garotinha. Devemos nos contagiar de júbilo por fazermos parte da geração da Gueulá, confiantes de que Hashem nos atenderá e trará Mashiach.

  • Pedindo com Sinceridade
    Você sabia que num dia normal mencionamos em nossas preces diárias a palavra Gueulá setenta vezes? Nelas, chamamos Hashem "o Redentor de Israel" e dizemos que Ele "reúne os dispersos de Israel" e "reconstrói Jerusalém." Quando mostrarmos a Hashem que realmente acreditamos naquilo que dizemos, Ele nos atenderá. Um garotinho pediu uma sobremesa a seu pai. "Ainda não é hora" - disse o pai. Mas o garotinho queria demais. Continuou pedindo e o pai não deu. De repente, ele teve uma idéia. Em voz alta e clara, ele recitou a Berachá da sobremesa. Seu pai não teve escolha, a não ser dá-la.
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Uma Perspectiva Judaica (Final)

  • O que Podemos Fazer
    Vamos Descobrir Mais!
    Como podemos fortalecer a crença na vinda de Mashiach? A Torá está repleta de descrições detalhadas de como cumprir as Mitsvot (mandamentos). A maioria das Mitsvot (mandamentos) envolve coisas que podemos ver e fazer. Sabemos o que é a Mezuzá. É um pedaço de pergaminho com versos da Torá inscritos. Nós a colocamos nos batentes das portas, olhamos para ela e a beijamos. Tefilin são caixas pretas especiais de couro. Matsá é pão não fermentado. Acreditar em Mashiach é diferente de outras Mitsvot (mandamentos), pois é falar sobre algo que ainda não aconteceu. Mesmo assim, podemos procurar saber mais a esse respeito. A Torá, os Profetas e nossos sábios nos contam sobre Mashiach e o que acontecerá quando ele vier. Devemos estudar estes livros. Isso será de grande valia, pois é mais fácil ter empatia com coisas conhecidas e familiares.

    Uma nova imigrante acompanhou sua classe num passeio num parque de diversões. Sara, com oito anos de idade, nunca tinha visto nada parecido antes. "Venha, Sara" - chamaram algumas meninas quando entraram na fila para uma volta no bicho-da-seda. Mas Sara hesitou. "Vai ser divertido" - insistiram as novas amigas "Mas nunca andei em nada semelhante antes" protestou Sara. É muito rápido? A que altura do solo ele se eleva? É preciso se segurar? Quanto tempo demora? Faz ficar tonta? Dá medo?" O operador do brinquedo aproximou-se de Sara e pacientemente respondeu suas perguntas. Ele não pôde responder a todas elas como ele podia saber se ela ficaria tonta? Sara, porém, recebeu informações suficientes que a deixaram confiante. O percurso não era mais tão "desconhecido" e ela decidiu experimentar. Saber mais detalhes facilitou as coisas para Sara. Então vamos tirar as dúvidas sobre Mashiach. Embora não tenhamos todas as respostas, existem muitas informações disponíveis. Vamos refletir, aprender e conversar sobre isso. Assim nossa crença estará fortalecida.

  • Vamos Estudar Sobre o Bet Hamicdash (templo)
    Qualquer uma das palavras da Torá que estudemos ajudará a abrir o caminho para Mashiach. Mas o estudo daquelas porções da Torá que falam diretamente sobre Mashiach e o que ele fará tem o grande poder de apressar sua vinda. Uma das importantes realizações de Mashiach será a reconstrução do Bet Hamicdash (Templo). Devemos estudar como era o Bet Hamicdash (Templo) e o que era realizado em seu interior. Devemos tentar visualizá-lo de modo muito real e acreditar que isto logo acontecerá. Na sua importante Yeshivá em Radin, o Chafêts Chayim ministrava um curso especial sobre as leis dos sacrifícios. "Aprender estas leis" - ele dizia - "é a preparação apropriada para a Gueulá e apressará sua vinda."

  • Vamos nos Unir
    Segundo nossos sábios, a destruição do Bet Hamicdash (Templo) e o exílio do povo judeu aconteceram devido à falta de união e amor ao próximo. Então, se nos unirmos e nos preocuparmos uns com os outros, a razão do exílio será removida e não haverá mais obstáculos no caminho da Redenção.

  • Sentindo um Gostinho
    Quando mamãe faz um bolo, muitas vezes lambemos a tigela. Gostamos de dar uma provadinha mesmo antes do bolo ficar pronto. Nossos sábios também se referiram a uma amostra semelhante. Eles sugerem que provemos alguns dos quitutes de Shabat na sexta feira, para sentir o gostinho do Shabat antes mesmo dele começar.
    Será que podemos sentir um gostinho da Gueulá agora, enquanto ainda estamos na Galut? Sim, podemos! A época em que vivemos é como o entardecer de sexta-feira, pouco antes do Shabat. Mashiach virá logo e é bom sentir um gostinho do que acontecerá. Como? Devemos estudar sobre Mashiach e compartilhar este conhecimento com os outros. Com isso, podemos viver com a idéia de sua vinda e torná-la real para nós. Deste modo, podemos ter uma amostra do que ocorrerá, enquanto damos "uma mãozinha" para fazer a Gueulá acontecer logo.

       
  • Juntos Podemos Trazer Mashiach
    O Lubavitcher Rebe Anterior, RabiYossef Yitschac Schneersohn falou: "Se todos de Israel, crianças e adultos, se unissem e dissessem: 'Pai, chega de Galut! Por favor, mande Mashiach agora! Mashiach com certeza chegaria." Vocês podem imaginar a energia poderosa e ascendente da antecipação, se cada judeu se juntasse a este esforço mundial para trazer Mashiach?
    Neste esforço conjunto, cada pessoa tem um papel especial a desempenhar e é necessário trabalho de equipe. Para um time ser o vencedor, cada jogador tem que fazer sua parte como se todo o jogo dependesse somente dele. Mas ele não pode jogar sozinho. Para ganhar, precisa jogar lado a lado com seus companheiros. Assim, cada um tem uma missão pessoal na grande tarefa de trazer Mashiach. Hashem quer que seja conseqüência de um esforço mundial unificado e Ele quer que todos tomem parte nisto. E isto quer dizer você e eu. Juntos, tornaremos o mundo preparado para dar as boas-vindas a Mashiach. E antes que percebamos, ele estará aqui, liderando o povo judeu, crianças e também adultos, para Erets Yisrael.

    "Possa ser Tua vontade que o Bet Hamicdash (Templo) seja reconstruído, brevemente em nossos dias; e conceda nossa porção na Tua Torá."

    *Artigo produzido pela Instituição Judaica Beit Chabad, agosto-setembro/92
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