Pedras que falam...(Parte 1)

Pedras que falam...(Parte 1)

  • Em Jerusalém as pedras falam...


Cada período do tempo deixou sua marca nas pedras usadas para reconstruir a cidade, e na arquitetura típica de cada geração de construtores. Durante séculos pedreiros trabalharam as pedreiras dos morros da Judéia, usando calcário rosa e branco locais, que caracterizavam Jerusalém. Nos tempos modernos o uso desta pedra rosada tem se tornado mais do que um costume. Todas as construções em Jerusalém devem, por lei, ser feitas com essa pedra. Os visitantes rapidamente aprendem a identificar os locais históricos de Jerusalém, por seu revestimento singular. Aqui está um guia rápido para ajuda-lo a "juntar Jerusalém".

  • No começo: ABRAÃO

Abraão, não tendo filho algum, adotou Ló, seu sobrinho, filho de seu irmão Harã. Em obediência aos mandamentos de Deus, partiu da Caldéia, aos 75 anos, viajando de sua terra natal, Ur (Mesopotânia), em direção à terra que Deus lhe prometera - Canaã (Gn 12:1-9). Deixou sua parentela. Segundo Flavius Josephus, Abraão era um homem de grande sagacidade, tanto para entender todas as coisas como para convencer seus ouvintes, nunca se equivocando em suas opiniões. Por esta razão determinou renovar e mudar a opinião dos homens na sua terra, a respeito de Deus. Foi o primeiro a divulgar publicamente sua opinião sobre a existência de um só Deus, Criador do universo, e a ineficácia dos demais deuses, que em nada contribuíam para a felicidade dos homens. Em conseqüência de sua doutrina a respeito de um único Deus, os caldeus e outras pessoas da Mesopotânia provocaram um grande tumulto contra ele. Hostilizado por todos, recebeu a ordem de Deus de deixar toda sua parentela e seguir para a terra por Ele prometida, e a promessa de que abençoaria os que o abençoassem e amaldiçoaria os que o amaldiçoassem (Gn 12:3). Chegando a Canaã Abraão edificou um altar ao Deus que lhe aparecera (Gn 12:7). Vários historiadores falaram sobre ele. Berosus disse sobre Abraão:

"Na décima geração depois do dilúvio, havia entre os caldeus um homem justo e de grande habilidade na ciência espiritual". Jerusalém é mencionada pela primeira vez nas peregrinações de Abraão pela Terra Prometida. Lá ele encontra Melquisedeque, o rei justo que governava Ir Shalem (o nome de Jerusalém, em hebraico). Mais tarde, Deus ordena a Abraão que retorne com seu filho Isaque, afim de o oferecer em sacrifício (Akedah). Apesar de Isaque ter sido salvo da morte, o local adquiriu uma certa reverencia, e foi chamado de Even He Shetiyah (A Pedra Angular do Mundo). Este lugar santo no Monte Moriá seria mais tarde o local do Templo. Centenas de anos mais tarde Josué conduziu nas doze tribos de Israel à Terra Prometida (Eretz Israel - A Terra de Israel), ou Canaã como era comumente conhecida. Os relatos da conquista de Canaã descrevem muitas batalhas com a população local (cananeus) e encontros com vários reis na região. Um governador especificamente mencionado foi o Rei de Jerusalém, apesar de sua cidade não haver sido capturada.

  • Jerusalém - do Hebraico, Habitação de Paz, tem 70 nomes.

Desde o tempo de Abraão o povo judeu tem expressado amor pela Cidade Santa com nomes carinhosos e expressões poéticas. Aqui estão alguns destes nomes: Moriá (Gn 22.2) - Jebus (Jz 19.10) - Sião (II Sm 5.7) - Lareira de Deus (Is 30.14) - Ariel ou Leão de Deus (Is 29.1) - Cidade de Justiça (Is 1.26) - Neve Tsedik, ou Casa Nova (Jr 31.22) - Klilat Yofi, Modelo de Perfeição (Lm 2.15) - Cidade do Grande Rei (Mt 5.35) - Cidade de Davi (Lc 2.11) - Yerushalaim Shel Zehav , ou Jerusalém de Ouro (Ap 2.118).

Dentro de Jerusalém encontra-se o Monte Moriá, onde estava o Templo Sagrado, o santuário do povo de Israel. No cume está a Pedra da Fundação (Even Há Shetiyah), a base do mundo inteiro e seu centro. Os sábios de Israel registraram: "E foi chamada de Pedra da Fundação porque o mundo foi fundado nela..." Principal cidade da Palestina, a cidade dos judeus, dos cristãos e dos maometanos (muçulmanos). Centro espiritual do mundo, é a cidade de maior influência sobre a esperança e o destino do gênero humano. Cidade escolhida pelo único e verdadeiro Deus, para ser o centro dos seus cultos, leis e revelações

  • DAVI

Duzentos anos depois da conquista, o grupo fragilizado das tribos de Israel se uniu para se tornar uma monarquia. Davi sucedeu Saul como segundo rei. Ele era conhecido por sua externa coragem nas batalha, sua ousadia política e habilidade artísticas.

O primeiro ato de Davi, após ter se tornado rei de Judá, foi haver enviado mensageiros para abençoar os homens de Jabes-Gileade, por terem enterrado Saul (2º Sm 2:4-7). Davi mostrou aqui que os verdadeiros homens de Deus amam seus inimigos, ora pelos que os perseguem e até mesmo procuram matá-los, como foi o caso de Saul. Davi mostrou amor a Saul durante todos os anos de sua vida, e até na morte.

Contudo Davi ainda não se tornara rei de Israel, visto que Abner, tio de Saul, comandante do exército de Israel, fez do filho mais novo de Saul, Is-Bosete, o único parente de Saul vivo, rei de Israel. Isso impediu e atrasou por sete anos e seis meses a vontade de Deus se cumprisse, e Davi se tornasse rei de Israel.

Davi não contestou a atitude de Abner, nem provocou situação alguma para vir a ser rei de Israel. Simplesmente esperou e confiou nas promessas de Deus, que nunca falham.
Davi escolheu Hebrom para ser a sede de seu governo, enquanto Abner reinava em Judá.

Abner foi morto, e Davi foi então nomeado rei de Israel por todos os principais homens de todas as tribos. Veio uma multidão a Hebrom, com uma grande quantidade de trigo, vinho e toda a sorte de alimento, regozijando-se e festejaram por três dias em Hebrom.

Na época de Davi (1000 AC), Jerusalém era governada pelos jebusitas. Quando Davi expulsou os jebusitas da cidade, reconstruiu Jerusalém e a chamou de "Cidade de Davi", lá permanecendo todo o tempo do seu reinado.
Em 2º Samuel encontra-se uma descrição do cidade, bem como as razões que levaram a Davi a escolhe-la como capital do seu reino unido de Israel. Certamente os vales de Kidrom (Cedro) e Há Gal, que proviam muros de segurança e o constante abastecimento de água em Gichon (Gion), eram duas fortes razões para mudar a capital de Hebrom, a primeira cidade de Davi. Contudo havia um terceiro motivo, político. Jerusalém, na fronteira norte da tribo de Judá, era uma área neutra não ocupada por nenhuma das doze tribos. Esta era a escolha perfeita, e não era motivo de briga nem de competição entre o povo de Israel.

Apesar de desejar construir um santuário no monte Moriá, Davi era inabilitado para tal tarefa, pois era um guerreiro "com muito sangue nas mãos". Mesmo assim ele comprou a terra para o templo, em Aruná, que fora o local de provisão no caso do sacrifício de Isaque. E entregou a tarefa da construção do templo a seu filho Salomão.

  • O período dos Templos - Salomão


Salomão, tendo edificado seu reinado, puniu seus inimigos - conforme orientação de seu pai - e reconstruiu os muros de Jerusalém, mais largos e fortes, com altas torres. No quarto ano de seu reinado (961 a C), Salomão se entregou à tarefa de construir a casa do Senhor no Monte Moriá. I Reis e II Crônicas descrevem a magnificência desta construção, que era de bronze, cobre e cedro do Líbano, este último sendo mandado pelo rei Hiram de Tiro. Com o término do Templo, as doze tribos passaram a ter um centro político, religioso e cultural em Jerusalém. Agora no Templo eram feitos os sacrifícios, eram também celebradas as festas e dali era anunciada a Palavra do Senhor pelos sacerdotes. Salomão era pacífico, em todos os problemas públicos agia com justiça, observando em tudo a lei de Moisés. Dedicava-se a cada obrigação como um ancião, e não como jovem que era.

Era visível a sabedoria que Deus lhe concedera para governar o povo, após o sacrifício que oferecera a Deus em Hebrom, no altar de bronze construído por Moisés. Durante esse período de tranqüilidade, as pessoas vinham em romaria à cidade, nos feriados de Succot (Tabernáculos), Pesach (Páscoa) e Shavuot (Pentecostes), para trazer suas ofertas ao Templo. Salomão viveu 94 anos e reinou por quarenta anos. Foi enterrado em Jerusalém. Sobrepujou a todos os reis em sabedoria, riqueza, felicidade. Entretanto, com o avançar da idade deixou de observar as leis do Senhor, o que trouxe grande prejuízo a todo o povo. Após a morte de Salomão (922 a C), o reino passou por um dramático período de mudanças. Brigas políticas internas dividiram-no em dois: Israel ao norte, e Judá ao sul, com sua capital em Jerusalém. Salomão casou-se com 700 mulheres, e manteve 300 concubinas, algumas não judias. A maioria dos casamentos eram arranjos políticos com as nações não judias, ao redor de Eretz Israel. A divisão do reinado de Salomão fora um castigo de Deus pelos casamentos entre diferentes raças e religiões.


1950 A.C
Peregrinações de Abraão 
1250 A.C Moisés / Êxodo1200 A.C
Conquista de Israel
1000 A.C
Saul / Davi



 ...continua

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Pedras que falam...(Parte 2)

Pedras que falam...(Parte 2)

  • Reino Unido  

Após o reinado de vários reis, tanto em Judá como em Israel, lemos nos livros de Reis e Crônicas: da descendência de Davi reinaram 21 reis durante 514 anos, seis meses e 10 dias. Exceto Saul, que foi o primeiro rei e que governou por 20 anos. No quarto ano do reinado de Jeoaquim (II Cr 36.5), Nabucodonosor se tornou rei da Babilônia, e com grande exército foi contra Neco, rei do Egito, que dominava toda a Síria. O rei da Babilônia passou o Eufrates, e tomou toda a Síria, e Pelúsia, exceto Judá. O profeta Jeremias inutilmente avisava todo o povo, a cada dia, que não alimentassem esperanças em relação ao Egito. Contudo as profecias foram desprezadas, e Nabucodonosor acabou levando cativos os principais homens e mulheres de Israel, três mil ao todo, até mesmo o profeta Ezequiel, que ainda era bem jovem. Levou também com ele todos os utensílios da casa do Senhor.

Com a conquista do reino de Israel, as dez tribos que habitavam na área ficaram em cativeiro. Com base neste evento datamos "As dez tribos perdidas de Israel". Há muita especulação quanto ao destino destes presos. Alguns estudiosos acreditam que esses judeus terminaram em lugares distantes e exóticos, como o Afeganistão, Paquistão e a Etiópia, baseando tais conclusões em evidências de vestígios da lei e costumes judaicos em certas tribos. Israel foi conquistado pelos assírios, mas não Judá, o reino do sul, então liderado pelo rei Ezequias.

Jerusalém havia se estendido pelo vale de Gei ao monte oeste, no Monte Sião. Esta expansão urbana levou Ezequias a construir uma nova muralha de defesa em torno da área (hoje conhecido como o lado judeu da cidade antiga de Jerusalém) e a simultaneamente cavar um túnel para trazer águas mais para dentro de Gichon e atingir a parte nova da cidade. Pode-se ver hoje um segmento do muro de Ezequias no lado judeu de Jerusalém, e caminhar pelo túnel de Ezequias - 2.500 anos depois! Nos livros de Reis e Crônicas, na Bíblia, aprendemos que os esforços de Ezequias foram bem-sucedidos. Os assírios jamais capturaram Jerusalém. A cidade continuou como a capital da Judéia até a invasão dos babilônicos.

922 A C
Reino dividido
722 A C
Israel conquistado pela Assíria
722 A C
O túnel de Ezequias


  • O Túnio de ezequias

Conhecido como o "Rei Virtuoso", Ezequias sucedeu a Acaz na idade de 25 anos e reinou durante 29 anos. Fortalecido pelas vitórias sobre os filisteus (II Reis 18.8), ele se preparou para sacudir o odioso jugo da Assíria. Sua preparação consistia, em parte, no aperfeiçoamento das fortalezas de Jerusalém, e em levar abundância de água por baixo da terra (II Rs 20.20; II Cr 32.5).

Dados do "Túnel de Ezequias"
533 m./ 1749 pés sob a terra.
320 m./ 1056 pés de superfície.
Altura: 1.1-3-4 m (3.6 pés - 11.22 pés).
Largura: 0.58-0.65 m de largura (1 ¾ -2 pés). Profundidade:         52 m/ 170 pés do topo do morro. Gradiente: 7 pés.
Tempo de construção: 7-9 meses.

Dois times de trabalhadores braçais, trabalhando simultaneamente, um começando no norte, no vale Kidron, e um no sul, em HaGai.

"Junto aos rios de Babilônia nos assentamos e choramos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros, que há no meio dela, penduramos as nossas harpas. Porquanto   aqueles que nos levaram cativos , nos pediam uma canção; e os que nos destruíam, que os alegrássemos dizendo: cantai-nos um dos cânticos de Sião. Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha? Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha desta de sua destreza. Apegue-se a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir Jerusalém à minha maior alegria" Sl 137.1-6.

Durante esse período o povo judeu se tornou displicente para com suas leis. Tornaram-se corruptos e descuidados com respeito à justiça social, ao amor e à prática dos rituais. O profeta Jeremias os preveniu seriamente sobre a catástrofe que estava por acontecer, caso não melhorassem. Nabucodonosor enviou o general do seu exército e ordenou que se queimassem todos os pilares do Templo de Salomão, e todo o palácio real; que a cidade de Jerusalém fosse transformada em poeira; e todo o povo fosse levado cativo para a Babilônia. O templo de Salomão foi queimado quatrocentos e setenta anos após a sua construção. Isso aconteceu 1062 anos depois da saída do povo do Egito, com Moisés. Nabucodonosor reinou 43 anos e seu império foi um dos maiores do mundo. Jeremias profetizou não apenas o retorno dos judeus do cativeiro de Babilônia, e isso debaixo dos medos e persas, como também a reconstrução do Templo e da cidade de Jerusalém, inclusive.

  "Assim diz o Senhor: uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo:   Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles, porque já não existem.   Assim diz o Senhor: reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos:   porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão da   terra do inimigo. E há esperanças no derradeiro fim para os teus descendentes,   diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para os teus termos" Jr 31.15-17.

  • O retorno


Novamente a direção da história judia foi alterada pelas marés das conquistas mundiais. A Babilônia fora dominada pela força dos persas, sob Ciro, o Grande, cuja política oficial com relação às nações que haviam sido conquistadas era totalmente diferente da de Nabucodonosor. No primeiro ano do reinado de Ciro, setenta anos depois dos judeus haverem sido removidos para Babilônia, Ciro anunciou que os povos que haviam sido capturados poderiam deixar Babilônia e retornar à sua terra de origem. Nessa época, no entanto, muitos judeus babilônios haviam prosperado, e assimilado a cultura e a civilização de seus anfitriões. Aprenderam a linguagem local (aramaico), freqüentavam sinagogas, envolveram-se nos negócios, na cultura e na política. Apesar de Jerusalém ser muito sagrada, e da grande oportunidade oferecida por Ciro, o Grande, a maioria dos judeus preferiu permanecer na Babilônia.


586 A C 
Primeiro Templo destruído
536 A C 
Retorno do exílio Ester / Purim


A essa altura, Esdras e Neemias foram usados por Deus para levar o povo de volta a Jerusalém. Esdras era um excelente mestre da Torá; levou grandes grupos de judeus a Jerusalém e Judá e fundou escolas onda a Torá era ensinada. Neemias proveu o tino comercial necessário para orquestrar a construção complexa do Segundo Templo. Estes dois líderes deixaram registros fascinantes de seus trabalhos nos livros da Bíblia que levam seus nomes. O segundo Templo, construído anos antes, foi dedicado numa cerimônia gloriosa dirigida por Esdras e Neemias, e assim o culto foi restabelecido no Monte Moriá. Os muros de Jerusalém foram reconstruídos e a cidade reconquistou seu lugar como capital judia.


  "Então lhes disse: Bem vedes vós a miséria em que estamos, que Jerusalém   está assolada, e que suas portas tem sido queimadas a fogo: vinde pois e reedifiquemos   o muro de Jerusalém, e não estejamos mais em opróbrio" Ne 2.17.

516 A.C
Segundo Templo
440 A.C
Esdras Neemias


  • Helenização


Helenização é a palavra usada para descrever a assimilação da cultura dos países pela cultura grega. Alexandre, o Grande, após ter vencido Dario, se tornou amigo dos judeus; considerou a profecia de Daniel, que afirmava que um dos gregos destruiria o império persa, e este seria ele. Deixou seus exércitos nas vizinhanças de Jerusalém. Alexandre conquistou não só o reino persa, mas todos os territórios que faziam parte do Império Persa. Incluía Mesopotâmia e Egito, Samaria e Judá. Por onde estendesse suas conquistas, ele pretendia que fossem centros de civilizações gregas. Eram estabelecidas por gregos, administradas por gregos e defendidas por gregos. A cidade egípcia se tornou a do seu próprio nome, "Alexandria". Era talvez a maior delas no seu Império. A cultura que compartilhavam era helenista, Hellas, o nome grego para sua terra natal. Depois que Alexandre o Grande conquistou o Império Persa, o impacto da cultura grega se espalhou pelas províncias. Judá não foi poupada.

Duzentos anos de cultura grega deixaram forte impressão na vida judia em Jerusalém. Muita gente pobre e rica foi afetada pelas idéias e práticas gregas, e quando os sacerdotes que trabalhavam no Templo se helenizaram também, a situação ficou perfeita para a revolta daqueles que não aceitaram essa mudança cultural. Foi tamanha a influência grega sobre o povo judeu, que o Novo Testamento foi escrito em grego. Alguns historiadores consideram este fato importante para a divulgação do evangelho, já que facilitou o crescimento posterior da Igreja Primitiva, pois todos falavam grego. O rei Antiochus Epiphanes, procurando exercer seu poder sobre a vida cultural e civil, decretou o fim do estudo e da obediência da Torá.


Judá Macabeu, que escreveu o livro dos Macabeus, liderou a revolta que permitiu à população judia voltar à vida segundo suas tradições. O período de influência helenista na Palestina, que começou com Alexandre, o Grande, 332 a C., mostra que apesar da revolta de muitos ultra-ortodoxos contra esta absorção de cultura do povo judeu, principalmente escrita no livro de Macabeus, teve um saldo positivo, até mesmo na divulgação da Palavra de Deus. Mesmo na época de Jesus o helenismo era uma força na Palestina, e o foi por três séculos. A importância das idéias gregas, costumes, métodos de administração, a grande expansão de construção de casas no estilo helenista, tudo isso afetou a vida dos habitantes ricos da Palestina, a aristocracia da capital de Judá, e Jerusalém. Judeus falavam grego, e termos gregos entraram no seu vocabulário diário. Havia em Judá muitas colônias gregas, e muitos gregos se converteram ao judaísmo.


332 A C
Alexandre / Helenização
167 A C
Revolta Macabeana


A Menorah de sete ramificações (conhecido como candelabro) ocupava uma posição central no Templo. Após a revolta, os macabeus rededicaram o templo e reacenderam a Menorah, fato esse que não acontecia desde há muito, pois fora extinto durante o culto pagão. A pequena jarra de óleo puro que encontraram, suficiente para um único dia, queimou durante sete dias. Para comemorar esse milagre a Menorah usada em Chanukah tem oito ramificações. Os líderes hasmoneanos que seguiam a Judá e sua família desenvolveram e refortificaram a Jerusalém.

Durante esses anos os cargos do rei e do sumo sacerdote foram consolidados numa única função da monarquia reinante.Com o passar do tempo a visão macabeana de um país independente se esvaiu, em face do tumulto político existente. Roma, que era o poder em crescimento no Mediterrâneo, conquistou a Grécia e logo depois Jerusalém, no ano 63 a C., acabando com a independência política. Os hasmoneanos continuaram a reinar, sob a proteção de Roma, até 37 a C. A Menorah é o símbolo do estado moderno de Israel. Durante o Segundo período do Templo, os muros da cidade de Jerusalém se expandiram até sua máxima circunferência conhecida na história, na era de Esdras e Macabeu, Judá Macabeu e Herodes o Grande. Era o tempo de reconstruir o Templo, a cidadela perto da Porta de Jafa, e um calidoscópio de outras estruturas, semelhantes às que uma pessoa encontraria em qualquer cidade greco-romana contemporânea. Jerusalém assumira a aparência de uma grande cidade helenística, embora com alma judia.

162 A C
Rededicação do Templo
(Chanucat Beit Hamikdash)
141 A C
Dinastia Hasmoniana


  • HERODES


Herodes, nomeado pelos romanos, foi Procurador da Judéia de 37 a C. a 4 d C. Tinha a fama duvidosa de ter sido o líder menos popular da história judia. Diz-se que era judeu por religião. Sua família veio da Iduméia, região no sul de Judá. Tinha geralmente o cuidado de não ofender as leis judaicas, como por exemplo: pelo fato de não permitir que suas moedas apresentassem efígie romana, e não ser permitido colocar nos prédios em Jerusalém símbolo algum da ocupação Romana. Reconstruiu o Templo - no estilo helenista, evidentemente - mas tão somente os sacerdotes judeus tinham a permissão para tomar parte na sua reconstrução.141 A C Dinastia


141-37 A C
Dinastia Hasmoniana
37 A C
Herodes torna-se procurador da Judéia
19 A C
Herodes reconstrói Templo
4 A C
Morte de Herodes
4 A C - 4 D C
Nascimento de Jesus


"E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no  cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros: e concorrerão a ele todas  as nações. E virão muitos povos e dirão: vinde, subamos ao monte do Senhor, à  casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e  andemos nas usas veredas; porque de Sião sairá a lei e a palavra do Senhor de  Jerusalém. E ele exercerá o seu juízo sobre as gentes, e repreenderá a muitos  povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices:  não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear" Is  2.2-4 4 A C


Primeiro período do TemploRetorno a JerusalémDinastia HasmonianaReinado de HerodesProterorado Romano
Destruição do Templo
586 A C
Reconstrução do Templo
516 A C
Revolta Macabeana
167 A C
Expansão do Monte do Templo - renovação do Templo
19 A C
Destruição do Templo
70 D C
Exílio na BabilôniaEsdras e NeemiasRetorno da AdoraçãoJornada para os Festivais em JerusalémSegundo Exílio
Desejo de voltar a JerusalémNova ênfase na lei e no ritualPeríodo de expansão de terra e religiãoSeparação do rei e do povo - origem dos zelotesAno novo em Jerusalém


  • Como o segundo templo foi reconstruido

O Templo foi bem maior que o anterior, o que a princípio não agradou aos judeus. Contudo Herodes os convenceu de que seria bem mais bonito. No seu lado oeste havia quatro portões: o primeiro levava ao Palácio real por uma passagem pelo vale intermediário; o segundo e o terceiro conduziam aos subúrbios da cidade; o último ia dar em outra cidade.

Iniciador: Herodes
Arquitetos: artesãos romanos
Mão-de-obra: população local - 10.000 homens.
Tempo de construção: aproximadamente 10 anos.
Apoio: 1.000 vagões.
Renovação do próprio Templo: 18 meses.
Mão-de-obra para o mesmo Templo: sacerdotes.
O Monte do Templo: 40 acres.
Altura: canto sudeste 48 m do leito da rocha (158 pés).
 Muro oeste: 485 m (1.600 pés).
Muro Norte: 313 m (1.033 pés).
Muro sul: 280 m (924 pés).
Muro leste: 470 m (1.550 pés).
Pedras: Calcário local talhados no norte da cidade. Acabamento com estrutura  e centro liso "saliente".
Altura: 1.3 m - 1.85 m de altura (3.3-6 pés).
Comprimento médio: 1m - 10m (3 pés - 30 pés).
Peso médio: 1-40 toneladas.
Maior pedra: 12.5 m de comprimento (41 pés), 5 m de grossura, 400 toneladas.

  • Dominação Romana

Existe pouca informação quanto a Jerusalém durante os primeiros anos da ocupação romana, exceto o fato de os judeus terem, ocasionalmente, permissão para orar entre os escombros do Monte do Templo. No ano de 132 d C., o imperador Adriano anunciou seus planos para a reconstrução da cidade, mudando seu nome para Aelia Capitolina. A comunidade judia, sob a liderança de Bar Kochba e Rabi Akiva, deu início à malfadada revolta judia contra Roma. Após um período de conflito, Bar Kochba e seus seguidores foram derrotados e Adriano retornou a seu plano de construir a nova cidade romana. A rua principal, Cardo, com barracas de mercado, começava no Portão Damascus, indo até a estrada leste-oeste, chamada Decamanus. O fórum e a quadra abrigavam divindades romanas. A população judia, proibida até mesmo de visitar o interior dos muros de Jerusalém, estabeleceu novas fortalezas em Yavneh e na Galiléia. Os romanos tentaram apagar a rebelde nação judia do mapa. Mudaram o nome oficial da região, de Judéia para Palestina, que lembrava as tribos filistéias expulsas fazia muito tempo. É claro que o povo judeu nunca aceitou a tentativa romana de erradicar seu nome do mapa, sempre chamando a região de Eretz Israel. Quando Julius César foi assassinado, em 44 a C., Octavius, de 19 anos, neto da irmã de Julius César, foi rapidamente da Grécia para Roma, a fim de reivindicar sua herança como cabeça do Império Romano.

Depois de algumas batalhas ele passou a reinar, e reinou durante 45 anos. O suicídio de Marco Antonio e Cleópatra, rainha do Egito, deixou Octavius em ótima posição no domínio Romano. Deram-lhe o título de honra de Augustus. Foi nesse período que Jesus nasceu e cresceu numa das províncias romanas, tempo esse que foi como uma era de ouro. Augustus restituiu ao Senado Romano alguma dignidade, da que lhe fora roubada por Julius César. Tentou trazer de volta a antiga religião romana, reconstruindo templos e revivendo rituais antigos. Esforçou-se por soerguer os padrões morais da família. A literatura e a arte floresceram. Ovídio (Ars Amoris), Virgílio e Horácio escreveram sobre essas virtudes levantadas por Augustus. Após sua morte, em 14 d C., seu filho adotivo, Tibério, o sucedeu.

Depois veio Gaio, conhecido como Calígula, em 41 d C., a seguir Cláudio e finalmente Nero. Mesmo após o incêndio que deixou ilesas tão somente quatro regiões da cidade, ele construiu a Domus Aurea, um vasto complexo de edifícios, com cerca de 125 acres. Nero suicidou-se em 68 d C., após uma revolta no seu exército. Foi nesse tempo que os apóstolos Pedro e Paulo atuaram.

  "Como se acha solitária aquela cidade, dantes tão populosa! Tornou-se como   viúva; a que foi grande entre as nações, e princesa entre as províncias, tornou-se   tributária!" Lm 1.1


4 D C
Morte de Herodes
70 D C
Destruição do Templo
132-135 D C
Revolta de Bar Kochba
200 D C 
Judah HaNasi compila o Mishnal
328 D C
Conquista Bizantina


  • Período Bizantino

Constantino, filho de Constantinus e Helena, foi promovido a César sob o reinado de Maximiano, em 293 d. C. Posteriormente, Constantino se casou com Fausta, filha de Maximiano, quando veio a dominar toda a metade do Império, na parte noroeste. A parte leste estava sob o controle de Liticinius. Eles se encontraram em Milão e fizeram um acordo político de liberdade de adoração aos cristãos e restauração de todos os bens confiscados. O edito veio a ser conhecido como o "Edito de Milão", de grande importância para os cristãos, pois estabeleceu o cristianismo como religião oficial do império. Por que Constantino deu esse passo?

Alguns afirmam que foi por influência de sua mãe Helena; outros, que foi uma ferramenta política, já que Constantino se mostrava muito forte na época. Seguindo a rebelião de Bar Kochba, a presença dos judeus em Jerusalém dependia da boa vontade dos diferentes conquistadores que estariam no comando. Em 326 d. C. o Cristianismo se tornou a religião oficial do então Santo Império Romano. Muitas igrejas foram construídas. A importância de Jerusalém como centro cristão foi temporariamente interrompida pelo Imperador Juliano, que se voltou para a antiga religião grega. Sua ordem de reconstrução do Templo, em 363 d. C., trouxe esperança aos judeus, mas foi eliminada no ano seguinte, ao ser ele morto numa batalha. Nos anos que se seguiram os muros da cidade foram reconstruídos, e um novo programa de reconstrução foi iniciado.

Uma imagem da cidade é preservada no mapa de Madaba, do século VI. O aspecto que mais chamava a atenção era o Cardo, a rua principal que ligava o Portão de Damasco à área do Portão de Sião. Proeminentemente nessa rota estavam as igrejas do Santo Sepulcro, e a nova igreja, Nea. A área do Monte de Templo permanecia deserta. Os judeus estavam proibidos de visitar este local, tão sagrado. Foi nessa época que surgiu a idéia da Jerusalém Espiritual, para a tão dispersa nação judia. A cidade não poderia ser fisicamente tocada, no entanto judeus pelo mundo afora poderiam sonhar em retornar a Jerusalém e orar diante do Monte do Templo, situado a milhares de milhas

Desse período em diante, qualquer casamento testemunharia a centralização de Jerusalém, pois a tradição de o noivo quebrar um copo com o pé significava lembrar a destruição do Templo. A cada Páscoa os judeus culminariam o Cedro tendo esperança para o próximo ano em Jerusalém! Três vezes por dia os judeus olhavam em direção ao leste, quando oravam, voltando o rosto para a terra de Israel, a terra espiritual judia. Quer estivessem em Portugal, no Paquistão, na Pensilvânia, África do Sul, ou Dakota do Sul, oravam por chuva ou tempo seco, de acordo com as necessidades climáticas de Israel. E suplicavam, ansiando pela volta à independência judia em sua terra natal: "Que possamos ver o misericordioso retorno a Sião!"


328 D C
Constantina e Helena em Jerusalém
363 D C 
Término do Talmude de Jerusalém
614 D C
Conquista persa de Jerusalém
638 D C
 Omar Conquista Jerusalém


  • Conquista Muçulmana

Logo após a conquista muçulmana, em 638 d. C., o califa Omar veio a Jerusalém e imediatamente iniciou a renovação da cidade, começando com o entulho que sujava o Monte do Templo. De acordo com a tradição local, Omar atirou sua bolsa cheia de moedas de ouro nos escombros que cobriam o Monte Moriá. Os pobres e necessitados cuidavam de limpar o lugar, tendo as moedas como recompensa. Omar rededicou a área como um local de adoração muçulmana. Seu filho Abdel-Malik venerou a memória do pai num memorial construído sobre a rocha da lenda (a pedra da fundação, o local onde Isaque fora oferecido como sacrifício, o ponto onde o Templo tinha permanecido), o Domo da Rocha em 691 d.C.

Continuando a dinastia, El-Walid construiu a mesquita de Al-Aksa, em 701 d.C., que se tornou o terceiro santuário mais sagrado do Islã. Os muçulmanos chamavam a plataforma do Templo inteiro por um novo nome, Haram el-Shariff (santuário nobre). Esses muçulmanos fizeram muita coisa para melhorar a cidade de Jerusalém: seus muros foram reparados, e a vida em geral retornou à normalidade. A comunidade judia cada vez mais voltou a morar na cidade, construiu sinagogas e centros de estudo

Quando o califa Omar visitou Jerusalém, logo após a conquista perguntou aos judeus: Em que parte da cidade vocês gostariam de morar? Eles responderam: Na parte sul. Era o mercado dos judeus. Sua intenção era estar perto do Templo e seus portões, bem como das águas do Siloam, para seus banhos rituais. O emir dos fiéis lhes concedeu isso.

"A comunidade judia uma vez mais floresceu, e os judeus estavam entre aqueles que guardavam os muros de pedra. Em troca eles foram empregados para limpar a área de Haram, de lixo. Existe também evidência de que outros judeus fizeram o vidro e os pavios para as lamparinas, e que essas eram as ocupações tradicionais dos judeus do século VIII em diante" (Mujir al-Din, História de Jerusalém e Hebrom).


638 D C 
Conquista Muçulmana
750 D C 
Lei Abbasid
900 D C
Estabelecimento do Karaite em Jerusalém
969 D C 
Lei Fatimids
1099 D C 
Conquista dos Cruzados


  • Reino latino de Jerusalém

Respondendo ao chamado do Papa para libertar a Terra Santa das mãos dos infiéis, os cruzados sitiaram Jerusalém durante um mês, no verão de 1099. Guiados pelos cavalheiros franceses e alemães, tomaram a cidade pelo Norte. Os muçulmanos e os judeus eram considerados pagãos pelos cruzados cristãos, e eram mortos, caso - na hora - não se tornassem cristãos. Os cruzados restabeleceram Jerusalém como cidade cristã. Mapas desse período retratam-na como centro do mundo. No entanto, nem todos eles estavam entusiasmados com o idealismo da sua missão. Muitos eram desajustados e criminosos, que seguiam os cavaleiros levados pela esperança de ganhar fama, fortuna e aventura. Muitas igrejas e mosteiros foram construídos nos locais que de alguma forma estavam conectados com a vida de Jesus e de seus discípulos. No final do reino dos cruzados em Jerusalém, bairros foram estabelecidos para as comunidades latinas, armênias e sírias, enquanto muçulmanos e judeus, em grande número, eram impedidos de nela viver.


1099
Reinado latino em Jerusalém
1167
Benjamim de Tudela
1187
Salahadin conquista Jerusalém


  • Jerusalém - Centro da Religião


JUDAÍSMOCRISTIANISMOISLAMISMO
2000 A C
Promessa de Deus a Abraão
30 D C 
Ministério de Jesus
632 A C 
Maomé - Meca - Medina
1250 A C 
Moisés / Dez mandamentos / Torá
135 D C 
Igreja muda-se Jerusalém para Antioquia
638 A C
Omar em Jerusalém
1200 - 1020 A C
Período dos juízes
328 D C
Conquista Bizantina - construção do santo sepulcro
691 - 701 D C
Saladino restaura Islã
1000 A C
Primeiro período do Templo
1099 D C
Reino latino em Jerusalém
 
922 - 587 A C
Período dos Profetas
Século 19
Estabelecimento de igrejas européias
 
586 A C
Destruição do Templo
  
540 A C
Segundo período do Templo
  
70 D C 
Destruição do Segundo Templo - dispersão dos judeus
 Oração -
Cinco vezes por dia - Caridade e observação dos festivais
Princípios básicos religiosos:
Crer em um Deus
Princípios básicos religiosos:
Crer em um Deus
Princípios básicos religiosos:
Crer em um Deus
Sábado:
o dia de descanso - aceitação da Bíblia e escritos proféticos; Talmude
Domingo:
o dia de descanso - Novo Testamento sagrado; Jesus como Messias - acreditar na ressurreição
Sexta-feira:
dia de descanso Alcorão é seu livro central - Maomé é o profeta de Deus
Conceito de todo Israel -  Um povo observador do Shabbat Kashrut (leis alimentícias) e Brit Milah (circuncisão)Santa Jerusalém - 
local da última semana de Jesus
Conceito de Haj - Peregrinação sagrada a Meca. Meca,
Medina e Jerusalém -Cidades sagradas


  • Retorno dos Mulçumanos


No ano de 1187, Jerusalém já não estava nas mãos dos cruzados. Os muçulmanos, liderados pelo general árabe Saladino, recapturaram a cidade. Foi quando estes governaram Jerusalém que o rabino Moshe bem Nachman (Nachmanides) se mudou para lá e estabeleceu a sinagoga Ramban, hoje bairro judeu. Uma réplica da carta que ele enviou a seu filho está hoje em exposição na sinagoga Ramban. "Encontramos somente dois judeus, irmãos, tintureiros, uma casa em ruínas com pilares em mármore e um lindo domo que julgamos ser uma sinagoga (...) Fomos á cidade de Sechem para trazer de lá os Pergaminhos da Lei, que antes se encontravam em Jerusalém, e haviam sido roubados pelos tártaros. Construímos uma sinagoga, e nela oraremos". Vieram então os mamelucos, ex-escravos que à força se haviam convertido ao islamismo. Como acontece freqüentemente, eles eram mais zelosos com a identificação de sua religião do que os muçulmanos haviam sido com sua fé. Os mamelucos pouca atenção prestavam às estruturas políticas e de defesa de que Jerusalém necessitava. Em vez disso, construíram edifícios religiosos (madrassas), que demonstravam seu amor pelo Islã. A evidência da bela arquitetura mameluca pode ser vista abundantemente na área do Shuk (bazar, mercado) e no Monte do Templo. Na história dos judeus, 1492 marca sua expulsão da Espanha, pelo Rei Ferdinando e a rainha Isabel, que enviou Colombo à sua famosa missão ao novo mundo. Muitos judeus que foram forçados a deixar o lar foram para Jerusalém.

O rabino Ovadia de Bartinora (1450-1510) manteve registros de sua viagem por Jerusalém. Ele descreveu uma cena de desolação e pobreza, com as famílias judias estabelecidas na cidade, aparentemente sem meios de sustento material. No entanto de algum modo - talvez por sua força espiritual - os judeus se prenderam tenazmente à vida de sua querida cidade sagrada. O rabino Ovadia também se estabeleceu em Jerusalém, apesar de todos os perigos e dificuldades, e sua liderança carismática inspirou o aliyah (imigração) de muitos judeus, da Espanha e de Portugal (Sephardim).


1250
O governo mameluco em Jerusalém
1267
Moshe bem Nachman Ramban
1488
Rabi Ovadia Bartinora
1517
Império Otomano


  • O império otomano


Muitos governantes estrangeiros conquistaram e perderam Jerusalém. Em 1517 os turcos tomaram posse da cidade, e a Palestina e Jerusalém se tornaram parte do Império Otomano (muçulmano turco).

Suleiman, o Magnífico, Sultão do Império Otomano, ordenou, em 1538, que os muros de Jerusalém fossem reconstruídos. Com um ponto de vista diferente dos mamelucos, que se dedicavam à construção de estruturas religiosas, Suleiman percebeu que a construção de um muro em torno de Jerusalém criaria uma defesa adequada à sua recente conquista.

Os engenheiros de Suleiman, na intenção de agradar o sultão e terminar logo o enorme trabalho, deixaram de fora o canto sudeste da antiga cidade - o Monte Sião -, fora dos muros. Em razão de sua displicência, os engenheiros foram decapitados, e enterrados em duas sepulturas no Portão de Jafa.


1500
Misticismo centrado em Safad
1600
Judeus se estabelecem em Tiberíades
1625
1500 Judeus em Jerusalém
1700
Imigração Européia


Os turcos aderiram ao conceito islâmico de considerar os judeus cidadãos de Segunda classe. Eles eram chamados de "Dhima" e só eram tolerados por serem considerados "povo do Livro", compartilhando a crença monoteísta do Islã. Eles não confiavam nos judeus, e os perseguiam, em razão de sua rejeição a Maomé e seus ensinamentos. As sinagogas, por lei, não poderiam ser mais altas que as mesquitas da cidade. Os judeus tinham que usar um emblema especial. Seu testemunho na corte não tinha valor algum, se fosse contra um muçulmano.

Até hoje existe o status de "Dhima" em alguns países árabes.


1801
Vilna Gaone em Jerusalém
1840
Gabinete do rabino-chefe estabelecido pelos turcos
1881
 Eliezer Bem Yehuda, fundador do novo hebraico se estabelece em Jerusalém
1897
Primeiro congresso sionista    


  • Século 18 em diante

"Parece que todas as raças e cores e línguas da Terra devem ser representadas   entre as catorze mil almas que vivem em Jerusalém. Superabundam trapos, desolação,   pobreza e sujeira, sinais e símbolos que indicam a presença de liderança muçulmana,   mais do que a própria bandeira". Mark Twain, Os inocentes no exterior.


Em 1860, os judeus começaram a passar para fora dos muros de Jerusalém. O governo turco Otamano deu início a muitas reformas civis, que proporcionaram aos judeus uma sensação cada vez maior de status e liberdade. Quando o rico filantropista inglês Sir Moses Montefiore contemplou a construção de Mishkenot Sha'ananim (Residências Tranquilas), fora dos muros da cidade, muitos dos residentes do bairro judeu concordaram em relocar. Não há dúvidas que Sir Moses lhes deu "gratificações" financeiras por suas corajosas atitudes modernas.

Sem os muros da cidade para protegê-los, os colonos de Jerusalém voltavam à noite às suas moradias dentro dos muros. O eventual sucesso de Mishkenot Sha'ananim levou a uma maior expansão para fora do muro. O estabelecimento de Mea hearim (cem medidas) em 1875 foi típico do que se transformou em êxodo de tipos. Iemenitas, húngaros e outros grupos comunitários se mudaram para fora dos muros à medida que Jerusalém se expandia para o norte e para oeste. O retrato de Jerusalém começou a mudar no final de 1880, com o influxo de poderes europeus que abriram consulados. Com sua política segura, os peregrinos cristãos, bem como os judeus, se estabeleceram na cidade. O caráter de Jerusalém foi realçado pela construção de vários prédios públicos. O Hospício Italiano e a Igreja Russa, ambos construídos nessa época, refletem o estilo arquitetônico trazido à cidade por grupos novos.

  • Mandato Britânico


Na virada do século, o Império Otomano começou a desmoronar. A população de Jerusalém foi engolida pela primeira e Segunda Aliyah da Europa e milhares de judeus do Iemen. Muitos se estabeleceram na parte oeste da cidade. A primeira guerra mundial trouxe o fim para a lei otomana. O general Allenby entrou na cidade Velha pelo Portão de Jafa para assumir o controle de Jerusalém, para os britânicos. Sob o governo britânico, os serviços aumentaram e bairros com jardins, como Rehavia, foram reestruturados. Talbiah, as colônias gregas e alemãs e Romena se desenvolveram, e sedes municipais foram centralizadas na nova prefeitura, na Estrada de Jafa. Em 1917, a Declaração Balfour levou a população local e os judeus do mundo inteiro a acreditar que a Terceira comunidade Judia estava pronta.

Este documento, uma carta de Lorde Balfour ao Dr. Chaim Waizman (posteriormente primeiro presidente de Israel), falava sobre a intenção do governo britânico de estabelecer um local na Palestina onde os judeus pudessem viver. No entanto, quando tumultos aconteceram em Jerusalém e em outras cidades, entre 1929 e 1936, o governo britânico deu início a um programa de reconciliação com os árabes. O infame White Paper (1939) limitava a imigração judia à Palestina. A sua publicação, na época em que Hitler aumentou sua perseguição ao povo judeu europeu, foi um tempo negro para os judeus em Jerusalém.


AnoJudeusMuçulmanosCristãos
18002.000--
18407.0005.0003.300
186010.0007.0005.000
188214.0007.5007.500
190030.0007.00010.000
191745.00010.00015.000
193151.00019.50019.500
1948100.00040.000 


  • Segunda guerra mundial

Muitos sobreviventes, com cicatrizes profundas e desolados com suas experiências nos campos de concentração, estavam determinados a construir uma nova vida com os judeus. Muitos deles se mudaram para a Palestina, apesar das restrições para a entrada dos britânicos, e se tornaram os pioneiros da Israel moderna, fundando Kibbutzim e cidades e criando uma conscientização judia de coragem e independência. Eles se uniram à recém formada força de defesa de Israel e ajudam na luta que levou a fundação do que é hoje o moderno estado de Israel, em 15 e maio de 1948 (5 lyar, 5708).

Depois da guerra da independência, a velha cidade de Jerusalém estava sob o controle jordaniano. Muitos imigrantes novos vindos de países orientais incharam a população de Jerusalém. Novos projetos de casas populares foram realizados em Katamom e Shmuel HaNavi para absorver o número cada vez maior de imigrantes. Com a cidade dividida, muitos ex-residentes do bairro judeu se estabeleceram em subúrbios ao norte e a oeste, e este se tornaram parte de Jerusalém.


1917
Declaração de Balfour
1939
White Paper Mundial
1939-1945
Segunda Guerra
1947
Plano de Partição
1948
Guerra da Independência


  • Guerra dos seis dias

"Motta estava encostado contra um dos muros, sentindo como se houvesse retornado a casa, a meta de suas aspirações. Nomes da história lhe rodam no pensamento. O Monte do Templo, Monte Moriá, Abraão e Isaque, o Templo, os Macabeus, Bar Kochba, romanos, gregos. Nós no Monte do Templo. O Templo é nosso." O portão do Leão, reproduzido no Muro Ocidental, Meir Bem Dov. A Guerra dos Seis dias, em junho de 1967, restaurou a Israel a velha cidade de Jerusalém. A cidade capital, que fora dividida durante 19 anos, estava unida. Na euforia que se seguiu à libertação de Jerusalém, milhares de pessoas foram ao Monte do Templo, a Kotel, para ver tocar e agradecer junto ao Muro, que se tornou o centro nacional, cultural e religioso do Estado de Israel e do povo judeu pelo mundo afora. Um avião contendo um grupo de brasileiros que realizava um tour pelo oriente, Seul, Egito, Israel, chegara à Jerusalém na 5ª feira. No Sábado, que é o Sabbath, em meio a ruas tranqüilas, de repente toca a sirene de alarme, avisando que a Guerra havia começado.

  • Jerusalém no futuro

Com a reunificação de Jerusalém, mais terra ficou disponível para a expansão da cidade. Novos bairros residenciais com estilos arquitetônicos únicos começaram a surgir em Jerusalém: Ramor, French Hill, Gilo e NveYaacov foram estabelecidos como um cinturão de segurança, assegurando a integridade de Jerusalém. Os nomes das ruas de algumas dessas áreas lembram a coragem nas batalhas da Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967. Depois de 1967 Jerusalém continua a crescer e a desenvolver-se. A população dobrou e os novos bairros estão completos. Grandes parques, boulevards e áreas públicas muito bem cuidadas compõem hoje o retrato de Jerusalém, uma cidade moderna e próspera. Jerusalém é uma cidade de contrastes, o novo e o velho girando em cima de 4.000 anos de história. Ela é a cidade eterna, nas encruzilhadas do mundo, ansiosamente contemplando o futuro.


Fonte: www.bibliabytes.com.br

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O judeu Saulo de Tarso

O judeu Saulo de Tarso

No primeiro século durante o reinado de Herodes, na terra da Judéia havia uma   agitação entre os judeus. Eles estavam esperando pelo Messias que viria e os   livraria da opressão dos romanos. Os sinais dos tempos e as Escrituras apontavam   para esse grande evento. Havia uma ausência de unidade entre a comunidade religiosa.   A história registra que havia cerca de vinte seitas religiosas nesta época.   Entre eles estavam os fariseus, saduceus, essênios, nazarenos, etc... A sua   interpretação das Escrituras variavam, alguns crendo na ressurreição, outros   não. Houveram vários que se levantaram dizendo ser o Messias, porém confusão   e violência se seguiam após tais declarações.

"E naquele dia levantou-se grande perseguição contra a Igreja em Jerusalém; e todos, exceto   os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria". "E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os   encerrava   na prisão". (Atos 8.1,3)  Este é Saulo de Tarso, que mais tarde foi conhecido com o apóstolo Paulo, que agora descreverei.

  Ele foi e é um homem muito incompreendido. Até Pedro em seus últimos dias escreveu   a respeito dele "... como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender,   que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para   sua própria perdição" (II Pe 3.15,16).

Há um registro no livro de Atos de um evento monumental, que não apenas mudou a vida de Saulo de Tarso, mas também de todo o mundo gentio. "E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus (Yeshua), a quem tu persegues..."
"E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça?" (At 9.3-6). 

De acordo com Atos 26.14 esta conversa foi em língua hebraica. As mudanças que aconteceram na vida de Saulo naquele dia não o afastaram da Torah (a Lei), mas lhe dariam um maior   entendimento sobre ela. Saulo era judeu, do nascimento até a morte! "Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus;   segundo a lei, fui fariseu; ... segundo a justiça que há na lei, irrepreensível"   (Fp 3.5,6). Seu amor por seu povo Israel era menor apenas pelo amor que ele tinha pelo Deus de Israel. À   igreja em Roma ele escreveu, "Em Cristo (Messias) digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):

Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.

Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;

Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas;

Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo (Messias) segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém".

  "Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua   salvação" (Rm 9:1-5, 10:1)

Um homem pode escolher uma ocupação, ou o campo de trabalho no qual ele deseja desenvolver sua vida, mas no tocante às coisas espirituais, "...Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento" Rm 11:29 Havia um chamado especial sobre a vida de Saulo de Tarso. Sua vida mudou de direção em cento   e oitenta graus. De um dedicado oponente o perseguidor da seita dos Nazarenos,   ele tornou-se um ardente seguidor de seu Yeshua (Jesus). 

  A Torah começou a ser-lhe aberta. Ele começou a conhecer as Escrituras sob uma   nova e maravilhosa luz, como ele nunca antes tinha visto. Seu chamado foi para   estender a mensagem de esperança, vida e paz para as nações (gentios). Foi escrito   por Moisés em Deuteronômio:

  "A zelos me provocaram com aquilo que não é Deus; com as suas vaidades me   provocaram à ira: portanto eu os provocarei a zelos com o que não é povo; com   nação louca os despertarei à ira" Dt 32:21

E Isaías escreveu,
"Fui buscado dos que não perguntavam por mim, fui achado daqueles que não   me buscavam; a uma nação que não se chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui.   Eis-me aqui" Is 65:1

 Desta e da outra Escritura ele viu que as nações (gentios) encontrariam o seu   caminho para o Deus de Israel através de sua misericórdia. Há aqueles que gostariam   de culpar esta teoria e rejeitar os gentios da adoração ao único e verdadeiro   Deus, o "Deus de Israel". 


Mas eu sou grato a este querido irmão, Saulo de Tarso, que apoiou sua fé na Tanach (Bíblia Hebraica). Através da sua fidelidade e misericórdia ao Deus de Israel, nós em nossa geração, judeus e gentios temos prazer na revelação das profecias concernentes ao plano da salvação e o profetizado Messias judeu, Yeshua(Jesus). Assim, Saulo nunca abandonou o seu judaísmo.

"...Apressava-se, pois, para estar, se lhe fosse possível, em Jerusalém no dia de Pentecostes"   At 20.16. Sobre sua partida para Jerusalém e o encontro com Tiago e os anciãos, ele foi novamente confrontado por aqueles que não viram a profundidade espiritual desta mensagem do Messias.   Sua mensagem não foi destruída com a Torah (Lei), mas em vez disso ele sentiu a necessidade da Torah ser escrita nas tábuas de carne do coração. A alegria   de fazer a vontade de Deus no Messias e não a carga do justo seguindo um mandamento.   Mas muitos não o entenderam.

"... Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei.

E já acerca de ti foram informados de que ensinas todos os judeus que estão entre os gentios a apartarem-se de Moisés, dizendo que não devem circuncidar seus filhos, nem andar segundo o costume da lei.

Que faremos pois? em todo o caso é necessário que a multidão se ajunte; porque terão ouvido que já és vindo.

Faze, pois, isto que te dizemos: Temos quatro homens que fizeram voto.

Toma estes contigo, e santifica-te com eles, e faze por eles os gastos para que rapem a cabeça, e todos ficarão sabendo que nada há daquilo de que foram informados acerca de ti, mas que também tu mesmo andas guardando a lei (Torah).

Todavia, quanto aos que crêem dos gentios, já nós havemos escrito, e achado por bem, que nada disto observem; mas que só se guardem do que se sacrifica aos ídolos, e do sangue, e do sufocado e da prostituição.

"Então Paulo, tomando consigo aqueles homens, entrou no dia seguinte no templo,   já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação;   e ficou ali até se oferecer por cada um deles a oferta" (Atos 21.20-26).

Em outra Escritura nós veremos a mensagem de Paulo aos gentios em profundidade. Mas deixe-me dizer aqui, ainda que a circuncisão não foi ordenada aos gentios, não foi proibida também. O fato que vemos aqui é que Saulo manteve a Torah (Lei) como esta escrito

 "Mas confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo   ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas.
Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos.
  E por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus   como para com os homens"
(Atos 24.14-16).

E agora nós também, aqui no século vinte, que cremos em Yeshua (Jesus) como o único que cumpriu as Escrituras concernentes ao Messias, reconhecemos o judaísmo da "seita dos nazarenos". As raízes da fé de Saulo não eram Romanas, Gregas, Russas, Inglesas, etc... mas judaicas. Nós também reconhecemos que nossa fé e suas raízes provém do judaísmo.

 Entretanto, nossa forma de adoração e estilo de vida são ambos messiânicos,   como seguidores de Yeshua (Jesus) o Messias e "judeus" como seguidores da seita judaica   dos nazarenos que ele estabeleceu!

Fonte: www.bibliabytes.com.br

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Tradições que não tem apoio bíblico

Tradições que não tem apoio bíblico

Você sabia?

Que existem tradições que não tem qualquer apoio bíblico em nossas Igrejas?
Como exemplo:

Você sabia...
-  Na Bíblia não existem os três reis magos, que inclusive alguns chamam de Baltazar, Gaspar e Belchior? No texto bíblico está escrito assim:  "E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém" (Mt 2:1).

Você sabia...
-  Que Jonas não foi engolido por uma baleia? No livro de Jonas está assim escrito: "Preparou, pois, o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe" (Jn 1:17). Algumas pessoas deduzem que o "grande peixe" era uma baleia, mas isso não está escrito na Palavra!

Você sabia...
-  Eva não comeu uma maçã e cometeu o pecado que os expulsou do paraíso! No texto lemos o seguinte: "E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela" (Gn 3:6). A Escritura nos fala de um fruto, mas não o especifica!

Você sabia...
- Muito se tem falado sobre o vinho, e alguns até afirmam que o vinho consumido na ceia de Jesus com os apóstolos não era realmente vinho, mas sim suco de uvas. Paulo quando fala sobre isso já nos dá o tom de como as coisas aconteciam: "De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor. Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro embriaga-se" (1 Co 11:20-21). Seria muito difícil alguém embriagar-se com suco de uvas!
Vejamos então do que se tratava:
A palavra grega para vinho é oinos e significa vinho fermentado naturalmente (sem o acréscimo do álcool como conhecemos hoje). 

Ela ocorre em várias passagens do Novo Testamento, a saber: Mt 9:17 ; Mc 2:22 ; Mc 15:23 ; Lc 1:15 ; Lc 5:37-38 ; Lc 7:33 ; Lc 10:34 ; Jo 2:3 ; Jo 2:9-10 ; Jo 4:46 ; Rm 14:21; Ef 5:18 ; 1 Tm 3:8; 1 Tm 5:23; Tt 2:3; Ap 6:6; Ap 14:8; Ap 14:10; Ap 16:19; Ap 17:2 ; Ap 18:3 ; Ap 18:13 ; Ap 19:15. 


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7 Segredos para o SUCESSO!!

7 Segredos para o SUCESSO!!

Você sabia?

Poucas pessoas causaram, através de suas vidas, um impacto tão grande quanto o apóstolo Paulo. Ao final de sua vida, ele havia espalhado a fé por todo o império romano - viajando a maior parte do tempo a pé. Imagine o que ele teria alcançado se dispusesse de um jatinho, telefone celular e internet
 - Aqui estão, com suas próprias palavras, as chaves para a sua vida bem sucedida, como podemos ver:
   


       SENSO DE DIREÇÃO

  • "Esforço-me para chegar ao fim da corrida e receber o prêmio..." (Fp.3:14).


    ENTENDIMENTO     


  • "Aprendi o segredo de estar satisfeito em toda e qualquer situação." (Fp.4:12)


        COMPROMETIMENTO    


  • "Considero a minha vida sem valor para mim, contanto que possa terminar a corrida e completar a obra que o Senhor Jesus me entregou..." (At.20:24)


        COMPAIXÃO    


  • "Eu poderia ter todo o conhecimento...e fé para remover montanhas, e poderia dar tudo o que possuo - mas se não tiver amor, nada disso me seria de proveito." (1 Cor.13:2,3)


       FÉ ENTUSIÁSTICA    


  • "Tenho forças para todas as coisas, por intermédio d'Ele, que me infunde força interior." (Fp.4:13)


      SERVIR AOS OUTROS    


  • "Sinto-me feliz, por dar tudo o que tenho, como também a mim mesmo, para lhes ser de auxílio." (2 Cor.12:15)


      RESISTÊNCIA     


  • "Sou duramente oprimido de todos os lados, porém nunca me sinto frustrado; estou perplexo, mas não desesperançado. Sou perseguido, mas Deus nunca me desamparou. Eu posso ser derrubado, mas nunca serei posto fora de combate." (2 Cor.4:9)
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Shophar

Shophar

Quando é ouvida a voz de Deus, o que acontece?

Seria isso mais um mistério que esteve oculto nas linhas das Escrituras até o dia de hoje? Vamos juntos       descobrir coisas maravilhosas sobre a voz de Deus...

O que significa a palavra SHOPHAR? Seira sua tradução simplesmente "trombeta" como nos acostumamos a ler em nossas bíblias ou há algo mais profundo por trás desta palavra? Vejamos a palavra em alguns contextos para tirarmos

  • O Shophar e a voz de Deus:


  A primeira ocorrência da palavra está em Ex 19.16 onde está escrito:  "Ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões, relâmpagos, e uma nuvem espessa sobre   o monte; e ouviu-se um sonido de buzina mui forte, de maneira que todo o povo   que estava no arraial estremeceu"

Duas coisas devem ser destacadas:   a primeira é que a palavra sonido em hebraico é qol e significa "voz"   e a palavra buzina é "shophar"! No versículo 19 do mesmo capítulo está   escrito: "E, crescendo o sonido da buzina cada vez mais,   Moisés falava, e Deus lhe respondia por uma voz". Novamente há a ocorrência   das duas palavras, shophar (buzina) e qol (aqui traduzido voz). Devemos salientar também que neste versículo Deus é Elohim (o Deus Criador). Ainda em Ex 20.18 está escrito: "Ora, todo o povo presenciava   os trovões, e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte a fumegar; e o   povo, vendo isso, estremeceu e pôs-se de longe". Novamente está explícito aqui a associação de qual com shophar! Isto parece mostrar-nos que, ou o shophar "fala" ou ele representa a voz de alguém! Aqui está claro que o shophar é a voz de Elohim (do Deus Criador)! É como se, a partir deste toque alguma coisa   extraordinária fosse acontecer! O shophar é tocado ou a voz do Eterno é ouvida   e logo após é dado a Moisés aquilo que conhecemos como "Os dez Mandamentos". Não é curioso que após o toque ou o ouvir desta misteriosa voz tenha ocorrido isso?

Neste contexto o toque do shophar traz a existência a palavra de Deus! E quando o povo de Israel viu a presença de Deus e suas manifestações, foi tomado de medo, colocando-se ao longe! Em Levítico o mesmo toque do shophar anuncia o Ano do Jubileu! Agora ele traz à existência um ano inteiro de remissão, perdão, restituição. Tudo isso tem início no dia da expiação! Ou seja, quando o judeu começa a orar, pedir perdão pelos seus pecados e também libera perdão, então, ao toque do shophar se inicia o jubileu! Para nós isso é muito significativo, pois o jubileu simboliza a restituição e o perdão daquilo que fora feito no passado. E isso por quase uma geração! Parece que Deus quer nos dizer: quando meu povo inicia o processo de arrependimento e perdão sem restrições, então tem início também, no reino espiritual, o toque do shophar e a liberação da restituição e do perdão para aqueles que assim procedem! Assim como em Jubileu ocorria em Israel, nós cremos que ocorre conosco hoje, apenas com uma ressalva: para nós isso acontece primeiro no mundo espiritual para depois manifestar-se no mundo físico; ou seja, aquilo que geramos através de nossas vidas manifesta-se naquele instante! Mas quando isso ocorre para nós hoje? Quando podemos considerar o "jubileu" para nós?

  • O Shophar quebrando obstáculos:


Parece algo muito improvável que o simples toque de uma trombeta poderia ocasionar algo no mundo físico. Mas aconteceu! Quando Josué chega em Canaã, alguns obstáculos naturais são-lhe apresentados e o primeiro é a conquista de Jericó. Não podemos nos esquecer que naquela época, Jericó era uma cidade intransponível e por isso, praticamente inconquistável. Mas Deus quando envia seu povo para aquela terra já conhecia de antemão os obstáculos. Quando chega o momento a ordem é dada:

"Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifres de carneiros adiante da arca; e no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas" (Js 6.4). Agora é adicionado um novo componente à esta marcha: "Chamou, pois, Josué, filho de Num, aos sacerdotes, e disse-lhes: Levai a arca do pacto, e sete sacerdotes levem sete trombetas de chifres de carneiros, adiante da arca do Senhor".(Js 6:6)

Agora vão para a marcha contra a cidade os sacerdotes, o povo, o exército e a arca do Senhor! O Senhor é apresentado aqui como YHWH (Há Shem), aquele que disse a Moisés que seu nome seria "Eu me torno aquilo que me torno!" Aqui o povo tinha uma necessidade: vencer a batalha contra a intransponível Jerico! Agora veja a metodologia que o Eterno usou para derrotar os inimigos de Israel: "E os homens armados iam adiante dos sacerdotes que tocavam as trombetas, e a retaguarda seguia após a arca, os sacerdotes sempre tocando as trombetas" Js 6:9. Note que até aqui nada aconteceu! Somente os sacerdotes estão tocando cada um seu shophar! Fisicamente nada mudou, mas no mundo espiritual já estava ocorrendo algo, pois como já vimos o toque do shophar é o ressoar da voz do Deus Eterno! Enquanto eles obedeciam e tocavam, ordens foram liberadas no reino espiritual determinando que o muro de Jericó fosse derrubado e que os israelitas conquistassem a cidade, pois era a voz de Deus que assim dizia! Enquanto eles andavam, tocavam, e enquanto tocavam algo se movia no mundo espiritual! "Os sete sacerdotes que levavam as sete trombetas de chifres de carneiros adiante da arca da Senhor iam andando, tocando as trombetas; os homens armados iam adiante deles, e a retaguarda seguia atrás da arca do Senhor, os sacerdotes sempre tocando as trombetas" Js 6:13.

Tudo foi feito conforme lhes fora ordenado e então, após cumprido o tempo determinado por Deus, as muralhas caíram em frente ao povo de Israel! Parece difícil de acreditar, mas o efeito do toque do shophar e da obediência em agir conforme lhes fora ordenado resulta na conquista da cidade de Jericó! Veja isso então: "E quando os sacerdotes pela sétima vez tocavam as trombetas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o Senhor vos entregou a cidade" Js 6:16. Houve uma combinação um tanto quanto incomum: a voz do shophar e a voz do povo! "Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas; ouvindo o povo o sonido da trombeta, deu um grande brado, e o muro caiu rente com o chão, e o povo subiu à cidade, cada qual para o lugar que lhe ficava defronte, e tomaram a cidade" Js 6:20.

 O Senhor quer trabalhar em conjunto com seu povo para que sua palavra e a nossa   (profetizando a palavra de Deus) tragam derrota ao nosso inimigo!


  • A convocação para a batalha


Em Juizes 3.27 Eúde convoca os filhos de Israel para a batalha através do toque do shophar. "E assim que chegou, tocou a trombeta na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel, com ele à frente, desceram das montanhas". Nas montanhas de Efraim (ao noroeste de Jerusalém) ele toca o shophar e convoca os filhos de Israel para lutarem pela libertação de seu povo, que naquela ocasião vivia sob o jugo dos moabitas. Aqui o toque do shophar (que era então conhecido na época) chamava os homens valentes para a batalha! Era um momento muito especial, pois o próprio Eúde já havia liquidado com o rei de Moabe, agora restara reconquistar aquilo que o inimigo havia roubado do povo de Israel. O toque do shophar, nas suas entrelinhas dizia ao povo:

"É tempo de nós trazermos de volta aquilo que o nosso inimigo nos usurpou! Vamos destemidamente à batalha!
Outra ocasião que nos chama atenção é quando Gideão convoca o povo para vencer os midianitas. "Mas o Espírito do Senhor apoderou-se de Gideão; e tocando ele a trombeta, os abiezritas se ajuntaram após ele" Jz 6:34. Vejamos a seqüência de fatos ocorridos aqui: O Espírito de YHWH (Eu me torno aquilo que me torno) apodera-se daquele que seria seu instrumento!

Naquele momento, quando o Espírito do Senhor está em Gideão, ele torna-se a boca do Eterno. Então ele toma o shophar e convoca o povo para a vitória. Novamente: um homem cheio da presença do Deus Eterno agora torna-se instrumento de juízo contra os inimigos do Senhor. Novamente o shophar é um instrumento de convocação do povo. É como se a voz do Eterno estivesse soando e chamando-os para serem participantes da sua tremenda vitória! O episódio a seguir é simplesmente extraordinário: em Jz 7.8 está escrito: "E o povo tomou na sua mão as provisões e as suas trombetas, e Gideão enviou todos os outros homens de Israel cada um à sua tenda, porém reteve os trezentos. O arraial de Midiã estava embaixo no vale".

O acontecimento nos fala de Gideão que escolhe trezentos homens para com eles subjugar o exército dos midianitas. Os homens que seguiram para a batalha levaram consigo suas provisões e seu shophar! Veja que coisa extraordinária, pois estes homens possuíam, cada um deles, seu próprio shophar para com ele proclamarem, convocarem, profetizarem e anunciarem os feitos do Senhor! Cada um deles era a "boca do Senhor" e estaria logo mais na batalha para provar aos midianitas que eles possuíam a unção e a benção do único Deus que pode livrar e dar a vitória! Em Jz 7.16 são formados os "esquadrões" de guerra: "Então dividiu os trezentos homens em três companhias, pôs nas mãos de cada um deles trombetas, e cântaros vazios contendo tochas acesas". Agora eles recebem a orientação de como atacar: "Quando eu tocar a trombeta, eu e todos os que comigo estiverem, tocai também vós as trombetas ao redor de todo o arraial, e dizei: Pelo Senhor e por Gideão!" Jz 7:18. Novamente aqui o Senhor é apresentado como aquele cujo nome significa "Eu me torno aquilo que me torno". Havia entre eles um consenso muito grande quanto ao que fazer como fazer.

Agora, tudo dependia de sua ação! Então acontece que "Gideão, pois, e os cem homens que estavam com ele chegaram à extremidade do arraial, ao princípio da vigília do meio, havendo sido de pouco colocadas as guardas; então tocaram as trombetas e despedaçaram os cântaros que tinham nas mãos; Gideão, pois, e os cem homens que estavam com ele chegaram à extremidade do arraial, ao princípio da vigília do meio, havendo sido de pouco colocadas as guardas; então tocaram as trombetas e despedaçaram os cântaros que tinham nas mãos" Jz 7:19,20. Mas o que aconteceu então? "Pois, ao tocarem os trezentos as trombetas, o Senhor tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial, e fugiram até Bete-Sita, em direção de Zererá, até os limites de Abel-Meolá, junto a Tabate" Jz 7:22. O resultado da batalha foi a vitória dos trezentos homens de Gideão que tinham como arma um shophar...

Está escrito no Salmo 29 que a voz do Senhor é poderosa, ela é cheia de majestade, ela quebra os cedros do Líbano, etc... Aqui, a voz do Senhor fez com que os inimigos fossem vencidos sem que houvesse nas mãos dos filhos de Israel sequer uma espada! A mesma voz que para os filhos de Israel traz livramento e vitória, traz também para seus inimigos a derrota, infortúnio, morte! Assim novamente podemos afirmar: quando o Senhor fala algo SEMPRE acontece! O profeta Jeremias fala de outra convocação: a convocação para a vitória! "Anunciai em Judá, e publicai em Jerusalém; e dizei: Tocai a trombeta na terra; gritai em alta voz, dizendo: Ajuntai-vos, e entremos nas cidades fortificadas" (Jr 4:5). O povo é convocado para entrar e saquear as cidades fortificadas! Como? Tocando a trombeta e gritando! Parece uma estratégia estúpida! A vitória viria através do toque da trombeta e de gritos?

Esta é a estratégia que foi usada por Deus para a conquista de Jericó! No verso 19 o profeta clama pela batalha: "Ah, entranhas minhas, entranhas minhas! Eu me torço em dores! Paredes do meu coração! O meu coração se aflige em mim. Não posso calar; porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra" (Jr 4:19). O profeta já escutou a convocação do Eterno e seu coração e sua alma (seus sentimentos) agora esperam o momento da batalha! Ele contempla a cena: "Até quando verei o estandarte, e ouvirei a voz da trombeta?" (Jr 4:21). Jeremias vê a bandeira (estandarte) de seu povo tremulando e ouve a voz do Eterno soando! Já há uma ansiedade no coração dele por este momento! O profeta sabe que este é o tempo da vitória!

  • O shopar anuncia o juízo


Antes de qualquer coisa ser feita, existe uma preparação para que o shopar seja tocado. Oséias diz assim: "Põe a trombeta à tua boca. Ele vem como águia contra a casa do Senhor; porque eles transgrediram o meu pacto, e se rebelaram contra a minha lei" (Os 8:1). Para que isso ocorra, primeiro, o homem de Deus coloca-se em pé (fica em posição de "trabalho" [em contraste com o estar sentado ou deitado, que significa descanso]). Este homem anunciará o mal que virá contra o povo do Senhor por causa de sua transgressão! Em Is 58.1 está escrito: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados".

Aqui o profeta compara a voz daquele que anuncia ao shopar para anunciar o juízo e o pecado do povo! É a voz do Eterno que anuncia transgressão e os pecados de seu povo que se desviou de seus caminhos! Esta voz chama o povo de volta para o Senhor... É a voz do Pai que chama seus filhos de volta a si!

Novamente o profeta Jeremias fala sobre o juízo "Fugi para segurança vossa, filhos de Benjamim, do meio de Jerusalém! Tocai a buzina em Tecoa, e levantai o sinal sobre Bete-Haquerem; porque do norte vem surgindo um grande mal, sim, uma grande destruição" (Jr 6:1). Agora o toque da trombeta avisa aos filhos de Israel que um juízo estará sendo derramado sobre a nação, proveniente do norte! Existem aqueles que não querem ver (por não admitirem) a destruição! "Também pus atalaias sobre vós, dizendo: Estai atentos à voz da buzina. Mas disseram:
"Não escutaremos" (Jr 6:17). 

Os atalaias (ou vigias) negam-se a estar atentos à voz do Eterno que é ouvida através do shopar! Por isso, há uma necessidade de que os atalaias (ou vigias) que velam (cuidam) da integridade do povo do Senhor, primeiro, estejam atentos ao que ouvem. Segundo eles precisam, quando ouvirem a voz do shopar, discernirem o toque e agirem de acordo com aquilo que ouvem! Terceiro, eles precisam abrir suas bocas e dizer ao seu povo o que estão ouvindo de Deus! Esse é o seu papel! Não cumpri-lo implicará juízo sobre o povo, mas também sobre eles! Algumas vezes o povo do Senhor pensa e age de forma errada, tendendo à voltar ao seu antigo senhorio (de Satanás)! "Mas se vós disserdes: Não habitaremos nesta terra; não obedecendo à voz do Senhor vosso Deus, e dizendo: Não; antes iremos para a terra do Egito, onde não veremos guerra, nem ouviremos o som de trombeta, nem teremos fome de pão, e ali habitaremos" (Jr 42:13,14).

As longas lutas e tribulações trouxeram ao povo do Senhor um "cansaço" ou uma fadiga que fizeram com que o desânimo tomasse conta deles! Já havia entre eles um sentimento de "abdicação" ou "desistência" do Senhor! Eles queriam "abrir mão" do Senhor para voltar à "segurança" do Egito! Como se no Egito o povo de Deus tivesse alguma segurança! Eles já haviam esquecido que o Egito é sinônimo de escravidão, trabalho duro, opressão, dor física e mental, etc... A situação que também pode ocorrer é a seguinte: "... se, quando ele vir que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo; então todo aquele que ouvir o som da trombeta, e não se der por avisado, e vier a espada, e o levar, o seu sangue será sobre a sua cabeça. Ele ouviu o som da trombeta, e não se deu por avisado; o seu sangue será sobre ele. Se, porém, se desse por avisado, salvaria a sua vida.
Mas se, quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo, e vier a espada e levar alguma pessoa dentre eles, este tal foi levado na sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o requererei da mão do atalaia"
(Ez 33:3-6). 

Neste caso o atalaia é colocado como a figura central do episódio: ele é o primeiro a receber o aviso através do som da trombeta e deve "repassar" este aviso aos seus compatriotas, pois deste aviso depende a vida das pessoas que o ouvem! Quando ele ouve, interpreta e dá o aviso, então muitos são poupados do juízo! Mas, quando isso não acontece (o atalaia não avisa), então há morte, dor, angústia, derrota! Tudo por causa de um atalaia infiel! Neste caso, os prejuízos causados por sua infidelidade serão cobrados deste homem!

  • O shopar e o Dia do Senhor


O profeta Joel nos fala assim: "Tocai a trombeta em Sião, e dai o alarma no meu santo monte. Tremam todos os moradores da terra, porque vem vindo o dia do Senhor; já está perto" (Jl 2:1). Desta vez o shopar anuncia o dia do Senhor! Agora o próprio Deus nos fala que o shopar será tocado me Sião, entre seu povo, e o alarme, que pede para que tenham atenção, no seu santo monte! Tudo isso acontecerá em Israel! O sinal de alerta já foi dado e ele aponta para este dia! Amós fala disso de outra forma: "Tocar-se-á a trombeta na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, sem que o Senhor o tenha feito?" (Am 3:6). Este é o toque que anuncia o juízo final de Deus e mostra que qualquer coisa que aconteça (aqui, o mal) vem com permissão do Senhor!

Este dia será terrível para o homem, pois ele será acompanhado de terríveis sinais! "Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas e contra as torres altas. E angustiarei os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne como esterco" (Sf 1:16,17). No fim dos tempos, o próprio povo do Senhor será utilizado por ele para trazer juízo aos povos e nações. E Ele estará sobre seu povo para julgar os povos! "Por cima deles será visto o Senhor; e a sua flecha sairá como o relâmpago; e o Senhor Deus fará soar a trombeta, e irá com redemoinhos do sul". (Zc 9:14). 

Agora, o próprio Deus faz soar o shopar (a sua voz) anunciando ao mundo os seus juízos contra toda a impiedade!

Bendito seja o nome!


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Sionismo

Sionismo

A origem da palavra "Sionismo"...

É o termo bíblico "Sião", usado geralmente como   um sinônimo de "Jerusalém" e da Terra de Israel (Eretz Israel). O Sionismo é   uma ideologia que expressa o profundo anelo dos judeus de todo o mundo por sua   pátria histórica - Sião, a Terra de Israel.

"Para o judeu, a palavra Sião tem um significado muito profundo que toca e envolve a sua alma e os seus sentimentos. É, talvez, difícil descrever este sentimento que se traduz no amor já definitivamente incorporado durante séculos ao patrimônio religioso, cultural e afetivo e está enraizado no seu próprio ser". 

 

  • Sionismo bíblico


A aspiração pelo retorno à sua pátria foi sentida pela primeira vez pelos judeus exilados na Babilônia há cerca de 2500 anos atrás - uma esperança que subseqüentemente se concretizou. "Junto aos rios da Babilônia nos assentamos e choramos, lembrando-nos de Sião" Sl 137:1. Desta forma, pode-se dizer que o Sionismo político, que se consolidou no século XIX, não inventou nem o conceito nem a prática do retorno. Ao contrário, ele adaptou uma idéia muito antiga e um movimento constantemente ativo às necessidades e ao espírito de seu tempo.

"Levantar-te-ás e terás piedade de Sião; é tempo de te compadeceres dela, já é vinda a sua hora; porque os teus servos amam até as pedras de Sião, e se condoem do seu pó. Todas as nações temerão o nome do Senhor, e todos os reis da terra a sua glória" (Sl 102:13-15).

Sião ou Tzion, em hebraico, significa local ensolarado, ou exposto ao sol; monte ensolarado. O Monte Sião é uma elevação em Jerusalém com 765 metros acima do nível do mar. Fica na parte sudoeste da Cidade antiga. Ao leste está o vale central e, ao sul, o vale de Hinon. Foi no Monte Sião, onde se situa o Cenáculo, que Jesus celebrou a última Páscoa e instituiu a Ceia do Senhor. Este monte foi conquistado pelo exército israelense em 18 de maio de 1948, na guerra de "libertação" ou "Independência" do Estado de Israel.

A palavra Sião é usada na Bíblia com quatro significados. Concentrar-nos-emos na palavra no que ela significa para o povo judeu. Os quatro sentidos são:
1) - Sião, com referência a um monte (Sl 78:68).
2) - Sião, representando a cidade de Jerusalém (II Sm 5:7; Sl 48:1,2; 60:14).
3) - Sião, referindo-se ao povo judeu, seus anseios e aspirações quando no exílio, pela libertação nacional e soberania (Sl 137:1-6; Jr 30:17; 50:4-5).
4) - Sião, como expressão daquela realidade espiritual eterna que Deus tem buscado desde o princípio. Este é o significado mais importante (Sl 50:1,2; Is 35:10; Hb 12:22; 13:14). O Sionismo nos fala sobre o grande amor que palpita dentro do peito de cada judeu por sua pátria - Sião - e também da necessidade que há em seu coração em retornar à sua terra e a sua gente! Sião é o anseio principal do povo de Israel na diáspora (dispersão)!
 

  • O Sionismo histórico


O conceito fundamental do pensamento Sionista se expressa na Declaração de Independência de Israel (14 de Maio de 1948), que declara:

"A Terra de Israel foi a terra natal do Povo Judeu. Aqui se formou sua identidade espiritual, religiosa e política. Foi aqui que, pela primeira vez, os judeus se constituíram em Estado, criaram valores culturais de significação nacional e universal e deram ao mundo o eterno Livro dos Livros.
Depois de forçado a exilar-se de sua terra, o Povo Judeu lhe permaneceu fiel em todos os países de sua dispersão, nunca deixando de orar por ela, na esperança de a ela regressar e reestabelecer sua liberdade política."

Um dos conceitos básicos do Sionismo é o de ser a Terra de Israel o local de nascimento histórico do Povo Judeu, e a convicção de que a vida judaica em qualquer outro lugar é uma vida no exílio. Moisés Hess expressa essa idéia em seu livro Roma e Jerusalém (1844):

"Dois períodos forjaram o desenvolvimento da civilização judaica: o primeiro, após a libertação do Egito, e o segundo, o retorno da Babilônia. O terceiro ocorrerá com a redenção do terceiro exílio."

Durante os séculos de duração da Diáspora, os judeus mantiveram um relacionamento forte e singular com sua pátria histórica, manifestando sua saudade de Sião através do ritual e da literatura. Quando ora, o judeu se volta para o Oriente, na direção da Terra de Israel. Na oração matutina, ele diz "Trazei-nos em paz dos quatro cantos do mundo e dirigi-nos à nossa terra". Durante as orações há algumas frases que se repetem várias vezes: "Abençoado sede Vós, Senhor, construtor de Jerusalém"; "Abençoado sede Vós, Senhor, que retornais Vossa presença a Sião". A oração de graças após as refeições inclui uma benção que termina com uma prece pela reconstrução de "Jerusalém, a Cidade Santa, em breve, em nossos dias". Na cerimônia de casamento, o noivo se compromete a "elevar Jerusalém ao ápice de nossa alegria". Na circuncisão recita-se o salmo "Se eu te esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita". Em Pessach, todo judeu declara: "No próximo ano em Jerusalém". O anseio do Povo Judeu por retornar à sua terra se expressou também em prosa e em verso, em hebraico e nas outras línguas faladas pelos judeus no correr dos séculos, idish na Europa Oriental e ladino na Espanha.


  • Quando se fala em Sião:


O judeu se reporta instantaneamente à cidade de Jerusalém. Ele se transporta ao monte da santidade, isto é, do templo, ao santuário do Eterno na Terra Santa, na Terra de Israel. Ele relembra entre os seus antepassados, o pai do seu povo, o patriarca Abrão e o sacrifício do seu filho Isaque. Ele, na elevação de Moriá, revive as glórias da presença divina no "Shekinah" no templo do Senhor; brota no seu coração o desejo ardente de visitar tão significativo lugar, por se encontrar gravado de mil maneiras na sua mente e nos seus sentimentos a frase milenar tantas vezes repetida nas suas preces: "no próximo ano em Jerusalém!"
Falar de Sião é ir fundo no coração do judeu, relembrando a terra prometida, Canaã, conquistada e perdida tantas vezes e agora novamente em seu poder pela infinita misericórdia do Todo-Poderoso.
Afloram, nos pensamentos do povo, os lindos salmos que Davi cantou, exaltou "a cidade de Davi", sua Jerusalém.

Sião, com o passar dos tempos, veio a se tornar um símbolo, uma esperança de retorno do povo judeu da Diáspora, para a sua terra e sua pátria. A Terra de Israel sem Jerusalém é como um lar sem filhos; um jardim sem flores, um sino que não retine porque não tem badalo. É um corpo sem coração.

Sião, como sinônimo de Jerusalém, tantas vezes perdida para seus inimigos, e outras vezes destruída e queimada e novamente reconstruída como uma "fenix" que sobreviveu e renasceu das cinzas pelo poder e misericórdia divina, tem um estranho poder de atração sobre o coração judeu, como a pequena limalha é atraída por um potente imã. O nome Sião está indissoluvelmente associado também à vinda do Messias, do Seu grande amor pela cidade ao ponto de chorar por ela e seus habitantes.

Sião foi o palco e o principal centro de luta entre a luz e o poder das trevas. Muitos conquistadores por ela lutaram, mas milhares e milhares de israelitas abnegados, durante os séculos pelejaram e deram suas vidas para manterem-na em seu poder. Sião e Jerusalém são dois nomes imortalizados e eternizados. Por sua vez, entre os cristãos, desde longa data, as palavras Sião e Jerusalém são lembradas, cantadas, exaltadas, em hinos de louvor e adoração a Deus, por diferentes denominações. Como cidade eterna, lar dos salvos, prometida por Deus e a seus fiéis seguidores, ela é ansiada e desejada como o alvo a ser alcançado, a Nova Jerusalém". (FELLER, Mário. Jerusalém Cidade do Grande Rei. Recife, Publicação do Instituto de Herança judaica, 1989, pg. 201 e 202).

 

  • A convocação: seja Sionista!


Quando falamos sobre ser sionista, logo nos vêem a mente a pergunta: por que eu deveria ser sionista? Para todos aqueles que crêem em Yeshua(Jesus), ser sionista - amar profundamente Israel e seu povo - é somente a conseqüência do amor que dedicamos à Yeshua!(Jesus) O nosso Senhor - Yeshua - é Deus, e todos nós sabemos que ele é judeu! Creio ser esta a mais forte - e também a principal - razão para sermos sionistas. Haverá um dia quando finalmente estaremos para sempre com o Eterno numa grande festa (as bodas do Cordeiro). Neste grande evento veremos Yeshua(Jesus) face a face. Mas que tipo de homem encontraremos? Qual será sua aparência? Como estará ele vestido? Com certeza nós nos depararemos com um judeu, vestido como tal e certamente seremos recebidos com uma saudação judaica: Shalom! (Paz!).

Existem ainda outros motivos para sermos sionistas. Estes "motivos" na realidade são ordens (imperativos) que nos convocam ao amor à Sião:

1) - "E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gn 12:3).

2) - "Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam" (Sl 122:6).

Estas duas referências nos falam diretamente sobre o que seremos e recebermos quando obedecermos à estas palavras!

Por isso, nós precisamos amar a Israel, seu povo, suas tradições (que são todas bíblicas) e não nos esquecermos de que a Noiva do Cordeiro não são os crentes em Yeshua(Jesus) na Igreja. Ela é muito mais do que isso. Segundo Paulo nos informa em Romanos capítulo 11 a Noiva é composta de todos os judeus crentes em Yeshua(Jesus) mais a soma dos crentes em Yeshua(Jesus) espalhados pelo mundo (os quais conhecemos como "Igreja")!

Nossa palavra final é "Ame Israel Agora, pois este é o tempo e Israel é o lugar onde tudo começou e onde tudo findará".

Bendito seja o Nome!

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Teologída da Sustituição

Teologída da Sustituição

O que é?

A Teologia da Substituição é um enfoque sistemático enganoso da Bíblia, que não apenas tem desviado milhões de cristãos ao longo dos anos, mas tem também originado o mal nas mais terríveis proporções. Essa teologia teve sua participação na perseguição aos Judeus pela Igreja através dos séculos, incluindo o Holocausto, e foi também o pensamento teológico que pairava por trás do pesadelo do apartheid. A Teologia da Substituição declara que Israel, tendo falhado com Deus, foi substituída pela Igreja. A Igreja é agora a verdadeira Israel de Deus e o destino nacional de Israel está para sempre perdido. A restauração do moderno Estado de Israel é, assim, um acidente, sem nenhuma credencial bíblica. Os cristãos que crêem que tal restauração é um ato de D'us, em fidelidade à Sua aliança estabelecida com Abraão cerca de 4000 anos atrás são considerados enganados. Esta é a posição básica dos adeptos dessa teologia.

  Erros de pensamento:


A - O método de interpretação alegórico: a Teologia da Substituição efetivamente mina a autoridade da Palavra de Deus pelo fato de que ela repousa sobre o método alegórico de interpretação. Isto é, o leitor da Palavra de Deus decide espiritualizar o texto mesmo que o seu contexto seja literal. Isto efetivamente rouba a Palavra de Deus de sua própria autoridade e o significado do texto fica inteiramente dependente do leitor. A Palavra de Deus pode assim ser manipulada para dizer qualquer coisa! Assim, a Teologia da Substituição apoia-se na falsa base da interpretação bíblica.

B - Entendimento inadequado da Aliança: a Teologia da Substituição é apenas sustentada por aqueles que não entenderam apropriadamente a natureza da aliança abraâmica. Esta aliança é primeiramente mencionada em Gênesis 12:1-4 e depois disso repetidamente asseverada e confirmada aos patriarcas. Essa aliança é a aliança da graça pois ela inclui a intenção de Deus de redimir o mundo todo. Deus diz a Abraão: "Em ti todas as nações do mundo serão benditas." A Aliança Abraâmica é uma aliança com três elementos vitais:

1. Ela declara a estratégia de alcançar o mundo através da nação de Israel.
2. Ela lega uma terra como uma possessão eterna à Israel.
3. Ela promete abençoar aqueles que abençoarem a Israel, e amaldiçoar aqueles que a amaldiçoarem.

É importante que notemos aqui que se um elemento da aliança falhar então todos os elementos também falharão. Assim, se as promessas de Deus para Israel já tiverem falhado, então igualmente devem ter falhado as promessas dEle de abençoar o mundo. Se o destino nacional de Israel foi perdido através de sua desobediência, então a Igreja também está arruinada! A desobediência da Igreja tem sido tão grande quanto a de Israel nos últimos 2000 anos. Ninguém pode negar isto! Paulo enfatiza este mesmo ponto quando ele escreve: "E digo isto: Uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa. Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão." [Gál 3:17-18]

De acordo com os teólogos da substituição, esta aliança foi anulada. Somente uma compreensão inadequada e superficial da aliança pode levar à tal conclusão enganosa. As promessas à Israel nacional são constantemente reafirmadas pelos profetas. Desta forma, Ele enfatiza a natureza de Seu caráter e confirma a aliança abraâmica. Um exemplo disto é Jeremias 31:35-37: "Assim diz o Senhor, que dá o sol para a luz do dia, e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre. Assim diz o SENHOR: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR."

Assim, novamente, o fato de que o sol, a lua e as estrelas ainda estejam conosco confirma a contínua validade da aliança abraâmica e, como resultado, o destino nacional de Israel. Para que a teologia da substituição seja válida, o sol e a lua devem também ser apagados. A teologia da substituição zomba do caráter de Deus pois ela repousa sobre a premissa de que se você falhar com D'us de qualquer maneira, Ele irá te descartar... mesmo que inicialmente Ele tenha te asseverado que a Sua aliança com você é eterna. Isto soa como uma resposta tipicamente humana e não como a do Deus da Bíblia.

Que nós tenhamos forte encorajamento
De acordo com o leitor do livro de Hebreus, sabemos que Deus será fiel conosco, porque apesar da desobediência de Israel, Ele manteve fidelidade para com ela. Falando da aliança abraâmica ele diz: "Por isso Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que D'us minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme, e que penetra além do véu, aonde Yeshua (Jesus), como precursor, encontrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre. segundo a ordem de Melquisedeque." [Hb 6:17-20]

Note novamente que podemos saber que Deus é fiel pelo fato de Ele ter sido fiel para com Israel em tudo que Ele lhe prometeu.

De fato, esta é a âncora de nossa alma.
1. Deus não abandonou a nação ou o povo de Israel.
2. Canaã é a terra de Israel até o dia de hoje.
3. A Igreja não substituiu a Israel, mas a aumentou. Ef 2:11 e Rm 11:17-18.
4. A restauração moderna de Israel é evidência da fidelidade de Deus às Suas promessas e é também um forte encorajamento à Igreja.
5. A restauração de Israel culminará no governo vindouro do Messias. Portanto, a Igreja no mundo é capaz de preparar-se e de abençoar a Israel tanto quanto ela puder.
6. A restauração de Israel à sua terra natal é o primeiro passo em direção à redenção de Israel.

Para terminar, seria bom que notássemos uma citação do Bispo de Liverpool, o Rev. J.D. Ryle: "Eu aviso que, a menos que vocês interpretem a porção profética do Velho Testamento com um significado literal simples de suas palavras, vocês não acharão ser algo fácil manter uma discussão com um judeu. Você se atreverá a dizer a ele que Sião, Jerusalém, Jacó, Judá, Efraim e Israel não significam o que eles parecem significar, mas significam a Igreja de Cristo?"

* Artigo publicado por Or Chadash (Nova Luz), Ministério Judaico Messiânico

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O Terceiro Templo

O Terceiro Templo

Utopia ou sinal profético?

O Terceiro Templo é hoje uma das questões mais controvertidas da atualidade em Israel. Há uma facção que diz não ser necessária a reconstrução do Templo, enquanto há outra que tem lutado arduamente a fim de prepararem os móveis, utensílios e homens santos (cohanin - sacerdotes) a fim de que, quando o Terceiro templo foi reconstruído, as demais coisas já estejam todas preparadas a fim de serem colocadas ali como no primeiro e segundo Templos.

Para alguns o projeto de reconstrução do Terceiro Templo não passa de uma grande utopia. Na opinião destes, existe em Israel um "bando" de religiosos fanáticos que querem à todo o custo colocar novamente o Templo sobre o Monte de Sião, local onde atualmente está construída a Mesquita da Cúpula Dourada! E é justamente em função da Mesquita estar ali que este grupo de pessoas julga "impossível" a reconstrução do Terceiro Templo (pelo menos naquele lugar específico!).

Já para outros, há uma realidade profética por trás desta reconstrução, pois acreditam que o Templo reconstruído será o lugar onde o homem da iniquidade (Anticristo) irá sentar-se reivindicando a deidade para si. E este fato não será plenamente possível de cumprimento, salvo quando o Templo for reconstruído! Vejamos o que nos diz Paulo: "Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?" (2 Tessalonicenses 2:1-5)

Por estes motivos há um dualismo quanto ao que espera-se em relação ao Templo. Alguns judeus oram em Israel a fim de que aconteça um "terremoto" e a Mesquita seja destruída, pois somente assim eles poderão novamente cultuar ao Deus Eterno de forma plena e satisfatória!

Para entendermos o que está prestes a acontecer, precisamos primeiramente conhecer a história do Templo e suas funções, a fim de que possamos "juntar" os fatos e compreendermos o que Deus está fazendo na história a fim de cumprir Sua Palavra!

  • O Templo


A destruição do Templo em Jerusalém no ano 70 d. C. tem um grande significado, pois afetou o judaísmo e o cristianismo de formas até hoje não compreendidas.

Para os judeus tradicionais a destruição do Templo trouxe, obviamente mais conseqüências. O que não é tão óbvio é o papel que o Templo desempenhou na mente e nas vidas dos judeus messiânicos. Muitos "cristãos" não consideram ser os primeiros judeus messiânicos judeus de fato, mas a Bíblia nos mostra claramente que isso não é verdade. At 21.18-20 - E no dia seguinte, Paulo entrou conosco em casa de Tiago, e todos os anciãos vieram ali... Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que crêem, e todos são zeladores da lei...

Temos quatro homens que fizeram voto; toma estes contigo, e santifica-te com eles, e faze por eles os gastos (sacrifícios do templo) para que rapem a cabeça, e todos ficarão sabendo que nada há daquilo de que foram informados acerca de ti, mas que também tu mesmo andas guardando a lei. Então Paulo, tomando consigo aqueles homens, entrou no dia seguinte no templo, já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer por cada um deles a oferta (sacrifício). As oferendas do Templo eram sacrificiais por natureza. O voto mencionado aqui é o voto do nazireu, e é reconhecido pelas cabeças raspadas. O motivo para fazerem o voto do nazireado era para servir no Templo junto com os Kohanim (sacerdotes) e os levitas. Seus deveres incluíam trabalhar na área do altar onde os sacrifícios eram oferecidos. Se o Templo não tivesse um grande significado para os judeus messiânicos, então porque eles fizeram o voto do nazireado?

  • Por que o Templo era necessário


O Deus de Abraão era unicamente identificado por sua ausência de aparência exterior. Isto reflete sua natureza como sendo um Deus que iria finalmente tabernacular no homem e não viver numa construção física feita com esforço humano. Desde o princípio, seu mais notável atributo é o de influenciar mudanças na natureza humana, como nos é mostrado nos "Dez mandamentos". Eles vão contra a natureza da humanidade, requerendo-nos que nos esforcemos para mudar nosso caminhar e que reatemos nossos laços uns com os outros.

Deus sempre desejou tabernacular com o homem. Na antiguidade, ele escolheu homens que ouviram sua voz e o obedeciam sacrificialmente. Noé foi o mais notável patriarca no qual Deus habitou antes do dilúvio. Ele usou Noé para "salvar" a humanidade. O próximo patriarca digno de nota com o qual Deus habitou foi Abraão, o qual de bom grado ouvira a voz do "Deus que era único" e o obedeceu. Passando por alguns notáveis, chegamos a Moisés, um profeta extraordinário com o qual Deus habitou e que foi usado por Ele para trazer-nos os primeiros oráculos da divindade sem rosto, e desde essa época, sem nome.

Moisés recebeu ordens para construir um tabernáculo que seria simplesmente uma manifestação de uma habitação que era, na realidade, uma cópia daquilo que estava nos céus. Era portátil e continha duas câmaras internas, uma das quais chamada de "santo dos santos". Dentro desse lugar santíssimo foi colocada a Arca da aliança. Na arca haviam dois querubins cobrindo o "local de misericórdia". Quando Deus falou a Moisés ou ao Koen Gadol (sumo sacerdote), foi do espaço vazio entre os querubins, sobre o local de misericórdia.

Foram dadas instruções a Moisés para escrever a Torah (Lei) do Senhor e que deveria ser transmitida através das gerações. A razão para fazer-se isso é que Moisés ouvira do Senhor termos inconfundíveis, falado "face à face" com o Senhor.

Neste ínterim, o povo precisaria lembrar-se diariamente que o Senhor era o único e verdadeiro Deus e que Ele estava com eles. O tabernáculo serviria para isso. O povo olharia para o tabernáculo e veria com seus olhos algo que representava o Reino de Deus. Isto era estranho para aqueles que observavam de longe, mas o povo de Israel sabia o significado daquele lugar.

O tabernáculo, e mais tarde o Templo, tornaram-se o foco central de suas vidas. Todos estavam continuamente cientes da presença do Senhor e do sumo sacerdote, que era seu representante autorizado. Não que não houvessem outros que carregassem o manto profético entre o povo. Às vezes, Deus escolhe indivíduos para neles tabernacular, que falem as palavras de Deus ao povo. Isaías, Jeremias, Elias e Eliseu estavam entre os mais notáveis destes profetas.

Finalmente, o rei Davi quis construir uma casa real para o Senhor, mas por causa de seus pecados o Senhor lhe disse que não lhe seria permitido construir o Templo. Salomão, seu filho, foi aquele escolhido por Deus para construir sua morada.

  • As finalidades do Templo


* Expiação pelo pecado - o sacrifício pelo pecado foi a única oferta  pelo pecado que nós fizemos à Deus e que também foi totalmente cumprida na morte de Yeshua(Jesus).

* Sacrifícios - ofertas de gratidão, ofertas queimadas, ofertas votivas,  ofertas pelo pecado, redenção do primogênito, ofertas de dedicação, primícias, dízimos, e muitos mais eram os sacrifícios feitos no Templo. Animais eram sacrificados antes de serem consumidos.

 * Justiça - o sistema judicial em Israel deriva-se da autoridade do sacerdote (suprema   corte) localizada no Templo em Jerusalém. Quando irmãos tinham um conflito, a autoridade máxima para resolver as disputas entre a comunidade era o sumo   sacerdote no Templo. Quando o Templo foi destruído, não havia mais lugar de autoridade que restasse para resolver esses assuntos.

 * Registros oficiais - a linhagem de todas as famílias das tribos de Israel eram guardados no Templo. Quando o Templo foi destruído, não havia mais registros hereditários. Sem os registros das linhagens, seria impossível dizer quem certamente descendia de quem. Considerando-se que todas as disputas eram decididas no Templo, é fácil ver quão importantes eram estes registros.

*  Oráculos de Deus - entre os deveres do sacerdócio estava o ofício da profecia oracular. O sumo sacerdote era consultado por indivíduos que solicitavam-lhe direção ou instrução de Deus.

* Bênçãos e dedicações - Nós íamos ao Templo para dedicar nossos   filhos ao Senhor. Não havia maior alegria que um pai poderia ter que a de   ver seus filhos dedicados ao serviço do Senhor.

* Estudo da Torah - apenas no Templo nós poderíamos achar aqueles   em quem confiávamos para serem instrutores da Torah(lei) e das práticas do Templo. Apenas ali poderíamos ter nossas perguntas respondidas acerca dos aspectos mais difíceis do estudo da Torah(lei) e suas observâncias.

* Benevolência - aqueles que precisavam de ajuda sempre iam ao Templo e recebiam benevolência.   Depois que o Templo foi destruído, onde iria uma pessoa que precisa de assistência?

Havia outras funções que o Templo desempenhava na vida judaica, tais como casamento, feriados e outros eventos comunitários, mas os listados acima são os de maior significância.

Nenhum destes sacrifícios ou eventos cessaram depois que cremos em Yeshua(Jesus).
Agora que podemos ver quão importante foi o Templo em nossas vidas diárias, como poderemos nós cumprir os requisitos da Torah(lei) sem o Templo?

Como foi mostrado no início deste documento, questões sobre como viver uma vida judaica sem o Templo, foram e ainda são importantes para os judeus messiânicos tanto como para os judeus tradicionais. Os judeus do primeiro século não entenderam que o Senhor queria tabernacular neles como fora dito pelos profetas na antigüidade.

Na época deste documento, nós estamos nos preparando para observar a festa de Chanukah 5758, ou o Festival da rededicação. Meus pensamentos giram em torno de um novo dia quando o Templo será reconstruído. Se a dedicação do segundo Templo foi tão importante, quanto nos alegraremos quando o próximo Templo for construído?


  • A destruição do Segundo Templo


De acordo com o livro do Rabino Joseph Telushkin "Jewish Literacy", no capítulo 67, Roma não invadiu Israel à força. Eles foram convidados a vir à Israel para dar assistência ao rei Hircano II em 63 a C. para ajudá-lo a manter o trono contra seu irmão Aristóbulo, que convocou alguns de seus seguidores para uma insurreição. Isto gerou uma guerra civil que trouxe grande preocupação a Hircano. Roma tinha acabado de anexar a Síria, então Hircano pode ajuda a Roma. Eles ficaram felizes em responder ao pedido, e isto torna Hircano pouco mais do que um fantoche.

O resultado dessa ação fizera Roma ser capaz de colocar no poder quem quer que eles quisessem, tanto para reinar quanto para o sumo sacerdócio. Herodes, o Grande sucedeu Hircano em 37 a C. Ele foi colocado no poder por César e foi duas vezes expulso de Israel por não ajudar o povo. Herodes e César substituíram o sacerdote por alguém de sua escolha e que expressa a inimizade com Yeshua(Jesus), que foi manifesta quando Ele disse: "Minha casa será chamada de casa de oração, mas vós a transformastes num covil de ladrões", e também porque o sumo sacerdote estava tão ansioso para vê-lo ser executado.

No ano de 66 os judeus revoltaram-se contra Roma e venceram uma batalha decisiva contra o grande exército romano. Isto foi catastrófico. Quando os romanos voltaram, eles eram aproximadamente 60.000 homens com tropas fortemente armadas e que virtualmente saquearam a terra de Israel e a cidade de Jerusalém. Tochas atearam fogo ao Templo que queimou até ao chão, apenas restando o Muro Ocidental (HaKotel), também conhecido como Muro das Lamentações. Isto é o que resta do segundo Templo até o dia de hoje.

Muitos foram incitados por esta perda. Por volta do ano 100 d. C. os rabinos encontraram-se para com[pilar a Mishnah, visando explicar os fatos testemunhais dos procedimentos e serviços do Templo e responder as questões levantadas a respeito de como cumprir a Torah(lei) onde as respostas eram obscuras. Exemplo dessa natureza seguem abaixo:

A Mishnah cobriu não somente como o Templo funcionou durante o tempo do sacerdócio, mas também responder questões da seguinte natureza:

1) - Quando uma criança não esperava até o fim do Sabbath para nascer - como se ela tivesse escolha - estão a mãe e a parteira quebrando o mandamento de descansar no Sabbath devido ao parto? A resposta a esta questão é facilmente discernível. Se houver uma escolha, então um deve esperar até depois do Sabbath, entretanto ninguém demonstrou como comunicar esta questão ao bebê.

2) - Uma outra não tão clara questão ocupa-se com as vacas leiteiras. Uma vaca leiteira está sendo ordenhada todo o dia e não pode "pular" o sábado, somente porque você quer guardar o sábado. Entretanto ordenhar uma vaca no Sabbath, enquanto considerado trabalho, está inutilizado pelo mandamento que fala sobre mostrar misericórdia no Sabbath. Seria cruel o resultado de "pular" a ordenha no sábado. Igualmente, se um animal cai num fosso ou num buraco no Sabbath deve ser resgatado, ou então trará resultados danosos para a vida. Para muitos devotos judeus estas questões precisam de soluções. O que parece ser para você um claro caso de reducionismo, não pareceria tão claro quando considerados todos os fatos.

3) - O Yom Kippur (Dia da Expiação) é um dos mais sagrados dias no judaísmo. Nele somos comandados a jejuar. A Torah diz-nos que todos os que não jejuarem no dia de Yom Kippur deverão ser cortados do meio do povo. Uma questão emerge, considerando-se aqueles que estão doentes, por exemplo, com diabetes. Aqueles que sofrem esta enfermidade não podem deixar de comer devido ao tratamento e a natureza da situação. Os rabinos assim concluíram que aquelas pessoas que estiverem doentes e que correrem o risco de complicações devido ao jejum foram liberadas do mandamento de jejuar no Yom Kippur.

O livro de Hebreus, escrito para judeus messiânicos em função da destruição do Templo, e também na mesma época começa declarando que Yeshua(Jesus) veio de maneira similar à dos profetas antes dele, e que seu ministério é maior do que o dos profetas e dos anjos. Evidentemente, os crentes messiânicos estavam gravitando na direção de qualquer doutrina disponível que pudesse preencher o vazio desta perda. Desde que o sumo sacerdote não estava mais disponível para preencher a função do profeta oracular; doutrinas de anjos começaram a preencher as esperanças do povo. No capítulo 5 o escritor (creio ser o rabino Shaul; isto é, Paulo), debate o trabalho do sumo sacerdote apontando para como o Messias entrou no lugar santíssimo para o nosso próprio benefício, e ainda dizendo que Ele foi sacerdote da ordem de Melquisedeque. O capítulo 8 contém um sumário do que está sendo dito:8.1) - ORA, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade,
8.2) - Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
8.3) - Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.

No capítulo 9, o escritor debate as coisas que eram encontradas no lugar santo do Templo. E vai adiante.

Em cerca de 230 d. C., os rabinos encontraram-se novamente para resolver mais complicações sobre as práticas apropriadas da Torah com a falta do Templo e vários outros aspectos do judaísmo. Os rabinos discutiram os prós e os contras e chegaram a algumas conclusões. Todo o processo está gravado no "Talmude de Jerusalém". As duas maiores escolas da época, Shammi e Hillel estavam envolvidas nas discussões com a segunda e terceira gerações de estudantes, de rabinos famosos tais como Simeão, o Justo. Na comunidade judaica tradicional, os fariseus trouxeram-nos as traduções orais e foram responsáveis por conduzir-nos através destes dilemas.

O Talmude de Jerusalém foi muito importante para TODOS os judeus que viveram em Israel, mais durante a diáspora, quando os judeus foram impelidos de sua terra natal, como então poderíamos criar um nível de vidas "separadas" que nos identificassem com os judeus? Como poderiam judeus da Polônia reconhecerem os judeus do Texas? Como saberíamos quando celebrar as festas? Deveríamos nós observar o início do Sabbath e dos feriados sincronizados com Jerusalém e o calendário judaico ou devemos nós usar o calendário local e as datas locais para observar estes dias?

Em cerca de 500 d. C. os rabinos acharam necessário um novo encontro para esclarecer as áreas obscuras que diziam respeito a o que fazer na Diáspora. O processo foi o mesmo usado pelo Talmude de Jerusalém, e todas as coisas foram sendo estupidamente registradas como antes, mas desta vez isto chama-se "Talmude Babilônico", porque muitas das questões tinham a ver com a dispersão dos judeus de sua terra natal. O termo "Galuf" refere-se aos judeus que não viviam em Israel e regulava a vida dos judeus na Diáspora.

A razão primária para escrever-se o Talmude é para responder-se à ausência do Templo.
O livro de Hebreus responde a destruição e a tendência no judaísmo messiânico acerca de diversas doutrinas, por causa da destruição do Templo. Se os judeus messiânicos foram afetados tão profundamente pela perda do Templo, seria ridículo assumir que não tenha tido efeito nos cristãos gentios este fato. A natureza das conseqüências da perda do Templo para os gentios messiânicos não é tão difícil de ser observada por olhos treinados, mas isso foi aparentemente providencial, pois a mão de Deus estava guiando ambos, judeus e gentios messiânicos através desta perda. É duvidoso que muitas das "modernas" tradições cristãs seriam como são hoje em dia se o Templo e o sacerdócio tivessem sobrevivido.

Estamos esperando o dia quando o Templo será reconstruído e novamente os sacrifícios serão oferecidos sobre o altar santo. Se isso pertencesse ao passado, a Mishnah seria uma ferramenta inválida neste processo de reconstrução, não apenas do Templo mas também do sacerdócio. Naquele glorioso dia, Deus reinará sobre nós, e também sobre toda a terra. Todas as nações virão ao Senhor para adorá-lo em Jerusalém e participar da Festa dos Tabernáculos. O leão morará com o cordeiro e a criança brincará sobre a toca da áspide. Nenhum mal virá a ninguém em HaOlam Habah (a era do porvir).

 O Futuro que nos aguarda

Tudo o que foi exposto mostra-nos que sempre houve e sempre haverá um encaminhamento da parte do Senhor da história da humanidade a fim de Sua Palavra tenha um pleno cumprimento.
O Eterno vê as coisas como fatos consumados! Para Ele não existem passado, presente e futuro. Tudo é um eterno presente. Por isso Ele que já conhece o fim de todas as coisas, tem hoje nos dado o privilégio de vivermos no ápice da história da humanidade! Este é o tempo no qual o Eterno estará restaurando todas as coisas a fim de que seja possível o cumprimento daquilo que nos foi deixado em Sua Palavra!


O Templo é parte fundamental da Escritura e exerce também um papel muito rico na cultura bíblica e judaica. Sendo assim nós cremos que está havendo uma preparação da parte do Senhor a fim de que a Mesquita da Cúpula Dourada deixe de existir no local conhecido pelos judeus como "Monte do Templo". E quando isso acontecer, então será reconstruído o Templo de Jerusalém. Para ali afluirão pessoas de todas as partes do mundo a fim de cultuarem ao Eterno Deus de Israel! Este será mais um dos momentos marcantes na história do povo de Israel, que se alegrará muito por ter novamente a oportunidade de ter restaurado o sacerdócio e os sacrifícios! E quando isso acontecer, nós que temos entendimento sobre estas coisas deveremos clamar por nossas vidas, pois o filho da perdição, o homem do pecado, então se manifestará e se apresentará como o Mashiach (Messias)!
O que ocorrerá então? Neste momento já terá tido início o tempo que conhecemos como "Grande Tribulação"!

Fonte: www.bibliabytes.com.br

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Dicionário Hebraico

Dicionário Hebraico

Resumido

Palavras de "A" a "C"

Adar

Décimo segundo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Afikoman

“Sobremesa”; pedaço de matsá tirado no início do sêder e guardado até o final da refeição; é o último alimento a ser ingerido antes do Bircat Hamazon, Bênção de Graças após a refeição – para lembrar as oferendas de Pêssach, que era o último alimento ingerido no sêder, na época do Templo.

 

 

 

 

Ahavat Israel

Amor ao próximo; um dos preceitos fundamentais da Torá: “Ame ao teu próximo como a ti mesmo”.

 

 

 

 

Ano embolísmico

Ano em que ocorre o acréscimo de um mês (sete vezes em cada ciclo de 19 anos) para que o ano lunar se iguale ao ano solar.

 

 

 

 

Arca

No local mais sagrado do Templo, “Santos dos Santos” ficava guardada a Arca Sagrada que continha as tábuas da Lei que continha os Dez Mandamentos.

 

 

 

 

Ashkenazi

Termo utilizado para designar os judeus nascidos na Europa Ocidental.

 

 

 

 

Ashkenazita

Judeu de origem ashkenazi.

 

 

 

 

Av

Também chamado "Menachem Av"; quinto mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Baal Shem Tov

Nome completo: Rabino Israel Baal Shem Tov (1698-1760); conhecido como o “Mestre do Bom Nome”. Fundador do Chassidismo.

 

 

 

 

Baal Teshuvá

Aquele que retorna ao caminho de Torá após ter permanecido afastado.

 

 

 

 

Bar Mitsvá

literalmente “Filho do Mandamento”; termo designado a meninos que completam a maturidade religiosa aos 13 anos de idade.

 

 

 

 

Bat Mitsvá

literalmente “Filha do Mandamento”; termo designado a meninas que completam sua maturidade religiosa aos 12 anos de idade.

 

 

 

 

Bedicat Chamêts

Busca realizada na noite anterior a Pêssach com a finalidade de remover todo e qualquer vestígio de chamêts.

 

 

 

 

Beit Hamicdash

Templo Sagrado; referente aos dois Templos que existiam em Jerusalém e foram destruídos; moradia de D'us na Terra; local onde eram realizados os sacrifícios e trazidas as oferendas; o Muro das Lamentações é a muralha remanecente que cercava o Segundo Templo.

 

 

 

 

Berach

Um dos passos do sêder de Pêssach, quando ao final da refeição, recita-se o Bircat Hamazon, Bênção de Graças após a refeição.

 

 

 

 

Bereshit

Lit. “No princípio” o primeiro dos cinco volumes da Torá.

 

 

 

 

Cabalá

Lit. “tradição recebida”; uma referência a tradição mística judaica; relaciona-se aos estudos e prática da parte mística da Torá.

 

 

 

 

Cabalista

Aquele que é bem versado nos ensinamentos e prática da Cabalá.

 

 

 

 

Cadêsh

Recitação da bênção sobre o vinho, “kidush”; primeiro “passo” do sêder de Pêssach.

 

 

 

 

Calendário gregoriano

Calendário utilizado em grande parte do mundo; recebeu este nome por ter sido reformado pelo Papa Gregório XIII (1502-1585) do calendário juliano.

 

 

 

 

Carpás

“Antepasto”; pedaço de vegetal que pode ser cebola, ou batata que é colocado na keará, travessa do sêder de Pêssach. Este vegetal é ingerido logo no início do sêder após ser mergulhado em água salgada para despertar e estimular a curiosidade das crianças.

 

 

 

 

Casher

Apropriado, correto para o uso; no caso de alimento, permitido para consumo.

 

 

 

 

Cashrut

Conjunto de leis que regem a dieta judaica e que estão descritos na Torá.

 

 

 

 

Chabad

Lit. acróstico das palavras hebraicas “Chochmá, Biná e Daat” que significam, respectivamente, inteligência , entendimento e sabedoria; forma chassídica que filtra o poder espiritual e emocional através do intelecto: foi fundado pelo Rebe Schneur Zalman de Liadi; um sinónimo para Chabad é Lubavitch, aldeia onde este movimento surgiu durante um século.

 

 

 

 

Chabadniks

Aqueles que seguem a filosofia Chabad.

 

 

 

 

Chacham

“Sábio”; alusivo a um dos quatro filhos citados na Hagadá.

 

 

 

 

Chag, pl. Chaguim

Lit. “festa”;Termo usado para designar as festas judaicas.

 

 

 

 

Chaguigá

Era uma das oferendas trazidas ao Templo Sagrado durante a peregrinação dos judeus a Jerusalém realizada três vezes por ano.

 

 

 

 

Chamêts

Todo alimento ou bebida feito à base de trigo, centeio, cevada, aveia ou espelta, ou seus derivados, que é fermentado

 

 

 

 

Chanucá

Lit. “Dedicação”; oito dias nos quais comemora-se a vitória dos chashmonaim sobre o exército opressor Greco-sírio; subsequentemente o Templo Sagrado foi reconsagrado .

 

 

 

 

Charôsset

Mistura composta por maçãs e pêras raladas e nozes misturadas com vinho tinto formando uma pasta. Sua cor e consistência recorda a argamassa com a qual ou nossos ancestrais foram obrigados a trabalhar no Egito.

 

 

 

 

Chassid

Lit. “um homem piedoso”; o termo se aplica aos seguidores do movimento chassídico; seguidor de um Rebe chassídico.

 

 

 

 

Chassídico

Qualidade de apreciar a Chassidut, filosofia que incentiva o estudo e compreensão da parte mais profunda e mística da Torá.

 

 

 

 

Chassidismo

Sinônimo de Chassidut.

 

 

 

 

Chassidut

Estudo e prática da parte oculta e mística da Torá.

 

 

 

 

Chazêret

Ervas amargas usadas na travessa do sêder para o Corêch.

 

 

 

 

Chêder

Escola na qual meninos judeus, a partir de três anos de idade, são iniciados no aprendizado do alfabeto hebraico e nos estudos de Torá.

 

 

 

 

Cheshvan

Também chamado Marcheshvan; oitavo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Chinuch

Lit. educação.

 

 

 

 

Chumash

Pentateuco; os cinco livros da Torá

 

 

 

 

Cohanim

Plural de Cohen

 

 

 

 

Cohen

Uma das três categorias em que se divide o povo judeu: Cohen Levi e Israel; descendentes de Aharon, irmão de Moshê.

 

 

 

 

Corbán Pêssach

Oferenda do Cordeiro Pascal ; era realizada durante a época do Templo Sagrado, sacrificado na véspera de Pêssach e ingerido na noite, no final do sêder.

 

 

 

 

Corêch

É um dos passos do sêder de Pêssach; a raiz amarga é mergulhada no charôsset e colocada entre dois pedaços de matsá.



Palavras de "D" a "M"

Dayênu

Lit. “já teria bastado para nós”; refrão de uma canção entoada na Hagadá.

 

 

 

 

Elul

Sexto mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan) e último mês do ano. Em 25 de Elul do "ano zero", D'us iniciou a criação do Mundo culminando com a criação do homem, seis dias depois, em Rosh Hashaná.

 

 

 

 

Eretz

Terra; designação utilizada para descrever Israel: Eretz Israel.

 

 

 

 

Êxodo

Saída dos judeus do Egito.

 

 

 

 

Farbrenguen

Reunião chassídica na qual idéias são compartlhadas com intervalos marcados por melodias entoadas com L’chaims.

 

 

 

 

Farsi

Dialeto de origem persa.

 

 

 

 

Fuso horário

Cada uma das 24 divisões longitudinais de 15° nas quais foi dividida a Terra para estabelecer uma seqüência regular de alterações da hora legal. O fuso 0° estende-se a 7,5° de cada lado do meridiano de Greenwich (subúrbio de Londres); à hora legal desse fuso acrescenta-se uma hora para o leste e subtrai-se uma hora em direção à oeste.

 

 

 

 

Haftará

Lit. “passagem final”; Passagem dos Profetas lida na sinagoga após a leitura do da Torá.

 

 

 

 

Hagadá

“Narrativa”; leitura de passagens que relatam a história do povo judeu e sua saída do Egito.

 

 

 

 

Halachá (pl. Halachot)

Compêndio das leis judaicas; uma lei específica;

 

 

 

 

Haláchica

Pertinente à halachá, lei; de origem legal.

 

 

 

 

Halel

“Cânticos de Louvor”; Recita-se cânticos de agradecimentos a D'us.

 

 

 

 

Iyar

Segundo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Keará

Lit. “prato”; bandeja, travessa ou toalha sobre a qual são colocadas as três matsot e os seis ingredientes que serão utilizados durante o sêder.

 

 

 

 

Kfar Chabad

Cidade Chabad em Israel.

 

 

 

 

Kidush

“Santificação”; bênção recitada sobre uma taça de vinho que proclama a santidade do Shabat ou festa judaica.

 

 

 

 

Kidush Hashem

Ato de santificar o nome de D-us.

 

 

 

 

Kislêv

Nono mês do calendário judaico.

 

 

 

 

Latitude

Arco do meridiano compreendido entre determinado observador ou determinada localidade (do norte ou do sul) e o equador terrestre.

 

 

 

 

Lechaim, L´chayim

Lit. “à vida”; é um brinde judaico feito sobre uma bebida forte.

 

 

 

 

Levi

Uma das três categorias em que se divide o povo judeu: Cohen, Levi e Israel.

 

 

 

 

Levita

Descendente da tribo de Levi. Os levitas tinham várias tarefas no Templo Sagrado, dentro as quais cantar e tocar os instrumentos durante o serviço das oferendas e eram parte da guarda de honra do Templo.

 

 

 

 

Leviyim

Plural de Levi

 

 

 

 

Licutei Sichot, Licutê Sichot

Discursos do Rebe que foram editados através dele; engloba 39 volumes com comentários sobre os mais diversos assuntos.

 

 

 

 

Longitude

Arco do equador terrestre compreendido entre o meridiano que passa pelo observatório astronômico de Greenwich (subúrbio de Londres) e o meridiano que passa pelo observador (do leste ou do oeste).

 

 

 

 

Lubavitch

Lit. “cidade do amor” ; aldeia na Rússia que foi o centro dos chassidim de Chabad de 1813 a 1915 e que permaneceu como Sinônimo de Chabad.

 

 

 

 

Lulav

Uma das quatro espécies utilizadas para fazer as bênçãos especiais durante a festa de Sucot.

 

 

 

 

Lunissolar

Calendário que leva em conta simultaneamente a rotação da Lua em torno da Terra e as estações do ano, regidos pelo Sol.

 

 

 

 

Maguid

Lit. “relatando”; um dos passos do sêder que narra a história do Êxodo.

 

 

 

 

Maimônides

Rabi Moshê Ben Maimon (4895-4964 a partir da criação do mundo - 1135-1204 E.C.), talmudista, filósofo, médico, matemático e codificador da Lei Judaica. Nasceu na Espanha e viveu no Marrocos e Egito.

 

 

 

 

Maná

Alimento que caía dos céus e que era enviado por D-us ao povo judeu no deserto; adquiria o sabor desejado.

 

 

 

 

Maror

Ervas amargas; são consumidas no sêder em lembrança aos tempos amargos vividos por nossos ancestrais no Egito.

 

 

 

 

Mashiach

Lit. "ungido"; descendente do Rei David, descrito pelos profetas como o ser humano que trará o entendimento de D-us a todos, reconstruirá o Terceiro Templo Sagrado em Jerusalém e a Era Messiânica - época de paz e tranqüilidade no mundo.

 

 

 

 

Matsá

Pão não levedado feito somente com farinha e água; o pão é assado através de um processo que leva menos de 18 minutos desde o momento em que a farinha toma contato com a água.

 

 

 

 

 

 

 

Matsá Shemurá

Matsá “guardada”; i.e. Matsá produzida com extremo cuidado desde o plantio do grão, na moagem até o final do processo, para que não tivesse nenhum contato com água..

 

 

 

 

Mezuzá

Pequeno rolo de pergaminho, que contém trechos sagrados da Torá, e que é protegido por uma caixinha e pregado nos umbrais das portas de lares e estabelecimentos judaicos.

 

 

 

 

Michá

Nome de um dos profetas.

 

 

 

 

Midrash

Interpretação não literal e ensinamentos homiléticos dos sábios, na escritura.

 

 

 

 

Mishná , Mishnê

Codificação da Lei Oral que forma a base do Talmud; obra escrita por Rabino Yehuda HaNassi.

 

 

 

 

Mishnayiot

Plural de Mishná

 

 

 

 

Mitsrayim

Egito

 

 

 

 

Mitsvá

Obrigação religiosa; um dos 613 mandamentos (mitsvot).

 

 

 

 

Mitsvá Tank

Veículo utilizado para a divulgação e aproximação de judeus no caminho da Torá e no cumprimento das mitsvot , ações positivas.

 

 

 

 

Monte Sinai

Local escolhido por D-us para a outorga da Torá.

 

 

 

 

Moshê

Primeiro líder do povo judeu; tirou-os do Egito, entregou-lhes as Tábuas da Lei e guiou-os no deserto.

 

 

 

 

Motsi-matsá

Um dos passos do sêder de Pêssach; “Bênçãos sobre a matsá”; momento em que o condutor do sêder segura as três matsot juntas e todos recitam a bênção.

 



  

Palavras de "N" a "S"

Nirtsá

“Aceito”; após concluir o serviço do sêder, estamos certos de que foi bem aceito pelo Todo-Poderoso.

 

 

 

 

Nissan

Primeiro mês do calendário judaico, no qual ocorre a Festa de Pêssach, que comemora a libertação do povo judeu do Egito

 

 

 

 

Nôach

Noé; homem justo em sua geração. Salvou-se junto com sua família na época do Dilúvio, construindo a Arca de Noé a mando de D-us.

 

 

 

 

Ômer

Medida antiga (de aproximadamente dois quilos); um ômer de grãos da nova colheita de cevada era oferecida a Deus no segundo dia de Pêssach, permitindo a partir de então o uso da nova safra. Durante o período do ômer, os 24 mil alunos de Rabi Akiva (um grande sábio que viveu após a destruição do Segundo Templo) morreu de uma epidemia, tornando esta época uma ocasião de tristeza e meio luto.

 

 

 

 

Pêssach

Lit. “Passar por cima”; festa que comemora o êxodo dos judeus do Egito, sua identidade como povo e o surgimento de uma nação.

 

 

 

 

Pirkê Avot

Obra conhecida como “Ética dos Pais”; tratado da Mishná onde está escrito éticas e morais para a vida.

 

 

 

 

Pogrom

“Perseguição”, discriminação; opressão sofrida pelos judeus.

 

 

 

 

Purim

Festa judaica que comemora o fim do decreto de aniquilação do povo judeu pelo rei Achashverosh, da Pérsia, que fora conspirado pelo seu cruel conselheiro, Haman; Purim consagra a salvação do povo judeu.

 

 

 

 

Quatro Copos

Alude aos quatro copos de vinho que bebemos no sêder a fim de lembrar as quatro expressões de redenção mencionadas na Torá.

 

 

 

 

Quatro Filhos

Referência aos quatro tipos de filhos (o sábio, o malvado, o tolo e aquele que não sabe perguntar) mencionados na Hagadá.

 

 

 

 

Querubins

Refere-se as duas figuras que ficavam sobre a Arca Sagrada.

 

 

 

 

Rabi

O mesmo que rabino.

 

 

 

 

Rabino

Pessoa que estudou e aprofundou-se nas leis judaicas e formou-se recebendo sua “smiche”, seu diploma.

 

 

 

 

Rashá

“Malvado”; alusivo a um dos quatro filhos citados na Hagadá.

 

 

 

 

Rashi

Rabi Shlomo Itschaki; um dos maiores comentaristas da Torá.

 

 

 

 

Rav

Lit. “rabino”.

 

 

 

 

Rebe

Sábio que serve como guia espiritual para seus seguidores chassídicos.

 

 

 

 

Rebetsin

Esposa de um rabino ou de um Rebe.

 

 

 

 

Redenção Final

Época aguardada desde a criação do mundo; Era em que o mundo será regido pela paz, entendimento entre os homens e o reconhecimento de D-us por todos.

 

 

 

 

Rochtsá

Um dos passos do sêder de Pêssach; ;”segunda ablução”; momento em que os participantes do sêder devem abluir as mãos recitando a bênção de “Netilat yadáyim”.

 

 

 

 

Rosh Chôdesh

Literalmente "cabeça do mês"; início de cada mês judaico comemorado como dia especial.

 

 

 

 

Rosh Hashaná

Literalmente “cabeça do ano”; dois dias festivos na diáspora que marcam o início do ano novo judaico contado a partir da data da criação do mundo.

 

 

 

 

Sanhedrin

Corte Suprema formada por 71 membros.

 

 

 

 

Schneur Zalman de Liadi

Fundador e primeiro Rebe de Chabad-Lubavitch (1745-1812), autor do Tanya.

 

 

 

 

Sêder

Cerimônia realizada na primeira e segunda noite de Pêssach.

 

 

 

 

Sefirat HaÔmer

Lit. “contagem do Ômer”; mandamento da Torá que específica contar 49 dias, do segundo dia de Pêssach (quando foi sacrificado um corban Haômer) até a véspera de Shavuot.

 

 

 

 

Sete Leis de Nôach

São sete leis dadas por D-us que devem ser cumpridas por todos os povos: 1) Não praticar a idolatria. 2) Não blasfemar contra D-us. 3) Não matar. 4) Não seqüestrar nem roubar. 5) Não cometer adultério, incesto ou bestialidade 6) Estabelecer tribunais para a manutenção da justiça. 7) Não comer a carne de um animal enquanto ainda está com vida nem ser cruel com os animais de nenhuma outra forma.

 

 

 

 

Seudat Mashiach

Refeição servida no último dia de Pêssach, antes do anoitecer, na qual come-se matsá e bebe-se quatro copos de vinho a fim de reafirmar a fé na eminente Redenção e na chegada de Mashiach.

 

 

 

 

Shabat

Sétimo dia da semana, dia santo que testemunha nossa fé em D-us como Criador. Assim como Ele "descansou" após ter criado o mundo em seis dias, ordenou que fizéssemos o mesmo.

 

 

 

 

Shalom

Paz. Vocábulo usada como cumprimento entre as pessoas.

 

 

 

 

Shavuot

Festa que celebra o dia em que D-us revelou-Se no Monte Sinai e entregou a Torá ao povo judeu.

 

 

 

 

Sheliach, Shluchim

Lit. “emissário”, “mensageiro”; enviados especiais que saem de seus lares para habitar locais distantes para cumprir sua missão; o Rebe enviava seus emissários para espalharem Torá em locais longínquos reerguendo ou criando novos centros vivos e atuantes de judaísmo – até hoje.

 

 

 

 

Shemá

Início do versículo "Ouve Israel, o Eterno é nosso D-us, o Eterno é Um", base da proclamação diária da unicidade Divina; Esta prece é composta de três trechos da Torá e é recitada na Prece Matinal e na Prece Noturna como também antes de se recolher ao leito.

 

 

 

 

Shevat

Décimo primeiro mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Shiduch

Promover a união entre duas (meias) almas gêmeas; fazer um “shiduch”, está associado ao ato de promover uma relação duradoura entre dois seres tendo o casamento como coroação desta união.

 

 

 

 

Shôfar

Chifre de animal casher utilizado como instrumento de sopro; é tocado durante todo o mês que precede Rosh Hashaná, anunciando a proximidade do ano novo judaico, bem como em Rosh Hashaná; é um “chamado” para despertar a alma para fazer teshuvá; e no término de Yom Kippur.

 

 

 

 

Shulchan Aruch

Código de Leis; obra escrita por Rebe Yossef Karo, e que engloba todas as leis e práticas judaicas.

 

 

 

 

Shulchan Orêch

Refeição servida nas noites do sëder.

 

 

 

 

Sidurim

Lit. “Ordem” (das preces); Livros de rezas diárias.

 

 

 

 

Sinai

Monte Sinai – local escolhido por D-us para a outorga da Torá.

 

 

 

 

Sivan

Terceiro mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan), no qual ocorre a Festa de Shavuot, que comemora a Outorga da Torá por D-us no Monte Sinai.

 

 

 

 

Siyum

Lit. “Término”, “Conclusão”; comemoração do término do estudo de um tratado talmúdico ou outros assuntos ligados à Torá.

 

 

 

 

Sucá

Cabana com teto de folhagem usada na festa de Sucot (Festa das Cabanas), para lembrar a proteção Divina durante os 40 anos que o povo judeu peregrinou no deserto.

 

 

 

 

Sucot

Festa das Cabanas

 



 

Palavras de "T" a "Z"

Taharat Hamishpachá

Lei de Pureza Familiar; mandamento Divino que aponta instruções e regras relativas ao comportamento conjugal.

 

 

 

 

Talmud

Uma das maiores obras judaicas, quase toda escrita em aramaico. Contém as explicações da Lei Oral, baseando-se na Mishná. Foi compilado na Babilônia e em Jerusalém.

 

 

 

 

Talmúdico

Pertinente ao Talmud.

 

 

 

 

Tam

“Tolo”; alusivo a um dos quatro filhos citados na Hagadá.

 

 

 

 

Tamuz

Quarto mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Tanya

Obra fundamental da chassidut escrita pelo Rabino Schneur Zalman de Liadi, que explica a filosofia Chabad.

 

 

 

 

Tefilin

Lit. “Filactérios”; dois quadrados pretos de couro, um para ser utilizado na cabeça e o outro colocado no braço; contêm pequenos rolos de pergaminho com passagens bíblicas da Torá; usado durante as rezas matinais.

 

 

 

 

Templo Sagrado

Os dois Templos que existiam em Jerusalém: e foram destruídos.; moradia de D-us na Terra; local onde eram realizados os sacrifícios e trazidas as oferendas; o Muro das Lamentações é rmuralha remanecente que cercava o Segundo Templo.

 

 

 

 

Terra Prometida

Terra de Israel entregue como herança por D-us ao povo judeu.

 

 

 

 

Tevet

Décimo mês do calendário judaico (contando a partir do mês de Nissan).

 

 

 

 

Tishrei

Sétimo mês do calendário judaico e primeiro mês do ano no qual se comemora Rosh Hashaná, aniversário da Criação.

 

 

 

 

Torá

Literalmente, "guia", "orientação". Manual de vida outorgado por D'us com Suas instruções. Intelecto e vontade Divina transmitida a Moisés e entregue ao longo das gerações; inclui a Lei Escrita e Oral (interpretação). Também conhecido como Pentateuco (os Cinco Livros, chamados a Lei de Moisés).

 

 

 

 

Tsadic, pl. Tsadikim

Homem íntegro; também utilizado como sinônimo de Rebe .

 

 

 

 

Tsafun

“Escondido”; momento final da refeição do sêder no qual come-se a meia matsá reservada para o “aficoman”, “sobremesa”.

 

 

 

 

Tsedacá

Lit. “Justiça”; fazer caridade lembrando que está equilibrando as desigualdades justamente.

 

 

 

 

Ufaratsta

Lit. “e você deverá espalhar”; frase bíblica que tornou-se slogan do movimento Chabad-Lubavitch.

 

 

 

 

Urcháts

“Ablução”; todos os presentes à mesa do sêder devem abluir as mãos sem pronunciar a bênção de “Netilat yadáyim”.

 

 

 

 

Yáchats

“Divisão”; a matsá do meio (das três matsot da travessa do sêder) é quebrada em duas partes desiguais.

 

 

 

 

Yechidut

Encontro privado com um Rebe .

 

 

 

 

Yeshivá

Escola para aprendizado talmúdico e estudos de Torá avançados.

 

 

 

 

Yetsêr Hara

Inclinação para o mal; Mal instinto.

 

 

 

 

Yetsêr Tov

Bom instinto; inspira a pessoa a praticar o bem.

 

 

 

 

Yidishe

Dialeto alemão falado pelos judeus da Europa Ocidental, ashkenazitas, e que tornou-se a segunda língua oficial, além do hebraico.

 

 

 

 

Yitrô

Sogro de Moisés; abandonou a idolatria e optou pelo caminho do judaísmo.

 

 

 

 

Yizkôr

Reza recitada na sinagoga em ocasiões especiais, entre as quais o último dia de Pêssach, em memória de entes queridos falecidos.

 

 

 

 

Yom Kippur

Dia do Perdão; mais significativo do ano judaico onde as pessoas fazem um balanço de si mesmas e tomam boas decisões para o futuro após serem perdoadas de suas falhas, neste dia, por D-us.

 

 

 

 

Yom Tov

Data festiva; neste dia há restrições quanto a algumas atividades criativas.

 

 

 

 

Zeidê

Lit. “avô”; origina-se do yidishe.

 

 

 

 

Zerôa

Osso do antebraço grelhado colocado na travessa do sêder em lembrança ao Corbán Pêssach, Sacrifício de Pêssach, oferecido na época do Templo. O osso é meramente uma lembrança simbólica e não é ingerido.

 

 

 

 

Zôhar

Lit. “Livro do Esplendor”; texto principal do misticismo judaico.

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Vinho Novo em Odres Velhos!

Vinho Novo em Odres Velhos!

É bastante conhecida no meio cristão a alegoria feita por Yeshua (Jesus) no Segundo Capítulo do Evangelho de Marcos, com referências equivalentes em Mateus 9 e Lucas 5: "E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos." (Mc 2:22).

No entanto, a interpretação deste texto, através da história, alcançou conotações completamente distantes do significado real das palavras de Yeshua (Jesus). E esta interpretação errônea serviu, em diversos momentos, como justificativa para a rejeição não só dos judeus, mas de tudo o que diz respeito ao judaísmo ou mesmo às Sagradas Escrituras Judaicas, que nada mais são a não ser o chamado Velho Testamento dos cristãos, parte inegável de sua Bíblia.

Declarações como as que se seguem foram comuns dentre os teólogos de várias gerações:
"Não se coloca o vinho generoso do evangelho nos odres envelhecidos do Judaísmo."
"A alegoria é clara. A roupa nova e o vinho novo são o evangelho; a roupa velha e os odres velhos são a antiga Lei"
"Cedo, Jesus declara incompatíveis as antigas instituições com a nova ordem; o velho, definitivamente terminado, dá lugar ao reino do novo."

Certamente há, ainda hoje, muitos que assinariam embaixo de cada uma destas afirmações. Mas, num tempo profético como o que vivemos, precisamos conferir: será isso mesmo o que Yeshua (Jesus) quis dizer? Como bem nos afirma o escritor Jules Isaac "toda a vida de Jesus, e suas próprias palavras, as mais solenes, desmentem tal interpretação."

"Comparar a Torá - a Lei Judaica - como um "velho odre" no qual não se pode colocar o "vinho novo" do Evangelho", ele acrescenta, "é uma idéia quase sacrílega, que nunca roçou o espírito de Jesus. Ele disse exatamente o contrário, e sem parábolas: "Não vim para destruir , mas para dar plenitude" (Mt 5:17). Mas também em Parábolas, ele acrescentou: "Todo escriba que se torna discípulo do Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que do seu tesouro tira coisas novas e velhas" (Mt 13:52) . Ao falar, pois, de odres envelhecidos, Jesus se referia à tradição farisaica e não à Lei."

De fato, se analisarmos o significado exato da palavra Lei no hebraico, chegamos à "Torá", que quer dizer exatamente ensinamento. E os ensinamentos bíblicos do Antigo Testamento não foram, definitivamente, anulados, mas plenificados ou melhor revelados em Yeshua (Jesus). Neste sentido, é interessantíssimo observar que os ensinamentos Dele foram uma repetição dos ensinos judaicos, apenas com as correções necessárias dos abusos e excessos e não uma rejeição taxativa.

Na verdade, se Yeshua(Jesus) veio para o Povo de Israel em primeiro lugar, como poderia Ele chegar afirmando que tudo o que antes foi ensinado por D'us mesmo, através de seus servos, não teria mais valor e deveria ser jogado fora, como velho e inútil? Jules Isaac nos auxilia nesta afirmação: "Pedir ao povo Judeu que se libertasse de uma lei que ele venerava como tendo sido ditada por Deus mesmo, pedir isto que Jesus nunca pedira, em verdade era pedir o impossível."

Desta forma concluímos que vinho novo e odres velhos são incompatíveis sim, mas dizem respeito à tentativa de querer enquadrar o novo nos moldes antigos, ou seja, com tradições, costumes e práticas que na verdade nunca deveriam ter sido empregadas, mas que se tornaram um hábito antigo, por ter sido tantas vezes repetido. É como aquele vício pernicioso, que, numa família, às vezes passa, infelizmente, de geração para geração e não permite o questionamento e a mudança, antes prende e amarra as vidas.

Não é comum ouvir algumas pessoas dizerem: "eu sou assim e vou ser assim até morrer"? Ou "eu fiz esta opção e não mudo!" Mas, se a verdade trouxer outro significado, outra forma, outra opção, será que permaneceremos parados, ultrapassados e resistentes?

Foi exatamente isso o que Yeshua (Jesus) quis dizer: Não podemos ficar presos ao passado a tal ponto de não aceitarmos o presente ou o futuro. Mas o passado tem que nos levar ao crescimento, à evolução, à plenitude. E Isso não tem nada a ver com negar o judaísmo ou os ensinamentos Bíblicos antes da redenção em Yeshua (Jesus). Mas sim em reunir as revelações de antes e de depois, torná-las uma só, com começo, meio e também fim, agrupá-las na dimensão Divina do processo de Seus Planos, reconhecê-las como uma só sob a perspectiva Soberana de Deus.

Foi por isso que na outra passagem citada, de Mateus 13:52, Ele diz: "... Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas." Portanto, se o "velho" tinha que ser totalmente rejeitado, por que Yeshua (Jesus) teria feito este comentário? Aqui Ele reforça exatamente esta idéia do todo, da plenitude: o velho e o novo, agrupados. Não substitutos. Por isso, o vinho novo não é adequado para o odre velho. Cada um deve ocupar o seu lugar. Mas um não anula a existência do outro e nem quer dizer que um é pior do que o outro.

Aliás, em se tratando de vinhos, quem não sabe que os melhores vinhos são os mais antigos, que mais tempo ficaram engarrafados? E isso também não é para anular o novo, mas para demonstrar que o novo ainda precisa ser "curtido", tratado, para estar no ponto ideal. E será que isso não nos fala da plenitude de todas as coisas, que ainda não chegou?

Que sejamos, pois, sábios para perceber o que a palavra bíblica nos diz, em vez de sairmos tirando conclusões precipitadas. Porque, se pegarmos versículos isolados e fizermos a partir daí a nossa interpretação, estaremos chamando a Bíblia de contraditória. E, definitivamente, ela jamais o será. Mas requer uma leitura consciente e inequivocada, sempre na presença e unção do Ruach Adonai (Espírito do Senhor), como bem nos orientou o apóstolo Pedro: "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo."(2 Pd 1:20,21).

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Yom há Shoá

Yom há Shoá

Dia do Holocausto

O Holocausto é uma das mais tristes lembranças que o povo Judeu tem nestes tempos modernos. Foi neste tão trágico evento que morreram seis milhões de judeus num cruel massacre orquestrado por Adolf Hitler. No dia dois de maio de 2000, comemora-se em todo o mundo esta data tão triste, porém tão significativa!

HOLOCAUSTO
CUMPRIMENTO PROFÉTICO DE EZEQUIEL 37


Uma das profecias mais dramaticamente cumprida em nossa geração, diz respeito a Ezequiel 37 - O Vale de Ossos Secos. A nação seria praticamente destruída, reduzida a vales de ossos secos, antes de sua "ressurreição". Para uma idéia mais clara dos acontecimentos que culminaram com a Segunda Guerra Mundial e a morte de 6 milhões de judeus, valemo-nos de informações extraídas dos livros de BEN ABRAHAM, famoso escritor judeu.

1) - OS JUDEUS NA ALEMANHA
"Até a Alemanha tornar-se nazista, os judeus desfrutavam dos mesmos direitos constitucionais que os alemães. Participavam da vida cultural, científica e política da Alemanha, que de fato era a sua Pátria.

Entre inúmeras celebridades basta mencionar: Heine, Mendelsohn, Paul Ehrlich e Einstein. Milhares de judeus tombaram pela Alemanha em 1870, e durante a I Guerra. Muitos judeus ocuparam altos postos na administração pública. Quase 12 mil judeus foram condecorados por bravura, com a Cruz de Ferro (Eisernes Kreuz).

Devido a essa liberdade, o índice de assimilação entre judeus-alemães era o mais alto na Europa.

A crise que surgiu na Alemanha, após a derrota na I Guerra, teve como conseqüência um Adolf Hitler que na sua doutrina Nacional Socialista, escolheu um "bode expiatório": os judeus. No seu "evangelho" Mein Kampf, ele pregava o extermínio dos judeus, povo que ele culpava por tudo que havia de errado (Die Juden sind am allem schuld). A partir de 1928, atos isolados de violência e esporádicas surras aplicadas a judeus pelos adeptos da SA, tornaram-se cada vez mais comuns. As casas e lojas judias foram pichadas com a cruz suástica e com dizeres anti-semitas.

Um mês após Hitler ter assumido o poder, em 11 de abril de 1933, foram baixadas as leis arianas. As perseguições prosseguiam. Prisões em massa e internamentos, sem processos, nos recém-construídos campos de concentração; o boicote econômico; congelamento de contas bancárias dos judeus; a proibição de ocupar qualquer função pública. Depois veio a proibição de exercer as suas atividades comerciais, as profissões liberais, inclusive a medicina.

Em 15 de setembro de 1935, foram editadas pelo Reichstag, as leis de Nuremberg. Essas leis reforçavam os decretos anti-semitas. Tratavam da pureza do sangue ariano e estipulavam pesadas penas de prisão para os alemães que mantivessem relações matrimoniais ou extra-matrimoniais com judeus, com a pena capital para os judeus.

Para os arianos casados com judeus antes desta lei, havia uma opção: abandonar o cônjuge, declarando nulo o casamento, ou ser declarado judeu.

Os filhos desses matrimônios eram considerados judeus, salvo quando a mãe ariana fazia uma declaração pública, de que seus filhos eram bastardos, fruto da relação com seu amante ariano. (Caso do general Milch - filho de um casamento misto).

Estabelecimentos judaicos começam a ser confiscados e entregues aos freuhander (Comissários) alemães.

Aos judeus ficou proibido o acesso aos jardins públicos e aos espetáculos nos teatros e cinemas" (Izkor, pg. 7 e 8).

2) - OCUPAÇÃO DA EUROPA
"Com a eclosão da Guerra, em 1° de setembro de 1939, a perseguição aos judeus entrou em nova fase. Uma fase repugnante, horrenda, macabra, funesta.

Ao término de cada nova conquista, as forças alemãs, tanto da SS, da Gestapo, como do Wehrmacht, empreenderam um diabólico plano contra os judeus.

Todos os meios de propaganda foram usados, para estimular o anti-semitismo entre a população local.

À medida que as tropas nazistas entravam num País, a liberdade dos judeus deixava de existir. Os mais destacados eram presos e executados. Eles eram caçados nas ruas para serem encaminhados aos trabalhos forçados, sob chicotadas. Espancados, os religiosos tinham as barbas cortadas e arrancadas.

Em 03 de setembro, logo no início da campanha na Polônia, a Wehrmacht organizou um sangrento massacre contra a população judia de Bydgoszes, depois em Rawa Mozowiecka e Ostrov. Os soldados alemães pilhavam, roubavam, incendiavam as casas e os judeus não se atreviam a sair às ruas.

A Gestapo montou a sua máquina de "problema judaico". Seguiram-se confiscos, aplicação de pesadas multas coletivas e deportação em massa.

Para os judeus foi decretado o toque de recolher e a proibição de transitarem pelas principais ruas e nas calçadas em geral. As sinagogas foram incendiadas, os livros sagrados profanados. Era proibido o culto religioso, sob pena de morte.

Os judeus eram obrigados a usarem distintivos: braçadeiras com a Estrela de Davi, na Polônia ocupada (general Gouvernement), ou duas Estrelas de Davi - amarelas, pregadas nas costas e no tórax, com os dizeres: Jude (judeu), nos territórios anexados ao Reich.

Em 21 de setembro, como primeira etapa da Solução Final, Reinhardt Heydrich ordenou a organização dos Guetos.

Ainda em julho de 1941, Goering determinou que fizessem preparativos e planos para a liquidação física de todos os judeus. O plano denominado "Solução Final", foi posteriormente aprovado em Wannsee -Janeiro, 1942.

Os judeus poloneses foram concentrados nos bairros, cercados com arame farpado, onde vegetavam e morriam de fome e frio.

Até a época da invasão da Rússia, estes centros, denominados Guetos, eram, em geral, instalados nas cidades grandes e aglomeravam também os judeus de cidades e povoados vizinhos. As pessoas viviam, ou melhor, vegetavam, encurraladas, em condições sub-humanas. Isolados do mundo, sem sustento, condenados à morte, pela fome, epidemias, esperavam dias melhores (...)" (Izkor, pg. 14,16 e 17).

3) - GENOCÍDIO
"Com os processos que se seguiram após o término da guerra, vieram a tona as atrocidades praticadas pelos nazistas - barbaridades sem precedentes durante toda a história da humanidade.

Até o revés da Wehrmacht na frente russa, os alemães fuzilavam sumariamente os soldados russos, quando estes eram aprisionados. Em violações flagrantes da Convenção de Genebra sobre prisioneiros de guerra, os poupados dos massacres foram enviados aos campos de concentração. Os outros povos subjugados também pagaram seu tributo, com milhões de pessoas enviadas à Alemanha, onde executavam o trabalho escravo nas indústrias e fazendas.

Mas a meta principal de Hitler era aniquilar os judeus.

Os planos para a eliminação dos judeus foram traçados por Hitler ainda em 1925, em seu livro Mein Kampf. Com a eclosão da guerra, ele passou da teoria à prática. De 1939 a 1941, desde o início da guerra, até a invasão da Rússia, a eliminação era feita por "processo biológico". Os alemães encurralavam os judeus nos guetos. Por falta de comida, medicamentos, roupas e higiene, o organismo sofria de um progressivo enfraquecimento e acelerava a desintegração física. Dessa maneira morreram milhares de judeus, sem a necessidade da intervenção dos carrascos nazistas. As execuções, em menor escala, e as deportações dos inaptos para o trabalho, eram feitas regularmente. Somente no gueto de Varsóvia, até a primeira deportação - 22 de julho de 1942 - morreram 100.000 pessoas de inanição. Nos demais guetos a situação não era melhor...


Com a invasão da Rússia a eliminação assumiu novos rumos. Einsatzgruppen - comandos de extermínio - executavam os judeus de cidades inteiras.

As primeiras matanças, em grande número, ocorreram em Ponary - perto de Vilna (julho, 1941) - e em Babi lar, perto de Kiev (28 de Setembro de 1941), quando foram fuzilados dezenas de milhares de judeus das regiões próximas.

Os destacamentos especiais da RSHA - denominados Eisantzgruppen - acompanhavam as tropas da Wehrmacht exterminando a população judaica ao longo do seu avanço.

Os judeus eram levados para fora das cidades e fuzilados, para serem enterrados em valas comuns ou em pedreiras, homens, mulheres, velhos, crianças, sadios ou doentes.

As terras ocupadas transformavam-se em imensos cemitérios, encharcados com sangue e lágrimas. Muitos desses cemitérios foram descobertos, anos depois da guerra ter acabado (Babi lar - perto do Kiev - é um deles)...


A cifra de mortos aumentava a cada avanço alemão. Em cada cidade conquistada pelos bárbaros do século XX, o número de vítimas se avolumava.

A sede de sangue dos alemães não tinha limites.

Os fuzilamentos eram considerados métodos muito lentos, para essa diabólica tarefa de Hitler.

Começou o Genocídio em massa"... (Izkor - pg. 39,42).

4) - SOLUÇÃO FINAL
"Em dezembro de 1941 começou a funcionar a primeira "fábrica da morte", em Chelmno, perto de Lodz, na Polônia. Os infelizes eram trasladados em caminhões até as fossas comuns. Os caminhões - uma invenção dos gênios do mal - tinham uma carroceria fechada, parecendo-se com caminhões de mudanças. O cano do escapamento ficava voltado para a parte interna, expelindo os gazes que iam se espalhando no recinto fechado. Durante o trajeto, de 15 minutos, todos ficavam asfixiados. Na maioria das vezes, o motor do caminhão enguiçava no meio do caminho e demoravam a recolocá-lo em funcionamento. As pessoas, no seu interior, suplicavam, se debatiam, imploravam, inutilmente, a agonia era lenta e, o motor, só era consertado, às vezes, horas depois...

De dezembro de 1941 até abril de 1942, morreram em Chelmno mais de 40 mil pessoas, a maioria do Gueto de Lodz. Essas execuções, porém, eram consideradas lentas, pelos alemães.

Em 20 de janeiro de 1942, em Gross Wannsee, realizou-se uma conferência, para por em prática as instruções que Goering dera a Heydrich, em 31 de julho de 1941, sobre o extermínio total dos judeus na Alemanha e no resto da Europa. O plano fora denominado "Solução Final".


Nessa conferência estiveram presentes: Heydrich, Eichmann, representantes de todos os ministérios e departamentos interessados e subalternos de Eichmann, incumbidos, posteriormente, de executar a tarefa. Os resultados podem ser resumidos em dois itens:

a) - Os judeus aptos para os trabalhos forçados seriam mantidos vivos, enquanto pudessem ser explorados. Quando enfraquecessem e não pudessem mais trabalhar seriam eliminados.

b) -Todos os demais deveriam ser eliminados, o mais depressa possível, com os transportes prioritários.

Eichmann incumbiu o capitão SS, Kurt Novak, dos transportes. Em 5 de março de 1942 foram concluídos os planos para o extermínio dos restantes 55 mil judeus que existiam na Alemanha; os 20 mil da Boêmia e Morávia, incluindo a cidade de Praga e também os 19 mil restantes em Viena.

Os campos de extermínio foram instalados na Polônia. Os "cientistas" e as grandes indústrias alemãs, recebiam encomendas para elaborar câmaras de gás e fornos crematórios, os mais sofisticados e que tivessem a máxima eficiência e proporcionassem rapidez. A rapidez, propriamente dita, não era para poupar sofrimentos aos infelizes mas sim, para matar o maior número de pessoas, no menor espaço de tempo...

As indústrias químicas, que até hoje gozam de renome mundial, forneciam o gás Zyklon B para matar e matar, até chegarem à assombrosa cifra de 9 milhões de pessoas: 6 milhões de judeus e 3 milhões de outras nacionalidades....

Enquanto as "fábricas da morte" funcionavam, as empresas alemãs compravam os despojos dos extintos... cabelos - para estofamento; alianças e dentes de ouro; ossos moídos com cinzas - para fertilizantes; óculos; sapatos; roupas e tudo o que pudesse ser aproveitado para a "Grande Alemanha"...

Os demônios do século XX criaram os campos de extermínio: Triblinka, Belzec, Sobibor, Auschwitz, Chelmno, Stutthof, Janov - onde milhões de judeus morreram nas câmaras de gás, sem discriminação de sexo ou idade. As "fábricas da morte" atingiram o seu auge em 1942. Neste ano, excluindo-se o Gueto de Lodz começaram a ser liquidados todos os guetos, entre eles, Varsóvia e Bialistok.

De 1942 a 1943, foram deportados da França 100 mil judeus, a maioria para Auschwitz e também os judeus da Holanda, Bélgica, Luxemburgo (julho, 1942).

No verão de 1944, após a invasão da Normandia, pelos aliados, quando o rumo da guerra sofria uma reviravolta contra os alemães e, do ponto de vista estratégico, anteviam-se a derrota dos nazistas, eles ainda arrancaram 400 mil judeus húngaros dos seus lares e os levaram para o extermínio - com poucas exceções - em Auschwitz. Depois fizeram o mesmo com o gueto de Lodz de onde, em agosto de 1944, foram transportados 80 mil judeus para Auschwitz: mais de 70 mil exterminados na primeira leva. Dos 10 mil restantes, 1500 sobreviveram à guerra...

Franz Rudolf Ferdinand Hoess, comandante de Auschwitz, depois de preso, escreveu no cárcere, na Polônia, o seu diário, enquanto aguardava julgamento. Nesse diário ele relatou que, em Auschwitz, foram exterminados 3 milhões de pessoas. 2.500.000 na câmara de gás e 500 mil de fome, doenças e execuções.

Enquanto os aliados avançavam e os exércitos alemães recuavam, a SS não deixava ninguém para trás: os fracos eram liquidados friamente; os mais fortes transportados nos trens de gado e levados para o interior da Alemanha. Os prisioneiros precisavam se arrastar, sem comida e sem água, sombras de homens, esqueletos vivos e quem não podia continuar era fuzilado...

Uma coluna assombrosa, de gente moribunda, marchava como testemunha viva das atrocidades de um povo contra outro povo...

A culpa do genocídio não era somente de Hitler, Goering e Himmler, mas de todos os alemães, desde a mais baixa até a mais alta classe, que pertenciam ao partido nazista. Era também dos simples cidadãos que aclamavam Hitler, nas suas glórias, que obedeciam às suas ordens e também daqueles que apenas o toleravam" (Izkor - pg. 46,48).

Tudo isso foi tão terrível que marcou profundamente o povo judeu. Hoje os judeus lembram-se desta data - e também o mundo - a fim de declararem em uníssono:

 "Holocausto nunca mais!"

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